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Luz é transformada em um “supersólido” pela 1ª vez

Supersólidos não são exatamente uma novidade, mas dessa vez os cientistas foram além. Pela primeira vez, a luz foi transformada em um estado da matéria que é sólido e líquido ao mesmo tempo — abrindo portas para novos estudos da física.

Os resultados mostram que é possível atingir esse estado com técnicas mais simples, aprimorando o desenvolvimento de tecnologias em óptica e materiais quânticos. O artigo foi publicado na revista científica Nature pelo Conselho Nacional de Pesquisas (CNR) da Itália

Historicamente, supersólidos dependem de temperaturas extremamente baixas para se formarem, a -273,15 graus Celsius. Isso porque o frio reduz o estado de energia das partículas para o mínimo possível, evitando que elas “saltem” de um lado para outro.

Novo método facilita estudos dos efeitos da mecânica quântica na organização da matéria (Imagem: Nadya So/iStock)

Assim, quando a situação “se acalma”, a temperatura não mais impede a observação de como as partículas interagem umas com as outras. Assim, é possível estudar os pequenos efeitos da mecânica quântica na organização da matéria.

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Qual é a novidade?

Dessa vez, os cientistas combinaram características de sólidos e superfluidos para transformar luz em um estado supersólido. Eles utilizaram um semicondutor específico e um laser para criar quasipartículas, chamadas polaritons.

Ilustração do mecanismo que leva à formação do supersólido (Imagem: Reprodução)

Essas partículas formadas pela interação entre luz e matéria podem viajar em velocidades antes impossíveis. Elas se organizaram em uma estrutura cristalina de forma espontânea, mantendo a capacidade de fluir sem atrito.

Na prática, o experimento criou uma maneira manipulável de atingir o estado da matéria que é sólido e líquido concomitantemente. Isso pode trazer diversos avanços para a computação quântica, supercondutores, entre outras áreas da eletrônica e fotônica.

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Itália publica o primeiro jornal produzido inteiramente por IA

Pela primeira vez, o mundo pode ler um jornal produzido inteiramente por inteligência artificial. O experimento foi idealizado pelo Il Foglio, um diário liberal conservador italiano que pretende mostrar o impacto da tecnologia de IA no cotidiano.

“Será o primeiro jornal diário do mundo em bancas criado inteiramente usando inteligência artificial”, explicou o editor Claudio Cerasa. “Para tudo. Para a escrita, as manchetes, as citações, os resumos. E, às vezes, até mesmo para a ironia.” 

Segundo ele, os jornalistas ficarão responsáveis apenas por fazer perguntas a um chatbot e revisar as respostas. A edição experimental de quatro páginas já está disponível para venda em bancas e também on-line.

Trump é assunto em reportagem de capa do primeiro jornal gerado por IA (Imagem: Reprodução)

“No final deste experimento, contaremos qual o impacto que a AI Sheet teve em nossos dias, em nossa forma de trabalhar. Contaremos quais perguntas fomos obrigados a nos fazer, não apenas de natureza jornalística, ao vermos dia após dia um jornal feito inteiramente com IA.”

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Por dentro das páginas

A primeira página estampa um artigo que descreve o “paradoxo dos trumpistas italianos”, que protestam contra a “cultura do cancelamento”, mas “celebram quando seu ídolo nos EUA se comporta como o déspota de uma república das bananas”.

Imagem usada em reportam sobre relacionamentos também foi criada por IA (Imagem: Reprodução)

Há também uma coluna intitulada “Putin, as 10 traições”, que lista “20 anos de promessas quebradas, acordos rompidos e palavras traídas” do presidente russo, Vladimir Putin. E uma história de como “o uso de inteligência artificial no jornalismo cresceu exponencialmente, trazendo consigo inovação e debate”.

O jornal também publicou uma reportagem sobre como os “jovens europeus, especialmente a Geração Z, estão se afastando do amor romântico tradicional e preferindo relacionamentos vagos e situações indefinidas” — acompanhada de uma imagem de dois jovens adultos gerada também por IA.

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IA militar: empresa italiana lançará satélites em breve

O grupo aeroespacial e de defesa italiano Leonardo vai colocar 38 satélites em órbita para oferecer serviços para fins militares e civis, incluindo IA. A estratégia aumenta as oportunidades de negócios para governos europeus que buscam alternativas à Starlink, de Elon Musk.

A maior parte do investimento militar partirá do Ministério da Defesa da Itália, que vai alocar € 580 milhões (R$ 3,6 bilhões) dos € 900 milhões (R$ 5,7 bilhões) totais previstos para a iniciativa, segundo o jornal The Wall Street Journal.

A primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, foi pressionada pela oposição ao negociar um acordo de US$ 1,5 bilhão (R$ 9,5 bilhões) com a Starlink, em janeiro, como relata a EuroNews. À época, ela lamentou a falta de “alternativas públicas” à empresa de Musk.

Maior parte do investimento será feito pelo Ministério da Defesa italiano (Imagem: Leonardo/Reprodução)

Um relatório recente da consultoria PwC destacou que as tecnologias de IA terão “papel crucial na reformulação de como as organizações de defesa gerenciam recursos, tomam decisões e executam missões complexas” até 2030.

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Planos para o futuro

Os satélites da Leonardo serão lançados entre 2027 e 2028, sendo 18 para uso das Forças Armadas e 20 para aplicações em setores como agricultura e monitoramento de infraestrutura. A previsão faz parte de um plano de cinco anos anunciado pela empresa.

Leonardo também integra projeto para construir caça de sexta geração (Imagem: Leonardo/Reprodução)

O grupo quer aumentar a presença no mercado global por meio de alianças internacionais, incluindo a parceria com a fabricante de armas alemã Rheinmetall e a fabricante turca de drones Baykar Technologies, segundo o jornal.

Além disso, a Leonardo integra o Programa Global de Combate Aéreo, projeto que reúne reúne Itália, Japão e Reino Unido para desenvolver um caça furtivo de sexta geração com conceitos de segurança cibernética, inteligência artificial e tecnologias espaciais até 2035.

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