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Ozempic ou Mounjaro: qual é o mais barato? Veja o preço de cada um

O medicamento Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, começará a ser vendido nas farmácias do Brasil na primeira quinzena de maio. Concorrente do Ozempic (semaglutida), a caneta foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 para tratamento de diabetes tipo 2.

Embora a aprovação atual seja específica para diabetes, o Mounjaro aguarda autorização da Anvisa para ser indicado formalmente em bula para o controle crônico de peso. Mas médicos já prescrevem o Mounjaro na modalidade off label (fora das indicações da bula) como tratamento para a perda de peso.

Por isso, vale a pergunta: entre Ozempic e Mounjaro, qual é o mais barato? Vamos à reposta.

Qual é o mais barato: Ozempic ou Mounjaro?

A resposta curta: a princípio, o Ozempic vai sair mais barato do que o Mounjaro nas farmácias brasileiras. Agora, vamos à resposta longa.

Efeito da tirzepatida – princípio do Mounjaro – no controle da glicemia é superior ao da semaglutida – princípio do Ozempic (Imagem: KK Stock/Shutterstock)

O Mounjaro é administrado numa injeção semanal, aplicada com uma caneta. É o mesmo procedimento do Ozempic. Inicialmente, o medicamento estará disponível nas dosagens de 2,5 mg e 5 mg.

Cada caixa vai ter quatro canetas – o suficiente para um mês de tratamento. Confira abaixo quanto vai custar cada dosagem:

  • Dosagem 2,5 mg:
    • Programa da fabricante (Lilly): R$ 1.406,75 (e-commerce) / R$ 1.506,76 (loja física);
    • Fora do programa: R$ 1.907,29;
  • Dosagem 5 mg:
    • Programa da fabricante (Lilly): R$ 1.759,64 (e-commerce) / R$ 1.859,65 (loja física);
    • Fora do programa: R$ 2.384,34.

Já sobre o Ozempic, o preço máximo das canetas fica entre um pouco mais de R$ 1 mil e R$ 1,3 mil na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada estado.

Mounjaro seria melhor do que Ozempic, segundo estudos

Estudos sugerem que o efeito da tirzepatida no controle da glicemia é superior ao da semaglutida. Este é o princípio ativo do Ozempic, medicamento disponível – e bem popular – no mercado nacional.

  • princípio ativo é a substância química principal presente num remédio. Ela é a responsável direta pelo efeito terapêutico – ou seja, por tratar, prevenir ou aliviar os sintomas de uma doença.
Homem injetando Mounjaro por meio de caneta na perna
O Mounjaro é administrado numa injeção semanal, aplicada com uma caneta (Imagem: Mohammed_Al_Ali/Shutterstock)

Apesar da indicação oficial restrita, médicos já prescrevem o Mounjaro na modalidade off label (fora das indicações da bula) como tratamento para a perda de peso.

Leia mais:

Pesquisas também investigam a eficácia da tirzepatida contra outras condições, como apneia do sono, esteatose hepática (gordura no fígado), doença renal crônica e insuficiência cardíaca.

Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.

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Mounjaro: concorrente do Ozempic chega às farmácias brasileiras em maio

O medicamento Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, começará a ser vendido nas farmácias do Brasil na primeira quinzena de maio. Concorrente do Ozempic (semaglutida), a caneta foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 para tratamento de diabetes tipo 2.

Embora a aprovação atual seja específica para diabetes, o Mounjaro aguarda autorização da Anvisa para ser indicado formalmente em bula para o controle crônico de peso.

Mounjaro seria melhor do que Ozempic, segundo estudos

Estudos sugerem que o efeito da tirzepatida no controle da glicemia é superior ao da semaglutida. Este é o princípio ativo do Ozempic, medicamento disponível – e bem popular – no mercado nacional.

  • princípio ativo é a substância química principal presente num remédio. Ela é a responsável direta pelo efeito terapêutico – ou seja, por tratar, prevenir ou aliviar os sintomas de uma doença.
Efeito da tirzepatida – princípio do Mounjaro – no controle da glicemia é superior ao da semaglutida – princípio do Ozempic (Imagem: KK Stock/Shutterstock)

Apesar da indicação oficial restrita, médicos já prescrevem o Mounjaro na modalidade off label (fora das indicações da bula) como tratamento para a perda de peso.

Pesquisas também investigam a eficácia da tirzepatida contra outras condições, como apneia do sono, esteatose hepática (gordura no fígado), doença renal crônica e insuficiência cardíaca.

Resultados em estudos

Pesquisas clínicas apontaram a eficácia da tirzepatida:

  • Estudo Surpass-2: Pacientes com diabetes tipo 2 que usaram tirzepatida perderam, em média, 12,4 kg – o dobro do observado com a semaglutida no mesmo estudo;
  • Estudos Surmount-3 e 4: Em voluntários com obesidade ou sobrepeso (sem diabetes tipo 2), a tirzepatida levou a uma redução de peso de 26% (cerca de 28 kg, em média) em comparação com placebo.

Esses resultados se aproximam, e em alguns casos superam, os obtidos com a cirurgia bariátrica.

Como a tirzepatida funciona

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A tirzepatida atua em dois hormônios importantes no controle do apetite e do açúcar no sangue (Imagem: SergeiShimanovich/Shutterstock)

A tirzepatida atua em dois hormônios importantes para o controle do apetite e do açúcar no sangue: o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e o GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon).

  • Ação dupla: Esses hormônios, secretados pelo intestino após as refeições, agem em áreas do cérebro que regulam o apetite e melhoram a liberação de insulina;
  • Efeito combinado: A tirzepatida demonstrou diminuir a vontade de comer e modular como o corpo utiliza a gordura. A combinação da ação nos receptores GIP e GLP-1 parece potencializar os efeitos no controle da glicose e na redução de peso.

Aplicação, dosagem e preço

O Mounjaro é administrado numa injeção semanal, aplicada com uma caneta. É o mesmo procedimento do Ozempic. Inicialmente, o medicamento estará disponível nas dosagens de 2,5 mg e 5 mg.

Homem injetando Mounjaro por meio de caneta na perna
O Mounjaro é administrado numa injeção semanal, aplicada com uma caneta (Imagem: Mohammed_Al_Ali/Shutterstock)

Cada caixa vai ter quatro canetas – o suficiente para um mês de tratamento. Confira abaixo quanto vai custar cada dosagem, segundo o G1:

  • Dosagem 2,5 mg:
    • Programa da fabricante (Lilly): R$ 1.406,75 (e-commerce) / R$ 1.506,76 (loja física);
    • Fora do programa: R$ 1.907,29;
  • Dosagem 5 mg:
    • Programa da fabricante (Lilly): R$ 1.759,64 (e-commerce) / R$ 1.859,65 (loja física);
    • Fora do programa: R$ 2.384,34.

Leia mais:

Assim, a chegada do Mounjaro amplia as opções terapêuticas para pacientes com diabetes tipo 2. E representa uma alternativa promissora, embora ainda off label, para o manejo do peso.

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Pílula do exercício e Ozempic: quais são as diferenças?

A chamada “pílula do exercício” ganhou destaque nos últimos dias por prometer efeitos semelhantes aos da prática física sem que o paciente precise, de fato, se exercitar. Em paralelo, o Ozempic, medicamento originalmente desenvolvido para tratamento de diabetes tipo 2, segue popular entre quem busca alternativas para perda de peso.

Apesar de ambos os compostos atuarem no metabolismo corporal e serem associados ao emagrecimento, seus mecanismos de ação e finalidades clínicas são distintos. No entanto, a comparação entre eles pode gerar dúvidas.

Como funciona a pílula do exercício

A nova substância apelidada de “pílula do exercício” atua na queima de gordura e no aumento da resistência do corpo. O composto, identificado como SLU-PP-332, estimula uma proteína chamada ERR (estrogênio receptor relacionado), que desempenha papel importante na regulação da energia celular.

Segundo pesquisadores da Universidade de Washington, o medicamento foi testado em camundongos sedentários e mostrou efeitos semelhantes aos do exercício físico regular. Os animais apresentaram redução da gordura corporal, melhora na resistência muscular e aumento da queima de calorias, mesmo sem atividade física.

Ainda não aprovada para humanos, a pílula do exercício queima de gordura e no aumento da resistência do corpo (Imagem: Bowonpat Sakaew/Shutterstock)

“A chamada ‘pílula do exercício’, ainda em fase experimental, busca ativar vias metabólicas e celulares semelhantes às ativadas durante o exercício físico”, explica ao Olhar Digital o Dr. Marco Aurélio Neves, ortopedista e especialista em cirurgia do Quadril e Joelho do Instituto da Mobilidade – SP. “Ela tenta simular as adaptações musculares e metabólicas do exercício físico.”

Segundo ele, há uma semelhança conceitual com substâncias como o AICAR e o GW501516, que foram investigadas no passado para uso esportivo, mas não chegaram ao mercado por causa dos efeitos colaterais. “Alguns compostos naturais, como o BAIBA, também estão sendo estudados como miméticos naturais do exercício.”

O que é o Ozempic e como age no corpo

Já o Ozempic tem como princípio ativo a semaglutida, substância que imita o hormônio GLP-1, responsável por regular o apetite e os níveis de glicose no sangue. Com ação no cérebro, o medicamento promove maior saciedade, o que leva à redução da ingestão calórica.

“O Ozempic atua no sistema digestivo e no cérebro. Ele prolonga a saciedade, retarda o esvaziamento gástrico e regula os níveis de insulina e glicose, reduzindo o apetite e facilitando o emagrecimento, além de controlar o diabetes tipo 2”, explica o médico.

Imagem mostra injeção de Ozempic, remédio aliado do controle da diabetes tipo 2.
O Ozempic foca na promoção da saciedade (Imagem: Marc Bruxelle / Shutterstock.com)

O remédio ganhou notoriedade também no controle de peso. Em estudo citado pelo G1, pacientes relataram perda significativa de peso com o uso do medicamento, embora também tenham sido observados efeitos colaterais como náusea e constipação.

Pílula do exercício e Ozempic seguem caminhos diferentes no organismo

Embora ambos estejam ligados à perda de peso, a forma como cada um age no corpo é bastante diferente. O Ozempic reduz o consumo calórico, enquanto a pílula do exercício tenta aumentar o gasto energético.

“Eles podem ter resultados parecidos, como a redução da gordura corporal, mas não atuam pelas mesmas vias”, diz o ortopedista. “O Ozempic ajuda a reduzir a ingestão calórica e melhora o controle glicêmico. Já a pílula atua promovendo mudanças celulares nos músculos, como se o corpo tivesse praticado atividade física, mesmo em repouso.”

Ainda segundo o especialista, o Ozempic não simula o exercício físico. “Ele pode ajudar indiretamente, porque a perda de peso reduz a sobrecarga nas articulações e facilita a retomada da atividade física — mas não promove adaptações fisiológicas como ganho de força ou benefícios neurológicos.”

Para quem cada um é indicado

As indicações também variam de acordo com o perfil do paciente. O Ozempic é aprovado para uso em pessoas com diabetes tipo 2, obesidade ou sobrepeso com outras comorbidades. Já a pílula do exercício, se chegar ao mercado, poderá ser usada em públicos com limitações físicas.

“Ela pode ser uma opção interessante para pacientes com mobilidade reduzida, como idosos frágeis, pacientes acamados ou com doenças neuromusculares — que não conseguem se beneficiar do exercício real”, diz Marco Aurélio. “São ferramentas diferentes, com indicações distintas.”

Pode haver uso combinado?

Com os dois medicamentos atuando em frentes distintas, uma combinação pode fazer sentido no futuro para casos específicos. A estratégia, no entanto, ainda precisaria passar por estudos clínicos rigorosos.

“É uma possibilidade, especialmente em casos complexos de obesidade com limitação funcional”, afirma o ortopedista. “A combinação poderia unir o controle do apetite e glicemia, promovido pelo Ozempic, com o estímulo ao gasto energético e à preservação da massa muscular proporcionado pela pílula do exercício.”

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Os medicamentos substituem o exercício físico?

Apesar das promessas, especialistas alertam para o risco de que os medicamentos sejam vistos como substitutos definitivos da prática física. A preocupação é que o público veja as soluções como atalhos para a saúde, sem considerar os múltiplos benefícios do movimento.

“Esse é o maior risco”, alerta o médico. “Existe uma tendência natural de buscar soluções rápidas — e tanto o Ozempic quanto a futura pílula do exercício podem ser vistos como atalhos para saúde e emagrecimento, quando na verdade são apenas ferramentas complementares.”

Pés caminhando em uma esteira
Apesar de positivos para auxiliar no controle de peso e melhoria da qualidade de vida, nenhum medicamento substitui a atividade física (Imagem: peampath2812 / Shutterstock.com)

Para ele, nada substitui os benefícios amplos do movimento. “Fortalecimento muscular, proteção óssea, melhora da saúde mental, cognição, imunidade e conexão social: o exercício real continua sendo a forma mais segura, barata e eficaz de promover saúde e bem-estar.”

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Farmacêutica do Mounjaro aposta em “pílula do emagrecimento”

A Eli Lilly, farmacêutica responsável pelo Mounjaromedicamento concorrente do Ozempic que acaba de chegar ao Brasil —, anunciou resultados positivos de uma nova aposta: um comprimido oral em desenvolvimento para o tratamento do diabetes tipo 2 e para perda de peso. Esta “pílula do emagrecimento” chama atenção por ir na contramão dos populares medicamentos injetáveis, como Ozempic, Saxenda, Wegovy e o próprio Mounjaro.

O novo fármaco, chamado orforglipron, ainda está em fase de testes de segurança e eficácia, mas já demonstrou efeitos relevantes: perda média de 7 kg em 40 semanas e redução de 1,3% nos níveis de glicose no sangue entre pacientes com diabetes tipo 2. Apesar de não alcançar o mesmo desempenho de concorrentes injetáveis em controle glicêmico, o formato em comprimido é apontado como um diferencial estratégico.

Adesão dos pacientes favorece uso da pílula

  • Jeffrey Emmick, vice-presidente sênior da área de desenvolvimento da Lilly Cardiometabolic Health, explicou ao Wall Street Journal que os comprimidos são mais bem aceitos pelos pacientes do que as opções injetáveis.
  • Mesmo com uso diário, o formato oral tende a gerar maior adesão — um fator decisivo em tratamentos de longo prazo.
  • Além disso, muitos pacientes têm aversão a agulhas, o que pode limitar o alcance dos medicamentos injetáveis.
  • Outro ponto prático é a necessidade de refrigeração das canetas aplicadoras, o que dificulta o armazenamento e a distribuição em regiões com infraestrutura limitada.
  • O comprimido, por sua vez, poderia ampliar o acesso ao tratamento em países com menor capacidade logística.

Produção em larga escala favorece estratégia

A Eli Lilly também destaca que tem maior capacidade de produção de medicamentos orais baseados em pequenas moléculas. A escassez do Mounjaro nos primeiros meses após seu lançamento para diabetes evidenciou a limitação na fabricação em larga escala de tratamentos injetáveis.

Esse diferencial estrutural pode ser essencial para atender à crescente demanda global por medicamentos do tipo, especialmente diante da expansão do uso de análogos de GLP-1 para além do diabetes, alcançando também a área da obesidade e da prevenção cardiovascular.

Farmacêntica Eli Lilly tem maior capacidade de produção de medicamentos de via oral, o que pode favorecer o orforglipron (Imagem: JHVEPhoto / iStock)

Como funciona o orforglipron, a “pílula do emagrecimento” da Eli Lilly?

Assim como o Ozempic e o Wegovy, o orforglipron é um análogo de GLP-1 — um hormônio que regula o apetite, o metabolismo da glicose e o peso corporal. Inicialmente indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, esse tipo de medicamento passou a ser adotado também para controle de peso em pessoas com obesidade, após estudos demonstrarem sua eficácia na redução significativa da massa corporal.

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Além da perda de peso, os análogos de GLP-1 têm sido associados a efeitos positivos adicionais, como a proteção cardiovascular e renal, o que aumenta ainda mais o interesse por soluções nesse grupo farmacológico.

Lançamento do Mounjaro no Brasil

Enquanto desenvolve o comprimido, a Eli Lilly também prepara a chegada do Mounjaro ao mercado brasileiro. O medicamento, que tem como princípio ativo a tirzepatida, deve estar disponível em junho. Sua ação se destaca por ativar dois hormônios simultaneamente, o que potencializa os efeitos em comparação com remédios como o Ozempic, que atuam sobre apenas um.

Mounjaro está prestes a chegar ao mercado brasileiro (Imagem: oleschwander / Shutterstock.com)

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“Pílula do exercício” pode ser usada para tratar obesidade?

A chamada “pílula do exercício” tem sido vista com interesse crescente pela comunidade científica por sua capacidade de simular, em alguma medida, os efeitos metabólicos da atividade física. Embora o composto ainda esteja em fase experimental, há quem aponte um possível uso como ferramenta complementar no tratamento da obesidade.

Segundo especialistas, substâncias como o SLU-PP-332 — que mostrou resultados promissores em camundongos obesos ao estimular a queima de gordura e melhorar a sensibilidade à insulina — podem ter aplicação clínica no futuro. A ideia é que essas pílulas possam ativar vias metabólicas semelhantes às do exercício, contribuindo para o gasto energético mesmo em indivíduos com mobilidade limitada.

Uso da pílula do exercício seria restrito e supervisionado

Apesar do potencial, o uso desse tipo de medicamento não seria generalizado nem indicado como substituto ao exercício físico. Em entrevista ao Olhar Digital, o Dr. Marco Aurélio Neves, ortopedista e especialista em cirurgia do Quadril e Joelho do Instituto da Mobilidade – SP, afirma que a aplicação clínica da pílula seria restrita a casos mais graves ou específicos.

Exemplos disto seriam a obesidade severa associada a limitações físicas, doenças crônicas ou quadros pós-operatórios que impeçam a prática de atividade física regular.

Quando aprovado, medicamento pode ser recomendado para casos de obesidade severa, entre outras condições que causem limitação física (Imagem: VGstockstudio / Shutterstock.com)

Segundo ele, pessoas com doenças neuromusculares, idosos com perda de massa muscular (sarcopenia), pacientes renais em hemodiálise ou com doenças degenerativas também podem se beneficiar. “Essa é uma aplicação clínica legítima e até necessária, diferente do uso indiscriminado que alguns podem desejar”, afirma.

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Complemento e não substituto

Mesmo que novos estudos avancem, o tratamento da obesidade deve continuar sendo multidisciplinar, com foco na reeducação alimentar, exercício supervisionado e acompanhamento médico, afirma o Dr. Marco Aurélio. Ou seja, a pílula pode atuar como ferramenta adicional, mas não substitui os efeitos globais da atividade física.

“A chave está em integrar essa inovação com o cuidado humanizado, e não em substituí-lo”, destaca o médico. Ele também alerta que a saúde metabólica é complexa e que intervenções devem ser feitas com critério.

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“Pílula do exercício” não substitui atividade física (Imagem: sportpoint / iStock)

A proposta da “pílula do exercício” ainda precisa de testes em humanos e de aprovação regulatória. Mas, mesmo com uma futura aprovação para humanos, seu uso deve ser considerado com cautela e rigor técnico.

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Hospital brasileiro aposta na computação quântica para criar novos remédios

O Hospital Israelita Brasileiro Albert Einstein lançou um projeto para desenvolver novos medicamentos a partir de conceitos da computação quântica. O grupo de estudo também pretende melhorar diagnósticos e avançar na compreensão da genômica de patologias. As informações são da Agência Fapesp.

“Sabemos que ainda há um longo caminho a percorrer para usar e aplicar essa tecnologia, mas acreditamos que ela pode ter um grande impacto na sociedade”, disse Felipe Fanchini, professor da Universidade Estadual Paulista (Unesp) em Bauru e participante do projeto, revelado durante a FAPESP Week Germany.

Com apoio de outros dois pesquisadores, Fanchini fundou a startup QuaTI para explorar tecnologias baseadas em informação e computação quântica para diversas aplicações. Uma delas ainda em desenvolvimento poderá ser usada para prever a formação de temporais no Brasil, por exemplo.

“A ideia é tentar usar a computação quântica para, de alguma forma, prever e enviar alertas à população, a fim de mitigar os problemas causados ​​por esses eventos extremos”, enfatizou Fanchini. Os trabalhos serão conduzidos no centro de pesquisa da unidade localizada em São Paulo.

Fachada de uma das unidades do Albert Einstein em São Paulo (Imagem: Felipe Cruz/iStock)

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Novos caminhos

O Hospital Israelita Brasileiro Albert Einstein já vem trabalhando com iniciativas de aplicação de conceitos de física, matemática, ciência da computação e engenharia para aprimorar procedimentos médicos atuais. 

“Os países latino-americanos, especialmente o Brasil, têm sido particularmente ativos no campo das tecnologias quânticas e oferecem muitas oportunidades para colaboração futura”, afirmou Jeins Eisert, pesquisador do Centro Dahlem para Sistemas Quânticos Complexos da Universidade Livre de Berlim, no evento.

No ano passado, a Alemanha lançou seu primeiro computador quântico híbrido e criou o Vale Quântico de Munique para acelerar as pesquisas nesse campo. 

“Esses projetos regionais ilustram os esforços para promover a expertise acadêmica independente e a autossuficiência tecnológica, essenciais para reduzir a dependência de players globais dominantes”, disse Christian Schneider, professor da Faculdade de Computação, Informação e Tecnologia da Universidade Técnica de Munique.

Munique é referência para estudos de computação quântica (Imagem: jotily/iStock)

É o futuro

Recentemente, o Olhar Digital relatou um feito histórico do banco JPMorgan Chase & Co, que gerou e certificou números verdadeiramente aleatórios utilizando um computador quântico. A inovação pode ter implicações significativas para segurança, negociação e criptografia.

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Mounjaro: concorrente do Ozempic chega ao Brasil com data e preço definidos

O mercado farmacêutico brasileiro receberá em breve um novo medicamento que promete impactar significativamente o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.

A farmacêutica Eli Lilly confirmou a chegada do Mounjaro, um medicamento que já ganhou notoriedade internacional por seus resultados promissores e potencial para superar o popular Ozempic.

O que é e como funciona o Mounjaro?

O Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, pertence à classe dos análogos de GLP-1, mas se destaca por sua ação dupla. Além de agir nos receptores do GLP-1, o medicamento também atua nos receptores do GIP, tornando-se um duplo agonista.

Estudos clínicos indicam que essa dupla ação pode levar a uma perda de peso mais expressiva e a um controle glicêmico mais eficaz em comparação com a semaglutida, princípio ativo do Ozempic e Wegovy.

Os testes clínicos do Mounjaro demonstraram resultados impressionantes. Em média, os participantes que utilizaram a tirzepatida perderam 22,8 kg, enquanto aqueles que utilizaram a semaglutida perderam 15 kg.

Farmacêutica Eli Lilly confirmou a chegada do Mounjaro ao Brasil. (Imagem: KK Stock / Shutterstock)

Quando o Mounjaro chega ao Brasil?

O Mounjaro chega oficialmente ao Brasil no dia 7 de junho. Apesar da aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para comercialização no Brasil ter ocorrido em setembro de 2023, a alta demanda global atrasou a chegada do Mounjaro ao país.

A expectativa agora é que o medicamento esteja disponível nas farmácias em canetas injetáveis para aplicação semanal.

Quanto custa o Mounjaro?

O preço máximo ao consumidor das quatro doses para um mês de tratamento foi fixado em R$ 3.627,82. No entanto, o valor final pode variar dependendo da farmácia e das condições de compra.

A acessibilidade do medicamento será um fator crucial para determinar seu impacto no mercado nacional.

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Medicamento representa uma nova esperança para milhões de brasileiros que buscam um tratamento eficaz e seguro para diabetes e obesidade. (Imagem: Mohammed_Al_Ali / Shutterstock)

O lançamento do Mounjaro no Brasil representa um avanço significativo no tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade. O medicamento oferece uma nova opção para pacientes que buscam um controle glicêmico mais eficaz e uma perda de peso significativa.

No entanto, é importante ressaltar que o uso do Mounjaro deve ser acompanhado por um médico, que avaliará a necessidade e a adequação do tratamento para cada paciente. O medicamento não é indicado para todos e pode apresentar efeitos colaterais.

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Farmacêuticos poderão prescrever remédios; entidades contestam

A partir do mês que vem, farmacêuticos poderão prescrever medicamentos, incluindo aqueles que exigem receita médica. A medida foi autorizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) em uma resolução publicada nesta semana — mas divide entidades médicas e pode acabar na Justiça.

No caso de remédios que precisam de receita, os profissionais deverão possuir Registro de Qualificação de Especialista (RQE) em Farmácia Clínica. O título entrou em vigor neste ano para cursos de qualificação em áreas específicas.

A resolução também permite que o farmacêutico renove prescrições previamente emitidas por outros profissionais de saúde e faça exame físico de sinais e sintomas, solicitando e interpretando exames para avaliação da efetividade do tratamento.

Farmacêuticos poderão realizar exames físicos em pacientes (Imagem: SeventyFour/iStock)

“O papel do farmacêutico é garantir que o uso de medicamentos seja seguro, eficaz e apropriado, atuando em equipe com outros profissionais de saúde. O paciente só tem a ganhar com isso”, diz o comunicado do CFF.

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Entidades médicas contestaram medida

Ao G1, o conselheiro do Conselho Federal de Medicina Francisco Eduardo Cardoso afirmou que a medida coloca a saúde da população em risco, e argumentou que o CFF não pode legislar sobre prescrição, diagnósticos e consulta médica.

“Eles já tentaram isso no passado e a Justiça negou. E isso será levado novamente à Justiça. O argumento de que eles entendem de remédios é insuficiente. Deveriam ter vergonha de publicar uma resolução como essa”, afirmou.

Conselho Federal de Medicina considera resolução ilegal (Imagem: Jacob Wackerhausen/iStock)

Em nota, a entidade alegou que trata-se de uma “invasão flagrante das atribuições médicas”. “Diagnosticar doenças e prescrever tratamentos são atos privativos de médicos, formados para tal.”

Já a Associação Paulista de Medicina (APM) destacou a trajetória de formação de profissionais em seis anos de faculdade, além de três a seis anos de residência, até estar apto a estabelecer o diagnóstico e a terapêutica com segurança.

“Todos os profissionais que se dedicam aos serviços e ações de Saúde merecem respeito e reconhecimento. Contudo, os desvios de competência são essencialmente prejudiciais aos pacientes”, diz a nota.

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