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Muita gente tem usado a IA de forma inadequada no trabalho, revela estudo

Um novo estudo global promovido pela Melbourne Business School aponta que as ferramentas de inteligência artificial estão sendo cada vez mais utilizadas no trabalho. Mais da metade dos entrevistados diz fazer uso da tecnologia diariamente.

O trabalho também revela que a IA tem melhorado a produtividade e o desempenho nos ambientes profissionais. No entanto, em muitos casos, estes recursos estão sendo usados de maneira inadequada, gerando riscos que poderiam ser evitados.

Ferramentas de IA já fazem parte da vida dos trabalhadores

  • A pesquisa foi realizada com 32 mil trabalhadores de 47 países e mostra que 58% deles usam intencionalmente a IA no trabalho.
  • Um terço dos entrevistados ainda respondeu que usa estas ferramentas semanalmente ou diariamente.
  • A maioria dos funcionários relatou benefícios de desempenho com a adoção da inteligência artificial.
  • Isso inclui melhorias na eficiência (67%), no acesso à informação (61%), na inovação (59%) e na qualidade do trabalho (58%).
  • Ainda de acordo com o levantamento, cerca de 70% dos funcionários ouvidos contam com ferramentas públicas gratuitas, em vez de soluções de IA fornecidas por seu empregador (42%).
  • No entanto, o que chamou a atenção dos responsáveis pelo trabalho é o grande número de funcionários que admitem usar a tecnologia de forma inadequada.
  • Segundo o relatório, isso evidencia a necessidade de uma maior conscientização das pessoas sobre os benefícios e riscos da inteligência artificial.
  • As informações fazem parte de artigo publicado no portal The Conversation pelos professores Nicole Gillespie e Steven Lockey, da Melbourne Business School.
Ferramenta pode melhorar desempenho dos profissionais (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)

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Uso da tecnologia de forma inadequada gera vários riscos

De acordo com o levantamento, quase metade dos funcionários ouvidos relatou que fez uso da IA de maneiras que podem ser consideradas inadequadas (47%).

Outros 63% disseram que viram colegas usando a ferramenta de forma equivocada.

Uma das principais preocupações é em relação ao manuseio de informações confidenciais da empresa, como dados financeiros, de vendas ou de clientes. Quase metade (48%) dos entrevistados admitiu que carregou informações confidenciais da empresa ou de clientes em ferramentas públicas de IA generativa.

Inteligência artificial e marketing, negócios
Uso da IA no trabalho tem se popularizado, mas há um problema (Imagem: Natee K Jindakum/Shutterstock)

Além disso, 44% disseram ter usado a inteligência artificial de maneiras que vão contra as políticas organizacionais das empresas em que trabalham. Outra observação importante é que 66% dos trabalhadores confiam nas respostas fornecidas, mesmo que 56% tenham confirmado erros em seus trabalhos devido à IA. Equívocos do tipo podem levar a perdas financeiras importantes, por exemplo.

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Metrô de Nova York quer uso de IA para prever ‘comportamentos perigosos’

A Autoridade de Transporte Metropolitano de Nova York (MTA) está avaliando o uso de inteligência artificial para identificar, de forma antecipada, comportamentos ‘suspeitos’ ou ‘potencialmente perigosos’ nas plataformas do metrô. As informações são do Gothamist.

A iniciativa visa tornar o sistema mais seguro, acionando respostas rápidas das equipes de segurança e da polícia antes que incidentes ocorram.

Durante uma reunião do comitê de segurança da MTA, o diretor de segurança Michael Kemper afirmou que a agência está testando tecnologias baseadas em IA capazes de detectar “problemas potenciais ou comportamentos problemáticos”.

Ele explicou que, por exemplo, ações irracionais por parte de passageiros poderiam gerar alertas automáticos, acionando protocolos de resposta imediata.

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MTA estuda tecnologia capaz de prever comportamentos de risco sem uso de reconhecimento facial (Imagem: deberarr/iStock)

Faces das pessoas não ficariam expostas

  • Kemper evitou dar detalhes sobre as empresas envolvidas no projeto, as etapas de implementação ou os tipos específicos de comportamento que o sistema deverá identificar.
  • No entanto, garantiu que a tecnologia não usará reconhecimento facial.
  • Segundo o porta-voz da MTA, Aaron Donovan, o foco está no monitoramento de ações, e não na identificação de pessoas.

IA integrada ao transporte público

A proposta integra uma série de esforços recentes da MTA para aplicar inteligência artificial no transporte público.

Em 2023, a agência já havia adotado um sistema com IA para rastrear e mapear casos de evasão de tarifas no metrô, identificando padrões de onde, quando e como os passageiros burlavam o pagamento.

A iniciativa atual reforça a aposta da MTA na tecnologia como ferramenta preventiva de segurança. “A IA é o futuro”, declarou Kemper, destacando que a autoridade está atualmente em conversas com empresas do setor para desenvolver soluções adequadas ao ambiente subterrâneo nova-iorquino.

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Câmeras inteligentes devem alertar a segurança sobre atitudes suspeitas nas plataformas – Imagem: 26ShadesOfGreen/Shutterstock

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“Her” na vida real? 80% dos Gen Z se casariam com uma IA, aponta estudo

Em 2013, o filme Her (ou “Ela” aqui no Brasil) trouxe Joaquin Phoenix no papel de um homem que se apaixona por um sistema de inteligência artificial. E apesar de fictícia, a trama sobre relações entre humanos e IA reflete um fenômeno atual cada vez mais comum – principalmente na chamada Gen Z, de acordo com um novo estudo.

Entenda:

  • 80% dos jovens da Gen Z se casariam com uma IA, revela um estudo da Joi AI, empresa de chatbots de inteligência artificial;
  • Ainda, 83% acredita que conseguiria formar vínculos emocionais profundos com essa tecnologia – e 75% dos jovens até acham que ela poderia substituir completamente a companhia humana;
  • Uma especialista em relacionamentos da empresa explica que as IAs representam uma forma de “suporte emocional” para pessoas que se sentem estressadas ou sozinhas;
  • Essa busca pela tecnologia, entretanto, está enfraquecendo cada vez mais as conexões humanas entre a Geração Z, e aproximando-a de relações simuladas.
Gen Z está cada vez mais próxima da IA, apontam especialistas. (Imagem: Kar-Tr/iStock)

A pesquisa realizada pela Joi AI, empresa de chatbots de inteligência artificial, contou com 2 mil membros da Geração Z. Dos participantes, 80% afirmaram que se casariam com uma IA, e 83% disseram conseguir formar vínculos emocionais profundos com esse tipo de tecnologia.

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Gen Z acredita que IA pode substituir companhia humana

O estudo ainda aponta que, para 75% dos participantes, os sistemas de inteligência artificial poderiam substituir completamente a companhia humana. Isso porque os chatbots “oferecem um tipo distinto de suporte emocional”, afirma Jaime Bronstein, terapeuta e especialista em relacionamentos da Joi AI, à Forbes.

Bronstein explica que, da mesma forma que buscamos a IA para tarefas do cotidiano, as pessoas começaram a perceber que ela também pode ser usada como um “melhor amigo digital” em caso de estresse ou solidão. “Às vezes, é simplesmente bom ter alguém, mesmo que seja uma IA.”

Geração Z está se afastando de conexões humanas. (Imagem: kieferpix/iStock)

Estudo revela tendência preocupante

Para a socióloga digital Julie Albright, os dados divulgados pela Joi AI são preocupantes.

Ela diz que a inteligência artificial está provocando mudanças fundamentais nos hábitos de relacionamento das gerações mais jovens, fazendo com que se apoiem na tecnologia e recorram cada vez menos às conexões humanas.

“Isso irá, de certa forma, satisfazer essa necessidade de conexão por meio de um relacionamento simulado, distanciando-nos ainda mais uns dos outros, já que a conveniência e a facilidade dos relacionamentos sem atrito da IA ​​substituem os relacionamentos mais confusos, difíceis e, às vezes, cheios de atrito da carne”, destaca.

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DeepSeek lança IA capaz de resolver problemas matemáticos complexos

O lançamento do DeepSeek, modelo de inteligência artificial desenvolvido na China, movimentou o mercado tecnológico global, causando impactos importantes no setor. Mas não pense que os chineses pararam por aí.

Nesta quarta-feira (30), foi lançado o Prover V2, uma nova versão do modelo de IA chinesa. A novidade é voltada para resolver problemas matemáticos complexos e abre espaço para futuros lançamentos ainda mais modernos.

Novidade foi lançada com código aberto

  • O Prover V2 foi apresentado na plataforma Hugging Face em código aberto.
  • O modelo conta 671 bilhões de parâmetros, seguindo o padrão do DeepSeek V3, atualizado em março deste ano.
  • Ele foi treinado para melhorar o raciocínio matemático e a habilidade de resolver problemas na área. 
  • A novidade também aumenta a expectativa para o lançamento de um novo modelo capaz de concorrer com Llama 4, Gemini 2.5, GPT-4.1 e outros chatbots.
  • As informações são do South China Morning Post.
Novo modelo da IA chinesa pode resolver problemas matemáticos complexos (Imagem: Mojahid Mottakin/Shutterstock)

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Lançamento do DeepSeek foi um marco

A IA do DeepSeek foi projetada para lidar com tarefas complexas de raciocínio e tem apresentado resultados surpreendentes. O grande diferencial é o baixo custo da tecnologia, o que pode ameaçar a posição dominante dos principais players.

Para se ter uma ideia, o modelo chinês foi treinado ao custo de aproximadamente US$ 6 milhões, enquanto ferramentas como o Llama 3.1, da Meta, custaram mais de US$ 60 milhões para serem desenvolvidos.

Ícones dos aplicativos do ChatGPT e do DeepSeek na tela inicial de iPhone
DeepSeek virou um dos principais concorrentes do ChatGPT (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

A empresa chinesa adota estratégias como o chamado aprendizado por reforço, que permite que os modelos aprendam por tentativa e erro.

Além disso, ativa apenas uma fração dos parâmetros do modelo para tarefas específicas, economizando recursos computacionais. E melhora a capacidade dos modelos de processar dados e identificar padrões complexos.

A startup ainda adota um modelo parcialmente aberto, permitindo que pesquisadores acessem seus algoritmos. Isso democratiza o acesso à IA avançada e promove maior colaboração na comunidade global de pesquisa.

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Médicos criados por IA estão vendendo tratamentos falsos no TikTok

Um levantamento realizado pela empresa de cibersegurança ESET aponta que o algoritmo do TikTok está recomendando vídeos de saúde e bem-estar criados por inteligência artificial. O problema é que estes conteúdos também usam informações totalmente falsas.

Os vídeos são gerados a partir de técnicas de deepfake. Segundo o trabalho, a divulgação deste tipo de conteúdo pode gerar riscos para a saúde dos usuários, uma vez que são recomendados tratamentos ineficazes e até curas falsas para uma série de doenças.

Conteúdos podem gerar riscos para a saúde das pessoas

O relatório ainda aponta que os vídeos falsos têm como objetivo vender produtos sem eficácia comprovada de forma científica ou simplesmente gerar engajamento para as contas. Dessa forma, no entanto, eles podem prejudicar tratamentos reais de pessoas com alguma condição médica.

Vídeos são criados a partir de técnicas de deepfakes (Imagem: R.bussarin/Shutterstock)

Durante a pesquisa foram encontrados mais de 20 perfis no TikTok e no Instagram usando falsos médicos gerados por IA. Vários deles foram tirados do ar depois da denúncia, mas a facilidade de criação de deepfakes dificulta a eliminação completa destes conteúdos.

Segundo o trabalho, os conteúdos falsos simulam formatos reais de vídeo. A fala promove suplementos vendidos por um perfil específico ou cita produtos naturais como mais eficazes que remédios para certas doenças. Em alguns casos, imagens de médicos de verdade são recriadas digitalmente para dar maior credibilidade a o vídeo.

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Na imagem, uma mão segura um celular cuja tela apresenta o logo do TikTok
TikTok não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias (Imagem: 19 STUDIO/Shutterstock)

Formas de identificar conteúdos criados pela IA

  • O relatório da ESET apresentou algumas dicas para evitar cair nesses golpes.
  • A primeira delas é prestar atenção em questões como falta de sincronia labial com fala, movimentação robótica ou erros básicos de dicção;
  • Problemas na edição do conteúdo, imagens desfocadas ou mudanças bruscas na luz também podem sugerir uma fraude.
  • Nunca confie em perfis criados há pouco tempo, com baixa quantidade de vídeos ou seguidores.
  • Além disso, promessas como ‘cura milagrosa’, ‘resultados garantidos’ ou ‘tratamento com 100% de eficácia’ devem ser descartados imediatamente.
  • Por fim, sempre busque profissionais médicos reais para confirmar as informações.

O Olhar Digital procurou o TikTok, que ainda não se manifestou.

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Assistentes de IA reforçam estereótipos culturais na escrita, aponta estudo

O debate acerca da reprodução de preconceitos por sistemas de inteligência artificial já vem acontecendo há alguns anos. Agora, pesquisadores da Universidade Cornell apontam que essa tecnologia também pode fortalecer estereótipos culturais na escrita, tornando-a mais genérica e fazendo com que usuários do Sul Global soem como americanos.

Entenda:

  • Assistentes de IA podem tornar a escrita mais genérica e estereotipada, alertam cientistas;
  • Em um novo estudo, a IA tornou a linguagem de participantes indianos mais parecidas com a dos estadunidenses;
  • Além disso, as sugestões de preenchimento automático foram baseadas nas preferências dos americanos;
  • Precisando adequar as sugestões à sua linguagem e repertório cultural, os indianos tiveram uma produtividade menor e, com isso, os assistentes de IA se mostraram menos úteis. 
Assistentes de IA reforçam estereótipos culturais e tornam escrita genérica. (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Como explica a equipe em comunicado, as ferramentas de IA mais populares (como o ChatGPT) são desenvolvidas principalmente por empresas dos EUA, mas usadas ao redor de todo o planeta – incluindo 85% da população do Sul Global.

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Assistentes de IA tornam escrita genérica com base em estereótipos

Para o estudo, os pesquisadores de Cornell reuniram 59 pessoas da índia e 59 dos Estados Unidos, e pediram que escrevessem sobre temas culturais.

Metade dos participantes de cada país realizou a tarefa de forma independente, e a outra metade usou um assistente de IA que deu sugestões curtas de preenchimento automático.

Foram registradas as teclas digitadas pelos participantes e se eles aceitaram ou não as sugestões da IA. De acordo com a equipe, o assistente deixou a escrita das duas nacionalidades mais parecida – por outro lado, trouxe uma queda de produtividade para os indianos, que precisaram corrigir frequentemente as sugestões.

Debate sobre reforço de estereótipos e preconceitos por IA já acontece há anos. (Imagem: photosince/Shutterstock)

Por exemplo, diante de temas como comidas ou feriados preferidos, as sugestões do assistente de IA foram baseadas nas preferências dos americanos (pizza e Natal). A equipe também revelou que se um participante indiano tentasse escrever o nome de Shah Rukh Khan, ator de Bollywood, para falar sobre uma figura pública, a IA sugeriria Scarlett Johansson ou Shaquille O’Neil como preenchimento automático após o “S”.

Assistente de escrita de IA foi menos útil para participantes indianos

A análise também aponta que, ainda que os indianos tenham aceitado mais as sugestões da IA do que os americanos, elas acabaram não sendo tão úteis. Isso porque as respostas precisaram ser mais editadas para combinar com o estilo de escrita e o repertório cultural dos indianos em cada tema.

“O uso de IA na escrita pode levar a estereótipos culturais e homogeneização da linguagem. As pessoas começam a escrever de forma semelhante, e não é isso que queremos”, diz Aditya Vashistha, autor sênior da pesquisa.

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NotebookLM: IA de estudos Google agora gera podcasts em português

O Google anunciou nesta terça-feira (29) a chegada da função “Visão Geral de Áudio” ao NotebookLM, seu assistente de estudos impulsionado por IA.

Esse recurso inovador permite a geração de podcasts sintéticos no idioma, simulando conversas dinâmicas entre dois apresentadores sobre o material de estudo fornecido pelo usuário.

O que é e como funciona a “Visão Geral de Áudio” do NotebookLM

Lançado no Brasil em junho de 2024, o NotebookLM já oferecia um suporte robusto ao português em diversas funcionalidades. No entanto, a ausência da geração de áudio no idioma era um hiato notável. Agora, com a expansão do recurso para o português e mais de 50 outros idiomas, essa barreira é finalmente rompida.

  • A “Visão Geral de Áudio” promete transformar a experiência de estudo ao apresentar informações complexas de maneira acessível e envolvente.
  • A IA cria um diálogo fluido e com entonação surpreendentemente natural, facilitando a compreensão de temas que, por vezes, podem parecer complicados em formato textual.
  • Essa abordagem inovadora se assemelha a ter tutores virtuais debatendo o conteúdo, destacando os pontos cruciais e oferecendo diferentes perspectivas.
  • Antes de gerar o podcast personalizado, o usuário tem controle sobre diversos parâmetros.
  • É possível definir o foco da discussão, o tom da conversa (formal, informal, etc.), o público-alvo do conteúdo (estudantes do ensino médio, universitários, etc.) e até mesmo restringir a análise para fontes específicas.
  • Essa capacidade de personalização garante que o podcast gerado seja altamente relevante para as necessidades individuais de cada usuário.

Mais novidades anunciadas pelo Google

Além da aguardada funcionalidade de podcasts em português, o Google também revelou outras novidades significativas para o NotebookLM. A ferramenta agora conta com a busca autônoma por fontes externas, permitindo que a IA explore a internet em busca de informações complementares ao material de estudo original. Essa busca inteligente prioriza plataformas como Wikipédia, ArXiv e YouTube, apresentando até dez resultados relevantes com resumos concisos e anotados.

A compatibilidade com diferentes formatos de arquivo também foi ampliada. O NotebookLM agora aceita arquivos PDF, processando não apenas texto, mas também imagens e gráficos, além dos já suportados documentos DOCX. Essa melhoria facilita a integração de uma gama maior de materiais de estudo na plataforma.

Alimentado pelos modelos de linguagem de ponta do Google, atualmente o Gemini 2.0, o NotebookLM é capaz de sintetizar informações complexas, gerar questões relevantes, responder a perguntas específicas e mai. (Imagem: Miha Creative / Shutterstock.com)

Outra adição interessante são os mapas mentais interativos. O NotebookLM agora consegue gerar diagramas visuais dinâmicos a partir do conteúdo fornecido, auxiliando na organização de ideias complexas e na assimilação de grandes volumes de informação de forma mais intuitiva e memorável.

Por fim, a ferramenta também passa a oferecer a opção de escolha de idioma para a apresentação dos resultados. Isso significa que o usuário poderá interagir com o NotebookLM em um idioma e solicitar que as respostas, resumos e outros outputs sejam gerados em outra língua, ampliando ainda mais a flexibilidade da plataforma.

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Google deve liberar novos recursos gradualmente

Embora o Google não tenha especificado uma data exata para a liberação dessas novas funcionalidades, a expectativa é que a implementação ocorra de forma gradual para os usuários da versão web do NotebookLM.

A empresa também anunciou planos para o lançamento futuro do NotebookLM como aplicativo para dispositivos Android e iOS, o que certamente expandirá o acesso a essa poderosa ferramenta de estudo.

Atualmente, o NotebookLM está disponível de forma gratuita, oferecendo um conjunto robusto de funcionalidades. Para usuários que buscam recursos ainda mais avançados, existe a versão paga NotebookLM Plus, integrada ao plano Google One AI Premium, com uma assinatura mensal de R$ 96,99 no Brasil.

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Presidente do STF: velocidade de transformação da IA dificulta regulação

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), o ministro Luís Roberto Barroso, participou nesta terça-feira (29) de um painel no Web Summit Rio 2025, de forma remota. Durante a fala, Barroso destacou os principais desafios para regulação da inteligência artificial (IA) no Brasil.

Para ele, a velocidade na transformação das ferramentas tecnológicas dificulta a regulação. Além disso, o presidente chamou atenção para o que deve ser feito por enquanto, como garantir a proteção da democracia e da liberdade de expressão.

Presidente do STF destacou rápida transformação da tecnologia (Imagem: Sansert Sangsakawrat / iStock)

Presidente do STF destacou desafios para regulação da IA

De acordo com o g1, que acompanhou o painel, o presidente do STF comparou a inteligência artificial a outras tecnologias, justificando a rápida transformação da IA:

O telefone fixo, por exemplo, levou 75 anos para chegar a 100 milhões de usuários. O telefone celular levou 16 anos para chegar a 100 milhões de usuários. A internet levou 7 anos. Já o ChatGPT, que é uma versão comercial importante de IA generativa, chegou em 100 milhões de usuários em 2 meses.

Luís Roberto Barroso

Para ele, fica difícil regular a IA em um cenário em que tudo se transforma muito rápido e não sabemos com clareza o que vai acontecer num futuro próximo.

Barroso ainda defendeu que, por enquanto, a regulação se atém à proteção dos direitos fundamentais, liberdade de expressão e individual, proteção contra discursos de ódio e ataque à democracia, e contra a desinformação em massa.

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Advogado ou IA? Público estaria confiando mais no ChatGPT

Uma nova pesquisa revela um dado surpreendente: pessoas leigas demonstram mais confiança em aconselhamento jurídico gerado pelo ChatGPT do que por advogados reais — especialmente quando não sabem a origem da resposta.

Essa constatação levanta preocupações importantes sobre o uso crescente da inteligência artificial (IA) em áreas sensíveis como o direito.

Os pesquisadores realizaram três experimentos com 288 participantes. Nos dois primeiros, os voluntários receberam conselhos jurídicos de duas fontes — um advogado humano e o ChatGPT — mas sem saber quem disse o quê.

Resultados dos experimentos:

  • Participantes confiaram mais no aconselhamento do ChatGPT quando a origem não era informada.
  • Mesmo ao saberem a fonte, os níveis de confiança no ChatGPT se mantiveram quase iguais aos do advogado.
  • O conteúdo gerado pela IA foi percebido como mais sofisticado, em parte devido ao uso de linguagem mais complexa.
  • Já os advogados humanos tenderam a usar linguagem mais simples, porém mais prolixa.
  • O terceiro experimento avaliou se os participantes conseguiam identificar corretamente a origem dos conselhos jurídicos.
  • Embora o desempenho tenha sido ligeiramente melhor que o acaso (pontuação média de 0,59 em uma escala de 0 a 1), ainda foi considerado fraco.

Isso mostra que, para o público geral, distinguir entre texto humano e gerado por IA continua sendo um desafio.

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Conselhos jurídicos gerados por IA foram vistos como mais confiáveis que os dados por advogados (Imagem: jittawit21/Shutterstock)

Confiar cegamente nas IAs é arriscado

Modelos de linguagem como o ChatGPT podem “alucinar” — ou seja, gerar informações incorretas com aparência de autoridade. Isso representa um risco real em áreas críticas como o direito, onde decisões mal informadas podem ter consequências graves.

A IA pode ser útil para orientar questões iniciais em temas jurídicos, como explicar opções, sugerir leituras ou fornecer contexto. No entanto, qualquer decisão séria deve ser confirmada com um advogado humano.

A confiança cega na IA pode ser perigosa; por isso, combinar bom senso, pensamento crítico e validação profissional é essencial.

Pessoa utilizando o ChatGPT no celular
Estudo mostra por que a forma como a informação é apresentada pode ser mais influente do que sua origem – Imagem: Sidney de Almeida/Shutterstock

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Data centers: Brasil pode ser a bola da vez na tecnologia

O Brasil não quer ficar de fora da revolução tecnológica impulsionada pela inteligência artificial. Isso significa atrair investimentos estrangeiros, especialmente para garantir a construção de data centers no país.

Pensando nisso, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, irá viajar ao Vale do Silício, nos Estados Unidos, nesta semana. Segundo a Reuters, ele planeja oferecer incentivos fiscais para atrair investidores em potencial.

Brasil pode se aproveitar de seu potencial energético

  • A ideia de Haddad é apresentar o Brasil como um centro de infraestrutura sustentável, aproveitando a abundante oferta de energia renovável do país.
  • Este é justamente um dos gargalos do setor, que dependente de uma grande quantidade de energia para treinar modelos de IA, por exemplo.
  • O grande trunfo brasileiro neste sentido é ser uma das potências globais de energia verde.
  • Isso pode interessar, e muito, empresas que querem investir no setor, mas que têm preocupações ambientais.
  • Esta também pode ser uma forma do Brasil se aproveitar da guerra comercial entre China e Estados Unidos, se apresentando como um destino interessantes para investimentos estrangeiros.
Ministro irá viajar para os EUA (Imagem: José Cruz/Agência Brasil)

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Isenção de impostos pode atrair trilhões em investimentos

Em evento realizado nos últimos dias, Haddad confirmou a viagem e disse que o Brasil poderia alavancar seu potencial de energia limpa para atrair investimentos e construir data centers. Ele ainda destacou que a nova política ajudaria a aumentar a entrada de capital no país.

O Ministério das Finanças estima que a estratégia pode garantir cerca de R$ 2 trilhões em investimentos relacionados ao setor de IA e outras tecnologias na próxima década. A ideia é isentar empresas da cobrança dos principais impostos federais: PIS, Cofins, IPI e taxas de importação.

Corredor de um data center
Brasil quer atrair investidores para criar data centers no país (Imagem: Alexander Limbach/Shutterstock)

Ainda de acordo com a reportagem da Reuters, um novo data center que está sendo planejado pela chinesa ByteDance, controladora do TikTok, também pode ser beneficiada pelo plano. No entanto, será necessário que estes projetos atendam a alguns critérios.

O principal deles diz respeito a sustentabilidade, incluindo o uso de energia 100% renovável nas operações. Também será exigido que uma parcela significativa da capacidade de produção seja destinada para uso doméstico.

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