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As fases da Lua no mês de março de 2025 começam já no dia 6 com a chegada da Lua Crescente e o fim da Lua Nova de fevereiro. A mudança ocorre às 13h33.
Já no dia 14 é a vez da Lua Cheia, às 03h55. A Lua Minguante surge às 8h32 do dia 22 do mês. As fases da Lua do mês de março de 2025 contaram ainda com a Lua Nova, no dia 29 às 08h00.
Lunação: a cada 29,5 dias (em média), a Lua inicia um ciclo lunar, que começa na fase nova e se encerra na minguante. Imagem: Elena11 – Shutterstock
Uma lunação ou ciclo lunar, como é chamado o intervalo de tempo entre luas novas, é sutilmente variável, com média de duração de 29,5 dias. Durante esse período, ela passa pelas quatro fases principais (nova, crescente, cheia e minguante), e cada uma se prolonga por aproximadamente sete dias.
Também existem as “interfases”: quarto crescente e crescente gibosa (entre as fases nova e cheia) e minguante gibosa e quarto minguante (entre a cheia e a minguante).
Indo rumo à Lua, o módulo Athena tirou suas primeiras fotos (selfies?) com a Terra. A espaçonave foi lançada na quarta-feira (26) pelo foguete Falcon 9, da SpaceX.
Nas fotos, divulgadas pela Intuitive Machines, dona do módulo espacial, vemos a Terra ao fundo, além de parte do Falcon 9. Pelas imagens, tiradas pouco após o lançamento da missão IM-2, tudo está correndo como esperado, com o módulo estando em excelente estado.
Athena tirou “selfies” com nosso planeta enquanto ruma à Lua (Imagem: Reprodução/X/Intuitive Machines)
“O Athena estabeleceu atitude estável, carregamento solar e contato via comunicação de rádio com o Centro de Operações de Missão da empresa em Houston após o lançamento”, explicou a Intuitive Machines, em publicação no X.
O Athena vai, em breve, acionar seus motores para auxiliar na trajetória antes de entrar na órbita da Lua. Espera-se que isso ocorra nesta segunda-feira (3). Quanto ao pouso em nosso satélite natural, a Intuitive Machines acredita que isso pode ocorrer na quinta-feira (6).
After liftoff on February 26, Athena established a stable attitude, solar charging, and radio communications contact with our mission operations center in Houston. The lander is in excellent health, sending selfies, and preparing for a series of planned main engine firings to… pic.twitter.com/Re5IgDDPBY
Na quarta-feira (26), além da missão IM-2, estavam, a bordo do Falcon 9, o módulo Lunar Trailblazer, da NASA, e o Odin, o primeiro minerador de asteroides;
A IM-2, por meio do Athena, tem dois objetivos: implantar internet 4G na Lua e buscar água por lá;
O módulo da Intuitive Machines conta com equipamentos da NASA que serão utilizados na busca por água, além de um dispositivo que vai disponibilizar a internet na Lua por meio de parceria da agência espacial estadunidense e a Nokia;
A implantação de internet 4G na Lua é pensado para o futuro, para auxiliar os astronautas que participarão da missão Artemis e para controlar equipamentos lunares.
Por trás desse avanço da iniciativa privada na exploração espacial, estão muitos investimentos públicos. No total, segundo a CBS News, a agência espacial estadunidense gastou US$ 207 milhões (R$ 1,21 bilhão, na conversão direta) nessa missão. A maior parte foi destinada às empresas parceiras.
A ideia é financiar serviços comerciais para permitir o crescimento da indústria e apoiar a exploração lunar de longo prazo, fortalecendo a posição dos Estados Unidos na nova corrida espacial.
Módulo de pouso Athena, da Intuitive Machines (Imagem: Intuitive Machines)
E os demais “colegas” de Falcon 9? O que farão?
Lunar Trailblazer
Além do Athena, a nave espacial Lunar Trailblazer também está indo rumo à órbita lunar. A Intuitive Machines ainda desenvolveu um pequeno robô, batizado de Grace. Ele permitirá captar imagens de alta resolução e fará levantamento científico da superfície da Lua.
O Grace foi projetado para contornar obstáculos, como inclinações íngremes, pedras e crateras, enquanto se move rapidamente, o que é uma capacidade valiosa para dar suporte a futuras missões na Lua e em Marte.
Nada mais é do que um drone propulsivo feito para saltar pela superfície lunar. O Grace tomará grandes impulsos pela Lua, atingindo alturas progressivamente maiores até alcançar 100 metros no terceiro salto.
Contudo, na semana passada, a Lunar Trailblazer enfrentou problemas técnicos, com falhas intermitentes no sistema de energia da espaçonave, com a comunicação da Trailblazer sendo perdida por completo na quinta-feira (27).
Horas depois, o sinal da espaçonave foi restabelecido, mas, na sexta-feira (28), ainda havia dificuldades para receber e enviar informações.
Essa espaçonave faz parte do programa Pequenas Missões Inovadoras de Exploração Planetária (SIMPLEX, na sigla em inglês), iniciativa da NASA para lançar pequenas espaçonaves científicas de baixo custo como carga secundária de voos compartilhados. Neste caso, a missão principal era o Athena.
O Athena pousará na Lua para analisar um local específico, enquanto o Trailblazer ficará em órbita coletando dados globais sobre a presença de água. O objetivo é entender onde e em que forma essa água está armazenada, conhecimento essencial para futuras missões tripuladas.
O Lunar Trailblazer levará cerca de quatro meses para alcançar a órbita lunar e dar início à sua missão de pelo menos dois anos.
Em poucas palavras:
A existência de água na Lua foi confirmada em 2009, mas sua forma exata ainda não é totalmente compreendida;
A espaçonave leva consigo um sensor mais avançado, desenvolvido pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL, na sigla em inglês), da NASA. Ele será capaz de diferenciar gelo, água adsorvida e hidroxila, permitindo estudo mais detalhado da composição da superfície lunar;
Ao longo de dois anos, a missão também analisará crateras sombreadas e medirá a temperatura da superfície para entender o comportamento da água.
Sonda Lunar Trailblazer antes de ser encapsulada para ser lançada à Lua (Imagem: Lockheed Martin)
Odin, o primeiro minerador de asteroides do mundo
O último “caroneiro” é o Odin, primeiro minerador de asteroides da história. Ele pertence à empresa privada AstroForge. Com 120 kg, o dispositivo foi projetado para captar imagens do asteroide 2022 OB5.
O plano é usar esses dados para futura missão chamada Vestri, que pretende, futuramente, pousar no asteroide e explorar seu potencial para mineração. Mas, assim como a Trailblazer, o Odin também perdeu contato com a Terra horas após decolar.
A AstroForge está se preparando para a missão desde 2010. Desde a “era da promessa” da mineração espacial, muitas empresas fecharam sem nem chegarem perto de um asteroide (mineração é um ramo caro e missões espaciais mais ainda). Mas a AstroForge parece ter superado os primeiros desafios.
Esse foi o segundo lançamento da empresa. O primeiro, em abril de 2023, chamado Brokkr-1, alcançou, com sucesso, a órbita da Terra, mas não foi possível ativar com sucesso o protótipo da tecnologia de refinaria a bordo para demonstrar que ela funciona em microgravidade.
Apesar desse contratempo, a AstroForge afirmou que o teste foi positivo e rendeu “a experiência de uma campanha de voo, desde o projeto conceitual até as operações em órbita e todas as etapas intermediárias para construir, qualificar e certificar um veículo para o Espaço”.
O módulo de pouso Blue Ghost, da Firefly Aerospace, chegou na Lua há pouco tempo, mas já está trabalhando! A sonda enviou imagens com vistas espetaculares a partir da superfície lunar.
Veja!
Essa é a vista da Blue Ghost depois do pouso! Crédito: Firefly Aerospace
O módulo de pouso Blue Ghost capturou seu primeiro nascer do Sol na Lua, marcando o início do dia lunar e o início das operações de superfície em seu novo lar. Crédito: Firefly Aerospace
imagem divulgada pela Firefly Aerospace mostra o módulo lunar Blue Ghost na superfície da Lua com a Terra ao fundo. Crédito: Firefly Aerospace
#BlueGhost X-band antenna has deployed! This will allow us to more rapidly downlink high-definition imagery and videos and transmit payload science data back to Earth. Stay tuned for more! #BGM1pic.twitter.com/Vi8fumKI4X
A empresa espacial Firefly Aerospace confirmou na manhã deste domingo (02) que o módulo lunar Blue Ghost (Fantasma Azul, na tradução) pousou na superfície do nosso satélite natural às 5h34 (horário de Brasília).
“A Firefly está literal e figurativamente sobre a Lua”, disse Jason Kim, CEO da Firefly Aerospace. “Nosso módulo lunar Blue Ghost agora tem um lar permanente na superfície lunar com 10 cargas úteis da NASA e uma placa com o nome de cada funcionário da Firefly. Esta equipe ousada e imparável provou que estamos bem equipados para fornecer acesso confiável e acessível à Lua, e não vamos parar por aí. Com missões lunares anuais, a Firefly está abrindo caminho para uma presença lunar duradoura que ajudará a desbloquear o acesso ao resto do sistema solar para nossa nação, nossos parceiros e o mundo”.
O Blue Ghost fará operações na superfície lunar e dará suporte a demonstrações científicas e tecnológicas da NASA nos próximos 14 dias – o equivalente a um dia lunar completo.
Vamos conferir o que está previsto:
Perfuração subterrânea;
Coleta de amostras e imagens de raios X;
Testes do sistema global de navegação por satélite e da computação tolerante à radiação;
Em 14 de março, a Firefly espera capturar imagens de alta definição de um eclipse total – quando a Terra bloqueará o Sol acima do horizonte da Lua;
Em 16 de março, a Blue Ghost vai registrar o pôr do sol, fornecendo dados sobre como a poeira lunar levita devido às influências solares e cria um brilho no horizonte documentado pela primeira vez por Eugene Cernan, na Apollo 17.
A poeira lunar pode ser um desafio para futuras bases em nosso satélite natural. Por isso, observações e testes são importantes.
“A ciência e a tecnologia que enviamos para a Lua agora ajudam a preparar o caminho para a futura exploração da NASA e a presença humana de longo prazo para inspirar o mundo para as gerações vindouras”, disse Nicky Fox, administradora associada da Diretoria de Missão Científica da Nasa.
A viagem e o pouso da Blue Ghost
Desde o lançamento do Kennedy Space Center da NASA, na Flórida, em 15 de janeiro, a Blue Ghost viajou mais de 4,5 milhões de quilômetros.
O módulo lunar pousou em uma formação vulcânica chamada Mons Latreille, dentro do Mare Crisium, uma bacia de mais de 480 quilômetros de largura localizada no quadrante nordeste do lado próximo da Lua.
Missões privadas à Lua
A Intuitive Machines foi a primeira empresa privada a chegar em nosso satélite natural, em fevereiro do ano passado. Contudo, o módulo Odysseus pousou de forma indevida e tombou no solo lunar. Isso atrapalhou a comunicação com a Terra e dificultou o uso de certas ferramentas que a Nasa queria testar.
A Intuitive Machines, aliás, recolocou os Estados Unidos na Lua depois de 50 anos – a última vez tinha sido ainda com o programa Apollo, em 1972.
De qualquer forma, mesmo com o tombo de Odysseus, a missão foi considerada um sucesso. Agora, a Firefly Aerospace repetiu o feito – porém, sem qualquer imprevisto aparente. Por isso, o comunicado para imprensa diz que é a “primeira empresa comercial a pousar com sucesso na Lua”.
Nasa investe na iniciativa privada
A NASA está trabalhando com várias empresas americanas para levar ciência e tecnologia à superfície lunar por meio da iniciativa Commercial Lunar Payload Services (CLPS) – na tradução, “Serviços Comerciais de Carga Lunar”.
Essas companhias fazem lances para entregar cargas úteis para a NASA. Isso inclui tudo, desde integração e operações de carga útil até lançamentos da Terra e pousos na superfície da Lua.
Os contratos devem somar US$ 2,6 bilhões até 2028.