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Por que este país da América do Sul não permite o uso da internet da Starlink, de Elon Musk?

Apesar da baixa qualidade da internet e do acesso limitado em regiões remotas, o governo da Bolívia segue sem permitir a entrada da Starlink no país.

O motivo, segundo autoridades locais citadas pelo jornal The New York Times, é proteger a soberania nacional e evitar uma concentração excessiva de poder tecnológico em uma única empresa estrangeira.

A empresa de internet rápida via satélite da SpaceX, controlada por Elon Musk, foi barrada em 2024, mas continua até hoje sem permissão para funcionar na Bolívia, mesmo com a conectividade ameaçada por lá.

Hoje, a Bolívia ainda depende de um antigo satélite fabricado na China, lançado em 2013 e previsto para ficar sem combustível – e, portanto, offline – em 2028. Mesmo assim, por enquanto, o país prefere buscar alternativas a se render à Starlink.

La Paz, capital da Bolívia. Imagem: LouieLea/Shutterstock

Internet na Bolívia é precária

  • A Bolívia tem a internet mais lenta da América do Sul, com menos de 55% dos domicílios conectados via banda larga.
  • Alguns hotéis chegaram a contrabandear roteadores da Starlink na fronteira com o Chile, mas após alguns meses a Starlink corta o sinal de internet.
  • O governo teme que a entrada da Starlink resulte em dependência tecnológica e perda de autonomia regulatória.
  • O país estuda reforçar sua parceria com a China, inclusive com a adoção futura da rede SpaceSail, rival direta da Starlink.
Logo da Starlink em um smartphone; ao fundo, bandeira do Brasil
Mesmo no Brasil, há uma desconfiança em depender unicamente da Starlink. Imagem: Saulo Ferreira Angelo/Shutterstock

A Starlink tem conquistado espaço em diversos países da América Latina, incluindo o Brasil, onde ultrapassou 250 mil assinantes desde 2022. Sua proposta de levar internet de alta velocidade a locais remotos via pequenos satélites tem se mostrado atrativa, especialmente para regiões onde a infraestrutura terrestre é inviável.

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Contudo, a Bolívia se mantém cética. Segundo Iván Zambrana, diretor da Agência Espacial Boliviana, o serviço da Starlink é superior tecnologicamente, mas precisa respeitar as regras locais para competir em pé de igualdade. Ele defende que qualquer empresa que opere no país deve contribuir com a economia e respeitar os provedores locais.

E, mesmo aqui no Brasil onde a Starlink é aceita, o governo busca alternativas. Depois do impasse da rede social X e o STF (Supremo Tribunal Federal), em 2024, o país fechou um acordo com a SpaceSail, uma rival chinesa que atualmente desenvolve seu próprio sistema de internet via satélite.

Representação artística da megaconstelação de satélites Starlink, da SpaceX, na órbita da Terra. Crédito: xnk – Shutterstock

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40 gírias da internet para você conhecer e saber como usá-las online

É normal que, com o passar do tempo, as coisas mudem – especialmente no contexto geral da vida. Uma das maiores mudanças está na linguagem dos jovens, que varia muito em curtos períodos de tempo, principalmente na internet.

Por exemplo, você conhece gírias como POV, aesthetic e clean girl? Caso você não entenda nada, saiba que separamos algumas das principais palavras e explicamos seus significados. 

POV, aesthetic, clean girl e outras gírias da internet para você entender

É muito importante se manter atualizado em relação às gírias presentes na internet, pois dessa forma você não fica por fora desse meio e sem entender o diálogo de algumas pessoas nas redes sociais. Esse entendimento também pode ser bom para observar o comportamento dos filhos e saber o que eles estão dizendo em uma determinada postagem, por exemplo. Veja alguns dos principais termos a seguir!

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Ícone de aplicativos de algumas redes sociais instalador em um smartphone
Imagem: miss.cabul/Shutterstock
  • POV: Abreviação para “Point of view” (ponto de vista), POV é um termo muito utilizado no TikTok e faz referência a conteúdos criados para mostrar a perspectiva de quem está gravando. 
  • Aesthetic: se traduzido para o português, significa estética, mas na realidade ele é utilizado como uma forma de definir perfis de redes sociais aparentemente estilosos e agradáveis. 
  • Clean girl: termo usado para conteúdos relacionados à moda. Ele faz referência a quem tem um estilo mais limpo, com maquiagem discreta e vestimentas de cores claras, apresentando uma aparência minimalista.
  • Boomer: termo utilizado para zombar de quem tem opiniões consideradas antiquadas, com base em preconceitos antigos.
  • Aff, Veyr: uma variação de “aff, véi” para mostrar cansaço, preguiça, irritação e outras sensações parecidas.
  • Based: utilizado para apontar que determinadas pessoas e/ou opiniões são autênticas e não se importam com o que os outros acham. 
  • Brabo ou Braba: pessoa que é boa demais no que faz.
  • Close friends: recurso do Instagram que o usuário utiliza para postar Stories somente para um determinado grupo de amigos.
  • Cringe: faz referência à vergonha alheia e desgosto. Costuma ser usado quando alguém fala ou faz algo que deixa outras pessoas com vergonha.
  • Delulu: derivado da palavra delusional (delirante), da língua inglesa, o termo refere-se a quem tem expectativas em excesso ou fora da realidade. 
Moça jovem abrindo o Instagram no celular
Jovem abrindo o Instagram no celular – Imagem: Tatiana Diuvbanova/Shutterstock
  • Deixa ele cozinhar: frase normal na língua portuguesa, mas que na gíria significa deixar a pessoa fazer o que está fazendo, independente do que seja, pois pode dar certo. 
  • Exposed: é fazer uma lista do histórico negativo da vida de alguém na internet com o objetivo de conseguir o “cancelamento” dela.
  • Tankar: originário dos games, esse termo vem de “tank” (tanque) e faz referência a personagens resistentes a danos. No Brasil, é usado como “suportar ou aguentar situações pesadas”. 
  • Fail: gíria que remete a vacilo.
  • Fanfic: derivado de “fanfiction”, ficção de fã, esta palavra tem ganhado um novo significado na web, sendo usada para apelidar histórias inverídicas sobre alguém ou algo e também contos minuciosos. 
  • Flop: na tradução literal significa “fracasso”. Nas redes sociais, vem sendo usado para apontar justamente os fracassos de artistas ou perfil de rede social, como uma postagem com pouco engajamento.
  • FOMO: sigla de “fear of missing out”, medo de perder algo, é usado para dizer que tem aquela ansiedade típica de estar online pelo máximo de tempo possível e não perder nenhuma novidade nas redes.
  • Gado demais: significa que uma pessoa é muito fã de alguém ou alguma coisa.
  • Ghosting: usado quando alguém não responde às mensagens em uma conversa no app ou rede social.
  • Iconic: a mesma coisa que “icônico”, usado para elogiar coisas ou pessoas que são tidas como incríveis.
  • Incel: costumava ser usado para se referir a homens que não conseguiam se relacionar de forma amorosa com mulheres. Atualmente, criou-se uma subcultura de homens misóginos e radicalizados. 
O que é feed zero nas redes sociais? via Rob Hampson/Unsplash
Jovem utilizando o celular – Imagem: Rob Hampson/Unsplash
  • Jantou: utilizado para dizer que uma pessoa respondeu com maestria a uma provocação na internet. 
  • JOMO: é o inverso de FOMO, ou seja, é quando você não liga para as discussões e temas do momento na web e prefere focar na sua vida offline. 
  • Nerfar: muito usada pelos gamers, esta gíria quer dizer que alguma coisa teve o potencial reduzido de forma proposital para enfraquecê-lo, como um personagem que ficou mais fraco. 
  • NPC: também do universo dos games, NPC (non-player character) é o personagem não jogável, o figurante.
  • PPRT: indica que uma postagem disse alguma coisa controversa, mas sem meias palavras.
  • Red flag: refere-se a temas que alguma pessoa coloca durante uma interação de rede social, dando pistas em relação a traços de personalidade tóxicos do indivíduo. 
  • Red pill: usado por homens na expressão “tomar a red pill”, significa despertar para a realidade de um mundo que apenas favorece as mulheres. Dessa maneira, começam a adotar ações de uma suposta emancipação masculina, mas quase sempre resultam em misoginia. 
  • Shippar: estar na torcida para o sucesso do relacionamento de um determinado casal.
  • Rizz: usado para dizer que determinada pessoa é boa de flerte.
  • Soft block: é dar um gelo em alguém, como se estivesse bloqueando a pessoa, mas sem fazer isso diretamente, apenas deixando de interagir com ela nas redes.
Casal deitado no sofá navegando em redes sociais no celular
(Imagem: rockstock/Freepik)
  • Tradwife: “esposas tradicionais” na tradução livre, caracterizadas por aparecerem nas redes sociais glorificando um estilo de vida na qual vivem como donas de casa e priorizam o casamento. 
  • Twink: gíria LGBTQ+ designada para apontar homens com idade entre 15 e 25 anos com um físico magro, aparência juvenil e nada ou nenhum pelo no corpo.
  • Slay: em inglês, significa “arrasou” ou “mandou bem”. Quer dizer que uma pessoa foi muito bem em sua performance.
  • Pick me: alguém que busca agradar exageradamente seu público ou amigo.
  • Hype: assuntos, conteúdos e produtos que estão em alta.
  • Hitar: ter sucesso com um tipo de conteúdo na internet.
  • Dix: perfil de rede social feito para ser mais fechado a um determinado grupo de amigos ou mesmo de pessoas da família, podendo compartilhar coisas mais pessoais.
  • Daily: significa “diário” em português. Usado para mostrar os acontecimentos do dia a dia na vida de uma pessoa. Isso é feito na própria rede social dela.
  • Biscoito/Biscoiteiro: alguém que está buscando atenção ou reconhecimento por meio das redes sociais. 

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Amazon já tem data para lançar segundo lote de satélites de internet

Elon Musk que se cuide: a Amazon está avançando rapidamente com seu projeto de internet via satélite para competir com a Starlink, da SpaceX. Na próxima sexta-feira (13), a empresa de Jeff Bezos lançará a missão Kuiper 2, com mais 27 satélites do Projeto Kuiper, que pretende levar internet rápida a regiões do planeta com pouca ou nenhuma conexão.

De acordo com um comunicado, o lançamento será feito por um foguete Atlas V, da empresa United Launch Alliance (ULA), a partir da base da Força Espacial dos Estados Unidos, na Flórida. A decolagem está prevista para 15h29 (horário de Brasília) e será transmitida ao vivo pelos canais oficiais da ULA. O foguete colocará os satélites em órbita terrestre baixa (LEO), onde eles entrarão em operação.

Meta é implantar 3,2 mil satélites

Com essa missão, o número de satélites do Kuiper no espaço sobe para 54 unidades. Os primeiros 27 foram enviados em abril deste ano, na missão Kuiper 1, que marcou o início da constelação. A ideia é que esses satélites trabalhem juntos para oferecer internet sem fio de alta velocidade, especialmente em áreas distantes dos grandes centros urbanos.

Para lançar a Missão Kuiper 1, em 28 de abril de 2025, a Amazon utilizou um foguete Atlas V, da ULA. Crédito: Divulgação/United Launch Alliance

A Amazon quer lançar mais de 3.200 satélites ao longo dos próximos anos. Para isso, estão programados 83 lançamentos, que não dependerão apenas do Atlas V. A empresa também vai usar outros foguetes, como o Vulcan Centaur, da ULA, o Ariane 6, da Arianespace, e o New Glenn, da Blue Origin, outra empresa de Bezos.

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Satélites de internet da Amazon são projetados para reduzir o risco de lixo espacial

Mesmo com essa meta ambiciosa, o número é menor do que o da Starlink, que já tem mais de 7.600 satélites ativos ao redor do mundo. No entanto, a Amazon aposta em uma estrutura diferente. Além da constelação no espaço, o Kuiper será integrado à rede da Amazon Web Services (AWS), o que pode garantir uma internet de qualidade mesmo com menos satélites.

Carga de satélites Kuiper da Amazon no galpão
Carga de satélites Kuiper no galpão da Amazon. O Projeto Kuiper é o mais novo competidor no mercado de fornecedores de internet via satélite. Crédito: Divulgação / Amazon

Outro diferencial está na preocupação ambiental. Os satélites do Projeto Kuiper são projetados para reduzir o risco de lixo espacial. A empresa também está em contato com astrônomos para desenvolver tecnologias que diminuam o brilho dos satélites no céu e evitem atrapalhar as pesquisas científicas.

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Nio: conheça a sucessora da Oi Fibra e os planos de internet

Segunda maior empresa de internet fibra óptica no Brasil, só atrás da Vivo, a Oi entrou com um processo de recuperação judicial em 2016. O objetivo era estruturar dívidas que somavam R$ 65 bilhões. Para isso, acabou vendendo sua telefonia móvel, em 2020, para um consórcio formado por Claro, TIM e Vivo.

Já a unidade de internet fibra se transformou na Nio, empresa que acaba de lançar seus novos planos. Os pacotes são até 18% mais caros do que os de sua antecessora, mas até 47% mais baratos do que as concorrentes no setor de banda larga.

Nio oferece três possibilidades de planos de internet

  • Os usuários da antiga Oi Fibra podem seguir com seus planos ou migrar para um dos três pacotes oferecidos pela Nio.
  • O mais básico oferece 500 Mega por R$ 100 mensais (o preço da antiga Oi era de R$ 90, enquanto a TIM cobra R$ 100 e a Claro R$ 120 pela mesma velocidade).
  • Já o plano Nio 700 Mega sai R$ 130 mensais (a antiga Oi vendia o mesmo pacote por R$ 110 e a Vivo cobra R$ 150).
  • Por fim, o Nio 1 Giga custa R$ 160 mensais (o plano da Oi era R$ 160, a TIM cobra R$ 140, enquanto Vivo e Claro oferecem este pacote por R$ 300).
  • Para atrair mais clientes, a nova empresa prometeu manter os preços congelados até janeiro de 2028.
  • A operadora não terá sua própria infraestrutura de cabos e antenas, seguindo o modelo adotado pela Oi.
  • Em vez disso, ela vai compartilhar espaço com outras empresas em um modelo de rede neutra.
  • As informações são do G1.
Oi entrou em recuperação judicial e deu lugar a Nio (Imagem: Alf Ribeiro/Shutterstock)

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Objetivo principal é aumentar presença no Brasil

A substituta da Oi não revela quais são as metas de crescimento, mas garante que o foco é aumentar o número de clientes nas cidades em que já opera. Hoje, a Nio está presente em 322 dos 5.571 municípios brasileiros.

Isso acontece por meio da rede neutra da V.tal, usada também por empresas como TIM e Sky. Nesse modelo, a companhia fica responsável apenas pelo atendimento ao cliente. A V.tal, por sua vez, mantém a rede de fibra e presta serviços técnicos aos clientes.

Objetivo da empresa é aumentar presença nos municípios brasileiros (Imagem: Anton Balazh/Shutterstock)

Segundo o presidente-executivo da Nio, Marcio Fabbris, a empresa tem se concentrado em melhorar o atendimento aos clientes novos e aos da antiga Oi Fibra, aumentando o número de atendentes e diminuindo o tempo de espera no SAC. No entanto, já há várias críticas de consumidores na página da Oi no ReclameAqui. A maioria das queixas é por falta de sinal e atendimento ruim.

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Apocalipse da internet: entenda o que diz a Ciência

Depois do “bug do milênio”, o grande medo digital das pessoas atende pelo nome de “apocalipse da internet”. O tópico vem sendo repetido em diversos ambientes online, de fóruns a debates em redes sociais.

O apocalipse seria causado por uma supertempestade solar capaz de derrubar nossos sistemas, nossos cabos submarinos de fibra óptica e nossa conexão com os satélites. O termo foi cunhado pela professora Sangeetha Abdu Jyothi, da Universidade da Califórnia. Ela mesma, porém, diz se arrepender de ter usado essas palavras.

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Que fique claro: um evento desses pode realmente acontecer – cientificamente falando. As probabilidades, no entanto, são baixas. O grande problema, segundo a professora, é a proporção que o assunto tomou. E os desdobramentos e mentiras que surgiram na própria internet.

No ano passado, por exemplo, circulou a informação de que a Nasa teria emitido um alerta sobre o episódio. Isso é fake news. Desinformação que ganhou força graças a alguns dados científicos – que foram desvirtuados.

Algumas verdades científicas

  • O Sol tem ciclos de aproximadamente 11 anos – e ele entra agora em 2025 num período particularmente ativo conhecido como “máximo solar”.
  • Isso, porém, não significa que teremos uma supertempestade que vai derrubar a internet global.
  • O termo técnico para esse evento solar, aliás, é ejeção de massa coronal.
Tempestades solares são eventos poderosos, com repercussão em nossos sistemas de comunicação – Imagem: Artsiom P/Shutterstock
  • Na história moderna, apenas três casos mais violentos foram registrados desde 1859, mas nenhum deles com repercussão mundial.
  • Em 1859, o “Evento Carrington” fez com que as agulhas de bússolas girassem descontroladamente (sinal de que uma tempestade solar forte afetou o campo magnético da Terra).
  • Em 1929, um evento com três dias de duração causou um incêndio de média escala na Estação Grand Central de Nova York, derrubando também a rede de telégrafos da cidade.
  • Finalmente, em 1989, um evento moderado de ejeção de massa coronal derrubou a rede elétrica Hydro-Québec, no norte do Canadá, deixando a parte mais alta do país sem energia por aproximadamente nove horas.

O artigo da professora

O artigo Solar Superstorms: Planning for an Internet Apocalypse, da professora Jyothi, fala sobre como seria um evento desse tipo no mundo atual.

Ela disse que pensou nessa possibilidade durante a pandemia de Covid-19 – quando percebeu que o mundo não estava preparado para episódios assim.

De forma bem resumida, tempestades solares são erupções de gás altamente ionizado provenientes da coroa do Sol. Elas são carregadas até o campo magnético da Terra e podem derrubar por completo redes elétricas, de comunicação e estações do gênero, levando a blecautes de longa duração.

A professora observa que uma tempestade solar intensa tem chances de afetar infraestruturas grandes, como cabos de comunicação submarinos (de fibra óptica), o que poderia interromper a conectividade de longa distância.

Ilustração de cabos de internet submarinos
Segundo a professora, principal problema ocorreria nos cabos submarinos de fibra óptica – Imagem: Pedro Spadoni via DALL-E/Olhar Digital

O Hemisfério Norte também é especialmente vulnerável a tempestades solares, e é justamente nessa região que se concentra grande parte da infraestrutura da internet.

Não seria o fim do mundo

Apesar de todo o hype gerado, é importante repetir que não há motivos para pânico. Principalmente para nós, cidadãos comuns.

Governos e grandes empresas podem perder muito dinheiro. De acordo com a NetBlocks, o impacto econômico de apenas um dia sem internet só nos EUA é estimado em mais de US$ 11 bilhões.

Sim, você não poderia assistir à sua série favorita na Netflix. Nem fazer pagamentos por Pix ou cartão de crédito. A situação, porém, seria provisória e um dia voltaria ao normal (pode ser uma questão de horas ou de dias, mas voltaria ao normal).

E, na pior das hipóteses, ou seja, se a supertempestade realmente bagunçar a nossa internet, já existem cientistas preparados para isso.

Longe de querer ser o chato, mas existem diversas atividades que podemos fazer sem internet – Imagem: ViDI Studio/Shutterstock

É o caso de Peter Becker, pesquisador da Universidade George Mason, nos Estados Unidos. Ele lidera um projeto que tem por objetivo desenvolver um sistema capaz de alertar a população cerca de 18 horas antes que as partículas solares cheguem ao campo magnético terrestre com potencial de causarem um possível “apocalipse da internet”.

Ou seja, você teria tempo para se programar. Daria também para ver algumas fotos antigas impressas. Ou, pasmem, conversar com outras pessoas sem o celular nas mãos. Não seria, definitivamente, o fim do mundo.

Texto feito com base em uma reportagem do Olhar Digital de 06/03/2024.

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Tempestade solar extrema não foi causa de apagão de internet na Espanha

Você deve se lembrar do apagão que deixou Portugal e Espanha no escuro há quase um mês. Investigações estão sendo realizadas e ainda existem muitas dúvidas sobre o que teria causado o blecaute.

Acontece que nesta semana um problema parecido aconteceu em território espanhol. Dessa vez, a falha se deu nas redes móveis, que apresentaram instabilidade em partes do país europeu. E mais uma vez é possível apenas especular sobre o que ocorreu.

Atividade solar não foi responsável pelo apagão

  • Uma das primeiras hipóteses divulgadas apontou que a queda geral dos provedores de internet da Espanha foi causada pela atividade solar.
  • A possibilidade rapidamente ganhou forças nas redes sociais.
  • No entanto, especialistas afirmam que não houve nenhuma alteração na intensidade da atividade solar no dia do apagão.
  • Mais especificamente, nenhuma grande erupção solar ou ejeção de massa coronal (CMEs) foi detectada nos dias que antecederam as interrupções móveis da Espanha em 20 de maio ou apagões de energia anteriores em toda a Península Ibérica.
  • As informações são do portal Space.com.
Atividade solar foi apontada por possível causa da queda da internet (Imagem: titoOnz/Shutterstock)

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Entenda os efeitos dos fenômenos causados pelo Sol

Os cientistas explicam que as erupções solares são explosões repentinas de radiação eletromagnética da superfície do Sol. Elas podem chegar à Terra em pouco mais de 8 minutos e têm potencial de afetar os sinais de rádio e GPS.

Já a ejeção de massa coronal é uma enorme nuvem de plasma e campo magnético ejetada do Sol para o espaço. Elas viajam muito mais devagar, levando até três dias para chegar ao nosso planeta, onde podem desencadear tempestades geomagnéticas que, por sua vez, interrompem os sinais de satélites de órbita baixa.

Erupções solares são fenômenos comuns e que podem afetar a comunicação na Terra (Imagem: NASA/GSFC/SDO)

Os dois fenômenos são naturais, mas a latitude da Espanha torna improvável que o país seja afetado fortemente por eles. Por isso, os cientistas rapidamente puderam descartar esta como um das causas do mais recente apagão. A principal suspeita é que tenha havia uma falha técnica durante atualização da rede.

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Você se lembra? Há 30 anos, a internet comercial era liberada no Brasil

Como era sua vida 30 anos atrás? Muitas pessoas talvez nem tivesse nascido ou ainda eram muito novas para lembrar. Mas, no dia 1º de maio de 1995, tudo mudou: a internet comercial foi lançada no Brasil.

Foi nesse dia, há 30 anos, que a Embratel permitiu que a população brasileira acessasse a web. Antes disso, ela era restrita ao meio acadêmico e passou por um período de testes.

Há 30 anos, a rede online era bem diferente (Imagem: Alexander Mak/Shutterstock)

Já hoje, a rede chega à maioria dos brasileiros: dados do IBGE do ano passado mostram que a internet foi utilizada em 92,5% dos domicílios do país em 2023. Entre as pessoas com 10 anos ou mais, 88% faziam uso da tecnologia.

Leia mais:

Você consegue imaginar sua vida sem internet? No Olhar Digital News de hoje, Arthur Igreja, especialista em Tecnologia e Inovação, fala sobre como a internet que conhecemos hoje surgiu e quais os desafios que o Brasil ainda enfrenta para a inclusão digital.

Confira!

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30 anos de internet comercial no Brasil: o que mudou desde então?

Nesta quinta-feira (1), a internet comercial completa 30 anos de existência no Brasil. Foi nesse dia que a Embratel, então estatal, permitiu que a população brasileira acessasse a web. Antes disso, foram 250 usuários que participaram de testes.

Até o fim dos anos 1980, apenas instituições educacionais podiam acessar a internet por meio do sistema RNP (Rede Nacional de Pesquisa).

Surgimento da internet

  • Os primeiros esboços de uma grande rede que conectasse computadores e outros dispositivos sem fio que estivessem distantes começaram em 1960, no ápice da Guerra Fria;
  • Mais especificamente, foram os Estados Unidos que começaram o projeto, chamado Arpanet, rede de computadores do Departamento de Defesa estadunidense;
  • Até os anos 1980, a internet evoluiu bem, mas foi com a criação da World Wide Web (WWW) por Tim Berners-Lee em 1989, que a estrutura que temos atualmente foi moldada.

No século XXI, em pleno 2025, o que vemos é uma grande quantidade de navegadores, mecanismos de busca, redes sociais, anúncios… e, claro, a inteligência artificial (IA).

No século XXI, big techs, redes sociais e IA dominam a rede (Imagem: Poetra.RH/Shutterstock)

Usuários brasileiros

Segundo o IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), dados de agosto de 2024 dão conta de que a internet esteve presente em 92,5% (72,5 milhões) dos lares brasileiros no ano anterior.

Quanto à proporção de pessoas com dez anos ou mais que se conectaram, o total foi de 88%. Em 2016, essa quantia era de 66,1%.

Domínios com final “.br” também explodiram em existência: hoje, são mais de 5,4 milhões ante menos de mil em 1996.

Essa quantidade absurda de domínios é gerida pelo NIC.br (Núcleo de Informação e Coordenação do Ponto BR), instituição sem fins lucrativos subordinada ao CGI.br (Comitê Gestor da Internet). Outras funções, como criação de diretrizes e estudos, também estão no escopo da entidade.

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Mudanças à vista

O CGI.br pode passar por reformulação em sua composição. Hoje, ele é formado por nove pessoas do governo, quatro do setor empresarial, quatro do terceiro setor, três da comunidade científica e um de notório saber em internet.

As mudanças podem chegar com o projeto de lei 4.557/2024, do deputado Silas Câmara (Republicanos/AM), atualmente sob apreciação da Comissão de Comunicação. A ideia é centralizar as operações brasileiras da internet na Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel).

Queda de braço

A cada dia que passa, as redes sociais e as big techs passam a ter mais e mais relevância e controle sobre a internet. No Brasil e no mundo, são várias as discussões em torno do tema, de modo a “segurar as rédeas” da tecnologia e suas empresas — e isso também inclui a IA.

Em terras tupiniquins, o deputado Câmara tem outro projeto; esse em conjunto com Dani Cunha (União/RJ) que versa sobre a regulação das redes sociais. O Supremo Tribunal Federal (STF) também julga texto similar: se as big techs devem ou não ser responsabilizadas por publicações ofensivas e danos causados a terceiros.

A versão nacional do grupo de pressão global constituído por gigantes, como Amazon e Google, chamado de Internet Society, defende que as normas sejam estritas pelas próprias empresas, pois teme que regulações mal formuladas comprometerão o bom funcionamento da rede.

“Seria como fazer uma intervenção cirúrgica para um problema no joelho e evitar, ao máximo, a perna inteira”, disse a diretora do Internet Society Brasil, Paula Bernardi, à Folha de S.Paulo.

E não nos esqueçamos da IA, fala à Folha o professor de ciência da computação da Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP), Diogo Cortiz. O especialista alerta que o avanço dessa fascinante tecnologia fará com que a internet fique cada vez mais centralizada nas plataformas vencedoras da disputa mercadológica.

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Domínio “.br” explodiu desde o começo da internet comercial brasileira (Imagem: jurgenfr/Shutterstock)

“A tecnologia vai reduzir cada vez mais a importância de se pensar na navegação pelas páginas descentralizadas, porque os grandes modelos de linguagem [LLMs, na sigla em inglês], como no caso dos buscadores, já começam a responder diretamente às perguntas“, pontua.

Para o professor Hartmut Glaser, do CGI.br, “não é o fim da internet, mas é o fim da internet que nós, como pioneiros, participamos da criação. Ela deveria ser aberta, universal, escalável, neutra e está perdendo exatamente essas características da sua infância”.

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Será? ‘Cidade fantasma’ na China teria internet 10G; entenda

O distrito Xiong’an, na província de Hebei, na China, agora supostamente abriga uma das redes de internet mais rápidas do mundo. Isso porque Huawei e a China Unicom teriam lançado internet 10G por lá. E o novo serviço de banda larga seria capaz de oferecer velocidades de até 10 gigabits por segundo (daí o nome).

Xiong’an foi pensada como uma cidade “verde e inteligente”. No entanto, a realidade no distrito é um tanto distante da desenhada no papel. Segundo a Bloomberg, Xiong’an ainda é uma “cidade fantasma”, sem presença significativa de moradores.

Implantação da banda larga 10G faria parte de um plano maior da China, diz site

A nova rede, que usa tecnologia 50G-PON, teria sido projetada para atender às necessidades de tecnologias futuras – aquelas que vão exigir conexões rápidas e baixa latência. Por exemplo: realidade virtual (RV), realidade aumentada (RA), jogos na nuvem e carros autônomos.

Rede 10G na China teria sido projetada para atender às necessidades de tecnologias futuras (Imagem: This Lama/Shutterstock)

Segundo o site Digit, essa implantação da banda larga 10G faz parte de um plano mais amplo da China. Ainda de acordo com o portal, os objetivos do país asiático seriam:

  • Modernizar sua infraestrutura digital;
  • Galgar liderança em inovação tecnológica global.

Para desenvolvedores e criadores de tecnologia, a nova rede abriria portas para criar aplicações e serviços que funcionem em tempo real, sem a preocupação com lags ou atrasos, aponta o site.

Internet ultrarrápida para quem?

Apesar do enorme investimento em Xiong’an (equivalente a quase R$ 570 bilhões), a cidade enfrenta dificuldades em atrair moradores, de acordo com o portal Interesting Engineering.

Montagem de pessoa segurando um celular com ícone de sinal de celular; à esquerda, mulher se apoia em ícone de torre de celular
Nova rede seria passo importante para a China em sua jornada de transformação digital (Imagem: Roman Samborskyi/Shutterstock)

Por um lado, isso levanta questões sobre a viabilidade da visão utópica por trás desse megaprojeto. Por outro, nova rede de internet 10G seria um passo importante para a China em sua jornada de transformação digital.

A dúvida agora é: até que ponto a população de lá vai adotar a visão futurista que a tecnologia propõe para esse novo centro urbano? A ver.

China confirma intenção de construir uma usina nuclear na Lua

A China confirmou, na quarta-feira (23), que pretende construir uma usina nuclear na Lua – planos revelados pela primeira vez em março de 2024. O objetivo é fornecer energia para a Estação Internacional de Pesquisa Lunar (ILRS), projeto conjunto com a Rússia.

Renderização de uma base lunar chinesa conceitual
Renderização de uma base lunar chinesa conceitual (Imagem: CAST)

De acordo com o site The Independent, o anúncio foi feito durante a apresentação da missão lunar Chang’e 8, marcada para 2028. Ela será fundamental para testar formas de gerar energia na Lua. E para dar os primeiros passos rumo a uma presença humana fixa no satélite natural da Terra.

Segundo o engenheiro-chefe da missão, Pei Zhaoyu, além da usina nuclear, também se considera outras fontes de energia, como grandes painéis solares. A ideia é garantir fornecimento constante de eletricidade para os equipamentos e astronautas.

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Esses aparelhos são compatíveis com a internet da Starlink

A Starlink vai começar a oferecer serviços gratuitos de internet via satélite no Brasil a partir de julho deste ano. O benefício, no entanto, vale para determinados modelos de smartphones, que poderão ser conectados mesmo em regiões isoladas.

Inicialmente, a empresa de Elon Musk vai permitir envio e recebimento de mensagens de texto, compartilhamento de localização e acesso a canais de emergência. Futuramente, é esperada a inclusão de chamadas de voz e navegação na internet.

Conexão depende da instalação de um kit Starlink Mini (Imagem: bella1105/Shutterstock)

O serviço gratuito poderá ser usado apenas se o usuário estiver em área sem cobertura de empresas de telefonia convencionais. Os dispositivos compatíveis são:

  • Apple: iPhone 14, iPhone 15, iPhone 16;
  • Google: Pixel 9;
  • Motorola: Razr (2024), Razr Plus (2024), Moto Edge, Moto G Power 5G (2024);
  • Samsung: Galaxy A14 até A54, Galaxy S21 até S25, Galaxy Z Flip 3 até Z Flip 6.

Os dispositivos devem estar atualizados com as versões mais recentes de seus sistemas operacionais para que a tecnologia funcione. Segundo a Starlink, novos modelos poderão ser incorporados à lista após atualizações de hardware.

Planos pagos

Para quem tiver interesse em contratar o serviço, a empresa oferece planos para atender diversas situações (valores informados em abril de 2025).

  • Residencial: com dados ilimitados e localização fixa, plano é indicado para assistir filmes, acessar jogos, realizar chamadas, entre outros. Valor: R$ 236/mês;
  • Viagem: cobertura em todo o país, acesso em movimento, indicado para viagens internacionais, motorhomes, pessoas que levam um estilo de vida nômade ou que trabalham de qualquer lugar. Valor: R$ 315/mês (50GB) ou R$ 576/mês (ilimitado);
  • Comercial: há também serviços para empresas, mas ainda sem disponibilidade no Brasil.

A conexão depende da instalação de um kit Starlink Mini, que está disponível por R$ 1,79 mil. O pacote inclui roteador Wi-Fi embutido, consumo de energia reduzido, entrada de energia CC e velocidades de download acima de 100 Mbps.

“A Starlink Mini é um kit compacto e portátil que cabe facilmente em uma mochila e que foi projetado para fornecer internet de alta velocidade e baixa latência em qualquer lugar”, diz a empresa.

Leia mais:

  • Acesse o site oficial da Starlink;
  • Insira seu endereço no campo: “Endereço de uso do Serviço”;
  • Clique em “Pedir agora”;
  • Escolha o plano desejado;
  • Insira dados pessoais: seu nome, sobrenome, telefone (incluindo o DDD) e e-mail;
  • Informe dados de pagamento.

O tempo de entrega varia de uma a duas semanas, segundo a Starlink e a instalação é feita em poucos minutos. O cliente tem direito a um teste pelo período de 30 dias e pode desistir do produto se não estiver satisfeito com o serviço.

Celular com logotipo da Starlink na tela
Cobertura no Brasil será limitada a partir de julho deste ano (Imagem: Ssi77/Shutterstock)

Em São Paulo, a cobertura atingiu a capacidade máxima, segundo a empresa, mas é possível reservar uma vaga na lista de espera e receber uma notificação assim que o serviço estiver disponível novamente.

“Observe que nós não temos como fornecer um prazo estimado para a disponibilidade do serviço, mas nossas equipes estão trabalhando o mais rápido possível para ampliar a capacidade da constelação de satélites. Dessa forma, poderemos continuar a expandir a cobertura para mais clientes ao redor do mundo”, informa o site.

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