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Viu uma foto do eclipse lunar desta semana? Ela pode ser falsa!

Um eclipse lunar total na madrugada desta sexta-feira (14) foi visto em boa parte do mundo, incluindo no Brasil. E claro, a Lua de Sangue nos céus rendeu belas imagens. O Olhar Digital separou uma coletânea delas aqui.

Mas tem um problema: a geração de imagens artificiais ficou mais fácil. Ou seja, as ‘fotos’ circulando na internet e nas redes sociais podem não ser o que dizem.

Pensando nisso, o astrofotógrafo e caçador de asteroides David Rankin conversou com o site Space.com e deu dicas de como saber se uma imagem do eclipse lunar desta semana é verdadeira ou artificial.

Eclipse lunar total foi visto em boa parte do mundo (Imagem: Time and Date/reprodução)

Imagens do eclipse lunar total podem enganar

Rankin é astrofotógrafo do RankinStudio e faz parte do programa Catalina Sky Survey, da NASA. Ele lembrou como era difícil e trabalhoso falsificar imagens antigamente, no Photoshop, por exemplo. Agora, basta usar a IA. Rápido e fácil.

Ele explicou as consequências disso:

Isso não está impactando apenas a astronomia, mas todas as áreas da fotografia, de paisagens a modelagem, vida selvagem e muito mais. As pessoas estão desesperadas por curtidas e reconhecimento, então estão dispostas a se envolver em técnicas de edição que eu acho que vão além da manipulação básica de imagens e entram no reino da arte de fantasia.

David Rankin

O fotógrafo destacou como está nesse ramo há muitos anos e, normalmente, as pessoas são competitivas. As imagens feitas por IA muitas vezes são consideradas fotografias e, por isso, surgiram para facilitar a vida de alguns profissionais. E nem estamos falando daquelas imagens escrachadas geradas artificialmente. Às vezes, trata-se de simples ajudinha da tecnologia para editar a foto ou melhorar a qualidade – o que engana ainda mais o público na hora de identificar o que é real.

Esse é o caso do eclipse lunar desta semana, que criou uma bela Lua de Sangue no céu. Você com certeza viu imagens impressionantes circulando nas redes sociais. Mas será que todas elas são verdadeiras?

Essa imagem é verdadeira, mas é antiga. Você acreditaria? (Crédito: Small Chip – Shutterstock)

Dicas para identificar imagens falsas

David Rankin deu dicas de como distinguir imagens falsas e verdadeiras do eclipse lunar.

Imagens falsas tendem a exagerar

A Lua é linda e cheia de detalhes. Porém, ela está longe e costuma ficar pequena nas fotos. Se você se deparar com uma imagem da Lua grande em relação ao primeiro plano, pode ser que ela tenha sido ampliada para chamar mais atenção.

Esse tipo de visualização fica mais fácil se houver outros objetos na foto, como prédios e casas, que sirvam como referência. Mas saiba: se a Lua estiver muito grande na foto, tem algo de errado.

Olhe para as estrelas

E se não houver pontos de referência na foto? Você pode olhar para as estrelas ao redor dela. Ranking explicou que a Lua não ocupa muito espaço no céu noturno e, se a imagem tiver sido ampliada, será possível perceber um espaçamento incomum em relação às estrelas.

Já se você tiver um pouco mais de conhecimento do céu noturno, pode analisar a posição do astro. Vamos supor que você esteja vendo uma foto do eclipse lunar supostamente tirada da América do Sul. De repente, vê a constelação Ursa Maior. Ela não deveria estar ali, já que é visível apenas no Hemisfério Norte. De duas uma: ou o “autor” da imagem mentiu sobre o local onde a fotografia foi tirada, ou trata-se de uma montagem em um céu noturno diferente.

Você também pode se guiar pela posição da Lua em relação às principais constelações (ou usar um site especializado para isso, como o Astrometry.net).

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Essa é falsa – e foi gerada pelo Olhar Digital para mostrar a diferença (Imagem gerada com IA via DALL-E/Olhar Digital)

Pesquise e pergunte

Tirar uma foto da Lua com o celular pode ser desafiador. Os registros mais impressionantes de fenômenos no céu noturno vêm de astrônomos (profissionais ou amadores) com equipamentos especializados, como câmeras ou telescópios. No caso dos telescópios, o crédito normalmente vem junto da foto, ajudando a identificar a autoria. Também é possível perguntar diretamente ao autor.

Outra dica é fazer uma pesquisa reversa de imagem no Google. Não é incomum que uma foto seja antiga (ou tenha um autor diferente) e esteja sendo publicada novamente para aproveitar o assunto em alta. A pesquisa revelará se aquele registro já foi publicado antes.

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Procure registros de especialistas

Muitas imagens publicadas por observadores na internet são legítimas, mas uma boa saída para garantir que a foto é verdadeira é optar por páginas (ou fotógrafos) especializados no assunto.

Você pode buscar perfis ou instituições de renome, como a NASA, Agência Espacial Europeia e observatórios, ou fotógrafos e astrônomos prestigiados no assunto.

O mais importante é não acreditar em tudo online. Rankin destaca que as plataformas de redes sociais não são boas em identificar imagens falsas – e nem estão interessadas em fazer isso.

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Como um eclipse lunar total salvou Cristóvão Colombo

A expectativa pelo eclipse lunar total previsto para acontecer na madrugada entre esta quinta-feira (13) e sexta-feira (14) é grande. Conhecido como Lua de Sangue, o fenômeno poderá ser avistado inclusive no Brasil.

Mas você sabia que uma ocorrência semelhante salvou Cristóvão Colombo e sua tripulação há mais de 500 anos? Isso aconteceu no ano de 1504, quando o famoso navegador realizava a sua quarta viagem transatlântica.

Colombo usou seu conhecimento sobre a Lua

  • Naquele ano, Colombo havia chegado à Jamaica e as condições não eram as ideias.
  • Durante a longa viagem, ele perdeu dois barcos, e os outros dois estavam tão danificados que não podiam continuar navegando.
  • Dessa forma, era preciso esperar pela chegada de ajuda em um ambiente bastante desconhecido.
  • Inicialmente, os povos originários da região, os Arawak, foram receptivos.
  • Os europeus chegaram até mesmo a trocar alguns dos seus pertences por alimento com os nativos.
  • No entanto, meses se passaram e a relação entre eles começou a piorar.
  • Foi aí que Colombo resolveu usar seu conhecimento.
O navegador europeu sabia que um eclipse lunar total iria acontecer em breve (Imagem: Ntguilty/Shutterstock)

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Lua de Sangue assustou os povos nativos

O explorador teria consultado seus registros astronômicos e descobriu que um eclipse lunar total iria acontecer no dia 1º de março daquele ano. Durante o fenômeno, a Terra fica entre o Sol e a Lua e projeta sua sombra em nosso satélite natural. Quando a Lua passa pela umbra, a parte mais escura da sombra da Terra, ela fica temporariamente avermelhada. É por isso que o fenômeno é chamado de Lua de Sangue.

Sabendo disso, Colombo chamou os chefes da ilha e os alertou. Ele teria dito que Deus estava zangado com eles por não terem trazido mais alimento, e iria mostrar sua fúria com sinais no céu. Quando o eclipse começou, os Arawak se assustaram e logo levaram mais alimentos para os navegadores.

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Fenômeno Lua de Sangue poderá ser visto do Brasil (Imagem: Tragoolchitr Jittasaiyapan/Shutterstock)

O eclipse desta semana vai ocorrer 521 anos após o episódio envolvendo Colombo, sua tripulação e os Arawak. Isso significa que a Lua vai seguir uma trajetória quase igual pela sombra da Terra em meio às mesmas estrelas no céu. 

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“Lua de Sangue”: saiba onde o eclipse lunar total de março pode ser visto

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, 2025 traz quatro eclipses: dois do Sol e dois da Lua. Dois deles já acontecem neste mês, sendo um lunar na madrugada desta quinta-feira (13) e sexta-feira (14) e um solar no dia 29.

Saiba mais, a seguir, sobre a primeira “Lua de Sangue” do ano – como é popularmente chamado um eclipse lunar total.

Sobre os eclipses lunares:

  • Um eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;
  • Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra do planeta seja projetada sobre nosso satélite natural;
  • Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada);
  • Os dois eclipses lunares de 2025 serão totais e visíveis do Brasil.
Mapa mostra onde o eclipse lunar desta sexta-feira (14) (Imagem: Estúdio de Visualização Científica da NASA)

Lua fica vermelha por 65 minutos

De acordo com a plataforma TimeAndDate, o eclipse desta sexta-feira (14) começa à 0h57 e se estende até mais ou menos 7h (horário de Brasília). Ele será visível no Brasil e em outros países da América do Sul, além de América do Norte, Europa, Ásia, parte da Austrália e África e, também, nos oceanos Pacífico e Atlântico e na Antártida.

Esse fenômeno ocorre simultaneamente em diversas partes do mundo e deixa a Lua com tom avermelhado por 65 minutos, o que explica o nome “Lua de Sangue”. O efeito acontece porque a luz do Sol, ao atravessar a atmosfera terrestre, se dispersa e reflete tons avermelhados na superfície lunar.

A melhor visão do eclipse será na América do Sul e na América do Norte, embora o ponto de maior cobertura ocorra sobre o Oceano PacíficoDiferentemente do eclipse solar, não há risco em observar um eclipse lunar a olho nu.

Leia mais:

Como será o eclipse lunar total?

O evento completo terá mais de seis horas de duração, começando com um eclipse penumbral – fase em que a Lua perde o brilho ao entrar na sombra difusa da Terra – à 0h57 (horário de Brasília). Em seguida, a fase parcial inicia às 2h09, quando a Lua começa a atravessar a sombra mais escura do planeta e ganha coloração avermelhada.

A totalidade ocorre entre 3h26 e 4h31, momento em que a Lua estará completamente encoberta pela sombra da Terra. Depois disso, o processo se reverte, com a fase parcial acontecendo entre 4h31 e 5h47, seguida pela fase penumbral final, que se estende até 7h.

Abaixo, veja como será a visibilidade do eclipse em diferentes regiões do planeta:

  • América do Norte: todas as fases serão visíveis nos EUA, incluindo Alasca e Havaí, além do Canadá e do México;
  • América do Sul: a maior parte do continente verá todo o evento, incluindo a totalidade no Brasil, Argentina e Chile;
  • Europa: países da Europa Ocidental, como Espanha, França e Reino Unido, poderão ver a totalidade do eclipse no período da manhã;
  • África: o extremo oeste do continente, incluindo Cabo Verde, Marrocos e Senegal, terá visibilidade parcial do eclipse ao amanhecer;
  • Oceania: na Nova Zelândia, o fenômeno será observado já em seus estágios finais, com a Lua parcialmente encoberta ao nascer do Sol.
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Nesta imagem composta do eclipse lunar total da terça-feira (8) mostra a Lua em vários estágios ao longo de todo o evento (Imagem: Andrew McCarthy)

Esse será apenas o primeiro eclipse lunar do ano. Outro eclipse total da Lua está previsto para 7 de setembro e também poderá ser visto do Brasil.

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Eclipse lunar total: semana termina com “Lua de Sangue” – saiba tudo aqui

Um verdadeiro espetáculo astronômico está previsto para a madrugada entre quinta (13) e sexta-feira (14): um eclipse lunar total – também chamado de Lua de Sangue. E, sim, o evento será visível em todo o Brasil!

Sobre os eclipses lunares:

  • Um eclipse lunar ocorre quando a sombra da Terra “esconde” a Lua, que fica escura e, portanto, invisível no céu durante alguns minutos;
  • Isso acontece porque a Terra se posiciona exatamente entre a Lua e o Sol, fazendo com que a sombra do planeta seja projetada sobre o nosso satélite natural;
  • Existem três tipos de eclipse lunar: o total (com a Lua totalmente encoberta), o parcial (em que apenas parte dela é escondida pela sombra da Terra) e o penumbral (quando a sombra do planeta não é suficientemente escura para reduzir o brilho da Lua, que fica meio acinzentada).
Fases de um eclipse lunar total. Crédito: Tragoolchitr Jittasaiyapan – Shutterstock

Céu ganha “Lua de Sangue”

Neste ano, acontecem dois eclipses lunares – e ambos serão totais. Enquanto este primeiro poderá ser visto em todo o território nacional, no caso do outro, que acontece dia 7 de setembro, apenas um pequeno trecho das regiões Sudeste e Nordeste terá acesso à fase penumbral do eclipse (que é quase imperceptível).

No auge do evento, a Lua fica com um tom avermelhado por 65 minutos, o que explica o nome “Lua de Sangue”. O efeito acontece porque a luz do Sol, ao atravessar a atmosfera terrestre, se dispersa e reflete tons avermelhados na superfície lunar.

Eclipse Lunar de 3 de março de 2007 registrado em Cambridge, Inglaterra. Crédito: Wikimedia Creative Commons

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Além do Brasil, outros países da América do Sul, América do Norte, Europa, Ásia, parte da Austrália e África, os oceanos Pacífico e Atlântico e a Antártida também verão o eclipse desta semana.

A melhor visão do eclipse será na América do Sul e na América do Norte, embora o ponto de maior cobertura ocorra sobre o Oceano Pacífico. Diferentemente do eclipse solar, não há risco em observar um eclipse lunar a olho nu.

Como será o eclipse lunar total

De acordo com a plataforma TimeAndDate, o eclipse tem início à 00h57 e se estende até mais ou menos 7h da manhã (pelo horário de Brasília), começando com um eclipse penumbral – fase em que a Lua perde o brilho ao entrar na sombra difusa da Terra – às 00h57. 

Em seguida, a fase parcial inicia às 2h09, quando a Lua começa a atravessar a sombra mais escura do planeta e ganha coloração avermelhada.

A totalidade ocorre entre 3h26 e 4h31, momento em que a Lua estará completamente encoberta pela sombra da Terra. Depois disso, o processo se reverte, com a fase parcial acontecendo entre 4h31 e 5h47, seguida pela fase penumbral final, que se estende até 7h.

Mapa mostra onde o eclipse lunar de 14 de março será visível. Crédito: Estúdio de Visualização Científica da NASA

Abaixo, veja como será a visibilidade do eclipse em diferentes regiões do planeta:

  • América do Norte: Todas as fases serão visíveis nos EUA, incluindo Alasca e Havaí, além do Canadá e do México.
  • América do Sul: A maior parte do continente verá todo o evento, incluindo a totalidade no Brasil, Argentina e Chile.
  • Europa: Países da Europa Ocidental, como Espanha, França e Reino Unido, poderão ver a totalidade do eclipse no período da manhã.
  • África: O extremo oeste do continente, incluindo Cabo Verde, Marrocos e Senegal, terá visibilidade parcial do eclipse ao amanhecer.
  • Oceania: Na Nova Zelândia, o fenômeno será observado já em seus estágios finais, com a Lua parcialmente encoberta ao nascer do Sol.

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