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40 gírias da internet para você conhecer e saber como usá-las online

É normal que, com o passar do tempo, as coisas mudem – especialmente no contexto geral da vida. Uma das maiores mudanças está na linguagem dos jovens, que varia muito em curtos períodos de tempo, principalmente na internet.

Por exemplo, você conhece gírias como POV, aesthetic e clean girl? Caso você não entenda nada, saiba que separamos algumas das principais palavras e explicamos seus significados. 

POV, aesthetic, clean girl e outras gírias da internet para você entender

É muito importante se manter atualizado em relação às gírias presentes na internet, pois dessa forma você não fica por fora desse meio e sem entender o diálogo de algumas pessoas nas redes sociais. Esse entendimento também pode ser bom para observar o comportamento dos filhos e saber o que eles estão dizendo em uma determinada postagem, por exemplo. Veja alguns dos principais termos a seguir!

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Ícone de aplicativos de algumas redes sociais instalador em um smartphone
Imagem: miss.cabul/Shutterstock
  • POV: Abreviação para “Point of view” (ponto de vista), POV é um termo muito utilizado no TikTok e faz referência a conteúdos criados para mostrar a perspectiva de quem está gravando. 
  • Aesthetic: se traduzido para o português, significa estética, mas na realidade ele é utilizado como uma forma de definir perfis de redes sociais aparentemente estilosos e agradáveis. 
  • Clean girl: termo usado para conteúdos relacionados à moda. Ele faz referência a quem tem um estilo mais limpo, com maquiagem discreta e vestimentas de cores claras, apresentando uma aparência minimalista.
  • Boomer: termo utilizado para zombar de quem tem opiniões consideradas antiquadas, com base em preconceitos antigos.
  • Aff, Veyr: uma variação de “aff, véi” para mostrar cansaço, preguiça, irritação e outras sensações parecidas.
  • Based: utilizado para apontar que determinadas pessoas e/ou opiniões são autênticas e não se importam com o que os outros acham. 
  • Brabo ou Braba: pessoa que é boa demais no que faz.
  • Close friends: recurso do Instagram que o usuário utiliza para postar Stories somente para um determinado grupo de amigos.
  • Cringe: faz referência à vergonha alheia e desgosto. Costuma ser usado quando alguém fala ou faz algo que deixa outras pessoas com vergonha.
  • Delulu: derivado da palavra delusional (delirante), da língua inglesa, o termo refere-se a quem tem expectativas em excesso ou fora da realidade. 
Moça jovem abrindo o Instagram no celular
Jovem abrindo o Instagram no celular – Imagem: Tatiana Diuvbanova/Shutterstock
  • Deixa ele cozinhar: frase normal na língua portuguesa, mas que na gíria significa deixar a pessoa fazer o que está fazendo, independente do que seja, pois pode dar certo. 
  • Exposed: é fazer uma lista do histórico negativo da vida de alguém na internet com o objetivo de conseguir o “cancelamento” dela.
  • Tankar: originário dos games, esse termo vem de “tank” (tanque) e faz referência a personagens resistentes a danos. No Brasil, é usado como “suportar ou aguentar situações pesadas”. 
  • Fail: gíria que remete a vacilo.
  • Fanfic: derivado de “fanfiction”, ficção de fã, esta palavra tem ganhado um novo significado na web, sendo usada para apelidar histórias inverídicas sobre alguém ou algo e também contos minuciosos. 
  • Flop: na tradução literal significa “fracasso”. Nas redes sociais, vem sendo usado para apontar justamente os fracassos de artistas ou perfil de rede social, como uma postagem com pouco engajamento.
  • FOMO: sigla de “fear of missing out”, medo de perder algo, é usado para dizer que tem aquela ansiedade típica de estar online pelo máximo de tempo possível e não perder nenhuma novidade nas redes.
  • Gado demais: significa que uma pessoa é muito fã de alguém ou alguma coisa.
  • Ghosting: usado quando alguém não responde às mensagens em uma conversa no app ou rede social.
  • Iconic: a mesma coisa que “icônico”, usado para elogiar coisas ou pessoas que são tidas como incríveis.
  • Incel: costumava ser usado para se referir a homens que não conseguiam se relacionar de forma amorosa com mulheres. Atualmente, criou-se uma subcultura de homens misóginos e radicalizados. 
O que é feed zero nas redes sociais? via Rob Hampson/Unsplash
Jovem utilizando o celular – Imagem: Rob Hampson/Unsplash
  • Jantou: utilizado para dizer que uma pessoa respondeu com maestria a uma provocação na internet. 
  • JOMO: é o inverso de FOMO, ou seja, é quando você não liga para as discussões e temas do momento na web e prefere focar na sua vida offline. 
  • Nerfar: muito usada pelos gamers, esta gíria quer dizer que alguma coisa teve o potencial reduzido de forma proposital para enfraquecê-lo, como um personagem que ficou mais fraco. 
  • NPC: também do universo dos games, NPC (non-player character) é o personagem não jogável, o figurante.
  • PPRT: indica que uma postagem disse alguma coisa controversa, mas sem meias palavras.
  • Red flag: refere-se a temas que alguma pessoa coloca durante uma interação de rede social, dando pistas em relação a traços de personalidade tóxicos do indivíduo. 
  • Red pill: usado por homens na expressão “tomar a red pill”, significa despertar para a realidade de um mundo que apenas favorece as mulheres. Dessa maneira, começam a adotar ações de uma suposta emancipação masculina, mas quase sempre resultam em misoginia. 
  • Shippar: estar na torcida para o sucesso do relacionamento de um determinado casal.
  • Rizz: usado para dizer que determinada pessoa é boa de flerte.
  • Soft block: é dar um gelo em alguém, como se estivesse bloqueando a pessoa, mas sem fazer isso diretamente, apenas deixando de interagir com ela nas redes.
Casal deitado no sofá navegando em redes sociais no celular
(Imagem: rockstock/Freepik)
  • Tradwife: “esposas tradicionais” na tradução livre, caracterizadas por aparecerem nas redes sociais glorificando um estilo de vida na qual vivem como donas de casa e priorizam o casamento. 
  • Twink: gíria LGBTQ+ designada para apontar homens com idade entre 15 e 25 anos com um físico magro, aparência juvenil e nada ou nenhum pelo no corpo.
  • Slay: em inglês, significa “arrasou” ou “mandou bem”. Quer dizer que uma pessoa foi muito bem em sua performance.
  • Pick me: alguém que busca agradar exageradamente seu público ou amigo.
  • Hype: assuntos, conteúdos e produtos que estão em alta.
  • Hitar: ter sucesso com um tipo de conteúdo na internet.
  • Dix: perfil de rede social feito para ser mais fechado a um determinado grupo de amigos ou mesmo de pessoas da família, podendo compartilhar coisas mais pessoais.
  • Daily: significa “diário” em português. Usado para mostrar os acontecimentos do dia a dia na vida de uma pessoa. Isso é feito na própria rede social dela.
  • Biscoito/Biscoiteiro: alguém que está buscando atenção ou reconhecimento por meio das redes sociais. 

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Assistentes de IA reforçam estereótipos culturais na escrita, aponta estudo

O debate acerca da reprodução de preconceitos por sistemas de inteligência artificial já vem acontecendo há alguns anos. Agora, pesquisadores da Universidade Cornell apontam que essa tecnologia também pode fortalecer estereótipos culturais na escrita, tornando-a mais genérica e fazendo com que usuários do Sul Global soem como americanos.

Entenda:

  • Assistentes de IA podem tornar a escrita mais genérica e estereotipada, alertam cientistas;
  • Em um novo estudo, a IA tornou a linguagem de participantes indianos mais parecidas com a dos estadunidenses;
  • Além disso, as sugestões de preenchimento automático foram baseadas nas preferências dos americanos;
  • Precisando adequar as sugestões à sua linguagem e repertório cultural, os indianos tiveram uma produtividade menor e, com isso, os assistentes de IA se mostraram menos úteis. 
Assistentes de IA reforçam estereótipos culturais e tornam escrita genérica. (Imagem: Gorodenkoff/Shutterstock)

Como explica a equipe em comunicado, as ferramentas de IA mais populares (como o ChatGPT) são desenvolvidas principalmente por empresas dos EUA, mas usadas ao redor de todo o planeta – incluindo 85% da população do Sul Global.

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Assistentes de IA tornam escrita genérica com base em estereótipos

Para o estudo, os pesquisadores de Cornell reuniram 59 pessoas da índia e 59 dos Estados Unidos, e pediram que escrevessem sobre temas culturais.

Metade dos participantes de cada país realizou a tarefa de forma independente, e a outra metade usou um assistente de IA que deu sugestões curtas de preenchimento automático.

Foram registradas as teclas digitadas pelos participantes e se eles aceitaram ou não as sugestões da IA. De acordo com a equipe, o assistente deixou a escrita das duas nacionalidades mais parecida – por outro lado, trouxe uma queda de produtividade para os indianos, que precisaram corrigir frequentemente as sugestões.

Debate sobre reforço de estereótipos e preconceitos por IA já acontece há anos. (Imagem: photosince/Shutterstock)

Por exemplo, diante de temas como comidas ou feriados preferidos, as sugestões do assistente de IA foram baseadas nas preferências dos americanos (pizza e Natal). A equipe também revelou que se um participante indiano tentasse escrever o nome de Shah Rukh Khan, ator de Bollywood, para falar sobre uma figura pública, a IA sugeriria Scarlett Johansson ou Shaquille O’Neil como preenchimento automático após o “S”.

Assistente de escrita de IA foi menos útil para participantes indianos

A análise também aponta que, ainda que os indianos tenham aceitado mais as sugestões da IA do que os americanos, elas acabaram não sendo tão úteis. Isso porque as respostas precisaram ser mais editadas para combinar com o estilo de escrita e o repertório cultural dos indianos em cada tema.

“O uso de IA na escrita pode levar a estereótipos culturais e homogeneização da linguagem. As pessoas começam a escrever de forma semelhante, e não é isso que queremos”, diz Aditya Vashistha, autor sênior da pesquisa.

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