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Oscar define regras para IA e impõe nova exigência a jurados

A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas atualizou as regras para o Oscar 2026 e, pela primeira vez, incluiu uma diretriz específica sobre o uso de inteligência artificial generativa na produção dos filmes. Segundo a nova norma, o uso dessas ferramentas não favorece nem prejudica uma obra na avaliação dos votantes, mas a escolha dos indicados deve considerar o grau de autoria humana envolvida.

Além disso, a entidade também implementou mudanças no processo de votação, como a exigência de que os membros assistam a todos os filmes indicados em uma categoria para poder votar nela.

Avaliação com IA passa a considerar autoria humana

Pela primeira vez, a Academia divulgou uma diretriz formal sobre o uso de ferramentas digitais e IA generativa na criação dos filmes. A entidade declarou que o uso desses recursos não favorece nem prejudica as chances de uma obra ser indicada. O critério central de avaliação continuará sendo o grau de envolvimento criativo e humano na autoria da produção.

Segundo o regulamento: “Em relação à Inteligência Artificial Generativa e outras ferramentas digitais utilizadas na produção do filme, esses recursos não ajudam nem atrapalham as chances de alcançar uma indicação. A Academia e cada um dos ramos avaliarão a conquista levando em conta o grau em que um ser humano esteve no centro da autoria criativa ao decidir qual filme premiar”.

A Academia liberou diretrizes para a aceitação de uso de IA em filmes (Imagem: LanKS / Shutterstock.com)

Voto só será válido após confirmação de que o filme foi assistido

Uma das mudanças mais significativas para o Oscar 2026 é a exigência de que os membros da Academia só poderão votar em uma categoria se tiverem assistido a todos os filmes indicados naquela disputa. A nova regra será aplicada a todas as categorias e visa aumentar o rigor e a justiça na escolha dos vencedores.

Para garantir o cumprimento da exigência, a Academia vai monitorar a atividade dos votantes por meio da plataforma de streaming exclusiva Academy Screening Room. Caso o filme tenha sido assistido fora do ambiente oficial — como em festivais ou sessões privadas —, o membro deverá preencher um formulário detalhando a ocasião. O método de verificação, já usado anteriormente em categorias como longa internacional e curta-metragem, agora se estende a toda a votação final.

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Agora os votantes são obrigados a assistir a todos os filmes da categoria para votar. Como isto já não era uma regra? (Imagem: Rapit Design / Shutterstock.com)

Novidade nas cédulas e estreia da categoria de Elenco

Outra mudança relevante é que, a partir de agora, os nomes dos indicados de cada categoria também aparecerão nas cédulas finais de votação, e não apenas os títulos dos filmes. Isso deve dar maior visibilidade a profissionais indicados com frequência, como compositores e técnicos de som.

Além disso, o Oscar 2026 marcará a estreia da categoria de Melhor Elenco (Achievement in Casting). A seleção será feita por meio de um processo que inclui pré-seleção, evento de apresentação e votação exclusiva por membros do ramo de diretores de elenco. O objetivo é reconhecer o trabalho criativo e colaborativo desses profissionais na construção dos elencos dos filmes.

Calendário e outras atualizações

As datas-chave da temporada do Oscar 2026 já foram definidas. O período de votação para as indicações vai de 12 a 16 de janeiro, com o anúncio dos nomeados previsto para 22 de janeiro. A votação final ocorrerá entre 26 de fevereiro e 5 de março. A cerimônia está marcada para o dia 15 de março de 2026.

Outras mudanças incluem prazos de submissão mais curtos nas categorias musicais, expansão de elegibilidade para cineastas refugiados ou asilados e abertura da votação da categoria de Curta-Metragem de Animação para todos os membros da Academia que optarem por assistir à lista completa de indicados.

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Inteligência artificial liga para gentilezas? Estudo responde

Pesquisadores da Universidade Cornell, nos Estados Unidos, avaliaram se o uso de palavras como “por favor” e “obrigado” podem influenciar a resposta da inteligência artificial. E eles descobriram que sim.

“A linguagem educada na comunicação humana frequentemente gera maior conformidade e eficácia, enquanto a grosseria pode causar aversão, o que afeta a qualidade da resposta “, afirma o estudo, divulgado pelo jornal El Tiempo.

De maneira geral, os acadêmicos identificaram que os modelos refletem características da comunicação humana, seguindo normas de polidez mundialmente conhecidas. O nível da educação, no entanto, variou de acordo com o idioma.

“Nossas descobertas destacam a necessidade de considerar a polidez no processamento de linguagem natural intercultural e no uso de LLMs.”

LLMs estudados responderam melhor a um nível moderado de polidez (Imagem: Alex Cristi/iStock)

O que podemos aprender com o estudo?

Em inglês, os LLMs estudados responderam melhor a um nível moderado de polidez, enquanto em japonês, um alto nível de polidez era mais benéfico. Ou seja, os prompts podem ter absorvido padrões culturais durante seus treinamentos, considerando diferentes contextos e populações.

“Avaliamos o impacto da polidez nos prompts em LLMs em tarefas de inglês, chinês e japonês. Descobrimos que prompts indelicados frequentemente resultam em desempenho ruim, mas a linguagem excessivamente polida não garante melhores resultados”, afirmam.

Ainda segundo a reportagem, os pesquisadores tentaram criar um guia para equilibrar o nível de gentileza considerando variações linguísticas, mas a tarefa foi considerada “muito complexa”.

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Campus da Universidade Cornell, nos Estados Unidos (Imagem: arlutz73/iStock)

A IA do futuro

Recentemente, o Olhar Digital relatou a criação da ONG AI Futures Project, que tenta desvendar como o mundo será nos próximos anos, conforme sistemas de IA cada vez mais poderosos são desenvolvidos.

A entidade elaborou um relatório em que sugere que as IAs continuarão a melhorar a ponto de serem agentes totalmente autônomas. Além disso, traz projeções de uma “rebelião” dos modelos de linguagem em 2027, ano em que os sistemas estariam mais aptos para diversas funções do que os próprios seres humanos.

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Como remover o Gemini do seu Gmail para aumentar sua privacidade

Assim como outras grandes empresas de tecnologia, o Google conta com sua própria IA generativa: o Gemini. Ele pode funcionar como um chatbot comum, onde o usuário pede tarefas utilizando prompts de comando, mas também oferece recursos mais avançados, com a integração de serviços e aplicativos do Google, por exemplo.

Em 2024, a empresa anunciou que o Gemini estaria disponível para integração com o Gmail e o Docs, por exemplo.

De acordo com o Google, a integração tem como objetivo aumentar a produtividade, permitindo que os usuários façam muito mais ações sem que seja preciso alternar os aplicativos.

Além disso, a IA promete auxiliar em tarefas como a escrita de um e-mail, otimizando o tempo no trabalho. Entretanto, nem todos estão abertos à chegada dessa tecnologia, preferindo manter as coisas como sempre foram.

Por conta disso, pode ser interessante aprender a desativar o Gemini do seu Gmail, caso pense que possa estar mais atrapalhando que ajudando, ou até mesmo por questões de segurança e privacidade. Veja como abaixo!

Leia mais:

Como desativar o Gemini do seu Gmail para aumentar sua privacidade

Caso você tenha notado a presença do Gemini em seu Gmail, e quer desativá-lo, saiba que o procedimento é bastante simples. Confira o passo a passo abaixo:

Tempo necessário: 5 minutos

  1. Abra sua conta Gmail no computador;

    Clique no ícone de engrenagem de “Configurações” no canto superior direito, e depois em “Ver todas as configurações”;

  2. Role para baixo até “Recursos inteligentes do Google Workspace”;

    Clique em “Gerenciar configurações do recursos inteligentes do Workspace”;

  3. Desabilite a alternância de recursos inteligentes no Google Workspace;

    E pronto!

Ao desativar o Gemini no Gmail, você vai perder itinerários e convites aparecendo no seu calendário, por exemplo.

Além disso, os ícones Gemini e Help Me Write (Me ajude a escrever) não desaparecem após desabilitar a alternância, contudo, o Gmail vai solicitar que você a reative caso clique nesses ícones.

Também é possível desativar o Smart Compose, a personalização do Smart Compose e outras ferramentas de escrita no menu de configurações principal, caso não queria essas funções.

Como e por que o Gemini tem acesso ao seu Gmail?

Primeiramente, precisamos deixar claro que a integração ao Google Gemini ao Gmail somente está disponível para quem possui uma assinatura qualificada do Google Workspace, como uma conta Google Escolar ou de trabalho, e para quem assinar o plano IA Premium do Google One.

Imagem demonstra uma ilustração da conta gmail em um celular
Conta Gmail móvel (Reprodução: Solen Feyissa/Unsplash)

A notícia da integração da IA do Google com alguns de seus produtos foi anunciada em fevereiro de 2024, conforme divulgado no blog oficial do Google, e também pelo Olhar Digital.

O plano de assinatura IA Premium custa R$ 96,99 após o primeiro mês gratuito de teste, e oferece o Gemini Advanced e 2 TB de armazenamento. Além disso, o usuário pode encontrar os seguintes benefícios:

  • 2 TB de armazenamento;
  • Ajuda para escrever, planejar, aprender e mais com o Gemini;
  • Gemini Advanced com acesso aos nossos modelos de IA mais avançados;
  • Maior integração da IA nos apps do Google, com o Gemini no Gmail, nos Documentos e mais;
  • Acesso prioritário às próximas inovações;
  • NotebookLM Plus com limites de uso 5 vezes maiores e recursos premium.

De acordo com o site do suporte da empresa, com o Gemini no Gmail, é possível ter acesso a uma série de recursos:

  • Resumir uma conversa por e-mail;
  • Sugerir respostas a uma conversa por e-mail;
  • Escrever um e-mail;
  • Encontrar informações de e-mails anteriores;
  • Encontrar informações nos seus arquivos do Google Drive;
  • Receber informações sobre eventos do Google Agenda (somente em inglês);
  • Criar eventos no Google Agenda (somente em inglês).

Além do Gmail, a integração do Gemini também está presente em outros aplicativos do Workspace, permitindo que os usuários aproveitem os recursos avançados de IA para melhorar a produtividade e a eficiência no uso desses programas.

Para o e-mail, o objetivo é facilitar a gestão da caixa de entrada, a compreensão de conversas complexas e a elaboração de respostas eficientes, por exemplo.

A ativação do Gemini no Gmail para aqueles que possuem acesso ao recurso não é obrigatória, podendo ser habilitada ou desabilitada manualmente nas configurações do Gmail sempre que o usuário desejar.

Além disso, o Google solicita permissão do usuário para que a IA possa acessar e processar os e-mails, como forma de garantir a transparência e o controle sobre dados pessoais.

Ícone de aplicativo do Gemini em celular Android
Algumas pessoas podem não querer o Gemini em seus e-mails, por não utilizarem a IA generativa, ou por questões de segurança e privacidade (Imagem: mundissima/Shutterstock)

Ainda assim, algumas pessoas podem não querer a presença da IA do Google em seus e-mails, uma vez que a ferramenta terá acesso ao conteúdo das suas mensagens para fornecer suas funcionalidades.

Mesmo que o Google invista em medidas de segurança robustas para proteger os dados dos usuários, é preciso estar ciente de que qualquer ferramenta com acesso a informações pessoais pode apresentar riscos.

Apesar de não haver nenhum caso relatado de problemas de segurança ou algo do tipo por algum usuário da ferramenta, foram relatadas algumas insatisfações com a funcionalidade de busca aprimorada, por exemplo.

Segundo o jornal The Sun, as pessoas relataram que a IA frequentemente exibia mensagens antigas em vez das mais recentes, o que pode ser resolvido alternando entre a busca por “mais relevante” e “mais recente”.

Além disso, na comunidade do Google Workspace, foi relatado problema de integração com extensões do recurso, com um incidente onde usuários corporativos passaram por dificuldades ao acessar extensões como o Google Calendar, Keep e Tasks, a partir do aplicativo Gemini.

O problema foi causado por uma configuração incorreta no servidor backend durante o lançamento de um novo recurso, e o Google resolveu a questão.

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Chip de IA da Huawei avança para substituir GPUs da Nvidia na China

A Huawei deve iniciar já no próximo mês o envio em larga escala do chip de inteligência artificial Ascend 910C para clientes chineses. De acordo com fontes ouvidas pela Reuters, algumas unidades já foram entregues antecipadamente, e a previsão é que o novo modelo se torne peça-chave para suprir a demanda por GPUs no país, especialmente após as recentes restrições dos Estados Unidos à venda de chips da Nvidia para empresas chinesas.

A medida coincide com o aumento da procura por alternativas domésticas ao chip H20, da própria Nvidia, que passou a necessitar de licença de exportação para ser comercializado na China. A pressão vem do governo dos EUA, sob a administração do presidente Donald Trump, que tenta restringir o avanço tecnológico chinês, principalmente no campo da IA com potencial uso militar.

Ascend 910C é aposta da Huawei para ocupar espaço deixado pela Nvidia na China (Imagem: Huawei / Divulgação)

Chip 910C: evolução arquitetônica e desempenho competitivo

  • O Ascend 910C é uma GPU que representa uma evolução arquitetônica em relação ao modelo anterior, o 910B.
  • Segundo fontes da Reuters familiarizadas com o projeto, o novo chip combina dois processadores 910B em um único pacote, utilizando técnicas avançadas de integração.
  • Com isso, o componente atinge desempenho comparável ao poderoso chip H100, da Nvidia.
  • Além de dobrar a capacidade de processamento e de memória em relação ao seu antecessor, o 910C oferece melhorias incrementais, como suporte aprimorado para cargas de trabalho de IA diversificadas.
  • No entanto, especialistas apontam que o chip não representa um avanço revolucionário, mas sim uma otimização importante diante do cenário atual.

Mercado chinês busca autonomia em hardware de IA

Com a proibição da venda de chips como o B200 e o H100 à China desde 2022, empresas chinesas de tecnologia e startups como Moore Threads e Iluvatar CoreX intensificaram o desenvolvimento de soluções locais. A nova limitação imposta à Nvidia com o H20 abre espaço para que o 910C da Huawei se torne o principal hardware de referência para desenvolvedores de modelos de IA e aplicações de inferência no país, segundo Paul Triolo, consultor da Albright Stonebridge Group.

No fim de 2024, a Huawei já havia começado a distribuir amostras do 910C e a aceitar pedidos de encomenda. A empresa, no entanto, se recusou a comentar publicamente sobre o cronograma de entrega e as especificações técnicas do chip, classificando as informações como especulações.

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Produção e envolvimento de fornecedores

Ainda não está claro quais empresas estão responsáveis pela fabricação principal do 910C, mas fontes da Reuters indicam que a SMIC, fabricante chinesa de chips, está utilizando seu processo N+2 de 7 nanômetros para produzir alguns dos principais componentes. Apesar disso, a taxa de rendimento das peças ainda é considerada baixa.

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Fabricante chinesa, SMIC estaria produzindo alguns dos principais componentes (Imagem: Ascannio / Shutterstock.com)

Outra parte dos chips 910C inclui semicondutores produzidos anteriormente pela TSMC para a empresa chinesa Sophgo, segundo fontes ligadas à cadeia de produção. A TSMC afirmou que não fornece componentes à Huawei desde setembro de 2020 e que segue todas as normas regulatórias. O Departamento de Comércio dos EUA, por sua vez, investiga a atuação da TSMC no fornecimento indireto à Huawei após identificar chips da Sophgo em processadores 910B.

A Huawei, por sua vez, reiterou que não utiliza chips da Sophgo fabricados pela TSMC. A Sophgo não comentou o caso até o momento.

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Como fazer uma playlist com inteligência artificial pelo Spotify

O Spotify é uma das principais plataformas de streaming de música do mundo e como forma de se manter no pódio, criou um novo recurso: a criação de uma playlist de músicas via inteligência artificial.

Embora o recurso não esteja disponível no Brasil, o Olhar Digital conseguiu acesso à função e vai destrinchar o passo a passo para mostrá-lo como funciona. Assim, quando o recurso for disponibilizado por aqui, você já saberá como testá-lo.

Os usuários devem ser assinantes Premium (fora do Brasil), com valor mínimo de US$ 5,99 para estudantes ou US$ 11,99 para demais clientes. Outro ponto importante é que a função só pode ser acessada por meio de celulares Android ou iOS. Também não tem previsão de quando o sistema será disponibilizado no desktop.

Leia mais:

Como fazer uma playlist com a IA no Spotify?

As playlists criadas contêm 30 músicas, que podem ser ajustadas conforme o desejo do assinante. Para isso, ele deve utilizar um prompt e especificar o gênero musical, a década das músicas, os artistas e o clima da canção.

Tempo necessário: 2 dias

  1. Abra o Spotify e toque em “Sua Biblioteca” 

  2. Aperte em “IA Playlist”, selecione uma das opções de prompts ou digite o seu

    Espere até que apareça a lista. 
    Segundo passo para usar a playlist com inteligência artificial pelo Spotify

  3. Toque em “Criar”

    Isso vai fazer com que a sua playlist fique salva na biblioteca.
    Terceiro passo para usar a playlist com inteligência artificial pelo Spotify

Com imagens de: Spotify.

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IA do Instagram vai identificar contas usadas por adolescentes para aumentar a segurança

O Instagram vai ampliar o uso de inteligência artificial para detectar uso indevido da plataforma por adolescentes. A ideia é identificar usuários que estão abaixo da idade mínima da rede social e bloquear o acesso.

Desde 2024, o Instagram implementou uma ferramenta que usa IA para identificar adolescentes na plataforma. Para menores de idade, o uso da plataforma é feito com limitações. Mas muitos desses usuários colocam uma data de nascimento diferente da real para driblar essas restrições.

Entre as limitações impostas aos adolescentes, o Instagram torna todas as contas de menores de idade privadas, impossibilita a troca de mensagens com estranhos, e limita o tipo de conteúdo exibido para essas contas.

Uso de IA será mais intenso para proteger adolescentes

A partir de agora, a inteligência artificial vai ter um papel mais forte na busca por menores de idade que usam a rede social indevidamente.

Imagem: Luiza Kamalova/Shutterstock

O Instagram vai passar a buscar proativamente por adolescentes que colocam data de nascimento falsa e vai mudar a configuração da conta desses usuários — ativando as limitações impostas a menores de idade.

Leia mais:

A inteligência artificial vasculhará o histórico de navegação e até mensagens trocadas entre usuários em busca de sinais de que a pessoa mente a idade: se detectar em uma conversa um “feliz aniversário de 16 anos”, por exemplo, a IA já ativa as limitações de idade para o usuário em questão.

Em outros casos, a IA vai observar os dados de engajamento do usuário para identificar características de determinados grupos etários — adolescentes costumam gostar de coisas parecidas, e determinadas contas e assuntos são mais populares entre os mais jovens, ajudando a identificar quando uma pessoa mente a idade na plataforma.

A rede social admite que erros podem ocorrer, e adultos podem ser marcados como adolescentes. Por isso, todas as contas que forem afetadas poderão desativar as mudanças e usar o Instagram normalmente.

Meta quer tornar Instagram mais seguro para adolescentes

Após anos e anos de críticas com relação ao uso de suas redes sociais por menores de idade, a Meta passou a adotar medidas para tornar as plataformas mais seguras para adolescentes.

Entre as medidas que motivaram as ações estão uma investigação conduzida pela União Europeia para checar se a Meta atua para reduzir potenciais danos causados pelo uso da rede social por adolescentes.

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Papa Francisco: alerta sobre IA, desigualdade digital e ética na tecnologia

A partida do Papa Francisco, aos 88 anos, marca o fim de um capítulo significativo na história da Igreja Católica, caracterizado por um discurso progressista e um olhar atento às questões contemporâneas. Em seus últimos pronunciamentos, o pontífice demonstrou uma profunda preocupação com o impacto da tecnologia e da inteligência artificial na sociedade, alertando para o aumento da desigualdade digital.

Durante o “Minerva Diálogos” (ou Minerva Dialogues), um encontro promovido pelo Vaticano, Francisco reconheceu o potencial benéfico da IA, mas ressaltou a necessidade de um desenvolvimento ético e responsável.

Ele expressou o temor de que os avanços tecnológicos estivessem exacerbando as disparidades sociais, enfatizando a importância de garantir que a tecnologia permaneça centrada no ser humano e voltada para o bem comum: “É uma fonte de preocupação para mim que as evidências até o momento sugiram que as tecnologias digitais aumentaram a desigualdade em nosso mundo”.

O Papa estava virtualmente conectado a todos por meio de suas contas no Instagram e no X (antigo Twitter), que juntas contam com cerca de 30 milhões de seguidores. (Imagem: Ricardo Perna/Shutterstock)

Papa Francisco e os riscos da IA

O Papa também discutiu novas tecnologias, como a inteligência artificial. “Estou convencido de que o desenvolvimento da inteligência artificial e do aprendizado de máquina tem o potencial de contribuir positivamente para o futuro da humanidade”, disse

No entanto, destacou que os criadores dessas tecnologias precisem ser cautelosos quanto aos potenciais danos que podem causar.

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Além da ética tecnológica, o legado de Francisco ficou marcado por diversas causas progressistas. (Imagem: AM113 / Shutterstock)

“Tenho certeza de que esse potencial só será concretizado se houver um compromisso constante e consistente por parte daqueles que desenvolvem essas tecnologias para agir de forma ética e responsável”, afirmou.

“É reconfortante saber que muitas pessoas nessas áreas estão trabalhando para garantir que a tecnologia permaneça centrada no ser humano, eticamente fundamentada e voltada para o bem.”

Leia mais:

O legado do Papa Francisco

  • Além da ética tecnológica, o legado de Francisco incluiu diversas causas progressistas, como a defesa dos direitos dos imigrantes e da comunidade LGBTQ+, bem como a luta contra as mudanças climáticas.
  • Sua postura, muitas vezes em desacordo com a ala conservadora da Igreja, evidenciou um líder comprometido com a justiça social e a inclusão.
  • O Papa Francisco utilizou as mídias sociais para se conectar com milhões de pessoas, mas também alertou sobre os perigos do materialismo e da dependência excessiva da tecnologia.
  • Sua mensagem ressoou tanto entre seus seguidores quanto entre aqueles que o observavam de fora, consolidando sua imagem como um líder religioso preocupado com os desafios do século XXI.

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Google Whisk: como usar a inteligência artificial para juntar imagens

O Google Whisk é uma ferramenta experimental de inteligência artificial (IA) desenvolvida para facilitar a criação e combinação de imagens. Diferente de outras plataformas, ele usa um modelo multimodal para interpretar referências visuais e gerar novas composições criativas.

Se você quer aprender como usar o Google Whisk IA para juntar imagens, siga este guia passo a passo e descubra como usar a ferramenta e criar imagens.

Como usar a IA Whisk, do Google, para juntar imagens

O Whisk funciona a partir de um processo em três etapas:

  • Análise da imagem: a IA interpreta as referências visuais enviadas pelo usuário.
  • Conversão para texto: o sistema gera descrições detalhadas das imagens carregadas.
  • Geração da imagem final: a IA usa essas descrições para criar uma nova composição visual.
Você pode “juntar” fotos de imagens com sugestões em texto ou do sistema / Crédito: Google Whisk (reprodução)

Isso significa que você pode combinar elementos de diferentes fotos sem precisar escrever descrições complexas. O Google Whisk IA transforma suas ideias em imagens de forma intuitiva e acessível.

O que significam as categorias do Whisk?

Barra de geração de imagens no Google Whisk / Crédito: Google Whisk (reprodução)

Para obter melhores resultados, o Whisk organiza suas imagens em três categorias principais:

  • Assunto: o elemento principal da imagem (exemplo: um gato, um carro, um astronauta).
  • Ambiente: o local onde a cena acontece (exemplo: uma praia, o espaço sideral, um museu).
  • Estilo: a aparência final da imagem (exemplo: desenho animado, pintura a óleo, arte cyberpunk).

Essa estrutura permite que a IA crie composições visualmente coesas e alinhadas às suas preferências.

Leia mais:

Como criar imagens com o Google Whisk IA

Tempo necessário: 5 minutos

  1. Acesse o Whisk

    Vá até os Laboratórios do Google (labs.google) e encontre a página do Whisk. Utilize sua conta Google para acessar a ferramenta.

  2. Adicione imagens de referência

    Você pode arrastar e soltar imagens ou fazer upload manual. O Whisk divide as referências em três categorias: Assunto (personagens, objetos, animais); Ambiente (cenário, fundo); Estilo (estética, técnica artística). Para cada um deles, você pode adicionar mais de uma imagem.

  3. Personalize a geração

    Opcionalmente, você pode adicionar um comando em texto para direcionar o resultado.

  4. Gere sua imagem

    Clique no botão de geração ou dê um “Enter” e aguarde enquanto o Whisk cria a composição baseada nas referências.

  5. Refine a imagem

    Caso queira ajustes, utilize as ferramentas de refinamento para modificar cores, iluminação ou pequenos detalhes. Nesse caso adicionamos um chapéu ao sapo.

  6. Baixe as imagens

    Se quiser você pode baixar as imagens e compartilha-las com amigos nas suas redes sociais.

Dicas extras do Whisk

  • Use imagens com fundo simples para facilitar a combinação.
  • Experimente diferentes estilos (fotográfico, cartoon, pintura).
  • Adicione detalhes textuais para direcionar melhor a IA.
  • Use o modo “Jogar os Dados” para inspiração aleatória.
IA do Goole cria imagens com inteligência artificial
Para gerar esta imagem, inserimos três animais de estimação como assunto, uma caminha como ambiente e a aquarela como estilo. Imagem: Layse Ventura / Olhar Digital

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IA que raciocina mais alucina mais: novos modelos da OpenAI “viajam” bastante

Apesar de serem considerados modelos de inteligência artificial (IA) de última geração, o o3 e o o4-mini, lançados recentemente pela OpenAI, estão enfrentando um problema peculiar: eles inventam muitas coisas (alucinam). E o pior, fazem isso mais do que seus antecessores.

As chamadas “alucinações” são um dos maiores desafios na evolução da IA. Elas acontecem quando os modelos geram informações falsas ou inventadas, mesmo quando parecem confiantes em suas respostas. Historicamente, cada nova versão melhorava nesse aspecto, alucinando menos. Mas, surpreendentemente, o o3 e o o4-mini estão indo na direção oposta.

Alucinação preocupante

Testes da OpenAI revelaram que o o3 alucina em 33% das vezes ao responder perguntas sobre pessoas no PersonQA, o benchmark interno da startup. Já o o4-mini foi ainda pior, “viajando” 48% da vezes. Para comparação, modelos anteriores como o o1 e o o3-mini tinham taxas de erro de apenas 16% e 14,8%, respectivamente.

Pesquisadores independentes também notaram comportamentos estranhos. Em testes do Transluce, um laboratório de pesquisa de IA sem fins lucrativos, o o3 afirmou executar código em um MacBook Pro 2021 fora do ChatGPT, algo que ele não pode fazer. Além disso, usuários relataram links quebrados fornecidos pelo modelo em tarefas de codificação. Esses erros podem parecer pequenos, mas têm grande impacto em setores onde a precisão é crucial, como escritórios de advocacia ou empresas de saúde.

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Por outro lado, esses modelos continuam impressionando em áreas como matemática e programação. O problema é que, enquanto buscam respostas mais detalhadas e criativas, as chances de inventar informações aumentam. A OpenAI admitiu que ainda não sabe por que isso está acontecendo e reconheceu que encontrar uma solução será essencial para o futuro da IA.

Uma possível saída é permitir que os modelos consultem a internet em tempo real. Testes internos da OpenAI mostram que o GPT-4o com pesquisa na web alcança 90% de precisão em algumas tarefas. No entanto, essa solução levanta questões de privacidade, já que os prompts dos usuários podem ser expostos a terceiros.

Via TechCrunch

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Astrônomos usam IA para caçar planetas semelhantes à Terra

Encontrar planetas como a Terra em sistemas estelares distantes pode ser algo mais perto da realidade graças a um algoritmo revolucionário desenvolvido por cientistas europeus. Usando aprendizado de máquina, a IA identificou 44 estrelas que podem abrigar planetas rochosos semelhantes ao nosso – e localizados na chamada “zona habitável”, onde as condições podem permitir vida como a conhecemos.

A pesquisa liderada pela astrônoma Jeanne Davoult, do Centro Aeroespacial Alemão (DLR), usou dados simulados gerados pelo Modelo de Berna, um sistema sofisticado que cria milhares de cenários planetários artificiais. O objetivo? Treinar o algoritmo para reconhecer padrões que indiquem a presença de mundos potencialmente habitáveis.

Um algoritmo caçando planetas

Os resultados, publicados no periódico Astronomy & Astrophysics, são impressionantes. Após ser treinado em mais de 53 mil sistemas simulados, o modelo alcançou uma precisão de até 99% ao prever quais estrelas têm maior chance de hospedar planetas do tamanho da Terra. Entre os principais indicadores estão a massa, o raio e o período orbital do planeta mais interno detectado em cada sistema.

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Por exemplo, Davoult descobriu que, em torno de estrelas do tipo G como o nosso Sol, a existência de um mundo do tamanho do nosso na zona habitável parece mais provável se o raio do planeta detectável mais interno for maior que 2,5 vezes o raio da Terra, ou se tiver um período orbital maior que 10 dias. Curiosamente, sistemas com gigantes gasosos externos, como o nosso Júpiter, parecem ter maior probabilidade de também abrigar planetas rochosos internos.

Agora, com essas 44 candidatas identificadas, os astrônomos podem focar seus telescópios em alvos promissores, economizando tempo e recursos. E isso é apenas o começo. No futuro, o algoritmo será aplicado aos dados da missão PLATO, da Agência Espacial Europeia, que promete descobrir milhares de novos exoplanetas.

Via Space.com

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