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NASA revela como está sonda que investiga Júpiter após dois sustos seguidos

Na última sexta-feira (4), a sonda Juno, da NASA, realizou o 71º sobrevoo próximo a Júpiter. Durante a manobra, a espaçonave entrou duas vezes em “modo de segurança”: a primeira, cerca de uma hora antes da aproximação máxima; a segunda, 45 minutos após esse momento, chamado de perijove.

O modo de segurança é um protocolo que entra em ação automaticamente quando a sonda detecta algum comportamento fora do padrão. Nessa condição, os sistemas não essenciais são desligados e a prioridade passa a ser manter a comunicação com a Terra e preservar os sistemas básicos.

Concepção artística da sonda Juno sobrevoando Júpiter. Crédito: NASA images – Shutterstock

Durante o incidente, todos os instrumentos científicos foram desativados, como previsto para esse tipo de situação. A nave reiniciou seu computador, desligou tarefas secundárias e reposicionou a antena para apontar diretamente para a Terra, facilitando o contato com os operadores da missão.

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Juno respondeu conforme o esperado, diz NASA

A NASA informou que, apesar do problema, Juno funcionou exatamente como planejado. A equipe em solo conseguiu restabelecer a comunicação de alta velocidade com a espaçonave e agora está analisando os dados técnicos e científicos coletados antes e depois da falha. Essas informações ajudarão a entender o que causou a ativação do modo de segurança. 

Júpiter é o planeta mais hostil do Sistema Solar em termos de radiação. Próximo a ele, existem cinturões com partículas altamente energéticas que representam risco para qualquer equipamento. Até agora, tudo indica que Juno passou por algum desses cinturões, afetando o funcionamento eletrônico de seus sistemas.

Uma das capturas mais nítidas de Júpiter feitas pela sonda Juno, da NASA. Crédito: NASA/JPL-Caltech

Para se proteger da passagem por essas regiões, Juno possui um cofre de titânio que abriga seus componentes mais sensíveis. Mesmo com essa proteção, no entanto, a sonda já entrou quatro vezes em modo de segurança desde que chegou ao planeta, em 2016. Em todas as ocasiões, ela conseguiu se recuperar e continuar sua missão sem danos permanentes.

O próximo sobrevoo da sonda Juno está previsto para 7 de maio. Além de se aproximar novamente de Júpiter, a espaçonave fará um novo registro da lua Io, a uma distância de cerca de 89 mil km.

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Vento solar “esmagou” Júpiter; entenda

Um estudo publicado nesta quinta-feira (03) na revista Geophysical Research Letters descreveu pela primeira vez um fenômeno curioso em Júpiter: um vento solar de 2017 comprimiu a bolha protetora do planeta, aumentando (e muito) a temperatura por lá.

Além disso, os pesquisadores apontam que esse evento pode atingir Júpiter mais vezes do que o esperado, de duas a três vezes por mês.

O trabalho também ajudou a entender a influência do Sol nas atmosferas dos planetas do nosso sistema solar.

Pesquisa mostrou que vento solar que atingiu o planeta teve influências na atmosfera (Imagem: Geophysical Research Letters/Reprodução)

Vento solar comprimiu a bolha protetora de Júpiter

Cientistas da Universidade de Reading descobriram que um evento solar de 2017 atingiu Júpiter e comprimiu sua magnetosfera. Trata-se de uma região comum em planetas magnetizados, que funciona como uma bolha protetora contra a radiação solar e partículas cósmicas.

As observações foram feitas a partir do telescópio terrestre Keck e de dados da nave espacial Juno, da NASA, que permitiram uma modelagem do vento solar. Ele teria ‘esmagado’ a magnetosfera pouco antes do início das observações.

Segundo o Dr. James O’Donoghue, autor principal da pesquisa, a resposta de Júpiter a esse evento nunca havia sido estudada. A análise revelou que o vento solar intensificou o aquecimento auroral nos polos do planeta, fazendo com que a atmosfera se expandisse e derramasse gás quente em direção ao centro. O resultado foi um aumento na temperatura da magnetosfera para mais de 500ºC (normalmente, as camadas atmosféricas mais altas por lá medem cerca de 250ºC).

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Ele explicou o que aconteceu:

O vento solar esmagou o escudo magnético de Júpiter como uma bola de squash gigante. Isso criou uma região superaquecida que abrange metade do planeta. O diâmetro de Júpiter é 11 vezes maior que o da Terra, o que significa que essa região aquecida é enorme.

Dr. James O’Donoghue, autor principal

Ainda, segundo o líder do estudo, essa é a primeira vez que um fenômeno assim é visto em qualquer mundo.

Trabalho combinou observações do telescópio Keck e da nave Juno (Imagem: Geophysical Research Letters/Reprodução)

O que isso nos diz sobre Júpiter?

O’Donoghue explicou que Júpiter serve como um laboratório do Sistema Solar. Através dele, é possível estudar e compreender os efeitos do Sol em outros planetas, e entender as consequências das tempestades solares na atmosfera e nas invenções humanas, como redes de energia, comunicações e GPS.

Além disso, os efeitos foram inesperados:

  • A equipe pensava que a rápida rotação de Júpiter confinaria o aquecimento auroral às regiões polares. A pesquisa mostrou que não, já que o vento solar causou o aumento da temperatura em outras regiões;
  • Isso indica que as atmosferas dos planetas do nosso sistema solar estão mais vulneráveis às influências do Sol do que sabíamos anteriormente;
  • O professor Mathew Owens, coautor da pesquisa, explicou que essas descobertas ajudam a entender os sistemas de previsão e podem ajudar a proteger a Terra do clima espacial perigoso.

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Lua inicia abril em conjunção com Júpiter

Dando início à “turnê mensal” de abril pelos planetas do Sistema Solar, a Lua vai visitar Júpiter nesta quarta-feira (2). Na ocasião, nosso maior vizinho vai aparecer no céu bem próximo do satélite natural da Terra, em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica.

De acordo com o site In-The-Sky.org, isso acontece às 21h24 (todos os horários mencionados estão no fuso de Brasília). Nesse momento, a Lua vai passar a pouco mais de 5º ao norte de Júpiter.

De São Paulo, o par estará visível a partir das 18h13, aparecendo 36° acima do horizonte noroeste, permanecendo juntos no céu até 21h37 – poucos minutos após a conjunção.

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Júpiter nesta quarta-feira (2). Crédito: SolarSystemScope

Enquanto a Lua estará em magnitude de -11.3, a de Júpiter será de -2.1, com ambos na constelação de Touro. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é o valor de sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

A dupla não estará próxima o suficiente para caber no campo de visão de um telescópio ou par de binóculos, mas será visível a olho nu.

Neste mês, a Lua ainda passa por Marte (5), Vênus (24), Mercúrio e Saturno (25), finalizando em um novo encontro com Júpiter (30). Essa série de conjunções que a Lua faz mensalmente ocorre porque ela orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica. 

Lua e Júpiter aparecem bem próximos no céu noturno desta quarta-feira (2). Crédito: buradaki – Shutterstock

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Fenômeno magnético em Júpiter produz tempestades do tamanho da Terra

Cientistas planetários descobriram que tornados magnéticos em Júpiter estão gerando anticiclones aproximadamente do tamanho da Terra.

Essas tempestades, que são visíveis como ovais escuras, mas apenas na luz ultravioleta (UV), ocorrem quando vórtices magnéticos descem da ionosfera até as camadas mais profundas da densa atmosfera do gigante gasoso.

Esses eventos foram detectados pela primeira vez no final da década de 1990 pelo Telescópio Espacial Hubble, da NASA, nos polos norte e sul de Júpiter – saiba mais detalhes aqui.

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Anãs marrons identificadas pela NASA colocam Júpiter no chinelo; entenda

O satélite TESS, da NASA, captou imagens de duas novas anãs marrons que são cerca de 30 vezes mais massivas que Júpiter. Os objetos recém-descobertos foram descritos por uma equipe internacional de astrônomos em artigo científico liberado no servidor de pré-impressão arXiv.

Anãs marrons são definidas como “seres intermediários”: algo entre planetas e estrelas. A TOI-4776 foi localizada a cerca de 1.206 anos-luz de distância e a TOI-5422 a uma distância de 1.134 anos-luz. Um ano-luz é igual a dez trilhões de quilômetros.

A primeira delas tem o tamanho de Júpiter, mas é cerca de 32 vezes mais massiva que o maior planeta do Sistema Solar e estimada em 5,4 bilhões de anos. A anã marrom orbita sua estrela a cada 10,41 dias e tem, como hospedeiro, uma estrela do tipo F, ligeiramente maior e mais massiva que o Sol.

T4 identifica a anã marrom TOI-4776, e T1 a TOI-592 (Imagem: Reprodução)

Já a anã marrom TOI-5422 b se tornou uma das mais antigas anãs marrons em trânsito descobertas até agora, com cerca de 8,2 bilhões de anos. O período orbital é de 5,37 dias, com tamanho equivalente a 27,7 massas de Júpiter. Sua hospedeira é uma estrela subgigante com raio de 1,48 raios solares e massa de 1,05 massas solares.

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Projeto TESS, da NASA

  • Lançado em abril de 2018, o Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS) tem como missão descobrir exoplanetas, além de monitorar objetos que mudam de brilho, asteroides próximos a estrelas pulsantes e galáxias distantes contendo supernovas;
  • Recentemente, o satélite captou imagens do planeta mais jovem descoberto até agora usando o método dominante de detecção de planetas;
  • Batizado de IRAS 04125+2902 b, ele é considerado um “bebê”: tem apenas três milhões de anos;
  • O planeta foi encontrado na Nuvem Molecular de Touro, berçário estelar ativo com centenas de estrelas recém-nascidas a cerca de 430 anos-luz de distância, segundo a NASA.

Nos últimos anos, a missão TESS também descobriu fenômenos cósmicos, incluindo buracos negros destruidores de estrelas e oscilações estelares. O equipamento é operado pelo Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT), em Cambridge (Inglaterra).

Conceito artístico de um planeta jovem e recém-descoberto (Imagem: Divulgação/NASA)

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