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Nova esperança? Marte pode estar escondendo muita água no subsolo

Cientistas encontram uma nova pista na busca por água em Marte. Um estudo publicado na revista Geology usou dados sísmicos do módulo InSight, da NASA, para fazer uma revelação importante: o subsolo marciano está repleto de água líquida.

A dupla responsável pela pesquisa foi além: se há água, pode haver vida microbiana no Planeta Vermelho.

Água em Marte? Isso pode ser realidade (Crédito: Vadim Sadovski – Shutterstock)

Evidências de água em Marte podem ter sido confirmadas

No início de 2024, pesquisadores já haviam levantado uma hipótese: há água líquida no subsolo de Marte, a cerca de 11,5 e 20 quilômetros de profundidade. Eles tiraram essa conclusão com base na velocidade das ondas sísmicas detectadas durante terremotos no planeta. Esse não é o primeiro estudo que sugere a presença de água nas profundezas do Planta Vermelho.

Recentemente, os pesquisadores Ikuo Katayama, da Universidade de Hiroshima, e Yuya Akamatsu do Instituto de Pesquisa para Geodinâmica Marinha, ambos do Japão, apresentam dados ainda mais detalhados sobre essa alegação.

Leia mais:

Pesquisa analisou dados sísmicos do Planeta Vermelho

Assim como o estudo do início de 2024, a pesquisa dos japoneses usou dados sísmicos coletados pelo instrumento SEIS (Seismic Experiment for the Interior Structure), da missão InSight, da NASA, que funcionou na superfície de Marte entre 2018 e 2022.

Como explicou o Space.com, o SEIS era sensível a três tipos de ondas sísmicas vindas dos terremotos marcianos (ou martemotos, como você já deve ter ouvido falar):

  • A primeira é a onda P, que oscila de trás para frente, como uma onda sonora. Ela é rápida;
  • A segunda é a S, que oscila de cima para baixo, perpendicular à direção da viagem. Ela é lenta e não pode viajar através do líquido, como a água;
  • A terceira é a onda de superfície, que viaja ao longo da superfície de Marte, como ondulações na água de um lago.
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Desenho mostra como os diferentes tipos de onda viajam pelo subsolo de Marte (Imagem: Ikuo Katayama)

O trabalho estudou as ondas P e S subterrâneas. O sismógrafo mediu os dois tipos de ondas, dando pistas sobre a densidade e composição do meio subterrâneo (água ou rocha) com base na intensidade dos sinais e no tempo que levaram para chegar até o equipamento.

A dupla focou a análise em duas regiões onde pareciam haver mudanças repentinas de propriedades no subsolo de Marte, entre 10 e 20 quilômetros de profundidade (mesma distância que os pesquisadores afirmaram ter evidências de água líquida).

Módulo InSight, da NASA, em solo marciano
Módulo InSight, da NASA, em solo marciano (Imagem: NASA/JPL–Caltech)

Há água em Marte?

Em pesquisas anteriores, geofísicos alegavam que as transições no interior do Planeta Vermelho vinham da diferença entre materiais vulcânico e suas ejeções. Katayama e Akamatsu dizem que é mais do que isso.

A análise das ondas P e S detectadas pelo SEIS revelaram a presença de água na rocha porosa entre 10 e 20 quilômetros no subsolo marciano. Mas não ficou por aí: a dupla resolveu testar a hipótese em testes na Terra.

Veja como foi:

  • Com base nos resultados da pesquisa, os pesquisadores realizaram testes em rochas de diabásio (também conhecida como dolerito) de Rydaholm, uma região na Suécia;
  • Isso porque essas rochas são consideradas análogas às rochas marcianas;
  • A dupla descobriu que, em condições úmidas, as rochas de diabásio tiveram atividades sísmicas parecidas com o que foi detectado pelo SEIS em Marte.

Katayama e Akamatsu foram além: eles propõem que a presença de água líquida sugere a possibilidade de “atividade microbiana” por lá. No entanto, apesar dos avanços, não será possível acessar o subsolo marciano na prática (pelo menos, não por enquanto).

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Elon Musk diz que primeira missão do Starship a Marte será lançada em 2026

Na madrugada deste sábado (15), Elon Musk, dono da SpaceX, afirmou que a primeira missão do megafoguete Starship a Marte será lançada até o fim de 2026. Em uma publicação no X, o bilionário disse ainda que os primeiros pousos humanos podem ocorrer em 2029, caso tudo ocorra como planejado, “embora 2031 seja mais provável”.

Com 120 metros de altura, o veículo é o maior foguete já construído. Ele é peça-chave nos planos de Musk para tornar Marte um local habitável. No entanto, o projeto ainda enfrenta desafios, já que a nave precisa passar por diversos testes antes de estar pronta para voos interplanetários.

Nos últimos meses, a SpaceX vem testando o Starship, mas os voos ainda apresentam problemas. Na última semana, um dos protótipos explodiu cerca de nove minutos após a decolagem durante o oitavo teste, repetindo a mesma falha ocorrida em janeiro. A empresa informou que analisará os dados para identificar a origem do problema, que envolveu a perda de vários motores. 

O primeiro estágio do superfoguete Starship, da SpaceX, que dá nome ao complexo veicular, servirá de módulo de pouso para os humanos em Marte. Crédito: SpaceX

A Administração Federal de Aviação (FAA) exigiu que a SpaceX conduza uma investigação antes de realizar novos testes. A NASA também acompanha os avanços do veículo, já que pretende usá-la como módulo de pouso para a missão Artemis III, que levará astronautas à Lua.

Musk acredita que o Starship será um marco para viagens espaciais e poderá transportar humanos não só à Lua, mas também a Marte, tornando a humanidade “multiplanetária”. Segundo ele, a primeira missão do foguete ao Planeta Vermelho levará a bordo o robô humanoide Optimus, desenvolvido pela Tesla. A ideia é que, no futuro, esse robô possa realizar tarefas do dia a dia e tenha um custo entre US$20 mil e US$30 mil (de R$115 mil a R$170 mil, aproximadamente).

Leia mais:

Estes são os planos da SpaceX para o foguete Starship

  • Exploração da Lua: O Starship fará parte da missão Artemis III, da NASA, e, futuramente, deve levar turistas à Lua. Há também a possibilidade de desenvolver uma base permanente no satélite natural;
  • Missões a Marte: Musk pretende criar uma colônia autossuficiente em Marte com até um milhão de pessoas. Para viabilizar esse plano, a Starship deverá realizar viagens frequentes entre a Terra e Marte, podendo fazer uso de uma frota de até mil foguetes;
  • Transporte na Terra: O foguete pode revolucionar o transporte intercontinental, tornando viagens que hoje duram horas em deslocamentos de menos de 60 minutos. Além disso, promete reduzir impactos ambientais e oferecer trajetos mais confortáveis, com menos turbulência do que os aviões convencionais.

Missões a Marte vão enfrentar desafios

Tornar as viagens a Marte uma realidade ainda exige superar muitos desafios. Segundo Annibal Hetem, professor de propulsão espacial da Universidade Federal do ABC (UFABC), ir até o planeta é um desafio muito maior do que uma viagem à Lua.

“A Lua está relativamente próxima, permitindo missões curtas. Já Marte exige um tempo de viagem muito maior, além de lidar com a exposição dos astronautas à radiação espacial”, explicou Hetem ao G1. A jornada pode levar até oito meses, o que impõe riscos à tripulação.

Para contornar essas dificuldades, a SpaceX trabalha em novas versões do Starship, que terão mais potência e capacidade de carga. As atualizações visam reduzir o número de reabastecimentos necessários em órbita antes da viagem a Marte.

Conceito artístico de uma frota de foguetes Starship em direção a Marte, elaborado com Inteligência Artificial. Créditos: Flavia Correia via DALL-E/Olhar Digital

Os modelos 2 e 3 do complexo veicular serão maiores que a versão atual, chegando a 150 metros de altura. Musk revelou alguns detalhes técnicos sobre as novas versões em um evento realizado em abril de 2024, mas ainda não há uma data definida para isso.

Sobre o megafoguete Starship:

  • Dimensões: 120 metros de altura (contando a nave e o propulsor Super Heavy) e nove metros de diâmetro;
  • Capacidade: até 100 passageiros;
  • Reutilização: projetado para ser reutilizável, reduzindo custos de lançamento;
  • Carga: suporta até 250 toneladas em missões descartáveis ou 150 toneladas em voos reutilizáveis.

Apesar dos desafios, a SpaceX continua avançando com testes e ajustes na Starship. Se os planos de Musk se concretizarem, a humanidade poderá dar os primeiros passos rumo a uma presença permanente fora da Terra.

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Confira o Olhar Digital News na íntegra (13/03/2025)

Veja os destaques do Olhar Digital News desta quinta-feira (13):

Cafeína pode ajudar seu cérebro – e a ciência explica como

Tomar café é um ritual sagrado dos brasileiros – e a ciência explica qual a melhor estratégia para a cafeína ‘fazer efeito’. Em reportagem do Washington Post, especialistas disseram que a substância funciona como um bloqueador natural, agindo nos receptores cerebrais e impedindo que nosso corpo sinta sono.

Mas qual o segredo? Depende, já que cada pessoa reage de maneira diferente. No geral, as diretrizes oficiais recomendam que adultos consumam até 400 miligramas de cafeína por dia, algo em torno de duas a três xícaras.

Estudo brasileiro confirma: anomalia magnética existe há milhões de anos

A Anomalia Magnética do Atlântico Sul é uma espécie de falha no campo magnético, que se estende da África até a América do Sul, passando pelo Brasil. Um estudo brasileiro trouxe novas pistas sobre o fenômeno, inclusive a revelação de que ele existe há pelo menos 10 milhões de anos.

Trump quer humanos em Marte nesta década — mas só existe uma data ideal

O sonho de pisar em Marte está vivo no mandato de Donald Trump, que reforçou a intenção de enviar astronautas ao planeta nos próximos anos. Mas será que estamos preparados?

Para tornar esse desafio ainda mais complexo, só existe uma data ideal para essa viagem: no final de 2026, quando a Terra e o Planeta Vermelho se alinham de forma ideal para lançamentos espaciais, otimizando o tempo de viagem e o combustível necessário. Ou seja, uma verdadeira corrida contra o tempo.

Maior câmera digital do mundo é instalada em telescópio para mapear Universo

A maior câmera digital do mundo, capaz de capturar detalhes inéditos do Universo, acaba de ser instalada no Observatório Vera C. Rubin, localizado no Chile. A LSST – sigla para Levantamento do Legado do Espaço e do Tempo – pesa quase três toneladas e tem uma resolução de mais de 3 gigapixels, para enxergar detalhes minúsculos a milhões de quilômetros de distância.

Documentário sobre OVNIs questiona governo dos EUA

Um documentário chamado A Era da Divulgação estreou no prestigiado festival SXSW 2025 com uma mensagem intrigante e polêmica: alienígenas existem e o governo dos Estados Unidos pode estar escondendo essas informações por mais de 80 anos. Mas será que temos provas suficientes para acreditar nisso? O filme tenta provar que sim.

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Nave investigadora de asteroide sobrevoa Marte e fotografa a menor lua do planeta

Conforme noticiado pelo Olhar Digital, uma sonda lançada pela Agência Espacial Europeia (ESA) rumo ao Cinturão de Asteroides – que fica entre Marte e Júpiter – sobrevoou o Planeta Vermelho na quarta-feira (12). 

Essa aproximação foi programada com o intuito de usar a força gravitacional marciana para impulsionar a espaçonave, chamada Hera, até o destino: um sistema binário de asteroides atingido por uma missão de defesa planetária conduzida pela NASA há pouco mais de dois anos.

A passagem da sonda Hera por Marte serve como impulso extra no caminho para o sistema binário de asteroides Didymos. Crédito: ESA-Science Office

O principal objetivo da sonda europeia é estudar Dimorphos, a “lua” do asteroide Didymos, que foi desviada com sucesso pela agência norte-americana por meio da missão DART (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo) em setembro de 2022.

Durante o sobrevoo a uma distância de cerca de cinco mil quilômetros de Marte, a sonda Hera realizou observações da menor das duas luas marcianas, Deimos, como teste para calibrar alguns de seus 12 instrumentos.

Os dados coletados foram enviados à Terra e apresentados ao público em uma transmissão ao vivo no canal oficial da ESA no YouTube nesta quinta-feira (13), às 7h50 (pelo horário de Brasília), pela equipe científica da missão Hera a partir do Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC) da ESA em Darmstadt, na Alemanha.

A lua Deimos cruzando a face de Marte nesta sequência de imagens do Thermal Infrared Imager adquiridas durante o sobrevoo da missão Hera no Planeta Vermelho em 12 de março de 2025. Crédito: ESA/JAXA

Leia mais:

Usar gravidade de Marte reduz tempo de viagem e combustível

Na apresentação, membros do time Hera explicaram que a manobra realizada para usar a gravidade de Marte como um impulso até o Cinturão de Asteroides foi pensada para reduzir o tempo de viagem e economizar combustível. “Nossa equipe fez um excelente trabalho ao planejar essa assistência gravitacional”, afirmou Caglayan Guerbuez, gerente de operações da missão.

Segundo ele, a sonda se deslocava a 9 km/s quando registrou o lado menos observado da lua Deimos, a uma distância de até 1.000 km. Com 12,4 km de diâmetro e coberta de poeira, esse satélite pode ser um fragmento de Marte expelido por um impacto ou um asteroide capturado pelo planeta.

A lua Deimos brilha muito mais do que Marte atrás dela nesta imagem do Thermal Infrared Imager adquirida durante o sobrevoo assistido por gravidade da missão Hera em 12 de março de 2025. Na luz visível, acontece o contrário: o satélite é muito menos reflexivo do que a superfície marciana. Crédito: ESA/JAXA

Três instrumentos científicos foram usados para analisar o objeto. A câmera de enquadramento 1020×1020 registrou imagens em preto e branco, enquanto o Hyperscout H, um sensor hiperespectral, identificou variações na composição mineral. Já o termovisor infravermelho, desenvolvido pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), mediu temperaturas e revelou detalhes da superfície. 

“Essa foi a primeira vez que usamos esses instrumentos para observar um pequeno satélite natural desconhecido, e o desempenho foi excelente!”, disse o cientista Michael Kueppers, do ESOC.

Os especialistas explicaram que a ESA coordenou o trabalho com a sonda Mars Express, em órbita há mais de 20 anos, para comparar dados e aprimorar futuras missões. Os resultados devem ajudar a orientar o planejamento operacional para a missão MMX de exploração das luas marcianas do próximo ano, liderada pela JAXA em colaboração com a NASA, a agência espacial francesa (CNES), o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e a ESA.

A nave MMX não apenas coletará medições detalhadas de ambas as luas marcianas, como também pousará em Phobos (a maior delas) para coletar uma amostra e trazê-la à Terra para análise.

Sonda chega ao asteroide-alvo no fim do ano que vem

Agora, Hera segue rumo a seu destino. Em fevereiro de 2026, uma nova manobra ajustará a rota da espaçonave para alcançar o sistema Didymos/Dimorphos em dezembro daquele ano. “Essa foi apenas a primeira grande experiência de exploração da equipe Hera”, destacou Ian Carnelli, gerente da missão. “Em 21 meses, chegaremos aos nossos asteroides-alvo e estudaremos o primeiro objeto do Sistema Solar cuja órbita foi alterada de forma mensurável pela ação humana”.

Relembre a missão DART, da NASA:

  • DART foi a primeira missão da NASA a estudar de perto um sistema binário de asteroides;
  • O objetivo era assumir uma nova e audaciosa abordagem para defender a Terra de asteroides perigosos;
  • A pequena espaçonave foi lançada em 24 de novembro de 2021, a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9, para se chocar contra Dimorphos, a “lua” do asteroide Didymos, numa tentativa de alterar sua rota;
  • DART cumpriu sua missão com excelência em 26 de setembro de 2022.

Embora nem Dimorphos (de 163 metros de largura) nem seu companheiro maior (medindo 780 metros), Didymos, estivessem em rota de colisão com a Terra, o procedimento foi um teste de defesa planetária de um método que poderá, eventualmente, nos proteger do ataque de outro asteroide que possa oferecer algum risco em potencial. 

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Sonda que vai estudar asteroide desviado pela NASA sobrevoa Marte

Nesta quarta-feira (12), uma espaçonave lançada pela Agência Espacial Europeia (ESA) rumo ao Cinturão de Asteroides – que fica entre Marte e Júpiter – se aproxima do Planeta Vermelho. 

Durante este sobrevoo, a sonda, chamada Hera, está realizando observações a cinco mil quilômetros de Marte e a 300 km de Deimos, a menor das duas luas do planeta. 

A passagem da sonda Hera por Marte serve como impulso extra no caminho para o sistema binário de asteroides Didymos. Crédito: ESA-Science Office

O principal objetivo da missão Hera é estudar Dimorphos, a “lua” do asteroide Didymos, que foi desviada pela NASA em 2022 por meio da missão DART (sigla em inglês para Teste de Redirecionamento de Asteroide Duplo).

Os dados coletados durante o sobrevoo de Marte serão enviados à Terra e apresentados ao público em uma transmissão ao vivo no canal oficial da ESA no YouTube na quinta-feira (13), às 7h50 (pelo horário de Brasília), pela equipe científica da missão Hera a partir do Centro Europeu de Operações Espaciais (ESOC) da ESA em Darmstadt, na Alemanha.

Leia mais:

O que a sonda Hera vai fazer ao sobrevoar Marte

O esquema gráfico a seguir mostra como deve ser o sobrevoo da sonda Hera em Marte, de quem ela já obteve imagens cerca de 10 dias antes da aproximação máxima, vendo o planeta com 10 pixels de diâmetro.

Arte mostra como será o sobrevoo da sonda Hera em Marte. Crédito: ESA-Science Office

Nota-se que, após chegar a cerca de cinco mil km da superfície de Marte e 300 km de Deimos, à medida que for se afastando, a espaçonave também terá a chance de capturar imagens da outra lua de Marte, Phobos.

Por fim, a velocidade da sonda em relação a Marte permanecerá inalterada, enquanto ela estiver girando em direção a Didymos com eficiência de combustível.

De acordo com um comunicado da agência, três dos 12 instrumentos da espaçonave serão usados durante o sobrevoo de Marte, fotografando Deimos a uma distância mínima de 1000 km:

  • A câmera de enquadramento de asteroides 1020×1020 em preto e branco, usada para navegação e investigação científica, que adquire imagens na luz visível;
  • O gerador de imagens hiperespectrais Hyperscout H, que observa em uma variedade de cores além dos limites do olho humano, em 25 bandas espectrais visíveis e infravermelhas próximas, usado para ajudar a caracterizar a composição mineral;
  • O Termovisor Infravermelho, fornecido pela Agência de Exploração Aeroespacial do Japão (JAXA), que apresenta imagens nos comprimentos de onda do infravermelho médio para mapear a temperatura da superfície, revelando propriedades físicas como rugosidade, distribuição de tamanho de partícula e porosidade.

Os resultados do encontro próximo de Deimos devem ajudar a orientar o planejamento operacional para a missão MMX de exploração das luas marcianas do próximo ano, liderada pela JAXA em colaboração com a NASA, a agência espacial francesa (CNES), o Centro Aeroespacial Alemão (DLR) e a ESA.

A nave MMX não apenas coletará medições detalhadas de ambas as luas marcianas, como também pousará em Fobos (a maior delas) para coletar uma amostra e trazê-la à Terra para análise.

Segundo a NASA, a sonda Hera atinge a órbita do sistema Didymos/Dimorphos em 14 de dezembro de 2026. 

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Impacto da missão DART com o asteroide Dimorphos capturado pelo Telescópio Espacial James Webb (JWST). Crédito: NASA/JWST

Relembre a missão DART, da NASA:

  • DART foi a primeira missão da NASA a estudar de perto um sistema binário de asteroides;
  • O objetivo era assumir uma nova e audaciosa abordagem para defender a Terra de asteroides perigosos;
  • A pequena espaçonave foi lançada em 24 de novembro de 2021, a bordo de um foguete SpaceX Falcon 9, para se chocar contra Dimorphos, a “lua” do asteroide Didymos, numa tentativa de alterar sua rota;
  • DART cumpriu sua missão com excelência em 26 de setembro de 2022.

Embora nem Dimorphos (de 163 metros de largura) nem seu companheiro maior (medindo 780 metros), Didymos, estivessem em rota de colisão com a Terra, o procedimento foi um teste de defesa planetária de um método que poderá, eventualmente, nos proteger do ataque de outro asteroide que possa oferecer algum risco em potencial. 

Asteroide será investigado pelo menor radar já lançado ao espaço

A missão Hera, uma espécie de “segundo ato” da DART, vai conduzir pesquisas detalhadas in loco em Dimorphos e Didymos, com foco especial na cratera deixada pela colisão da missão DART e uma medição precisa da massa do asteroide atingido.

Instrumento JuRa, da missão HERA, projetada pela Agência Espacial Europeia (ESA) para examinar as consequências da deflexão do asteroide Dimorphos pela missão DART, da NASA. Crédito: Equipe JuRA / UGA

Na ocasião, uma pequena caixa de 10 cm entrará para a história como o menor instrumento de radar a ser pilotado no espaço – e o primeiro do tipo a sondar o interior de um asteroide. 

Segundo comunicado da ESA, os dados da missão Hera ajudarão a compreender o experimento de deflexão DART, para que a técnica possa ser repetida se um dia for realmente necessário.

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Trump quer humanos em Marte nesta década — mas só existe uma data ideal

A promessa do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de enviar astronautas a Marte reacendeu o debate sobre a viabilidade de missões tripuladas ao planeta vermelho.

Embora a exploração espacial continue a avançar, alcançar Marte em um futuro próximo apresenta desafios significativos. Entre eles está a janela de lançamento ideal.

Por que só há uma oportunidade de lançamento ideal antes de 2029?

A sincronia orbital entre a Terra e Marte, que se alinha a cada 26 meses, oferece uma janela de lançamento crucial para missões espaciais. A próxima oportunidade, no final de 2026, é vital para qualquer projeto ambicioso de exploração de Marte, pois otimiza a trajetória da viagem, reduzindo o consumo de combustível e o tempo de trânsito.

A trajetória ideal, conhecida como órbita de transferência de Hohmann, exige menos energia e combustível, tornando a missão mais viável. Aproveitar essa oportunidade é essencial para reduzir custos e tempo de viagem, que normalmente varia de seis a oito meses.

A cada 26 meses, a Terra e Marte se alinham de forma favorável, permitindo uma viagem mais curta e eficiente. (Imagem gerada por IA/Gabriel Sérvio/Olhar Digital)

Após essa janela, a próxima chance favorável será somente em 2029, tornando a missão de Trump uma corrida contra o tempo.

Os desafios tecnológicos e logísticos

  • Além da sincronia orbital, a missão a Marte enfrenta obstáculos tecnológicos e logísticos complexos.
  • Um dos maiores desafios é desenvolver um sistema avançado de suporte à vida, capaz de reciclar ar e água eficientemente.
  • Embora a tecnologia atual permita a reciclagem de cerca de 50% do ar e 90% da água, uma missão a Marte exigiria um sistema próximo de 100% de reciclagem.
  • Outro desafio é o transporte de recursos, já que a quantidade de materiais necessários para a missão não cabe em um único lançamento.
  • A solução para esse problema também passa pela melhoria dos sistemas de reciclagem e reaproveitamento de recursos.
Missão a Marte também enfrenta obstáculos tecnológicos e logísticos complexos. (Imagem gerada por IA/Gabriel Sérvio/Olhar Digital)

A missão tripulada a Marte também depende da produção de combustível no planeta para garantir o retorno dos astronautas. Isso exigiria o envio prévio de infraestrutura para fabricar o combustível, incluindo geradores de energia e máquinas para coletar e processar materiais.

O experimento MOXIE, no rover Perseverance, demonstrou a capacidade de extrair oxigênio da atmosfera marciana. No entanto, a quantidade produzida ainda é minúscula, e toneladas seriam necessárias para uma missão tripulada retornar à Terra.

A autonomia dos sistemas de produção de combustível é outro desafio. Seria necessário criar máquinas capazes de coletar materiais, processá-los e transformá-los em combustível, tudo isso sem supervisão humana direta.

Riscos e contaminação biológica

Durante a viagem e em Marte, os astronautas estariam expostos a altos níveis de radiação, aumentando o risco de doenças e danos à saúde a longo prazo. As soluções atuais para proteção contra radiação estão em fase experimental.

Além disso, a contaminação biológica é outra preocupação. Cada astronauta carrega um ecossistema de microrganismos que pode comprometer a busca por vida em Marte. A NASA estabelece padrões rigorosos de limpeza para missões robóticas, mas a política para missões tripuladas continua em desenvolvimento.

Leia mais:

Apesar dos desafios, a exploração de Marte continua sendo um objetivo importante para a humanidade. No entanto, será necessário superar os obstáculos tecnológicos, logísticos e biológicos para garantir o sucesso de uma missão tripulada.

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Confira o Olhar Digital News na íntegra (10/03/2025)

Veja os destaques da edição desta segunda-feira (10) do Olhar Digital News:

Lua pode ter mais gelo do que se imaginava

As expectativas relacionadas às viagens de humanos à Lua incluem estarmos por lá mais cedo do que imaginamos. Um novo estudo acaba de revelar uma descoberta surpreendente: nosso satélite natural pode ter muito mais gelo escondido logo abaixo da superfície do que se pensava.

Fim da Guerra dos Chips? A bola da vez está mudando

Estados Unidos e China vivem uma disputa constante pela dominância do mercado de semicondutores. Agora, analistas apontam que a bola da vez da “guerra dos chips” pode ser outra: os investidores estão procurando uma nova grande aposta no setor de IA nas empresas de software.

E o mercado já está sentindo a incerteza. Empresas de chips, como a gigante Nvidia, registraram quedas nas ações.

Minerais reforçam a tese: Marte pode ter abrigado vida!

O rover Perseverance, da NASA, identificou minerais inesperados na superfície de Marte, levantando novas hipóteses sobre o passado do Planeta Vermelho. A análise revelou a presença de caulinita, um mineral que, na Terra, se forma apenas em ambientes quentes e úmidos. A descoberta pode ser importante para entender se, um dia, o planeta já abrigou vida.

Havaí: estado americano corre risco de inundações futuras

O nível do mar vem subindo globalmente como consequência das mudanças climáticas. No Havaí, um alerta científico reforça essa preocupação: um estudo revela que partes do arquipélago estão afundando em ritmo alarmante, especialmente na ilha de O’ahu, onde a costa sul afunda quase 40 vezes mais rápido que o restante do território.

World, de Sam Altman, aposta em app para desafiar o X

A World, liderada pelo CEO Alex Blania e cofundada por Sam Altman, prevê um cenário não muito distante em que quase nada poderá sem feito sem uma verificação ocular. O motivo para isso está no Orbs, um dispositivo que permite a realização de qualquer atividade (seja na internet ou na vida real) a partir da identificação facial.

A startup ainda aposta em um aplicativo “faz tudo” para competir com o X, de Elon Musk, em mais um capítulo da disputa entre Altman e o bilionário.

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Lua se encontra com Marte esta noite

Depois de passar por Mercúrio, Vênus e Júpiter, a Lua vai fazer a penúltima “parada” da “turnê mensal” de março pelos planetas do Sistema Solar visitando Marte – em um fenômeno conhecido como conjunção astronômica.

Segundo o guia de observação InTheSky.org, isso acontece às 21h27 (horário de Brasília) deste sábado (8). De São Paulo, o par estará visível na direção norte do céu das 18h45 à 0h36 do dia seguinte – o que significa que o momento da conjunção poderá ser observado.

O par não caberá no campo de visão de um telescópio, mas será visível a olho nu ou através de binóculos.  

Configuração do céu no momento da conjunção entre a Lua e Marte neste sábado (8). Crédito: SolarSystemScope

Enquanto a Lua estará em magnitude de -12.3, a de Marte será de -0.1, com ambos na constelação de Gêmeos. Quanto mais brilhante um objeto parece, menor é sua magnitude (relação inversa). O Sol, por exemplo, que é o corpo mais brilhante do céu, tem magnitude aparente de -27.

O último planeta a receber a “visita” da Lua neste mês será Saturno (28). Essa série de conjunções que o satélite faz mensalmente ocorre porque ele orbita a Terra aproximadamente no mesmo plano em que os planetas orbitam o Sol, chamado plano da eclíptica.

Leia mais:

Por que Marte é vermelho? 

O característico tom avermelhado de Marte sempre chamou atenção, evocando associações com deuses e a operações bélicas. Na mitologia grega, Ares, o deus da guerra, era frequentemente ligado a essa cor. Curiosamente, a estrela mais brilhante da constelação de Escorpião, Antares, ganhou esse nome por sua tonalidade avermelhada, que remete a Ares, significando “Anti-Ares”.

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Representação artística do Planeta Vermelho. Crédito: Sergei Voevitko – Shutterstock

Mais tarde, com o domínio romano na Europa, Ares foi renomeado como Marte, nome que também foi dado ao planeta e permanece em uso até hoje.

A tonalidade vermelha marciana é resultado de uma combinação de fatores complexos. E essa interação se dá entre a composição da superfície do planeta, sua atmosfera e fenômenos geológicos. Saiba mais aqui.

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Rochas trazidas de Marte colocam em risco a vida na Terra?

Em 2017, o filme “Vida” trouxe a história de seis astronautas que são surpreendidos pela primeira forma de vida encontrada fora da Terra. A equipe coletou amostras no solo de Marte e realizou as análises dentro da estação espacial. Mal sabiam eles que a criatura ganharia capacidades inimagináveis — e um desfecho trágico.

É coisa de cinema, sim, mas que não está tão longe assim de ser realidade. A preocupação com possíveis efeitos colaterais de amostras coletadas em Marte existe. E motivou uma equipe da Universidade de Tóquio (Japão) a criar métodos para detectar vida.

O momento não poderia ser melhor, já que as agências espaciais planejam trazer rochas de Marte para a Terra para estudo nos próximos anos. A NASA, por exemplo, anunciou, recentemente, iniciativas para o Mars Sample Return, que buscam designs inovadores para reduzir o custo, o risco e a complexidade da missão, prevista para a década de 2030.

Amostras de Marte são coletadas pelo robô Rover (Imagem: Divulgação/NASA)

O cuidado não se restringe à Marte: na época do programa Apollo, os astronautas que pisaram em solo lunar passavam por procedimentos de descontaminação e, até mesmo, quarentenas, só por precaução.

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Descobrindo vida em Marte

O método criado pelo Departamento de Ciências da Terra e Planetárias da Universidade de Tóquio teve como base rochas antigas ricas em micróbios da Terra, análogas às rochas de Marte que deverão ser trazidas pelos astronautas.

“Nós criamos a espectroscopia óptica fototérmica infravermelha (O-PTIR), que teve sucesso onde outras técnicas não tinham precisão ou exigiam muita destruição das amostras”, explica o professor associado Yohey Suzuki, que participou da pesquisa.

O equipamento lança luz infravermelha sobre amostras com camadas externas removidas e cortadas em fatias. Embora ligeiramente destrutivo, ele deixa bastante material intacto para outros tipos de análises, segundo o cientista.

Análise de rochas com o método O-PTIR (Imagem: Reprodução)

Um laser verde, então, capta sinais da amostra onde foi exposta à luz infravermelha. Com isso, os pesquisadores podem obter imagens de detalhes tão pequenos quanto meio micrômetro, o suficiente para discernir quando uma estrutura é parte de algo vivo.

“Demonstramos que nosso novo método pode detectar micróbios de rochas basálticas de 100 milhões de anos. Mas precisamos estender a validade do instrumento para rochas basálticas mais antigas, com cerca de dois bilhões de anos, semelhantes às que o rover Perseverance em Marte já coletou”, ponderou Suzuki.

A técnica foi avaliada pelo Comitê Internacional de Pesquisa Espacial (COSPAR, na sigla em inglês), que desenvolveu um conjunto de protocolos para aqueles envolvidos na obtenção, transporte e análise de rochas de Marte com o objetivo de evitar contaminação.

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Minerais descobertos em Marte reforçam indícios de ambiente propício à vida

Recentemente, o rover Perseverance, da NASA, identificou minerais inesperados na superfície de Marte, levantando novas hipóteses sobre o passado do Planeta Vermelho. Ao analisar rochas pálidas usando laser, o veículo explorador revelou altos níveis de alumínio associados à caulinita, um mineral que na Terra se forma apenas em ambientes quentes e úmidos.

A descoberta foi feita por uma equipe liderada pelo cientista Roger Wiens, da Universidade de Purdue, nos EUA, e publicada na revista Communications Earth & Environment. A presença da caulinita sugere que Marte pode ter sido muito mais quente e úmido do que se imaginava, condições essenciais para o desenvolvimento da vida como a conhecemos.

“Na Terra, esses minerais aparecem em locais com chuvas intensas e temperaturas elevadas ou em áreas de atividade hidrotermal, como fontes termais”, explica Wiens em um comunicado. “Isso indica que essas rochas ficaram submersas em água por um longo período, algo surpreendente para um planeta frio e seco como Marte”.

Representação artística do rover Perseverance na cratera Jazero. Crédito: Merlin74 – Shutterstock

Wiens tem décadas de experiência com rovers marcianos e foi um dos responsáveis pelo desenvolvimento da SuperCam, o instrumento no topo do Perseverance que analisou as rochas. Criada em colaboração com cientistas dos EUA e da França, a SuperCam combina diferentes técnicas para estudar a composição química da superfície do planeta.

Rochas “flutuantes” de Marte foram examinadas a laser

As primeiras amostras dessas rochas chamaram a atenção logo que o Perseverance pousou, mas só foram analisadas mais tarde. Os cientistas encontraram algumas dessas formações isoladas sobre o solo, sem conexão com o leito rochoso abaixo. Esse tipo de rocha, chamado de “flutuante”, pode ter sido deslocado de sua região original por processos geológicos ou impactos antigos.

Quando a SuperCam disparou seu laser nessas rochas, os pesquisadores perceberam que havia algo inédito em Marte. “Essas formações são muito diferentes de tudo o que já vimos”, afirma Wiens. “São um mistério que estamos tentando desvendar”.

Imagens coloridas SuperCam RMI mostrando vários tipos de texturas dos minerais encontrados em Marte. Crédito: Royer, C., Bedford, C.C., Johnson, J.R. et al.

A equipe aprofundou as análises e identificou mais de quatro mil dessas rochas espalhadas pela cratera Jezero, local explorado pelo Perseverance. Além da caulinita, algumas delas continham espinélio de alumínio, um mineral que pode se formar em condições vulcânicas ou metamórficas. Os cientistas ainda investigam se o espinélio se originou a partir da caulinita ou se os dois minerais coexistiram em algum processo geológico desconhecido.

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Minerais encontrados podem confirmar água líquida no passado do planeta

A presença desses minerais reforça a hipótese de que Marte já teve água líquida em abundância. “As grandes perguntas sobre Marte giram em torno da água“, diz Wiens. “Quanto tempo ela esteve presente? Para onde foi? Parte dela pode ainda estar retida na estrutura dos minerais”.

Detecção de rochas flutuantes em tons claros e transversais do rover. Crédito: Royer, C., Bedford, C.C., Johnson, J.R. et al.

Os cientistas sabem, por observações orbitais, que há depósitos de caulinita na borda da cratera Jezero. Agora, com o Perseverance explorando essa região, a equipe busca a origem exata das rochas analisadas. “Estudar essas amostras no local nos ajuda a entender melhor o ambiente marciano do passado e sua possível habitabilidade”, afirma Candice Bedford, coautora do estudo.

Essas descobertas são fundamentais para guiar futuras missões na busca por sinais de vida extraterrestre. A relação entre a água e a formação desses minerais pode fornecer pistas valiosas sobre a evolução de Marte e até mesmo sobre a origem da vida na Terra. O que foi descoberto pelo rover da NASA pode ser um passo importante para responder à pergunta: Marte já abrigou vida? 

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