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NASA vê algo em Marte que parece ter saído da Terra

Cientistas da NASA identificaram, no solo de Marte, o que parece ser uma formação geológica comum em cavernas aqui na Terra. Elas formam-se quando minerais resistentes preenchem rachaduras em rochas.

A descoberta foi feita pelo rover Curiosity, que está utilizando câmeras e sensores para revelar segredos sobre a formação do planeta vermelho. A ideia agora é descobrir se o solo marciano possui realmente uma formação do tipo.

Avistamento aconteceu ainda da órbita

  • Segundo a agência espacial dos Estados Unidos, o rover Curiosity encontrou uma estrutura de boxwork, ou espeleotema em caixa, em Marte.
  • Esta configuração se parece com uma teia de pedras formada por cristas.
  • A NASA afirmou que é a primeira vez que algo do tipo é identificado no solo marciano.
  • O avistamento aconteceu ainda da órbita.
  • Agora, os cientistas querem confirmar esta hipótese colhendo amostras do solo do planeta vermelho.
Formação geológica foi identificada pela primeira vez em Marte (Imagem: NASA/JPL-Caltech)

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Descoberta pode revelar mais sobre o passado do planeta

Os cientistas acreditam que a água subterrânea antiga presente em Marte formou esse padrão geológico. O boxwork se forma na Terra quando a água subterrânea flui através de uma teia de fraturas rochosas no subsolo.

Os minerais transportados pela água podem revestir as rachaduras e ser depositados dentro da rocha próxima. Séculos depois, se a rocha sofrer erosão, os minerais que preenchem as rachaduras ou a rocha endurecida deixam exposto um padrão semelhante a uma teia de cristas.

Curiosity, rover da NASA, em Marte
Rover Curiosity está explorando o ambiente marciano (Imagem: NASA)

A ideia que a formação geológica existente em Marte é a mesma da presente em cavernas no nosso planeta reforça a hipótese de que já houve água no ambiente marciano. Por isso, estudar esta formação geológica pode acabar revelando mais sobre o passado do planeta vermelho.

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Você sabia? Estado brasileiro abriga paisagem igual à de Marte que poucos conhecem

Coisa de outro mundo. É o que talvez passe pela sua cabeça ao ver fotos do “Deserto Vermelho” do Parque Nacional Serra da Capivara. Para um observador leigo, a paisagem parece mais alguma região de Marte do que da Terra. Mas, acredite se quiser, faz parte do Nordeste mesmo.

O parque fica no sudeste do Piauí. E a cor avermelhada do “deserto” é resultado de um processo geológico que envolve: tempo, vento e água sobre rochas de arenito ricas em óxidos de ferro.

Paisagem que parece deserto de Marte não é uma coisa nem outra

Apesar do nome, o “Deserto Vermelho” não é um deserto de verdade, como o Saara ou o Atacama. O clima é semiárido, com chuvas em parte do ano. Mas a aparência é tão marcante que a região ganhou esse apelido. A paisagem é resultado de milhões de anos de transformações geológicas.

Apesar do nome, o “Deserto Vermelho”, no Piauí, não é um deserto de verdade (Imagem: Claudia Regina/Wikimedia Commons)

O solo é avermelhado por conta de óxidos de ferro nos arenitos. Ao longo do tempo, vento e água esculpiram chapadas, cânions e paredões no “deserto”. Tudo isso num ecossistema pertencente à Caatinga, mas com características únicas.

Essa região é rica em biodiversidade. Afinal, a Caatinga é um bioma cheio de vida, apesar de parecer seca. Durante o período das chuvas, a vegetação do “deserto” fica verde e vibrante. Na seca, os tons avermelhados tomam conta, o que reforça a cara de deserto da paisagem.

Apesar de parecer Marte, ‘Deserto Vermelho’ abriga história do Brasil e das Américas

No entanto, o “Deserto Vermelho” não é só natureza. Ele também é história viva. Isso porque a Serra da Capivara é um dos sítios arqueológicos mais importantes das Américas. Para você ter ideia, o parque é considerado Patrimônio Cultural da Humanidade pela UNESCO desde 1991.

Pinturas rupestres na Serra da Capivara, no Piauí
Serra da Capivara abriga pinturas rupestres com mais de 25 mil anos (Imagem: Wikimedia Commons)

Para começar, a Serra da Capivara abriga pinturas rupestres com mais de 25 mil anos. Além disso, o local tem vestígios com indícios de presença humana que remontam a mais de 60 mil anos.

  • É o que revelaram pesquisas lideradas pela arqueóloga Niède Guidon. Elas mudaram o que se sabia sobre o povoamento das Américas.

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Experiências para turistas

Quem visita o “Deserto Vermelho” encontra mais do que uma paisagem inusitada. Isso porque o Parque Nacional Serra da Capivara oferece trilhas, visitas guiadas e experiências educativas. Também há rotas e pontos icônicos como a Pedra Furada, um dos cartões-postais da região (veja abaixo).

Pedra Furada, na Serra da Capivara, no Piauí
A Pedra Furada é um dos cartões-postais da Serra da Capivara, no Piauí (Imagem: Artur Warchavchik/Wikimedia Commons)

A melhor época para conhecer depende do gosto do visitante. Entre janeiro e julho, o clima é mais ameno e a paisagem é mais verde. De agosto a novembro, predomina o aspecto mais seco, quente e avermelhado.

  • Vale mencionar: seja qual for a escolha, recomenda-se contratar guias credenciados para garantir segurança e respeito ao local.

O “Deserto Vermelho” é um tesouro brasileiro que merece ser conhecido por todos, sim. Mas preservar essa região é essencial. Por isso, se for “turistar”, faça de maneira consciente. E boa viagem.

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Olhar Espacial: Marte pode dar origem a uma nova espécie de humanos?

Se a humanidade conseguir colonizar Marte, estaremos diante de um dos maiores desafios da história: viver em um planeta totalmente diferente da Terra. Com menos gravidade, ar rarefeito e radiação intensa, nosso vizinho pode exigir mudanças profundas no corpo humano ao longo do tempo. E o possível desenvolvimento de uma nova espécie humana no Planeta Vermelho é o tema do Programa Olhar Espacial desta semana.

A ideia de viver em Marte parece estar cada vez mais próxima, levantando questões que vão além da tecnologia, como, por exemplo: será que, com o tempo, os humanos se tornariam algo diferente do que somos hoje?

A gravidade de Marte equivale a apenas um terço da terrestre. A atmosfera é fina e composta quase totalmente por dióxido de carbono. O planeta também não tem campo magnético para nos proteger da radiação cósmica e solar. Ou seja, Marte é um ambiente hostil para os nossos corpos.

Mesmo com roupas espaciais e abrigos seguros, viver ali seria um desafio constante. Mas alguns cientistas acreditam que poderíamos nos adaptar – e evoluir. Um dos nomes que defende essa ideia é Scott Solomon, professor de biociência na Universidade Rice, nos EUA. 

Conforme noticiado no Olhar Digital, Solomon acredita que viver por gerações em Marte pode nos levar a uma nova etapa evolutiva. Segundo ele, os humanos marcianos poderiam mudar tanto que deixariam de ser Homo sapiens, dando origem a uma nova espécie: o Homo martianus.

Representação artística elaborada com Inteligência Artificial de um extraterrestre em Marte. Será que os homenzinhos verdes da ficção cientpifica podem um dia se tornar realidade? Crédito: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital

Um dos principais motores dessa transformação seria a radiação. Na Terra, ela é bloqueada pela atmosfera e pelo campo magnético. Já em Marte, a exposição constante pode causar mutações genéticas, o que poderia acelerar a evolução.

As mutações no DNA nem sempre são negativas. Muitas vezes, elas permitem que uma espécie se adapte melhor ao ambiente. Em Marte, a taxa de mutação seria maior, o que aumentaria a diversidade genética entre os colonos.

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Os humanos em Marte serão verdes?

Outra possível mudança seria na pele. A melanina, pigmento natural que protege contra radiação, poderia ter um papel importante. Pessoas com mais eumelanina (tipo específico de melanina que deixa a pele mais escura), talvez fossem naturalmente mais resistentes em Marte.

Com o tempo, a seleção natural poderia favorecer esses traços ou até gerar pigmentos novos, diferentes dos que conhecemos na Terra. Assim, as antigas ideias sobre “homenzinhos verdes” podem ganhar um novo sentido, agora com base na ciência.

Essas mudanças seriam gradativas, mas, num ambiente tão extremo, o processo evolutivo pode ocorrer mais rápido do que esperamos. Além da biologia, isso traz perguntas éticas, sociais e filosóficas. E se os humanos nascidos em Marte não conseguirem mais viver na Terra? E se se tornarem tão diferentes que formem um novo grupo humano? O que isso significaria para nossa identidade como espécie?

Para debater esse tema instigante, o Olhar Espacial desta sexta-feira (23)recebe Mírian Forancelli Pacheco. Bacharel em ciências biológicas pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), ela é mestre em Arqueologia, doutora em Geociências e pós-doutora em Física Nuclear pela Universidade de São Paulo (USP). Professora da Universidade de São Carlos (UFSCAR) em Sococaba desde 2013 e Chefe do Laboratório de Paleobiologia e Astrobiologia na mesma instituição, Mírian atua nas áreas de Fossildiagênese, Tafonomia Experimental, Paleometria e Astrobiologia.

Mírian Forancelli Pacheco é a convidada desta sexta-feira (23) do Programa Olhar Espacial, para falar sobre a evolução humana em Marte. Crédito: Arquivo Pessoal

Não perca!

Como assistir ao Programa Olhar Espacial

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramX (antigo Twitter)LinkedIn e TikTok.

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Trump faz corte histórico na NASA visando viagem a Marte

A administração do presidente dos EUA, Donald Trump, divulgou, na sexta-feira (2), sua proposta de orçamento federal para 2026, confirmando os rumores de cortes significativos para a NASA.

O plano reduz o financiamento da agência espacial em US$ 6 bilhões (R$ 33,93 bilhões, na conversão direta) em comparação com os valores de 2025, passando de US$ 24,8 bilhões (R$ 140,28 bilhões) para US$ 18,8 bilhões (R$ 106,34 bilhões)redução de 24%, que representa o maior corte anual na história da NASA, segundo a organização sem fins lucrativos Planetary Society.

O “orçamento enxuto” proposto pelo governo redireciona as prioridades da agência espacial estadunidense, cancelando projetos importantes, como a estação espacial lunar Gateway e o programa de retorno de amostras de Marte, enquanto aloca US$ 1 bilhão (R$ 5,65 bilhões) para iniciativas focadas no Planeta Vermelho, alinhando-se com a ambição de Elon Musk e sua empresa, a SpaceX.

Trump quer focar em Marte e na Lua (Imagem: Hasbul Aerial Stock/Shutterstock)

Mudança de prioridades na NASA

  • A proposta orçamentária reflete as prioridades da administração Trump, que valoriza “retornar à Lua antes da China e colocar um homem em Marte“, segundo o documento;
  • As reduções são especialmente profundas para ciência espacial, ciência da Terra e sistemas legados de exploração humana, que seriam cortados em US$ 2,3 bilhões (R$ 13,01 bilhão), US$ 1,2 bilhão (R$ 6,78 bilhões) e quase US$ 900 milhões (R$ 5,09 bilhões), respectivamente;
  • Segundo a CNBC, Janet Petro, administradora interina da NASA, afirmou, em e-mail enviado a todos os funcionários da agência, que o orçamento proposto “reflete o apoio da administração à nossa missão e prepara o terreno para nossas próximas grandes conquistas”;
  • Ela instou os funcionários a “perseverar, manter a resiliência e apostar na disciplina necessária para fazer coisas que nunca foram feitas antes — especialmente em ambiente restrito”;
  • Petro reconheceu que o orçamento exigirá “escolhas difíceis” e que algumas das “atividades da NASA serão encerradas“.

Fim de programas emblemáticos

Se este orçamento for aprovado pelo Congresso — o que não é garantido — alguns programas de alto custo da NASA serão eliminados.

Entre eles estão o programa de retorno de amostras de Marte, esforço conjunto com a Agência Espacial Europeia (ESA, na sigla em inglês) para trazer, para a Terra, material coletado pelo rover Perseverance, e o Gateway, a planejada estação espacial em órbita lunar que, há muito tempo, é parte fundamental do programa Artemis.

Além disso, o plano prevê o fim do Sistema de Lançamento Espacial (SLS, na sigla em inglês) e da cápsula Orion após três voos. “Apenas o SLS custa US$ 4 bilhões [R$ 22,62 bilhões] por lançamento e está 140% acima do orçamento”, afirma o documento.

“O orçamento financia um programa para substituir os voos do SLS e da Orion à Lua por sistemas comerciais mais econômicos que apoiariam missões lunares subsequentes mais ambiciosas.”

O SLS e a Orion voaram juntos apenas uma vez — na missão não tripulada Artemis 1, que foi à órbita lunar e retornou no final de 2022. Com o novo plano orçamentário, a dupla seria aposentada após a Artemis 3, que pretende pousar astronautas perto do polo sul lunar em 2027.

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Foco em Marte e oportunidade para empresas privadas

O documento, publicado no site da NASA, afirma que a agência está alocando mais de US$ 7 bilhões (R$ 39,59 bilhões) para exploração lunar e “introduzindo US$ 1 bilhão [R$ 39,59 bilhões] em novos investimentos para programas focados em Marte“.

Esta mudança de prioridades beneficia empresas privadas, como a SpaceX, que já está entre os maiores contratados da NASA e do Departamento de Defesa.

A empresa de Elon Musk, há muito tempo, busca lançar uma missão tripulada a Marte e afirma, em seu site, que seu enorme foguete Starship foi projetado para “transportar tanto tripulação quanto carga para a órbita terrestre, a Lua, Marte e além“.

Musk, fundador e CEO da SpaceX, tem papel central na administração Trump, liderando um esforço para reduzir o tamanho, os gastos e a capacidade do governo federal, além de influenciar mudanças regulatórias por meio do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE, na sigla em inglês).

Impacto na força de trabalho e missões científicas

A NASA também afirmou que precisará “racionalizar” sua força de trabalho, serviços de tecnologia da informação, operações dos Centros NASA, manutenção de instalações e atividades de construção e conformidade ambiental. Além disso, terá que encerrar várias missões “inacessíveis” e reduzir missões científicas em nome da “responsabilidade fiscal“.

O documento destaca que algumas das maiores reduções, caso o orçamento seja aprovado, afetariam as divisões de ciência espacial, ciência da Terra e suporte a missões da agência espacial. “Esta está longe de ser a primeira vez que a NASA foi solicitada a se adaptar, e sua capacidade de entregar, mesmo sob pressão, é o que diferencia a NASA”, escreveu Petro em seu e-mail.

Marte visto do espaço
Corrida a Marte está privilegiada (Imagem: Buradaki/Shutterstock)

Próximos passos

O indicado pelo presidente Trump para liderar a NASA, o empresário de tecnologia Jared Isaacman, ainda precisa ser aprovado pelo Senado dos EUA. Sua nomeação foi aprovada pelo Comitê de Comércio do Senado na quarta-feira (30).

A proposta orçamentária ainda precisa passar pelo Congresso, onde pode enfrentar resistência. No entanto, ela sinaliza, claramente, uma mudança na política espacial estadunidense, priorizando o retorno à Lua e eventual missão tripulada a Marte, com maior participação do setor privado e foco em “vencer” a China na nova corrida espacial.

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Homo martianus: uma nova espécie de humanos poderia evoluir em Marte

Durante milhões de anos, o corpo humano foi moldado pelas condições da Terra: gravidade estável, atmosfera rica em oxigênio, água líquida e proteção contra radiações. Cada detalhe da nossa biologia funciona em sintonia com esse ambiente. Mas, o que aconteceria se passássemos a viver em outro planeta, como Marte?

A ideia de colonizar Marte é antiga e parece estar cada vez mais próxima da realidade. Empresas e agências espaciais estudam formas de levar seres humanos para viver por lá. No entanto, esse objetivo vai muito além de apenas construir uma base com comida, ar e abrigo. A questão mais complexa é como o corpo humano reagiria – e evoluiria – em um ambiente tão diferente do nosso.

Em Marte, a gravidade equivale a apenas um terço da que sentimos aqui. A atmosfera é rarefeita e composta quase inteiramente por dióxido de carbono. A superfície do planeta é bombardeada por radiação cósmica e solar, já que Marte não tem um campo magnético como o da Terra. Ou seja, o ambiente é hostil para nossa espécie.

Representação artística de uma futura colônia humana em Marte. Crédito: e71lena – Shutterstock

Mesmo com roupas espaciais e abrigos subterrâneos, a vida em Marte seria uma luta diária para sobreviver. Ainda assim, alguns cientistas acreditam que os humanos poderiam se adaptar com o tempo. 

Um deles é Scott Solomon, professor de biociência na Universidade Rice, nosEUA. Em entrevista ao site IFLScience, ele explicou como viver em Marte pode levar a mudanças evolutivas profundas na nossa espécie. “Se os humanos realmente conseguirem criar colônias permanentes em outros planetas, isso nos colocaria em uma rota evolutiva totalmente nova”.

Segundo ele, viver em Marte por várias gerações pode gerar mudanças no corpo, nos genes e na aparência dos colonos. Com o passar do tempo, essas alterações podem ser tão significativas que os marcianos humanos deixariam de ser apenas Homo sapiens – talvez surgisse até uma nova espécie: o Homo martianus.

Radiação acelera mutações genéticas

Um dos principais fatores de mudança seria a radiação. Na Terra, estamos protegidos por uma atmosfera espessa e por um campo magnético que nos defende da radiação solar e cósmica. Já em Marte, essa proteção não existe. O resultado é uma exposição contínua a altos níveis de radiação.

Mesmo com equipamentos de proteção, a radiação pode causar mutações no DNA. Essas alterações genéticas nem sempre são prejudiciais. Na verdade, são a base do processo de seleção natural, que permite às espécies se adaptarem ao ambiente ao longo do tempo.

Ilustração mostra a radiação solar destruindo a atmosfera de Marte. Crédito: NASA

Solomon explica que, em Marte, a taxa de mutação genética seria mais alta. Isso aumentaria a diversidade dentro da população de colonos, o que pode acelerar o processo evolutivo. A radiação, portanto, poderia se tornar um motor da evolução humana fora da Terra.

Além disso, doenças como o câncer podem se tornar mais comuns por causa da radiação. Isso representa um desafio médico, mas também é um fator que pode pressionar o corpo a desenvolver defesas mais eficientes ao longo das gerações.

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Qual será a cor dos humanos marcianos?

Outra possível mudança evolutiva está na pele. A melanina é o pigmento responsável pela cor da pele e pela proteção contra radiação. Um tipo específico de melanina, chamado eumelanina, oferece proteção maior. Pessoas com mais eumelanina têm pele mais escura e são mais resistentes aos danos causados pela radiação ultravioleta.

Com isso, é possível imaginar que, com o tempo, a seleção natural favoreceria pessoas com mais eumelanina em Marte. Ou talvez surjam pigmentos novos, com cores e funções diferentes das que conhecemos na Terra. Quem sabe seja dessa forma que apareçam os famosos “homenzinhos verdes” da ficção científica – só que por meio da evolução real.

Essas mudanças não ocorreriam da noite para o dia. A evolução é um processo lento e pode levar séculos ou milênios para gerar uma nova espécie. Mas, num ambiente tão diferente quanto Marte, a velocidade do processo pode ser maior do que imaginamos, segundo Solomon.

Representação artística elaborada com Inteligência Artificial de um extraterrestre em Marte. Será que os homenzinhos verdes da ficção cientpifica podem um dia se tornar realidade? Crédito: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital

Colonos de Marte enfrentam dilemas éticos e sociais

Além das questões biológicas, há desafios sociais e éticos que vêm com a vida fora da Terra. Se humanos nascerem e crescerem em Marte, será que poderão voltar para a Terra? Será que seus corpos aguentariam a gravidade mais forte? Ou será que já seriam tão diferentes que não se adaptariam mais ao planeta de origem?

Solomon também alerta para um risco de desigualdade entre os habitantes da Terra e os colonos de Marte. Se surgirem diferenças físicas, genéticas ou culturais muito grandes, a humanidade pode se dividir em dois grupos distintos. Isso levanta discussões sobre inclusão, direitos e até sobre o que significa ser humano.

Ele ainda aponta que a ficção científica pode ajudar a refletir sobre essas possibilidades. Autores do gênero têm explorado esses cenários há décadas, levantando questões sobre identidade, evolução e sociedade em contextos extraterrestres.

“Tudo isso (cultura, política, identidade) estará em jogo”, diz Solomon. “Acho que a ficção científica pode nos ajudar a pensar sobre o que vem pela frente”.

Com a ciência e a tecnologia avançando rapidamente, imaginar humanos vivendo em Marte já não é mais apenas fantasia. E se isso acontecer, talvez o futuro nos apresente uma nova espécie nascida entre as estrelas.

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Imagem rara mostra rover da NASA andando em Marte

Explorando a superfície de Marte desde agosto de 2012, o rover Curiosity, da NASA, pode ter sido fotografado pela primeira vez por uma câmera no espaço enquanto andava. A imagem rara mostra o robô em deslocamento no solo marciano, algo que nunca havia sido registrado do alto até então.

De acordo com um comunicado da agência, a foto foi feita em 28 de fevereiro de 2025, no 4.466º dia marciano (também chamado de sol) da missão. Ela foi capturada pela câmera HiRISE, instalada no satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), que monitora Marte com imagens de altíssima resolução.

No registro, o Curiosity aparece como uma pequena mancha escura. Atrás dele, um longo rastro indica sua movimentação. Os trilhos se estendem por 320 metros e foram deixados durante uma série de 11 trajetos iniciados no começo de fevereiro.

O destino do rover é uma área de interesse científico, onde pesquisadores esperam encontrar formações rochosas em formato de caixas. Acredita-se que essas estruturas tenham se formado com a ação de água subterrânea há bilhões de anos.

O rover Curiosity aparece como uma mancha escura nesta visão de contraste aprimorado capturada pela câmera HiRISE do Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA. Os rastros do rover podem permanecer na superfície marciana por meses antes de serem apagados pelo vento. Crédito: NASA / JPL-Caltech / Universidade do Arizona

Rover Curiosity trafega devagar por Marte

A movimentação do rover Curiosity é lenta – cerca de 0,16 km/h – e depende de vários fatores, como o tipo de solo, inclinações do terreno e a capacidade do software de navegação de interpretar obstáculos.

Engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, na Califórnia, são os responsáveis por planejar cada etapa da jornada. Eles trabalham lado a lado com cientistas para definir os melhores caminhos e os pontos mais promissores para análise.

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Doug Ellison, que lidera o planejamento diário do Curiosity, explicou que a imagem foi feita quase no momento exato em que o robô completava um deslocamento de cerca de 20 metros naquele dia. 

A câmera HiRISE costuma registrar imagens em preto e branco, com uma faixa central colorida. Desta vez, o Curiosity apareceu fora da faixa de cor e surgiu em tons de cinza.

O rover está subindo uma encosta íngreme. Se não houver imprevistos, ele deve chegar ao próximo ponto de estudo científico nas próximas semanas.

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Esta rocha única encontrada em Marte intriga a NASA

O rover Mars 2020 da NASA encontrou uma rocha que tem intrigado a agência espacial estadunidense. Chamado de “Skull Hill”, o objeto foi identificado em 11 de abril durante jornada pela parte inferior da “Witch Hazel Hill“, na borda da cratera Jezero, em Marte.

A imagem foi captada no local conhecido como “Porto Anson” e mostra grande rocha de cor distinta das demais, em tom mais escuro. A suspeita é que tenha se originado em outro lugar e transportada até o ponto atual em um movimento denominado “float” (flutuar, em português).

Rover Perseverance avistou uma textura curiosa em uma rocha também em Marte (Imagem: Divulgação/NASA)

De onde ela veio? A NASA já sabe?

  • Segundo a NASA, as cavidades em Skull Hill podem ter se formado pela erosão de clastos da rocha ou pela erosão do vento;
  • Outra hipótese é que se trata de uma rocha ígnea erodida de um afloramento próximo ou ejetada de uma cratera de impacto;
  • “Na Terra e em Marte, ferro e magnésio são alguns dos principais constituintes das rochas ígneas, que se formam a partir do resfriamento de magma ou lava. Essas rochas podem incluir minerais de cor escura, como olivina, piroxênio, anfibólio e biotita”, diz o artigo;
  • A equipe ainda está trabalhando para entender melhor de onde elas vieram e como chegaram ali. E isso vai incluir medições da composição química desses flutuadores de tons mais escuros vistos em Skull Hill.

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Descobertas similares

A cor escura de Skull Hill lembra os meteoritos encontrados na cratera Gale pelo rover Curiosity, em 2016. A NASA confirmou que se tratava de um objeto espacial de ferro-níquel caído do céu do Planeta Vermelho.

“Meteoritos de ferro-níquel são classe comum de rochas espaciais encontradas na Terra e exemplos anteriores já foram observados em Marte, mas este, chamado ‘Rocha Ovo’, é o primeiro em Marte examinado com um espectrômetro de disparo a laser”, informou a agência à época.

Mais recentemente, o rover Perseverance avistou uma textura curiosa em uma rocha também em Marte. A superfície parecia ser composta por centenas de esferas cinza-escuras, com milímetros de tamanho — que pode ser observada também em Skull Hill. Sua origem ainda está sendo estudada.

Cor escura de Skull Hill lembra os meteoritos encontrados na cratera Gale pelo rover Curiosity, em 2016 (Imagem: Divulgação/NASA)

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NASA encontra algo inesperado e promissor em Marte

O rover Curiosity, da NASA, descobriu um “arquivo químico” escondido na cratera Gale que revela sinais de um antigo ciclo de carbono em Marte. A descoberta reforça a ideia de que a atmosfera do planeta vermelho já foi muito mais densa e quente — capaz de sustentar água líquida em sua superfície.

O estudo sobre essa descoberta foi publicado na revista Science.

Detalhes da descoberta

  • Utilizando seu difratômetro de raios X, o Curiosity analisou amostras de rochas perfuradas entre 2022 e 2023 em camadas que marcaram a transição de antigos leitos de lago para ambientes áridos e expostos ao vento.
  • Os pesquisadores identificaram concentrações inesperadamente altas de siderita (carbonato de ferro) em regiões ricas em sulfato de magnésio, onde sensores orbitais não haviam detectado carbonatos.
  • Esses carbonatos se formaram por reações entre água e rocha, indicando que o CO₂ da atmosfera foi quimicamente capturado e armazenado na crosta marciana.
  • Essa descoberta resolve parte do mistério sobre onde foi parar o carbono que antes sustentava um clima propício à água líquida.
O simpático Perseverance trabalhando em Marte. (Imagem: NASA/Instagram)

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Carbono oculto em Marte

Segundo os autores, se esses depósitos de sulfato forem comuns em outras regiões de Marte, podem representar um grande reservatório de carbono oculto no planeta.

Há indícios também de que parte desse carbono foi liberado de volta para a atmosfera em períodos posteriores, evidência de um possível ciclo de carbono ativo no passado marciano.

Esses achados não só revelam um planeta mais dinâmico do que se imaginava, como também oferecem novas pistas sobre ambientes que poderiam ter sido potencialmente habitáveis.

Minerais revelam que Marte já sequestrou CO₂ da atmosfera – (Imagem: Jurik Peter/Shutterstock)

Outra descoberta recente em Marte

O rover Perseverance está provando que o Planeta Vermelho guarda surpresas fascinantes – e cientificamente valiosas – debaixo da superfície cheia de poeira. Depois de uma escalada de três meses pela borda oeste da Cratera Jezero, o robô da NASA chegou à “Colina da Hamamélis”, uma região que está superando todas as expectativas da agência espacial. Neste lugar, cada pedra parece contar uma história diferente – algo raro até mesmo para Marte.

Segundo os cientistas, essas rochas fragmentadas foram ejetadas de profundezas subterrâneas há bilhões de anos, possivelmente pelo impacto que formou a própria cratera. Algumas delas já estiveram enterradas e carregam sinais de interação com água – um resquício dos tempos em que Marte era muito mais úmido.

A equipe do Perseverance lembra que já teve problemas antes, como tentativas frustradas de perfurar algumas rochas frágeis. Mas a persistência valeu a pena. Em uma área chamada “Tablelands”, o rover encontrou minerais formados quando grandes quantidades de água reagem com rochas ricas em ferro e magnésio. Desta vez, a coleta foi um sucesso.

O trabalho meticuloso levou meses: foi necessário escovar, vedar e até sacudir o tubo de amostra para garantir que tudo desse certo. E não é para menos – o Perseverance já coletou 27 amostras de solo e rochas, tornando-se a primeira missão a criar um verdadeiro depósito fora da Terra.

Desde que pousou no planeta, o rover já registrou cerca de 800 mil imagens – um tesouro visual que nos ajuda a entender melhor o passado de Marte. E ainda há muito mais a explorar. Com mais de quatro anos de operação, o Perseverance está apenas começando essa incrível jornada.

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Putin quer Marte! Rússia pode estar de volta à corrida espacial

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, declarou, nesta quarta-feira (16), via agência Interfax, que seu país e a China estão desenvolvendo projetos conjuntos de grande envergadura para a exploração espacial. Segundo ele, Moscou mantém firme seu compromisso com programas de investigação do Espaço profundo, que englobam missões à Lua e a Marte, e tem atraído o interesse de diversas nações além de Pequim.

Planeta Vermelho não é cobiçado apenas pelos EUA (e Musk) (Imagem: Buradaki/Shutterstock)

Enquanto Rússia e China se unem por Marte…

  • O bilionário Elon Musk, fundador da SpaceX e atualmente conselheiro do governo Donald Trump, nutre, há tempos, o desejo de enviar uma expedição tripulada a Marte;
  • Em 15 de março, ele declarou que o foguete Starship da SpaceX tem cronograma para ser enviado ao Planeta Vermelho em 2026;
  • Do lado estadunidense, o próprio presidente Donald Trump aproveitou seu primeiro discurso após assumir o cargo para reafirmar a intenção de levar astronautas dos Estados Unidos a Marte:
  • Os Estados Unidos voltarão a ser uma nação em expansão, ampliando nossa riqueza, estendendo nossos domínios e fincando nossa bandeira em novos e magníficos horizontes. Nosso objetivo é enviar americanos para cravar as estrelas e listras no solo marciano”, afirmou.

Leia mais:

Vale lembrar que a rivalidade entre Estados Unidos e Rússia na corrida espacial remonta ao período anterior ao histórico pouso lunar, em 20 de julho de 1969, quando ambas as potências disputavam quem chegaria primeiro à superfície da Lua.

Antes disso, no contexto da Guerra Fria, os países queriam enviar a primeira pessoa ao Espaço — vitória soviética, que mandou Iuri Gagarin em 12 de abril de 1961.

Vladimir Putin assinando um documento e olhando para frente
Líder russo exaltou possibilidade de cooperação com a China (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

O que será da permanência humana no espaço depois do fim da ISS?

Estação Espacial Internacional (ISS) encerrará suas atividades em janeiro de 2031. Depois disso, a NASA irá tirar o laboratório da órbita da Terra para que ela faça uma reentrada ardente na atmosfera e caia em uma área remota do Oceano Pacifico. Desde o seu lançamento em novembro de 2000, ela tem garantido a permanência humana constante no espaço, mas depois do sim fim, ainda restará alguém no espaço?

Para quem tem pressa:

  • A ISS está com data marcada para seu fim, mas a permanência humana constante no espaço está garantida;
  • A Estação Espacial Chinesa Tiangong está em operação desde 2021 e deverá permanecer na órbita por mais alguns anos;
  • Além dela também existem outros laboratórios orbitais que serão lançados em breve como a Estação Axiom e a Estação de Serviço Orbital Russa (ROSS);
  • A Lua também ganhará uma representante nos próximos anos, a Estação Espacial Gateway.

Estação Espacial Tiangong

Bem, a ISS não é a única estação espacial na órbita da Terra, além dela ainda existe a Tiangong, a estação espacial chinesa. Sua construção iniciou em abril de 2021 e atualmente já conta com três módulos. A expectativa é que no futuro o laboratório receba mais três módulos e dobre de tamanho.

A previsão de duração da Estação Espacial Tiangong é de cerca de 10 anos, mas com a adição de novos módulos, talvez ela dure um pouco mais. Isso significa que mesmo após o fim da ISS, a China poderá dar continuidade à permanência humana contínua no espaço.

Laboratórios orbitais que serão lançados nos próximos anos

Além da Tiangong, empresas privadas também estão se programando para lançar suas estações espaciais, uma delas a Estação Axiom. Nos próximos anos a Axiom Space irá lançar módulos que serão acoplados a ISS com intuito de atividades comerciais espaciais. Quando a Estação Espacial Internacional deixar de operar, ela irá se separar, e passará a orbitar a Terra sozinha.

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Descoberta em Marte é “muito mais” do que a NASA esperava

As rochas de Marte podem parecer todas iguais, mas a NASA parece ter encontrado uma área no mínimo intrigante no Planeta Vermelho. A agência espacial anunciou esta semana que o rover Perseverance, que chegou à borda da Cratera de Jezero no fim do ano passado, está superando as expectativas em suas pesquisas.

A região onde o rover está atualmente é chamada de “Colina da Hamamélis”. O veículo passou três meses escalando a parede oeste da Cratera de Jezero até atingir a borda onde se encontra agora.

“Durante campanhas científicas anteriores em Jezero, podia levar meses para encontrarmos uma rocha significativamente diferente da última coletada – algo cientificamente único o suficiente para valer a análise”, disse Katie Stack Morgan, cientista do projeto Perseverance no Laboratório de Propulsão a Jato da NASA, no sul da Califórnia. “Mas aqui, na borda da cratera, há rochas novas e intrigantes por toda parte. Foi tudo o que esperávamos… e muito mais.”

Segundo a NASA, essa região abriga inúmeras rochas fragmentadas, outrora derretidas, que foram ejetadas de seu ambiente subterrâneo há bilhões de anos devido a um ou mais impactos de meteoros – incluindo possivelmente o que formou a própria cratera.

Uma das câmeras de risco do Perseverance capturou a sonda perfuradora coletando a amostra de rocha do “Rio Principal” em “Witch Hazel Hill” em 10 de março de 2025, o 1.441º dia marciano, ou sol, da missão. (Crédito da imagem: NASA/JPL-Caltech)

Onde o Perseverance está explorando em Marte?

Essas rochas já estiveram enterradas no passado. Uma delas, ainda não analisada pelo rover, apresenta sinais de alteração pela água – quando o líquido ainda fluía pela superfície marciana.

O Perseverance já coletou amostras na região. Em um dos locais, um afloramento chamou a atenção da equipe por conter minerais ígneos cristalizados a partir de magma nas profundezas da crosta marciana. No entanto, após duas tentativas de perfuração falharem devido à fragilidade da rocha, o rover percorreu cerca de 160 metros a noroeste, em direção a outra formação intrigante, apelidada de “Tablelands”.

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Tablelands é composta quase inteiramente por minerais serpentinos, que se formam quando grandes quantidades de água interagem com rochas ricas em ferro e magnésio. Dessa vez, a coleta foi bem-sucedida.

(Imagem: NASA/Instagram)

“Já tivemos problemas antes, quando fragmentos de rocha atrapalharam o vedamento perfeito do tubo”, explicou Kyle Kaplan, engenheiro de robótica do JPL. “No caso de Tablelands, fizemos de tudo. Ao longo de 13 sóis” (dias marcianos), “escovamos a parte superior do tubo 33 vezes e tentamos vedá-lo oito vezes. Até o sacudimos uma segunda vez para garantir.”

Desde a chegada a Marte, o rover Perseverance já registrou cerca de 800 mil imagens do planeta. Além das fotos, o equipamento coletou 27 amostras de rochas e solo marciano, sendo a primeira missão a criar um depósito de amostras fora da Terra. 

Com mais de quatro anos de operação, a missão do Perseverance ainda está longe de acabar. Se comparado ao rover Curiosity, que está em Marte há mais de 12 anos, ele ainda tem muito mais para explorar e descobrir sobre o Planeta Vermelho.

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