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Fazer exercícios após os 50 anos é fundamental – mas requer cuidados

Cada vez mais pessoas decidem começar a se exercitar após os 50 anos — e, segundo especialistas, isso é uma excelente decisão. A atividade física nessa fase da vida ajuda na prevenção e tratamento de doenças, mas exige atenção redobrada, especialmente para quem sempre foi sedentário ou tem sobrepeso.

“O corpo muda com a idade, e isso deve ser levado em conta na hora de iniciar qualquer rotina”, alerta Patrícia Yarnoz, professora da Universidade de Navarra.

Exercícios muito intensos, aliados a dietas mal planejadas, podem causar lesões musculares e ósseas, especialmente devido à perda natural de massa com o envelhecimento, alerta Yarnoz em artigo para o site The Conversation.

Antes de tudo, recomenda-se um exame de sangue completo para verificar possíveis carências nutricionais. Isso é essencial para ajustar a alimentação, especialmente em relação a proteínas e micronutrientes fundamentais, como cálcio, magnésio e vitamina D.

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Suporte médico é essencial para entender a situação do corpo e evitar lesões ao começar uma vida ativa de exercícios – Imagem: Drazen Zigic/Shutterstock

Proteína na medida certa — e no momento certo

Segundo Yarnoz, “a proteína é crucial para preservar a massa muscular e evitar a sarcopenia”. A ingestão ideal para pessoas fisicamente ativas acima dos 50 anos varia entre 1 e 1,5g por quilo de peso por dia — mas deve estar associada à prática regular de exercícios.

O excesso, sem estímulo físico correspondente, pode prejudicar a saúde óssea.

A combinação equilibrada entre proteínas de origem vegetal (como soja, lentilhas e sementes) e animal (como ovos, laticínios e peixes) é o ideal. Além disso, “distribuir a ingestão ao longo do dia e incluir proteínas próximas ao horário do treino otimiza a absorção”, explica Yarnoz.

Dieta equilibrada ajuda a manter massa muscular e melhora desempenho ao se exercitar – Imagem: margouillat photo/Shutterstock

Micronutrientes e hidratação também contam

  • Magnésio, cálcio e vitamina D merecem atenção especial.
  • Eles atuam na recuperação muscular, na saúde óssea e na prevenção de fraturas.
  • Alimentos como sementes, laticínios e peixes gordurosos (atum, salmão, sardinha) devem compor a dieta — sempre respeitando sua biodisponibilidade.

Yarnoz lembra ainda que manter uma boa hidratação é essencial: “A falta ou o excesso de água pode afetar o desempenho e aumentar o risco de lesões”.

Qual exercício fazer? Depende

Embora haja discussões sobre o melhor tipo de treino para essa faixa etária — força, cardio ou ambos —, o mais importante é manter a regularidade e respeitar os próprios limites.

“O exercício certo é aquele que se adapta às capacidades da pessoa, com supervisão médica e nutricional adequada”, resume a especialista.

Em suma, iniciar uma vida ativa após os 50 é não só possível como altamente recomendável. Com os cuidados certos, pode representar um verdadeiro recomeço para o corpo e para a mente.

Foto de uma mulher idosa atraente fazendo exercícios com halteres em roupa esportiva em casa, em uma sala de estar espaçosa e iluminada, conceito de esporte.
Um profissional pode ajudar a escolher os treinos adequados para manter o corpo forte e saudável na maturidade – Imagem: Shutterstock/Roman Samborskyi

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Esteira da NASA fica mais “barata” — e pode ser sua em breve

A empresa responsável pela esteira antigravidade usada por astronautas da NASA está planejando expandir suas operações para o mercado doméstico. Com sede em Palo Alto, Califórnia, a Boost acaba de reduzir o preço de sua linha principal em quase dois terços, segundo blog da agência americana.

Em 2022, a empresa lançou a Boost 2, que é mais silenciosa e mais eficiente em termos de energia do que sua antecessora, entre outras melhorias. A Boost 2 praticamente triplicou as vendas para pessoas físicas, avançando na meta de migrar para o público geral.

O valor da esteira é informado mediante solicitação no site da empresa. E-commerces de revenda vendem o produto por cerca de U$ 45 mil (R$ 257 mil). Em Nova York, uma clínica de reabilitação oferece sessões de 30 minutos com a Boost por U$ 25 (R$ 143).

Esteiras são ajustáveis ​​para usuários de 1,47 m a 2,13 m de altura (Imagem: Boost/Divulgação)

A história por trás da Boost

A esteira antigravidade foi desenvolvida por Robert Whalen no Centro de Pesquisa Ames da NASA, no Vale do Silício, Califórnia, nas décadas de 1980 e 1990. 

O engenheiro construiu um sistema que colocava uma bolha pressurizada sobre a parte superior do corpo do usuário, criando uma pressão descendente capaz de simular a gravidade para astronautas correndo em uma esteira no espaço.

Com o apoio da NASA, ele criou um protótipo de uma esteira em sua garagem que inverteu o conceito, com a bolha envolvendo o usuário da cintura para baixo para criar sustentação. O objetivo era criar um sistema que ajudasse na reabilitação de pacientes.

Anos depois, o protótipo foi transformado no conceito AlterG pelo filho do engenheiro, que fundou a Boost Treadmills em 2017. O modelo usa pressão de ar para aliviar o peso do usuário, sendo útil para equipes esportivas profissionais e clínicas de reabilitação.

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Todo o sistema pode ser personalizado pelo usuário (Imagem: Boost/Reprodução)

Novos passos

O equipamento se tornou uma solução para pacientes cujas lesões os impedem de caminhar ou correr com seu peso máximo. A Boost diz que pode ser igualmente valioso para pessoas com deficiências de mobilidade de longo prazo, como obesidade ou artrite. 

Dentro da Boost, as pessoas podem ter a certeza de que não há risco de queda, segundo a empresa. Se um usuário tropeçar e cair, ele será sustentado tanto pela pressão do ar na bolsa quanto pela estrutura rígida da esteira.

Elas são ajustáveis ​​para usuários de 1,47 m a 2,13 m de altura, com shorts leves que variam do tamanho 2XS ao 5XL. Há capacidade de ajustar entre 20% e 100% do peso corporal, com velocidades de até 29 km/h e inclinações de até 15%.

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Tecnologia pode detectar lesões na retina antes que sintomas apareçam

Pesquisadores da Universidade de São Paulo (USP) descobriram que o uso da óptica adaptativa pode identificar danos à retina antes que os primeiros sintomas apareçam. A técnica ainda é pouco difundida no Brasil e permite observar alterações celulares.

A partir desta tecnologia é possível gerar imagens da retina com resolução comparável a de análises de microscopia. O método ainda fornece informações muito precisas sobre a densidade e o espaçamento dos cones, algo que os exames convencionais não conseguem captar.

Pacientes passaram por análises específicas

  • Durante o trabalho foram analisadas 18 mulheres usuárias de hidroxicloroquina com dose acumulada superior a 1.600g, sem qualquer sinal de retinopatia nos exames tradicionais.
  • Elas foram comparadas a 18 mulheres saudáveis, sem uso da medicação.
  • Todas as participantes passaram por exames oftalmológicos completos, incluindo mensuração da acuidade visual, comprimento axial dos olhos, refração e dilatação da pupila.
  • As imagens captadas pela óptica adaptativa foram registradas em dois pontos específicos da retina.
  • Esses locais foram escolhidos por serem os primeiros a apresentar sinais de dano na retinopatia induzida por hidroxicloroquina.
  • As informações são do Jornal da USP.
Técnica pode revolucionar diagnósticos no Brasil (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)

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Diagnóstico precoce pode evitar perda da visão

A equipe ainda levou em conta algumas variáveis que pudessem interferir nos resultados, como idade, refração ocular e comprimento axial dos olhos. Isso garantiu uma maior robustez na comparação entre os grupos.

As descobertas indicam que o processo de toxicidade retiniana pode começar de forma silenciosa, antes mesmo das primeiras manifestações observadas por exames clássicos. Isso significa que é possível identificar a condição de forma precoce.

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Método permite identificar problema antes que os sintomas surjam (Imagem: AnnaVel/Shutterstock)

Apesar das conclusões dos cientistas, ainda não é possível garantir que os danos identificados na retina possam ser revertidos. No entanto, sem um diagnóstico, a toxicidade pode continuar aumentando, causando a perda total da visão, por exemplo.

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