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Descoberta sobre Ramsés III surpreende arqueólogos

Pela primeira vez, arqueólogos documentaram uma inscrição esculpida com o nome de Ramsés III, um faraó egípcio que reinou há cerca de 3.200 anos, na Jordânia. A informação foi divulgada pelo Ministério do Turismo e Antiguidades do país árabe.

A descoberta foi feita na área protegida de Wadi Rum, deserto no sul da Jordânia conhecido por abrigar vestígios arqueológicos. É uma “evidência material dos laços históricos entre o Egito faraônico, a Jordânia e a Península Arábica em geral”, segundo o comunicado.

Santuário de Ramsés III na cidade de Karnak, no Egito (Imagem: Domingo Saez Romero/iStock)

A inscrição hieroglífica faraônica é marcada com um selo real e, segundo os pesquisadores, indica que a Jordânia “não foi apenas um corredor para civilizações, mas, também, um lar para elas”.

Novos insights sobre Ramsés III

  • Ramsés III foi considerado o último rei poderoso da Vigésima Dinastia do Novo Reino;
  • Seu reinado testemunhou reformas administrativas e econômicas e o lançamento de campanhas militares para proteger as fronteiras do estado egípcio e enfrentar invasões estrangeiras;
  • Em esforço para expandir sua influência econômica, ele liderou campanhas para controlar as fontes de cobre, ouro e pedras preciosas no Sinai e regiões vizinhas, incluindo o sudeste da Jordânia, além de garantir rotas comerciais entre o sul da Arábia, Egito, Levante e Europa;
  • Evidências arqueológicas materiais da extensão da campanha até o coração da Península Arábica não apareceram até a descoberta de um cartucho real dele em Tayma (Arábia Saudita), em 2010.

Os pesquisadores enfatizaram que esta descoberta abre novos horizontes para a pesquisa científica e lança luz sobre os laços culturais, comerciais e militares que conectaram o Egito ao sul do Levante e à Península Arábica ao longo dos tempos. 

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A descoberta arqueológica revelou a presença de dois cartuchos com o nome do rei Ramsés III: o primeiro cartucho se refere ao seu nome de nascimento, e o segundo ao seu nome de trono, declarando-o Rei do Alto e Baixo Egito.

Para o ex-ministro de antiguidades do Egito que trabalha com pesquisadores na Jordânia, Zahi Hawass, a descoberta representa uma indicação importante da necessidade de conduzir escavações organizadas no local.

Segundo ele, “encontrar o nome do Rei Ramsés III no sul da Jordânia é muito importante” e é possível que objetos de interesse histórico sejam descobertos, revelando detalhes das relações entre Jordânia e Egito, que datam de mais de três mil anos.

O governo da Jordânia explicou que o anúncio final da descoberta será feito após a conclusão de todas as pesquisas e estudos que permitirão uma descrição completa do achado.

Túmulo do faraó Ramsés III, que liderou campanhas militares para proteger as fronteiras do estado egípcio (Imagem: Ibrahim Hamroush/iStock)

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Ramsés III: achado histórico lança luz sobre rotas do Antigo Egito

Arqueólogos descobriram uma rara inscrição do faraó Ramsés III no sul da Jordânia. Os hieróglifos revelaram novas informações sobre as relações do Antigo Egito com a Península Arábica.

A equipe encontrou as marcações cravadas em uma rocha na Reserva de Wadi Rum, localizada perto da fronteira com a Arábia Saudita. Elas estão divididas em dois cartuchos: um com o nome de nascimento de Ramsés III e outro com seu nome de faraó. Essas informações confirmaram seu reinado sobre o Alto e Baixo Egito entre 1186 a.C. e 1155 a.C.

“Esta é uma descoberta histórica que aumenta nossa compreensão das conexões antigas entre o Egito, a Jordânia e a Península Arábica”, disse a Ministra do Turismo e Antiguidades da Jordânia, Lina Annab, em uma coletiva de imprensa.

As inscrições estão numa rocha entre a Jordânia e a Arábia Saudita. (Imagem: Ministério do Turismo e Antiguidades da Jordânia)

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Egito e Arábia: uma antiga relação

O Ministério de Turismo e Antiguidades da Jordânia está conduzindo a pesquisa e as escavações. O projeto é parte de uma iniciativa maior de documentar evidências das campanhas militares e culturais de Ramsés III para além das fronteiras do Egito.

A Jordânia nunca foi parte do Império Egípcio, mas estava em diversas rotas de comércio entre o Egito, o Levante e a Arábia. Os hieróglifos descobertos podem revelar mais sobre a relação entre essas regiões.

“A descoberta é crucial. Ela pode abrir caminho para uma compreensão mais profunda das interações do Egito com o sul do Levante e a Península Arábica há mais de 3.000 anos”, disse o Dr Zahi Hawass, arqueólogo e ex-ministro do Conselho Supremo de Antiguidades do Egito.

Ramsés III entrou para a história por defender o Egito contra invasores, principalmente os chamados Povos do Mar, e pela construção de grandes projetos. Sua história foi marcada pela batalha do Delta, quando o faraó derrotou os invasores marítimos.

Uma análise mais profunda do artefato está em processo — com a possibilidade de mais escavações no local. A equipe irá lançar um panorama maior da descoberta assim que o estudo estiver completo.

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