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Studio Ghibli: MIT faz importante alerta sobre as trends de IA

Você sabia que o seu desenho versão Simpsons ou versão Studio Ghibli pode custar caro ao meio ambiente? Quem fez esse alerta é o MIT, o Massachusetts Institute of Technology, uma das universidades mais respeitadas do mundo.

Há um debate antigo sobre o consumo excessivo de energia no treinamento e desenvolvimento de ferramentas de Inteligência Artificial. A popularização das novas trends de IA serviu para retomar a discussão, que tem agora novos e interessantes números que ilustram esse quadro.

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Em nota enviada à imprensa, o CEO da versão brasileira do MIT Technology Review, André Miceli, escreveu que as análises sobre as trends também deveriam ser feitas a partir da ótica da “responsabilidade energética”.

É isso que faremos agora.

Que fique claro, eu também usei o ChatGPT – e achei as imagens muito legais. Algo que parece totalmente inocente, no entanto, pode ter implicações ambientais bem sérias. É o que mostram esses números do MIT.

O ChatGPT derreteu e “fez derreter”

  • O Olhar Digital relatou em 27 de março e em primeiro de abril o “derretimento” do ChatGPT.
  • O termo foi utilizado pelo próprio CEO da OpenAI, Sam Altman.
  • O sucesso das trends de IA levou à adesão de milhões de novos usuários, o que sobrecarregou os servidores da companhia.
Já foram inúmeras trends de IA desde que a OpenAI tornou a ferramenta gratuita – Imagem: Arquivo pessoal/Olhar Digital via ChatGPT
  • Dados da empresa de pesquisa de mercado Similarweb mostram que, pela primeira vez na história, o ChatGPT ultrapassou a marca de 150 milhões de contas ativas.
  • E estimativas apontam que a ferramenta chegou a criar 40 milhões de imagens por dia.
  • São números bastante expressivos e bacanas, principalmente para quem defende o acesso universal às novas tecnologias.
  • O problema é que cada prompt de comando enviado a uma IA consome energia.
  • E, no caso, estamos falando de 40 milhões de prompts em um intervalo de um dia, aproximadamente.
  • Pelos cálculos do MIT, o ChatGPT consumiu, durante o momento de pico da trend, algo em torno de 40 Megawatts/hora.
  • Isso equivale ao consumo de 7 mil residências durante 24 horas.
  • Ou, como mostrou o MIT, equivale ao consumo diário de cidades inteiras do nosso país, como Abaeté (MG) ou Mostardas (RS).

Preocupação com o futuro

A questão energética é grave, pois muitos países ainda utilizam como fontes combustíveis fósseis e poluentes, como o carvão. Ou seja, o consumo excessivo de energia nas trends de IA pode significar mais dióxido de carbono na atmosfera.

Mais do que isso, os data centers também utilizam bastante água para operar. Como as máquinas geram muito calor, elas precisam de resfriamento – e é aí que entra o líquido.

De acordo com o MIT, para cada quilowatt-hora de energia que um data center consome, seriam necessários dois litros de água para o resfriamento. Faça as contas dos 40 Megawatts/hora: tem muita água nesse negócio.

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Os avanços da Inteligência Artificial são dignos de comemoração, mas não podemos deixar a questão energética de lado – Imagem: sommart sombutwanitkul/Shutterstock

Estamos falando aqui que o mundo deve usar menos a Inteligência Artificial? A resposta é: claro que não. O MIT, no entanto, levanta essa importante discussão, que deve ser levada em conta pelas big techs e pelos governos ao redor do mundo.

Uma parte deve trabalhar por uma melhor eficiência computacional. Já o outro lado precisa modernizar sua matriz energética, com foco nas fontes limpas e sustentáveis. Justamente o contrário do que vem fazendo o presidente dos EUA, Donald Trump.

Nesse aspecto, o Brasil, mesmo cheio de defeitos, mostra um bom caminho. Por aqui, usamos bastante a energia hidrelétrica, que é considerada limpa.

As informações são do UOL.

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Inteligência artificial da Netflix promete transformar como você encontra filmes

A Netflix iniciou os testes de uma nova ferramenta de busca alimentada por inteligência artificial da OpenAI. A funcionalidade, em fase experimental, está sendo oferecida a um grupo restrito de usuários na Austrália e na Nova Zelândia. As informações são da Bloomberg.

A expectativa é que o teste seja expandido para os Estados Unidos em breve, mas ainda não há previsão para outros países ou para o lançamento em diferentes plataformas.

Como a pesquisa turbinada por IA funcionará

A novidade permite aos usuários pesquisarem conteúdos usando linguagem natural e termos mais subjetivos — como emoções, estados de espírito ou descrições específicas — em vez de depender apenas de títulos, nomes de atores ou gêneros.

Por exemplo, ao buscar algo como “séries tristes” ou “comédia leve para relaxar”, o sistema poderá sugerir opções mais alinhadas ao humor ou à intenção do usuário.

Recurso está em testes na Austrália e Nova Zelândia, sem data certa para expansão em mais países (Imagem: Wachiwit/iStock)

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Usuários com experiência aprimorada na Netflix

  • Segundo MoMo Zhou, porta-voz da Netflix, essa iniciativa faz parte de um esforço maior para aprimorar a experiência do usuário e oferecer uma navegação mais fluida e personalizada.
  • A empresa já utiliza IA em seus sistemas de recomendação, analisando o histórico de visualização de cada assinante.
  • Agora, com a adoção de IA generativa, a intenção é tornar a plataforma ainda mais proativa na sugestão de conteúdos.

O co-CEO da Netflix, Greg Peters, destacou que a inovação técnica deve beneficiar tanto os usuários quanto os criadores de conteúdo, facilitando a descoberta de obras e permitindo formas mais envolventes de contar histórias.

No momento, o novo recurso está disponível apenas em dispositivos iOS. Não há confirmação de quando será liberado para Android ou se isso acontecerá nos próximos testes.

Nova busca da Netflix promete entender o seu humor – Imagem: Vantage_DS/Shutterstock

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Fim da Terra de Ninguém? Brasil pode ter lei para uso de IA

Uma proposta de reforma do Código Civil brasileiro, ainda sob análise no Senado, inclui pela primeira vez normas para o uso de inteligência artificial (IA). A ideia é garantir mais segurança, transparência e responsabilidade no uso dessa tecnologia, que já faz parte do seu dia a dia (mesmo quando você nem percebe).

Pelo texto, sempre que um serviço usar inteligência artificial, isso teria que ser informado de forma clara. Ou seja: ao lidar com um robô em vez de uma pessoa, por exemplo, você teria o direito de saber isso de antemão. E de maneira bem clara.

A proposta ainda será discutida nas comissões do Senado. E precisa ser aprovada pela Câmara dos Deputados antes de virar lei.

No novo Código Civil, IA precisaria seguir princípios éticos e respeitar direitos das pessoas

Além disso, os sistemas de IA precisariam seguir princípios éticos, respeitar os direitos das pessoas, permitir supervisão humana e ser “rastreáveis”. Isso quer dizer: tornar possível entender como eles chegaram a determinada decisão.

  • Também entram na lista regras sobre acessibilidade, para que ninguém fique de fora por dificuldades técnicas.
IA ficaria sob lupa da Lei em proposta de reforma do Código Civil brasileiro (Imagem: Thitisan/Shutterstock)

Essas mudanças fazem parte de uma tentativa maior de adaptar a legislação ao mundo digital. O novo texto também trata, por exemplo, da chamada “herança digital” — que inclui tudo que tem valor e está online, como criptomoedas, arquivos, contas e senhas.

Herança digital e locação por aplicativos também aparecem na proposta de reforma do Código Civil

Além do uso de IA, a proposta de reforma do Código Civil brasileiro aborda outros temas com tecnologia envolvida. Entre eles, estão a já citada “herança digital” e locação por aplicativos.

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Até locação por aplicativos, como ocorre no Airbnb, entrou na mira da proposta de reforma do Código Civil brasileiro (Imagem: Diego Thomazini/Shutterstock)

Herança digital

A proposta inclui os bens digitais na herança de pessoas falecidas, desde que tenham valor econômico. Isso vale para senhas, redes sociais, arquivos de mensagens, fotos, vídeos, pontos em programas de fidelidade e outros.

Além disso, a reforma muda a ordem de quem tem direito à herança. Cônjuges e companheiros deixam de dividir a herança com filhos ou pais do falecido.

Locação por aplicativos (Airbnb, por exemplo)

A proposta permite que condomínios residenciais proíbam alugueis por aplicativos, como o Airbnb. A proibição só vale se estiver prevista na convenção do condomínio ou for aprovada em votação pelos moradores.

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Outros temas

O novo texto também trata de temas que não estejam tão relacionados a tecnologia. Por exemplo: reprodução assistida, doação de órgãos e casamentos/uniões. Você pode conferir os destaques sobre esses assuntos nesta reportagem da CNN Brasil.

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Como criar sua própria inteligência artificial com Meta AI Studio

Lançada no Brasil recentemente, a Meta AI Studio permite ao usuário criar chatbots de inteligência artificial (IA) gratuitamente. A ferramenta pode ser utilizada tanto no Instagram quanto no Facebook Messenger. Além disso, se você preferir, é possível usar o site do AI Studio (desktop).

Com a nova funcionalidade, os usuários conseguem gerar IAs, realizar simulações de conversa com gente famosa e muito mais. A seguir, saiba mais sobre a nova ferramenta da Meta e como utilizá-la. 

Quais tipos de IAs é possível criar com o Meta AI Studio?

O Meta AI Studio permite que o usuário crie IAs personalizadas para conversas, dicas de viagem, dicas de culinária e muito mais. A princípio, a interação acontece apenas por texto. 

Vale destacar que, na criação da inteligência artificial, o usuário pode habilitar a função para que a ferramenta também gere imagens e tenha habilidades de pesquisa.

Como criar uma IA pelo Meta AI Studio?

A ferramenta pode ser acessada por meio dos directs das redes sociais. Para mostrar a você como criar uma IA pela Meta AI Studio, vamos fazer o tutorial por meio do Instagram. Veja o passo a passo abaixo.

  1. Acesse a tela de mensagens e toque no ícone com um lápis no canto superior direito

  2. Vá em “Bate-Papo com IA” e aperte em “Continuar”

    Segundo passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

  3. Acesse “Criar” e toque em “Começar”

    Terceiro passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

  4. Entre em “IA personalizada”, descreva a IA que deseja criar e toque em “Avançar”

    Quarto passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

  5. Insira uma foto, o nome, slogan para a IA e depois, caso queira, ajuste a visibilidade

    O sistema geralmente sugere algumas opções, mas você pode alterá-las. Também é possível definir se o chatbot será público, privado ou somente para os seus melhores amigos. 
    Quinto passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

  6. Acesse as “Configurações avançadas”, configure sua IA e toque em concluir

    Nas configurações avançadas, você consegue colocar uma mensagem de boas-vindas, inserir sugestões de comandos para as pessoas iniciarem a interação, colocar instruções específicas em relação a como a IA deve responder os usuários e dar exemplos de diálogos. Além disso, é nesta etapa que você define se a ferramenta também gerará imagens dinâmicas e pesquisará informações recentes. 
    Quinto passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

  7. Por último, aperte em “Conversar com IA”

    Sétimo passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

Leia mais:

Como acessar IAs criadas por outras pessoas pelo Meta AI Studio?

Para ver as IAs criadas por outras pessoas, basta você seguir os dois primeiros passos do tutorial anterior. Veja abaixo!

  1. Acesse a aba de mensagens e toque no ícone de escrever 
    Primeiro passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio
  2. Selecione “Bate-papos com IA” e toque em “Continuar”
    Segundo passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio
  3. Pronto, os perfis que aparecem são as IAs que já foram criadas por terceiros. Basta selecionar a que deseja e iniciar a interação.
    IAs criadas no Meta AI Studio

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IA vai mesmo nos substituir? A decisão está em nossas mãos

A inteligência artificial vai nos ajudar ou vai tirar nossos empregos? Para o economista do MIT, Sendhil Mullainathan, a resposta depende das escolhas que fazemos — e ele acredita que estamos escolhendo o caminho errado, conforme afirmou em entrevista para o Wall Street Journal.

Mullainathan, especialista em economia comportamental e premiado com uma bolsa MacArthur, defende que a IA não precisa automatizar o trabalho humano, mas sim ampliar nossas capacidades, como uma “bicicleta para a mente” — ideia inspirada em uma analogia famosa de Steve Jobs.

Segundo ele, o problema é que os modelos atuais de IA estão sendo avaliados por sua capacidade de substituir humanos em tarefas específicas, e não por como podem ajudá-los a fazer melhor o que já fazem.

Essa abordagem incentiva o desenvolvimento de ferramentas que automatizam funções, em vez de aprimorá-las.

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Para Sendhil Mullainathan, estamos indo na direção errada – Imagem: Stokkete/Shutterstock

IA como complemento, não como substituição

  • Mullainathan defende que a IA deveria ser usada para complementar o conhecimento humano, unindo a capacidade da máquina de processar grandes volumes de dados com a intuição e os contextos subjetivos que só as pessoas conhecem.
  • Por exemplo, na hora de procurar emprego, o algoritmo pode sugerir vagas com base em dados, enquanto o ser humano avalia preferências e valores pessoais
  • Dessa forma, a combinação dos dois levaria a melhores decisões.

Cobrindo nossos pontos cegos

A economia comportamental pode ajudar a criar IAs mais humanas e eficazes, identificando nossos pontos cegos e apoiando tarefas nas quais somos naturalmente mais frágeis.

Um exemplo seria uma IA que nos ajudasse a gerenciar melhor o tempo, indo além da logística de agendas e entendendo o impacto emocional e mental das nossas decisões — algo que muitas vezes ignoramos.

Para Mullainathan, o futuro da IA ainda pode ser moldado. Mas se insistirmos no caminho da automação, corremos o risco de criar uma tecnologia que substitui pessoas em vez de empoderá-las.

Mãos de humano e de robô espalmadas; entre elas, a representação de uma cabeça humana formada por circuitos e um chip de computador escrito "IA" em seu centro
A escolha é nossa: a IA pode ser uma aliada ou uma ameaça aos nossos empregos (Imagem: Kitinut Jinapuck/Shutterstock)

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Novo Tradutor? Google cria IA que entende golfinhos

O Google DeepMind, laboratório de pesquisa em inteligência artificial (IA) do Google, diz ter criado um modelo capaz de ajudar a decifrar vocalizações de golfinhos. Em outras palavras, a IA entende o que golfinhos “falam”.

O modelo, chamado DolphinGemma, foi treinado com dados do Wild Dolphin Project (WDP) – organização sem fins lucrativos que estuda o comportamento de golfinhos-pintados-do-Atlântico.

IA criada pelo Google roda em celular e ‘manda mensagens’ para golfinhos

Baseado na série de modelos abertos Gemma, do Google, o DolphinGemma gera sequências sonoras semelhantes às emitidas por golfinhos. E, segundo a empresa, é eficiente o bastante para rodar em smartphones.

DolphinGemma foi treinado com dados da organização sem fins lucrativos Wild Dolphin Project, WDP (Imagem: Google)

O objetivo da IA é apoiar trabalhos científicos voltados a compreender melhor como golfinhos se comunicam.

Ainda em 2025, o WDP planeja usar um smartphone Pixel 9, do Google, para rodar plataforma que cria vocalizações sintéticas de golfinhos. E escutar respostas reais emitidas pelos animais.

  • Resumindo: o próximo passo é usar IA criada pelo Google num celular do Google para conversar com golfinhos.
Grupo de golfinhos pintados do Atlântico nadando no oceano
Wild Dolphin Project, cujos dados foram usados para treinar nova IA do Google, estuda o comportamento de golfinhos-pintados-do-Atlântico (Imagem: Google)

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De acordo com a big tech, o WDP já usava o Pixel 6 para essa pesquisa. O upgrade para o Pixel 9 permitirá aos pesquisadores rodarem simultaneamente modelos de IA e algoritmos de comparação de padrões.

Pelo visto, celulares também serão úteis para humanos conversarem com animais. A começar por golfinhos, em breve.

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Efeito Trump: Nvidia vai fabricar chips de IA nos EUA

A Nvidia anunciou a expansão de sua produção de chips nos Estados Unidos nesta segunda-feira (14). A empresa encomendou mais de 93 mil metros quadrados de espaço no Arizona e no Texas para montar e testar chips de inteligência artificial (IA).

A produção dos chips Blackwell, os mais avançados da empresa, já começou nas fábricas da TSMC em Phoenix. No Texas, a Nvidia constrói plantas voltadas à produção de supercomputadores – em parceria com a Foxconn, em Houston; e com a Wistron, em Dallas. No Arizona, etapas de testes são feitas com as empresas Amkor e SPIL.

‘Motores da IA do mundo estão sendo construídos nos EUA pela 1ª vez’, diz CEO da Nvidia

A expectativa é que a produção em larga escala nas novas fábricas seja acelerada nos próximos 12 a 15 meses. A meta da Nvidia é produzir, em até quatro anos, até meio trilhão de dólares em infraestrutura de IA nos EUA.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, diz que “motores da infraestrutura de IA do mundo” são construídos nos EUA pela primeira vez (Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock)

Os motores da infraestrutura de IA do mundo estão sendo construídos nos Estados Unidos pela primeira vez.

Jensen Huang, CEO da Nvidia, em comunicado

A Nvidia estima que suas iniciativas possam gerar centenas de milhares de empregos e movimentar trilhões de dólares na economia nas próximas décadas. No entanto, há obstáculos.

  • Tarifas retaliatórias da China e a escassez de mão de obra qualificada colocam em risco os planos de expansão da produção doméstica de chips.

O anúncio da Nvidia ocorre dias após a empresa ter evitado novos controles de exportação sobre seu chip H20, segundo a NPR. O modelo foi poupado após Huang se comprometer com investimentos em data centers nos EUA, em acordo com a agenda do governo Trump.

‘America First’

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Donald Trump tem pressionado empresas a produzirem nos EUA (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

Outras gigantes de tecnologia também têm adotado a linha “America First” da administração Trump.

O presidente dos EUA, Donald Trump, tem pressionado empresas a reforçarem sua produção nacional. Segundo a Reuters, ele teria ameaçado a TSMC com tarifas de até 100% caso a empresa não construísse fábricas em solo americano, por exemplo.

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Vozes de IA de Musk e Zuckerberg assombram cruzamentos na Califórnia

“Estou tão sozinho”. Essa foi uma das frases ditas por imitação de voz de Elon Musk, feita com inteligência artificial (IA), num cruzamento na Califórnia. Ela saiu de um botão de travessia, usado por pessoas com deficiência visual.

O botão informa quando esperar e quando o sinal de pedestre do outro lado da rua acende. Mas, em algumas cidades, tem feito mais do que isso. Diversas falas ditas por deepfakes de Elon Musk e Mark Zuckerberg foram colocadas nos botões. E vídeos disso têm circulado pelas redes sociais.

De ‘estou tão sozinho’ a ‘fritar cérebros com IA’: as falas dos deepfakes de Musk e Zuckerberg em sinais na Califórnia

Assista abaixo alguns exemplos de falas ditas pelas versões de IA das vozes de Musk e Zuckerberg:

@rosecampau our crosswalks just got vc funding apparently #paloalto #elonmusk #tesla #siliconvalley #walkablecities ♬ original sound – rose

Oi, aqui é o Elon Musk. Bem-vindo a Palo Alto, lar da engenharia da Tesla. Dizem que dinheiro não compra felicidade, e ok, acho que é verdade. Deus sabe que eu tentei. Mas ele pode comprar um Cybertruck, e isso é irado, né? Né? Droga, eu estou tão sozinho.

@lifeashd Emerson st. and University ave. In Palo Alto, CA got hacked! The crosswalk button sound was changed from “wait” to a speech from #ElonMusk #elonmusknews ♬ original sound – HD

Oi, eu sou o Elon. A gente pode ser amigo? Você quer ser meu amigo? Eu te dou um Cybertruck, prometo. Olha, você não faz ideia do nível de depravação ao qual eu me rebaixaria por uma migalha de aprovação.

Somebody uploaded custom audio of AI generated Zuckerberg to a bunch of crosswalk buttons in Palo Alto and Redwood City and it’s hilarious

[image or embed]

— NIC (@wah.gay) 13 de abril de 2025 às 04:09

Oi, aqui é o Mark Zuckerberg, mas quem é das antigas me chama de ‘o Zuck’. É normal se sentir desconfortável ou até violado enquanto a gente insere forçosamente a IA em cada, cada faceta da sua experiência consciente. E só queria te tranquilizar: você não precisa se preocupar, porque não há absolutamente nada que você possa fazer para impedir isso. Enfim, até mais.

Num vídeo repercutido pelo Palo Alto Online, a voz falsa de Zuckerberg diz:

Oi, aqui é o Zuck. Só queria dizer o quanto estou orgulhoso de tudo o que estamos construindo juntos. Desde minar a democracia até fritar os cérebros dos nossos avós com porcaria de IA, passando por tornar o mundo menos seguro para pessoas trans. Ninguém faz isso melhor do que a gente e, ah, eu acho isso muito legal. Zuck, desligando!

O que autoridades disseram

Um porta-voz da cidade de Palo Alto, na Califórnia, disse ao Palo Alto Online que funcionários municipais “determinaram que 12 cruzamentos no centro foram afetados“. Os recursos de voz desses sinais foram desativados até que sejam consertados. Já os sinais, segundo ele, funcionam normalmente.

O mesmo problema ocorreu em Redwood City. Uma vice-gerente disse ao San Francisco Chronicle que autoridades investigavam e tentavam resolver o caso. Botões de travessia em Menlo Park também teriam sido afetados, segundo relatos.

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Não se sabe o quanto as vozes simuladas interferem na função original do botão de travessia. Mas, ao que tudo indica, a reprodução delas não substitui os avisos de segurança normais.

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Netflix vai usar IA para recomendações com base no humor

A Netflix está testando uma tecnologia da OpenAI no mecanismo de buscas do streaming. Os usuários poderão navegar por títulos usando termos mais específicos, “incluindo o humor do assinante”, segundo relatório obtido pela Bloomberg.

A busca também permite consultas que “vão muito além de gêneros ou nomes de atores”. O recurso já pode ser experimentado por clientes da Austrália e da Nova Zelândia no iOS. Esses assinantes precisam autorizar especificamente o uso da ferramenta.

Ao The Verge, o porta-voz da Netflix, MoMo Zhou, confirmou que o teste será expandido para os Estados Unidos “nas próximas semanas e meses”, mas que, por enquanto, não há previsão de chegada a outros países ou recursos fora do iOS.

“O recurso ainda está em seus primórdios e estamos realmente em uma fase de aprendizado e escuta para esta versão beta”, disse Zhou.

Ferramenta em teste está disponível na Austrália e Nova Zelândia (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

IA na Netflix

A nova tecnologia é, na verdade, um passo além da IA já usada pela Netflix. O streaming tem um longo histórico de aprendizado de máquina e inteligência artificial nos sistemas de recomendação, com base no histórico de visualização do assinante.

No ano passado, o co-CEO da Netflix, Greg Peters, disse ao The Verge que o trabalho da empresa é ser proativo e entender onde há inovação técnica.

“Como usamos isso para servir aos criadores, permitindo que eles contem suas histórias de maneiras mais envolventes e, também, para proporcionar melhores experiências de usuário aos nossos membros?”, questionou.

Netflix já usa aprendizado de máquina para exibir recomendações (Imagem: Giuliano Benzin/iStock)

Leia Mais:

Nada de exclusividade

O Prime Video também está testando um novo recurso que utiliza inteligência artificial para recomendar grupos de conteúdo, substituindo os tradicionais algoritmos, como informou o Olhar Digital

Desde o ano passado, o assinante pode visualizar os “Tópicos de IA” personalizados de acordo com seus interesses, como “ficção científica alucinante”, “missões de fantasia” ou “jornadas emocionantes de personagens”.

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IA prevendo assassinatos? Reino Unido analisa tecnologia “Minority Report”

A ideia parece roteiro de filme de ficção (literalmente), mas é real. Um sistema com inteligência artificial (IA) prevendo se uma pessoa pode cometer um assassinato está em desenvolvimento pelo governo do Reino Unido. Basicamente, o programa do Ministério da Justiça britânico usa dados policiais e governamentais para tentar prever a probabilidade de um indivíduo tirar a vida de alguém.

Isso é bem semelhante ao filme “Minority Report”, de 2002, dirigido por Steven Spielberg e estrelado por Tom Cruise. Nele, um departamento especial conseguia antecipar crimes, mas também contava com a ajuda de humanos com poderes psíquicos. No caso, o Reino Unido quer usar IA e bancos de dados para fazer algo similar (sem auxílio de humanos mutantes, claro).

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O “Projeto de Previsão de Homicídios” utiliza informações do Computador Nacional da Polícia e outros bancos de dados detalhados. O objetivo é revisar características pessoais, histórico criminal, avaliações de risco feitas por oficiais de liberdade condicional e até registros de saúde mental e dependência química para identificar padrões que possam indicar riscos de homicídio.

Segundo documentos obtidos pela instituição beneficente britânica Statewatch, o Ministério da Justiça local afirma que este trabalho é apenas para fins de pesquisa. Ainda assim, levanta preocupações éticas importantes. Especialistas temem que ferramentas como essa possam reforçar preconceitos estruturais ao traçar perfis de indivíduos como potenciais criminosos violentos.

Prevendo discriminação

Como traz a reportagem do Euronews, Sofia Lyall, pesquisadora da Statewatch, alerta que a iniciativa pode ser profundamente invasiva. A instituição produz e promove pesquisas críticas, análises políticas e jornalismo investigativo para informar debates, movimentos e campanhas sobre liberdades civis, direitos humanos e padrões democráticos.

Para Lyall, usar dados tão sensíveis sobre saúde mental, vício e deficiência é alarmante. A pesquisadora pede ao governo que abandone o desenvolvimento dessa ferramenta e invista em serviços de bem-estar social mais humanizados – e que realmente atuem de modo responsável.

Essa ideia de IA prevendo assassinatos e crimes de um modo geral já foi vista em outros lugares. Já houve notícias nesse sentido na China, na Índia e nos Estados Unidos, por exemplo.

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