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Cidade perdida maia é descoberta na Guatemala

Ruínas de uma cidade de quase três mil anos foram localizadas na região norte da Guatemala. Os arqueólogos encontraram vestígios de pirâmides e monumentos que sugerem que este era um dos centros cerimoniais mais antigos e importantes da civilização maia.

Chamada de “Los Abuelos”, a cidade fica a cerca de 21 quilômetros do sítio arqueológico de Uaxactun, no departamento de Petén. Ela recebeu este nome em razão da descoberta de esculturas de um “casal ancestral” encontradas no local.

Planejamento arquitetônico da cidade impressionou os arqueólogos

Os pesquisadores responsáveis pela descoberta afirmam que a cidade data do período “Pré-clássico Médio”, entre cerca de 800 e 500 a.C. No total, ela cobre uma área de cerca de 16 quilômetros quadrados.

Ruínas de cidade perdida maia (Imagem: divulgação/Ministério da Cultura e Esportes da Guatemala)

O local apresenta um planejamento arquitetônico notável, com pirâmides e monumentos esculpidos com iconografia única da região. Perto dali, os arqueólogos também encontraram uma pirâmide de 33 metros de altura com murais do período pré-clássico e um sistema de canais único.

O conjunto desses três locais forma um triângulo urbano até então desconhecido. Essas descobertas permitem repensar a compreensão da organização cerimonial e sociopolítica da civilização maia. As informações são do ScienceAlert.

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Colapso da civilização maia intriga pesquisadores (Imagem: Hernan Bieler/Shutterstock)

Descoberta pode ajudar a entender mais sobre este povo antigo

  • Os Maias foram uma civilização pré-colombiana que se desenvolveu principalmente em áreas do atual México, e em partes da Guatemala, Belize e Honduras.
  • O povo é conhecido por sua cultura, com destaque para a escrita hieroglífica, a matemática, a astronomia e o calendário. 
  • Ao longo do Período Pós-Clássico (de 900 d.C. a 1697 d.C.), muitas cidades maias entraram em declínio devido a diversos fatores, como guerras, problemas ambientais e a ascensão de outras civilizações.
  • O que de fato aconteceu ainda é um mistério.
  • No entanto, um recente estudo aponta que a população sofreu um colapso, com uma drástica redução há cerca de 1.200 anos, mas sem se extinguir totalmente (leia mais aqui).

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Análise de DNA ajuda a entender o colapso da população maia

Os Maias foram uma civilização pré-colombiana que se desenvolveu principalmente em áreas do atual México, e em partes da Guatemala, Belize e Honduras. O povo é conhecido por sua cultura, com destaque para a escrita hieroglífica, a matemática, a astronomia e o calendário. 

Ao longo do Período Pós-Clássico (de 900 d.C. a 1697 d.C.), muitas cidades maias entraram em declínio devido a diversos fatores, como guerras, problemas ambientais e a ascensão de outras civilizações. Mas agora uma análise de DNA pode esclarecer o que, de fato, aconteceu.

População colapsou, mas não se extinguiu

  • As conclusões são resultado de exames feitos em esqueletos localizados enterrados perto da antiga cidade maia de Copán, no atual oeste de Honduras.
  • No total, genomas de sete pessoas que viveram no período maia clássico (de 250 a 900 d.C.) foram analisados.
  • O estudo, publicado na revista Current Biology, apontou que a população maia enfrentou uma drástica redução há cerca de 1.200 anos.
  • Isso se alinha com um cenário proposto por arqueólogos em que a quantidade de pessoas diminuiu, mas não se extinguiu totalmente.
Sete pessoas que viveram na antiga cidade maia tiveram seus DNAs analisados (Imagem: Billion Photos/Shutterstock)

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Interação com estrangeiros teria motivado crise

Durante o estudo, pesquisadores investigaram a hipótese de que estrangeiros assumiram o poder em Copán no final da década de 420. A ideia era entender como as interações entre locais e não locais criaram mudanças sociais e culturais neste importante centro maia.

A dinastia real que governou por quatro séculos foi estabelecida na cidade em 426 d.C. por um homem conhecido como K’inich Yax K’uk ‘Mo’, que era um estranho, de acordo com as inscrições maias. Análises genômicas e isotópicas anteriores de esqueletos de outros sítios maias sugeriram que a migração e o fluxo gênico eram comuns, mas a natureza dessa mistura de genes nunca havia sido investigada antes.

Cidade Maia de Chichen Itza
As ruínas das antigas cidades maias causam fascínio até hoje (Imagem: Aleksandr Medvedkov/Shutterstock)

Com base no sequenciamento de genomas de sete pessoas enterradas em Copán, a equipe descobriu que todas as pessoas tinham diferentes linhagens maternas. Dois homens, no entanto, pertenciam à mesma linhagem do cromossomo Y e foram enterrados juntos: um poderia ter sido um antigo governante, enquanto o outro serviu de sacrifício.

Apesar das semelhanças genômicas, eles não eram parentes próximos. Os cientistas ainda explicaram que a linhagem que os homens compartilham é comum entre as populações indígenas americanas atuais. Isso sugere “a persistência duradoura da ancestralidade local na região maia”. Em outras palavras, a conclusão é que, embora a população tenha diminuído drasticamente com o colapso do sistema político maia, a população não foi substituída por nenhum outro grupo.

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