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Especialistas temem o aumento da tecnologia de IA para fins militares

Nos primeiros anos da revolução da IA generativa, a competição estava centrada em empresas buscando explorar o potencial comercial da tecnologia. No entanto, agora surge uma nova linha de frente: os militares.

A Scale AI, fundada por Alexandr Wang, recebeu um contrato multimilionário para colaborar com o Departamento de Defesa dos EUA no desenvolvimento do Thunderforge, uma iniciativa para integrar IA ao planejamento operacional militar e à modelagem de simulação.

Wang afirmou que suas soluções de IA transformarão o processo militar e modernizarão a defesa americana. Embora os militares frequentemente busquem estar na vanguarda da tecnologia para obter vantagem sobre adversários, essa direção levanta preocupações, conforme explica um artigo da Fast Company.

Margaret Mitchell, especialista em ética da IA, aponta que o uso crescente de IA fora do controle humano é preocupante. Ela destaca que a tecnologia militar tem sido historicamente um catalisador para inovações destrutivas, prevendo resultados desastrosos devido ao seu uso.

A Scale AI não comentou sobre o contrato, e o Departamento de Defesa também não respondeu.

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Diversas empresas de IA já possuem acordos com o governo dos EUA para fornecer tecnologia militar – Imagem: Anduril

Temores de extinção humana

  • David Krueger, professor da Universidade de Montreal, considera o uso de IA militar como uma ameaça existencial, argumentando que a delegação de controle para sistemas autônomos, especialmente em forças armadas, é um risco iminente de destruição.
  • Ele acredita que é necessária colaboração internacional para evitar que a IA militar saia do controle e ameace a extinção humana.
  • A Scale AI, por sua vez, afirma que o Thunderforge operará sob supervisão humana, e o analista Noah Sylvia sugere que o uso de IA nesse contexto é mais voltado para a funcionalidade empresarial do que para questões controversas.

A Scale AI não é a única empresa a se aliar aos militares dos EUA, com outras companhias, como a Anduril e a Microsoft, também fornecendo suas tecnologias para apoiar operações militares.

Mitchell, da Hugging Face, expressa preocupações sobre a difícil situação atual, pois, mesmo que algumas empresas optem por não fornecer suporte militar, outras provavelmente ocupariam o vazio. Krueger alerta que a coordenação internacional sobre o uso de IA militar deveria ser uma prioridade para todos os países.

Mitchell propõe que, para garantir segurança, sejam implementadas diretrizes rígidas para o uso de IA militar, incluindo limites operacionais, restrições à implantação autônoma de armas, e avanços na análise de dados para prever com maior precisão o comportamento dos sistemas.

Ela também sugere duas abordagens práticas: não implantar tecnologias cujas ações sejam imprevisíveis e evitar deixá-las completamente livres do controle humano.

Montagem com soldado controlando drone e, em cima dele, está uma ilustração no estilo holograma
Especialistas aconselham medidas de segurança para que os avanços de IA no ramo militar não saiam do controle (Imagem: TSViPhoto/Shutterstock)

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China vai exigir rótulos para identificar conteúdo gerado por IA

Na tentativa de frear a onda de desinformação, a Administração do Ciberespaço da China (CAC) anunciou novas regras para rotular materiais gerados por inteligência artificial. O protocolo entrará em vigor em 1º de setembro, segundo a agência de notícias UNN.

O sucesso da IA ​​generativa é contraditória por si só: a tecnologia fornece soluções para diversas tarefas, mas também cria problemas de credibilidade e ética. É um recurso que ajuda a escrever ensaios, por exemplo, mas que também imita vozes humanas — uma linha tênue entre ficção e realidade. 

“A lei de rotulagem ajudará os usuários a detectar desinformação e responsabilizará os provedores de serviços pela rotulagem de seu conteúdo”, disse o CAC em um comunicado. “Isso é feito para reduzir o abuso de conteúdo criado com a ajuda de IA.”

Rótulos serão aplicados em imagens, vídeos e textos (Imagem: hanohiki/iStock)

A partir de agora, operadores de lojas de aplicativos na China deverão exigir dos desenvolvedores de softwares a revisão dos seus mecanismos de rotulagem, caso as plataformas ofereçam serviços de criação de conteúdo gerado por IA.

De acordo com o rascunho das medidas publicado em outubro do ano passado, os textos deverão ter uma tag no início, no fim e entre imagens do material. Para imitação de voz humana, será necessário incluir marcadores também no começo e encerramento do áudio.

Símbolos universais serão aplicados em conteúdos que manipulam rostos e gestos, além de experiências de realidade virtual imersiva. A fonte e a cor dos rótulos explícitos devem ser claros e legíveis para garantir fácil compreensão.

O Ministério da Indústria e Tecnologia da Informação da China, o Ministério da Segurança Pública e a Administração Nacional de Rádio e Televisão também participaram na elaboração das regras.

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Meta tem política própria de rotulagem para conteúdos de IA (Imagem: Meta/Divulgação)

Aliados improváveis

Em junho do ano passado, a União Europeia adotou as primeiras regras do mundo sobre IA. O Artificial Intelligence Act será totalmente aplicável no bloco em até dois anos. O documento também estabelece que imagens, arquivos de áudio ou vídeo (por exemplo, deepfakes) precisam ser claramente rotulados como gerados por IA.

Nos Estados Unidos, um projeto apresentado no ano passado por uma legislação bipartidária faria a mesma exigência às plataformas que abrigam conteúdos gerados de forma artificial. Os detalhes seriam elaborados pelo Instituto Nacional de Padrões e Tecnologia, agência do Departamento de Comércio americano.

Mesmo sem regulamentação em alguns países, a Meta adotou uma política própria para identificar esse tipo de material no Facebook, Instagram e Threads.

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Jogadores do Xbox terão ajudinha do Copilot, IA da Microsoft

Jogadores do Xbox no celular vão ganhar um novo assistente em breve. A Microsoft vai lançar o Copilot for Gaming, seu chatbot de inteligência artificial para economizar tempo e encontrar novos jogos na plataforma. A data de lançamento não foi informada.

“Este companheiro controlado por IA foi projetado para ser seu companheiro de jogo personalizado, ajudando você a chegar aos seus jogos favoritos mais rápido, treinando você para melhorar suas habilidades e conectando você melhor com suas comunidades”, diz o comunicado da empresa.

O recurso foi construído com base em três princípios: capacidade, adaptabilidade e personalização. A ideia é ajudar o usuário a gastar menos tempo em tarefas de pesquisa, baixando e atualizando os games.

Assistente de IA será lançado inicialmente apenas para celulares (Imagem: Microsoft/Divulgação)

A Microsoft pondera que o jogador permanece no controle, decidindo como e quando interagir com o Copilot, garantindo que o sistema melhore em vez de interromper a experiência de jogo.

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Copilot para Gaming Asset

Um dos recursos do Copilot for Gaming é a assistência no jogo. Os jogadores podem interagir com o chatbot usando linguagem natural, recebendo conselhos específicos da situação para ajudar o usuário a superar desafios e melhorar sua jogabilidade.

Copilot vai ajudar a economizar tempo na atualização dos jogos (Imagem: Microsoft/Divulgação)

“Não se trata apenas da IA ​​aparecer para ajudar você, trata-se da IA ​​aparecer no momento certo”, disse Fatima Kardar, vice-presidente corporativa de IA para jogos do Xbox. “Realmente temos que pensar sobre a experiência que construímos, ela não pode ser intrusiva.”

O sistema será liberado apenas para celulares e expandido gradualmente para outros dispositivos. A Microsoft diz que o feedback dos jogadores por meio do Xbox Insider Program será fundamental para ajudar a moldar a direção do produto.

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Satélite da Nasa vai mudar o jogo na resposta a eventos climáticos

A Nasa está trabalhando em satélites autônomos alimentados por IA que podem operar sem supervisão humana para aprimorar o monitoramento de desastres. Isso pode aprimorar o processamento de imagens em tempo real e acelerar a tomada de decisões — quando se trata do clima, cada segundo importa.

A nova empreitada da agência espacial americana é o Dynamic Targeting, um sistema controlado por IA que permite que os satélites processem dados de imagem a bordo. O equipamento foi desenvolvido em parceria com a startup de inteligência de satélites Ubotica, sediada na Irlanda.

A tecnologia foi testada recentemente durante os incêndios florestais em Los Angeles, nos Estados Unidos, e no período das enchentes históricas de Valência, na Espanha.

Sistema com mediu extensão das enchentes em Valência (Imagem: Nasa/Divulgação)

O sistema foi integrado ao satélite CogniSAT-6, equipado com a plataforma Live Earth Intelligence (LEI) e emparelhado com o SPACE:AI, que permite o processamento de dados de forma autônoma e a transmissão de insights para a Terra em minutos.

No caso da Espanha, o modelo executado a bordo estimou que 21% da região observada estava submersa, fornecendo uma avaliação imediata da gravidade da enchente. Em comparação, os sistemas tradicionais podem levar dias para que os dados brutos completos sejam baixados.

“Esta demonstração tecnológica destaca o papel vital dos satélites inteligentes, autônomos e habilitados por IA no fornecimento de dados críticos em tempo real para auxiliar na mitigação de desastres e, finalmente, salvar vidas”, disse Fintan Buckley, CEO da Ubotica.

Caso a captura de imagem seja prejudicada pela cobertura de nuvens, o sistema de IA alerta os demais satélites para tentarem novamente, eliminando a necessidade de os operadores remarcarem os equipamentos manualmente.

A Ubotica já trabalhou com a Nasa em outro projeto para aplicar o processamento de imagens orientado por IA a bordo da Estação Espacial Internacional. Em 2022, a startup fechou um contrato de US$ 632.000 com o Jet Propulsion Lab para criar o Dynamic Targeting.

Nasa monitorou incêndios florestais na Califórnia no início do ano (Imagem: Nasa/Divulgação)

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Corrida geopolítica

Esse tipo de tecnologia não é novidade do outro lado do mundo, na China. O país asiático já incorporou sistemas de IA para observação da Terra com os satélites Tiantuo e Zhuhai, operados em parceria com a empresa Zhuhai Orbita.

Satélites autônomos auxiliam não só na resposta a desastres climáticos, mas também podem fornecer inteligência estratégica sobre mudanças ambientais, segurança marítima e até movimentos militares.

A Nasa e a Ubotica estão trabalhando em conjunto com agências de defesa nos Estados Unidos e na Europa para proteger ativos marítimos, como cabos submarinos e parques eólicos offshore, além da detecção de atividades suspeitas de embarcações.

“É importante proteger a vasta rede de cabos de comunicação subaquáticos de alta velocidade, pois eles frequentemente estão sujeitos a danos acidentais ou deliberados”, disse Buckley ao site Fast Company. “A chave é identificar e avisar as embarcações antes que qualquer dano ocorra e, se um incidente acontecer, rastrear e responsabilizar o infrator.” 

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DeepSeek: IA chinesa impulsionou busca por modelos mais eficientes

O lançamento do DeepSeek, modelo de inteligência artificial (IA) desenvolvido na China, causou muita repercussão no setor de tecnologia. Embora a ferramenta tenha dividido opiniões, é inegável que ela causou mudanças significativas.

A novidade fez com que muitas empresas buscassem reduzir os custos de desenvolvimento de novos sistemas. Agora, o entendimento é que é possível criar modelos de IA sem a necessidade de gastar bilhões de dólares.

Legado da IA chinesa

Um exemplo claro desta mudança é a Cohere Inc., com sede em Toronto, no Canadá. A empresa atua no ramo da inteligência artificial e está prestes a lançar um novo modelo chamado Command A, que pode realizar uma série tarefas complexas.

Chinesa DeepSeek mudou forma de atuação de algumas empresas (Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock)

Segundo a companhia, a ferramenta usa apenas dois dos chips A100 ou H100 focados em IA da Nvidia. Isso é significativamente menos do que o número de chips utilizados no desenvolvimento de outros modelos de inteligência artificial.

Segundo o cofundador e CEO da Cohere, Aidan Gomez, a chegada do DeepSeek “conscientizou o mercado de como muitos players têm sido ineficientes”. Ainda de acordo com ele, este foi um alerta “muito saudável” para o mercado.

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Tela inicial do DeepSeek em um smartphone
Chatbot chinês virou sensação e atraiu olhares do mundo todo (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

DeepSeek é considerada uma ameaça para outras gigantes do setor

  • A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados que vêm surpreendendo o mercado.
  • O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.
  • Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.
  • A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.
  • Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais.
  • E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.
  • A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos.
  • Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

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IA consegue detectar a ‘voz’ dos peixes em tempo real

Pesquisadores da Woods Hole Oceanographic Institution desenvolveram um inovador sistema de inteligência artificial (IA) capaz de identificar rapidamente os chamados específicos de peixes dentro do ruído geral dos recifes de corais, uma tarefa que tradicionalmente exigia meses de pesquisa manual.

Um artigo sobre o estudo foi publicado recentemente no The Journal of the Acoustical Society of America.

O sistema utiliza uma rede neural treinada para reconhecer os sons característicos de diferentes espécies de peixes, permitindo que ele realize essa tarefa 25 vezes mais rápido do que seria possível para um ser humano.

Essa tecnologia não só melhora a eficiência na detecção de chamados de peixes conhecidos, mas também é capaz de identificar sons de espécies não catalogadas previamente.

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O robô subaquático CUREE consegue percorrer recifes para registrar sons dos peixes em tempo real – Imagem: Woods Hole Oceanographic Institution

Quando um som desconhecido é detectado, uma câmera subaquática acoplada ao sistema pode ser acionada para capturar uma imagem do peixe responsável pelo chamado, enriquecendo bancos de dados com novos dados acústicos.

Veículo autônomo percorre os recifes de corais

  • O sistema está sendo integrado a um veículo subaquático autônomo, o CUREE, que pode percorrer recifes de corais, registrando e identificando os sons dos peixes em tempo real.
  • A ideia é que esse veículo, equipado com IA, consiga mapear os recifes de forma contínua, catalogando sons conhecidos e descobrindo novos, o que pode fornecer informações cruciais sobre a biodiversidade e as populações de peixes locais.
  • O objetivo final dos cientistas é atingir uma detecção em tempo real, permitindo a construção de dispositivos que possam identificar com precisão os chamados de peixes e associá-los a espécies específicas, um avanço significativo na pesquisa e monitoramento da vida marinha.
IA revoluciona monitoramento de recifes de corais e cataloga sons dos peixes – Imagem: Wonderful Nature/Shutterstock

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Bancos de Wall Street alertam para uso das IAs no setor financeiro

Grandes instituições financeiras de Wall Street, como Goldman Sachs, Citigroup e JPMorgan Chase, estão destacando os riscos associados ao crescente uso de inteligência artificial (IA) no setor financeiro, como mostra uma reportagem da Bloomberg.

Em seus relatórios anuais de 2024, os bancos apontaram preocupações com falhas nos modelos de IA, problemas de moral dos funcionários, vulnerabilidades à cibercriminalidade e a pressão de novas regulamentações globais.

Essas preocupações surgem à medida que a IA se torna cada vez mais central em suas operações, seja com softwares próprios ou de terceiros.

Quais os riscos que causam temor em Wall Street

  • Entre os principais riscos mencionados estão os modelos de IA que podem ser falhos, não confiáveis ou gerarem resultados imprecisos, impactando a reputação e a eficiência dos bancos.
  • O JPMorgan, por exemplo, destacou que a adoção de IA pode provocar deslocamento da força de trabalho, afetando o moral dos funcionários e criando uma competição acirrada para recrutar profissionais qualificados.
  • Além disso, as empresas estão expostas a novos desafios relacionados à segurança de dados e ao risco de ataques cibernéticos, com criminosos também se beneficiando do uso da IA de forma cada vez mais sofisticada.
  • Outro ponto levantado foi a necessidade de os bancos se manterem atualizados com os desenvolvimentos tecnológicos, para não perderem clientes e negócios.
  • A competição por inovação e a constante evolução das regulamentações, como a Lei de Inteligência Artificial da União Europeia, também representam grandes desafios.
Falhas nos modelos de IA levantam preocupações nos bancos de Wall Street – Imagem: TK Kurikawa/Shutterstock

Em um cenário global com regulamentações mais rígidas, a privacidade dos dados e a conformidade regulatória se tornam questões de alta prioridade, já que mudanças podem impactar as operações bancárias.

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Apesar dos riscos, os bancos estão integrando a IA em diversas áreas, como análise de portfólios e automatização de processos. Citigroup e Goldman Sachs estão, por exemplo, utilizando IA para melhorar a análise de dados e otimizar o serviço ao cliente.

Contudo, há um consenso crescente de que essas tecnologias devem ser implantadas com controle rigoroso para evitar imprecisões ou alucinações, e para garantir que a privacidade e segurança dos dados sejam preservadas.

Por fim, as instituições financeiras reconhecem que a IA pode ser uma ferramenta poderosa para aumentar a produtividade e reduzir custos, mas os bancos precisam adotar uma abordagem responsável e cautelosa para mitigar os riscos associados a sua implementação em grande escala.

IA pode melhorar a produtividade na area de finanças, mas bancos pedem uma implementação responsável – Imagem: Shutterstock/khunkornStudio

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IA pode ser solução para garantir segurança alimentar no Brasil

Um dos principais desafios da atualidade é combater a insegurança alimentar global. Apesar de ser uma das principais “fazendas” do mundo, o Brasil não está imune ao problema, que pode se tornar ainda maior em função das mudanças climáticas.

Pensando nisso, um grupo de pesquisadores apresentou um relatório que reúne propostas concretas para solucionar problemas críticos relacionados ao tema. O trabalho defende a utilização de tecnologias, incluindo a inteligência artificial, para afastar a ameaça da fome.

Tecnologias são fundamentais para a transformação dos sistemas alimentares

O trabalho apresenta soluções inovadoras para problemas como o acesso à água potável, a modernização das infraestruturas rurais e a promoção de cadeias de valor sustentáveis. Além disso, destaca a utilização de tecnologias avançadas, como a IA e as ferramentas digitais para apoiar desde a produção até à distribuição de alimentos, reforçando a resiliência face aos desafios climáticos e sociais.

O documento aponta ainda a importância do fortalecimento das redes de investigação, do desenvolvimento de tecnologias locais e da inclusão digital como pilares fundamentais para a transformação dos sistemas alimentares.

IA pode ser utilizada para aumentar produção e evitar desperdícios (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

Para os pesquisadores, há três pilares fundamentais para aprimorar a segurança alimentar: a promoção da pesquisa científica básica e tecnológica e a modernização e ampliação da infraestrutura de CT&I como um pacto geopolítico na América Latina e Caribe; o aumento dos financiamentos públicos e privados para o desenvolvimento da CT&I de segurança alimentar; e a formação, atração e fixação de recursos humanos com foco em segurança alimentar nos centros de ensino e pesquisa.

Dessa forma, o relatório serve como um guia prático para governos, organizações e comunidades acadêmicas comprometidas com a erradicação da fome e a garantia da segurança alimentar na América Latina. O documento na íntegra pode ser acessado clicando aqui.

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Pesquisadores defendem que a fome não é resultado da falta de comida existente (Imagem: Soru Epotok/Shutterstock)

Insegurança alimentar pode aumentar no futuro

  • De acordo com os pesquisadores, a insegurança alimentar não é um mero resultado da escassez de alimentos, mas sim uma construção social e política.
  • Os países da América Latina e Caribe, por exemplo, apresentam uma distribuição interna bastante desigual.
  • Enquanto a prevalência de insegurança alimentar moderada e grave foi de 14,1% no Uruguai e de 15,9% na Costa Rica, entre 2019 e 2021, o índice atingiu 55,8% da população da Guatemala e 82,5% do Haiti.
  • Segundo os autores, há, em curso, três graves ameaças globais à saúde e à sobrevivência humana: as pandemias de desnutrição, de obesidade e as mudanças climáticas.

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Quem foi a astrônoma que dá nome ao novo chip da Nvidia?

A Nvidia vai revelar detalhes de seu novo processador gráfico de inteligência artificial (IA) na conferência anual da empresa, marcada para a próxima terça-feira (18). O Rubin foi batizado em homenagem a Vera Rubin, astrônoma estadunidense reconhecida por seu trabalho com matéria escura invisível no Universo.

Ao contrário de outras companhias do setor, que optam por números e letras, as inovações da empresa chefiada por Jensen Huang recebem nomes de cientistas desde 1998, quando seus primeiros chips foram baseados na microarquitetura “Fahrenheit”.

Pode-se dizer que é uma cultura de uma das principais fornecedoras de serviços para Google, Microsoft, Amazon, OpenAI, Tesla e Meta. A Nvidia chegou a vender uma camiseta exclusiva para funcionários com desenhos animados de vários cientistas famosos, segundo reportagem da CNBC.

No lançamento deste ano, “Vera” se referirá ao processador central de próxima geração da Nvidia e “Rubin” se referirá à nova GPU da empresa. E a escolha faz sentido para 2025, ano em que o Observatório Vera C. Rubin, sediado no Chile, se prepara para conduzir pesquisa inédita de dez anos do céu noturno.

Antes de Rubin, a Nvidia homenageou outras mulheres em suas produções, como a cientista da computação estadunidense Grace Hopper, que cunhou o termo “bug” para se referir a falhas de computador; e Ada Lovelace, matemática britânica que foi pioneira em algoritmos de computador no século XIX.

Rubin fotografado medindo espectros em 1974 na Carnegie Institution em Washington (EUA) (Imagem: KPNO/NOIRLab/NSF/AURA)

Trajetória de Vera Rubin, que dá noma ao novo chip da Nvidia

  • Vera Rubin nasceu na Filadélfia, Pensilvânia (EUA), mas se mudou para DC ainda jovem. Ela tinha interesse pelo Espaço desde jovem, o que seus pais fomentaram e apoiaram;
  • O pai de Rubin a ajudou na construção de um telescópio de papelão para que ela pudesse fotografar o movimento das estrelas, e sua mãe persuadiu o bibliotecário local a permitir que ela verificasse livros de ciências para adultos;
  • Ela se formou em astronomia no Vassar College, em Nova York (EUA), a única aluna na escola só para mulheres a fazê-lo;
  • Rubin se candidatou à pós-graduação em Princeton, mas foi negada por ser mulher;
  • No verão de 1947, ela conheceu o estudante de física de Cornell e futuro marido, Bob Rubin, que, à época, estava no programa V-12 da Marinha dos EUA;
  • Em 1955, Rubin foi contratada pela Universidade de Georgetown para fazer pesquisas e lecionar. Ela trabalhou lá por uma década;
  • Em 1965, começou a trabalhar no Departamento de Magnetismo Terrestre da Carnegie Institution em Washington, DC. Rubin foi a primeira cientista mulher na equipe do departamento;
  • Suas ideias sobre os movimentos em larga escala das galáxias, tese de seu mestrado, começaram a decolar em escala maior quando ela colaborou com o astrônomo Kent Ford.
Observatório Vera C. Rubin, sediado no Chile (Imagem: Divulgação)

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A grande descoberta

Rubin e Ford trabalharam juntos por anos, compilando dados no Observatório Kitt Peak, no Arizona (EUA). Eles rastrearam a rotação das estrelas ao redor do centro de galáxias distantes. E observaram algo que não era esperado.

As estrelas mais distantes estavam girando tão rápido quanto aquelas perto do centro e não mais devagar, como se imaginava. O fenômeno levantou a hipótese de que uma “massa invisível” influencia a velocidade, o que, atualmente, chamamos de matéria escura.

A descoberta foi fundamental para abrir novos campos de pesquisa na astrofísica, incluindo a física de partículas. Os cientistas descobriram depois que a matéria escura compõe mais de 80% de toda a matéria no Universo.

Ao longo de sua carreira, Rubin publicou mais de 100 artigos científicos e foi eleita para a Academia Nacional de Ciências, além de ter recebido diversos prêmios, como a Medalha Nacional de Ciências, concedida pelo ex-presidente Bill Clinton, em 1993. Rubin morreu em 2016.

A ciência é competitiva, agressiva, exigente. Ela também é imaginativa, inspiradora, edificante. Vocês também podem fazer isso. Cada um de vocês pode mudar o mundo, pois vocês são feitos de matéria estelar e estão conectados ao Universo,” disse a astrônoma no discurso de formatura em Berkeley, em maio de 1996.

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Pesquisadores chineses planejam criar ‘rim digital’ com IA

Cientistas da Universidade de Pequim anunciaram um projeto ambicioso: a criação de um “rim digital” através da integração de tecnologias de imagem multimodal e inteligência artificial.

O “Projeto Imageomics do Rim” visa construir um atlas digital detalhado do órgão, abrindo novas perspectivas para o diagnóstico e tratamento de doenças renais.

A importância do diagnóstico precoce de doenças renais

A doença renal crônica (DRC) é uma condição silenciosa, frequentemente diagnosticada tardiamente, quando o comprometimento renal já é significativo. A falta de sintomas evidentes e de biomarcadores diagnósticos confiáveis dificulta a detecção precoce, crucial para prevenir a progressão da doença.

O “rim digital” surge como uma ferramenta inovadora para superar esses desafios. Através da visualização detalhada da arquitetura renal em múltiplas escalas — desde a dinâmica molecular até a função sistêmica do órgão — a plataforma promete revolucionar a nefrologia de precisão.

O “rim digital” se torna um “órgão transparente”, capaz de revelar a origem de lesões e auxiliar na personalização de tratamentos. (Imagem: Natali _ Mis/Shutterstock)

Uma das características mais notáveis do “rim digital” é sua capacidade de integrar imagens multimodais, como ultrassom, ressonância magnética (MRI), tomografia computadorizada (CT) e patologia. Essa integração permite uma visualização panorâmica e multidimensional do órgão, revelando detalhes que os exames tradicionais não conseguem captar.

Além disso, a plataforma oferece simulação dinâmica da função renal, permitindo a detecção precoce de alterações e a simulação de diferentes cenários clínicos. O “rim digital” se torna um “órgão transparente”, capaz de revelar a origem de lesões e auxiliar na personalização de tratamentos.

Na prática clínica, o “rim digital” auxiliará na localização precisa de lesões e na construção de modelos digitais personalizados, baseados nos dados clínicos de cada paciente. Essa abordagem personalizada permitirá a seleção de tratamentos mais eficazes e o aprimoramento do diagnóstico precoce.

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Os pesquisadores planejam construir um rim digital animal em três anos e um rim digital humano em dez anos. O projeto também servirá como modelo para a criação de atlas digitais de outros órgãos, impulsionando a pesquisa em diversas áreas da medicina.

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