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Homem com ELA usa implante da Neuralink para se comunicar

Bradford Smith, um paciente com esclerose lateral amiotrófica (ELA), se tornou o primeiro paciente não verbal a utilizar um implante cerebral da Neuralink para se comunicar apenas com o pensamento. A tecnologia foi desenvolvida pela empresa de Elon Musk e está em fase de testes clínicos com humanos desde 2024.

Impedido de se movimentar e de falar devido à progressão da doença, Smith publicou um vídeo em seu perfil no X (antigo Twitter) revelando que agora consegue “digitar com o cérebro”. Com a ajuda de inteligência artificial, ele narrou o conteúdo do vídeo usando uma versão clonada de sua própria voz.

Implante cerebral permite comunicação apenas com sinais neurais

O dispositivo da Neuralink, descrito por Smith como tendo o tamanho de cinco moedas empilhadas, é implantado diretamente no crânio. Fios flexíveis conectam o implante ao córtex motor, região do cérebro responsável pelo controle dos movimentos. Esses fios captam a atividade neural e transmitem os sinais sem fio para sistemas externos, onde algoritmos de aprendizado de máquina os convertem em comandos.

Visão expandida do implante N1 da Neuralink. (Imagem: Neuralink)

Smith é o terceiro ser humano no mundo a receber o implante e o primeiro com ELA a utilizá-lo como único meio de comunicação. “Sou o primeiro com ELA e o primeiro não verbal. Isso significa que dependo totalmente do dispositivo para me comunicar”, explicou. Ele destacou que o dispositivo lhe proporcionou “liberdade, esperança e comunicação mais rápida”.

Primeiros resultados mostram avanço no uso da IA com humanos

  • Em comunicado divulgado em fevereiro, a Neuralink afirmou que o paciente já usou o dispositivo para interagir em diversas situações cotidianas.
  • Isto inclui assistir à vitória do filho em uma competição de robótica, conversar com vizinhos no parque e até realizar uma palestra com sessão de perguntas e respostas para jovens em sua igreja local.
  • A empresa também informou que trabalha com Smith para desenvolver um sistema de comunicação do zero, combinando modelos de linguagem com novas estratégias de decodificação neural.
  • O objetivo é alcançar uma velocidade de conversação mais próxima do ritmo da fala natural.

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A Neuralink deu início aos testes em humanos após obter autorização da Food and Drug Administration (FDA) em maio de 2023. Segundo a empresa, os ensaios clínicos continuam ativos nos Estados Unidos e Canadá, com perspectivas de futuras investigações também no Reino Unido.

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Bradford Smith, o terceiro paciente a receber o implante cerebral da Neuralink (Imagem: Bradford Smith / X)

Smith finalizou sua publicação dizendo: “Estou digitando isso com meu cérebro. É meu principal meio de comunicação. Pergunte o que quiser!”.

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A cera de ouvido pode revelar muito sobre sua saúde

Talvez você nem imagine, mas a cera de ouvido pode estar intimamente ligada à sua saúde. Segundo cientistas, descobrir mais sobre este material pegajoso pode ser muito importante no diagnóstico de algumas doenças.

Oficialmente chamada de cerúmen, ela é uma mistura de secreções de dois tipos de glândulas que revestem o canal auditivo externo: as glândulas ceruminosas e sebáceas. Isso então é misturado com cabelos, pedaços de pele morta e outros detritos corporais até atingir uma consistência cerosa.

Cera de ouvido guarda informações valiosas

  • Os pesquisadores explicam que, uma vez formada no canal auditivo, a cera agarra-se às células da pele enquanto viaja de dentro para fora da orelha.
  • Esta viagem acontece a uma velocidade de cerca de 20 milímetros por dia.
  • A função mais provável desta substância é manter o canal auditivo limpo e lubrificado.
  • Ela também serve para evitar que bactérias, fungos e outros hóspedes indesejados, como insetos, entrem em nossas cabeças.
  • No entanto, a cera de ouvido pode ser ainda mais importante, uma vez que guarda informações sobre a saúde da pessoa.
  • As informações são da BBC.
Representação artística da formação da cera de ouvido (Imagem: Nathan Devery/Shutterstock)

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Secreções cerosas podem refletir as reações químicas internas do nosso corpo

Nos últimos anos, vários estudos descobriram que a consistência da cera de ouvido pode revelar informações valiosas sobre a saúde das pessoas. Por exemplo, mulheres que apresentam uma consistência mais molhada podem ter uma chance até quatro vezes maior de câncer de mama.

A substância também pode revelar a existência de um distúrbio genético raro que impede o corpo de quebrar certos aminoácidos encontrados nos alimentos, o que leva a um acúmulo de compostos voláteis no sangue e na urina.

E a molécula responsável por esta condição pode ser encontrada na cera de ouvido.

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Cera de ouvido pode ajudar até mesmo na identificação de câncer (Imagem: Jezperklauzen/iStock)

Até mesmo a Covid-19 pode ser detectada dessa forma. Além dela, doenças como diabetes tipo 1 ou 2, assim como problemas cardíacos podem ser identificados nas orelhas dos pacientes. Tudo isso porque a capacidade das secreções cerosas pode refletir as reações químicas internas do nosso corpo.

Em outras palavras, a cera de ouvido age como um indicador de diversas doenças. É claro que exames adicionais são necessários para confirmar os diagnósticos, mas os nossos ouvidos devem passar a receber muito mais a atenção dos médicos no futuro.

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Braço esquerdo ou direito? Pesquisa revela onde é melhor se vacinar

Você já deve ter tido esta dúvida na hora de se vacinar. Afinal, é melhor receber a aplicação do imunizante no braço esquerdo ou direito? Ou será que isso não faz diferença nenhuma para a proteção do organismo?

Um novo estudo liderado pelo Instituto Garvan de Pesquisa Médica e pelo Instituto Kirby da UNSW Sydney, na Austrália, foi atrás de uma resposta definitiva. A conclusão pode ajudar a aprimorar as estratégias de vacinação.

Resposta imunológica mais eficaz e mais rápida

  • Os pesquisadores descobriram que, quando uma vacina é administrada, células imunes especializadas chamadas macrófagos ficam “preparadas” dentro dos gânglios linfáticos.
  • Esses macrófagos então direcionam o posicionamento das células B de memória para responder de forma mais eficaz ao reforço quando administrados no mesmo braço.
  • Em outras palavras, receber uma vacina de reforço no mesmo braço da primeira dose pode gerar uma resposta imunológica mais eficaz mais rapidamente.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Cell.
De acordo com o estudo, é melhor receber a vacina sempre no mesmo braço (Imagem: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

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Vacinação em braços diferentes não é prejudicial

A descoberta foi feita a partir de um experimento com camundongos e validado em participantes humanos. Segundo a equipe responsável pelo trabalho, este é uma grande passo para entender como o sistema imunológico se organiza para responder melhor a ameaças externas.

A imunização introduz uma versão inofensiva de um patógeno no corpo, que é filtrado pelos gânglios linfáticos, deixando o corpo pronto para combater a verdadeira doença. Os pesquisadores descobriram anteriormente que as células B de memória, que são cruciais para gerar respostas de anticorpos quando as infecções retornam, permanecem no linfonodo mais próximo do local da injeção.

Descoberta pode ajudar a aprimorar as estratégias de vacinação (Imagem: BaLL LunLa/Shuterstock)

Usando imagens intravitais de última geração, a equipe descobriu que as células B de memória migram para a camada externa do linfonodo local, onde interagem intimamente com os macrófagos que já estão por lá. Quando um reforço é administrado no mesmo local, esses macrófagos “preparados” capturam com eficiência o antígeno e ativam as células B de memória para produzir anticorpos de alta qualidade.

Os pesquisadores ainda explicam que quem já recebeu vacinas em braços diferentes não deve se preocupar. Isso porque a pesquisa demonstrou que, mesmo com a diferença na proteção, os pacientes estão protegidos.

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Dores no pescoço podem ter relação com o sedentarismo

Permanecer sentado por mais de seis horas por dia aumenta significativamente o risco de dor no pescoço, segundo uma pesquisa publicada no BMC Public Health.

O estudo analisou 25 pesquisas, envolvendo mais de 43 mil pessoas de 13 países, e definiu comportamento sedentário como qualquer atividade sentada com baixo gasto energético – incluindo o uso de celulares, computadores e a TV.

O que o estudo mostrou

  • Entre as atividades, o uso de celulares foi o mais prejudicial, elevando o risco de dor no pescoço em 82%.
  • O uso de computadores aumentou o risco em 23%, enquanto assistir TV não apresentou impacto significativo.
  • O risco geral de dor no pescoço também cresceu com o tempo sedentário: ficar sentado por quatro horas diárias aumentou a probabilidade em 45%, enquanto mais de seis horas elevaram o risco em até 88%.
Pesquisa com mais de 43 mil pessoas revela como o sedentarismo, especialmente com o uso de celulares, impacta negativamente o pescoço e a postura – Image: PeopleImages -Istockphoto

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Os pesquisadores associam essas dores a posturas inadequadas comuns no uso de dispositivos eletrônicos, como a inclinação do pescoço e ombros.

Mudanças no estilo de vida, especialmente o aumento do trabalho remoto durante a pandemia, também contribuíram para o sedentarismo. Segundo os autores, essa postura prolongada pode tensionar os músculos da parte superior das costas e pescoço, provocando desequilíbrio muscular e dores crônicas.

Ficar sentado por horas e o uso constante de dispositivos eletrônicos elevam drasticamente o risco de dores crônicas no pescoço – Imagem: Pixel-Shot/Shutterstock

Tempo sentado em excesso também afeta o coração

Um novo estudo também mostrou que sentar por mais de 10 horas e meia por dia pode aumentar o risco de insuficiência cardíaca e morte cardiovascular, mesmo para pessoas que praticam a quantidade de exercícios recomendados por médicos. Leia sobre isso aqui.

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Síndrome metabólica aumenta o risco de demência precoce, aponta estudo

Cuidar da saúde metabólica pode ser uma das chaves para reduzir o risco de demência de início precoce – aquela que ocorre antes dos 65 anos –, revela um novo estudo publicado na revista Neurology.

A pesquisa, que analisou dados de quase 2 milhões de pessoas na Coreia do Sul, descobriu que indivíduos diagnosticados com síndrome metabólica têm 24% mais chances de desenvolver demência prematura.

A síndrome metabólica é definida pela presença de ao menos três das seguintes condições: obesidade abdominal, hipertensão, altos níveis de açúcar no sangue, triglicerídeos elevados e níveis baixos de colesterol HDL (o “colesterol bom”).

Cada um desses fatores já representa, individualmente, um risco aumentado de problemas cognitivos. Quando combinados, seus efeitos negativos se intensificam.

O impacto da saúde vascular e metabólica no cérebro

De acordo com os especialistas, a ligação entre a saúde metabólica e a saúde cerebral é profunda.

Condições como hipertensão, diabetes e obesidade podem provocar inflamação crônica e comprometimento do fluxo sanguíneo, dois fatores que aceleram o envelhecimento do cérebro e prejudicam suas funções cognitivas.

Além disso, alterações no metabolismo energético cerebral – comuns em pessoas com síndrome metabólica – também contribuem para o declínio cognitivo.

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O neurologista Dr. Minwoo Lee, principal autor do estudo, reforça que cuidar da saúde metabólica é fundamental para proteger o cérebro a longo prazo. Embora o estudo seja observacional e não prove relação de causa e efeito, ele reforça a importância de ações preventivas.

Combater obesidade, diabetes e hipertensão pode ser decisivo na prevenção da demência de início precoce – Imagem: Shutterstock/pathdoc

Estilo de vida saudável é essencial

Atualmente, cerca de um terço dos adultos americanos apresenta síndrome metabólica, segundo o Instituto Nacional do Coração, Pulmão e Sangue dos EUA. Diante desses números, o alerta dos médicos é claro: há muito que pode ser feito para reduzir os riscos.

Especialistas recomendam:

  • Dieta balanceada, como a dieta mediterrânea;
  • Prática regular de atividade física, combinando exercícios aeróbicos, de força e flexibilidade;
  • Sono de qualidade e gestão do estresse;
  • Exames de rotina para monitorar saúde cardiovascular e metabólica.

Mudanças no estilo de vida são o primeiro passo, mas em muitos casos, medicamentos para controlar pressão arterial, açúcar no sangue e colesterol também podem ser necessários.

Mais esperança na luta contra a demência precoce

Embora fatores genéticos também desempenhem um papel no risco de demência, o estudo destaca que há ações práticas que podem retardar ou prevenir o surgimento da doença. Para o Dr. Richard Isaacson, neurologista preventivo, o importante é entender que escolhas feitas ainda na juventude podem ter impacto duradouro na saúde cerebral.

“Algumas pessoas acreditam que a demência precoce é inevitável, mas discordo”, afirma Isaacson. “Fatores de estilo de vida, como alimentação, exercícios e sono, não são triviais. Eles podem fazer uma grande diferença.”

Assim, a mensagem do estudo é clara: controlar a saúde metabólica é um investimento valioso para proteger o cérebro e garantir mais qualidade de vida no futuro.

Cérebro se desfazendo devido à demência
Pesquisa sugere que escolhas alimentares e exercícios físicos podem reduzir o impacto da síndrome metabólica no cérebro (Reprodução: Naeblys/Shutterstock)

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Mictório perfeito? Cientistas mostram o formato ideal do objeto

Talvez eu esteja aqui quebrando algum código não-dito entre os homens, mas é preciso falar sobre os mictórios. Muitas mulheres brincam sobre a facilidade que o sexo oposto tem em fazer xixi, principalmente em banheiros públicos. Isso porque a gente não é obrigado sentar em um vaso (quase sempre) sujo. Sim, isso é verdade. Agora, usar um mictório está longe de ser uma experiência “limpinha”.

Pra começo de conversa, respinga bastante. Seja no chão, nos pés ou na roupa. E não, não é culpa dos homens. Estudos científicos mostram que isso tem a ver com a inclinação desses objetos. Somada, é claro, com o forte jato de urina.

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A solução, portanto, estaria em um mictório com um design diferente? É isso que sustenta um artigo da Universidade de Waterloo, no Canadá.

Os cientistas realizaram uma série de testes com mictórios de vários formatos – e eles encontraram dois que se mostraram mais eficazes.

Mulheres sofrem bastante quando precisam usar banheiros públicos, mas os homens também têm seus problemas – Imagem: Vladimir Gjorgiev/Shutterstock

Uma questão matemática

  • Os pesquisadores utilizaram um bico em formato de uretra para lançar jatos controlados de água tingida sobre os mictórios.
  • E o fizeram de diferentes alturas (simulando situações reais).
  • Além de detectar as áreas manchadas nos objetos, eles também colocaram papel no chão, para identificar respingos na parte debaixo.
  • Segundo eles, o formato atual da maioria dos mictórios forma um ângulo de 60 a 90 graus em relação ao jato de urina do usuário.
  • Como esse ângulo é tão acentuado, grande parte da urina tende a respingar na superfície com o impacto.
  • Os cálculos deles mostraram que ângulos de no máximo 30 graus eram os mais eficazes para reduzir o respingo.
  • A partir desse número, os cientistas construíram uma série de protótipos de mictórios.
  • E os dois mais bem-sucedidos nos testes atendem pelos nomes de Cornucopia e Nautilus.
Imagem: Reprodução/Thurairajah et al
  • O primeiro foi bem nos testes por ser mais fechado, mas ele teve um resultado superior com pessoas mais altas.
  • Já o Nautilus teve o melhor desempenho geral.
  • Além de acomodar usuários de uma ampla variedade de alturas, ele também possui um design fácil de limpar e tolera miras ruins, o que o torna ideal para uso em aeronaves, barcos ou trens.
  • Ele ainda economiza água em relação aos seus concorrentes.

O passado e o futuro

Os mictórios modernos nasceram na Europa no século XIX, mais especificamente na França. Eles surgiram como uma solução para os problemas de higiene e de falta de água nos banheiros públicos.

Ficavam nas paredes das ruas ou dos edifícios, protegidos apenas por biombos. De lá para cá, eles ficaram mais reservados, mas o formato não mudou tanto assim.

A partir desse estudo, talvez a indústria encontre um novo caminho. É claro que seria uma mudança lenta: não é fácil trocar todos os mictórios por aí. Essa, porém, parece ser a decisão mais consciente – não só pelos respingos, mas também pela economia de água.

Enquanto isso não acontece, os homens devem continuar sendo cuidadosos. E, nas suas próprias casas, podem fazer xixi sentados. A ciência aprova. Reduz a pressão na próstata e esvazia direito a bexiga… Mas isso é assunto para um outra conversa.

As informações são do New Atlas.

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Medo de ficar sem celular? Descubra o que é nomofobia e os sintomas desse transtorno

Você já ouviu falar do termo nomofobia? O termo faz referência a um transtorno no qual a pessoa tem medo de ficar sem o celular, um comportamento que está associado ao uso excessivo do aparelho. Neste conteúdo, o Olhar Digital traz diversos detalhes relacionados à doença.

O que é nomofobia?

A palavra nomofobia faz referência à angústia gerada pela impossibilidade de uma pessoa utilizar um smartphone – seja por não ter um em mãos ou, até mesmo, por problemas de falta de bateria ou internet.

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O conceito de nomofobia, originado da expressão ‘no mobile phobia‘ (fobia de ficar sem celular, traduzido para o português), surgiu em 2008 em um estudo realizado pelo UK Post Office, do Reino Unido, que fez uma investigação sobre a ansiedade gerada pela falta do dispositivo. 

Pessoa mexendo no celular – Imagem: chainarong06/Shutterstock

A nomofobia pode ter como causas iniciais fatores psicológicos e sociais. A “obrigação” de a pessoa ficar sempre conectada e se manter atualizada, além da busca por validação social e medo de ficar sem saber de notícias importantes também são coisas que ajudam no desenvolvimento do transtorno.

Além disso, os smartphones possuem alguns aspectos que estimulam o sistema de recompensa no cérebro e podem contribuir para agravar os sintomas. O transtorno pode gerar quadros de ansiedade, depressão e até tremores no corpo, suor em excesso e dificuldade na respiração. 

Quais os sintomas da nomofobia?

A nomofobia ainda não é um transtorno considerado pela medicina, mas conforme o portal Verywell Mind, site especializado em fornecer informações sobre saúde e bem-estar, alguns sintomas de nomofobia são: a incapacidade de desligar o telefone (algo que também foi apontado pelo estudo do UK Post Office), além de verificação constante do celular para procurar novas mensagens, chamadas perdidas e e-mails.

Na imagem, uma adolescente utiliza o aparelho eletrônico
Imagem: Krakenimages.com/Shutterstock.

Além disso, a pessoa pode ter o hábito de ficar carregando a bateria do aparelho mesmo quando ele estiver totalmente carregado. Outros sintomas são levar o celular para todos os lugares, como o banheiro. 

O medo fora do comum de ficar sem Wi-Fi ou de não conseguir se conectar a uma rede de dados móveis, estresse por estar sem conexão e deixar de ir para alguns lugares para ficar mais tempo no celular também são indicativos. 

Nomofobia tem cura?

Segundo a psicóloga clínica Karla Cardozo, terapeuta cognitivo-comportamental e organizacional com mais de 11 anos de experiência, não existe uma cura específica para essa condição. Porém, é possível fazer o tratamento por meio de uma desintoxicação digital, terapia, meditação e outras estratégias.

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Entenda como a caminhada ajuda na saúde mental e do corpo

Apesar de muitas vezes subestimadas, alguns tipos de caminhada podem trazer benefícios para o corpo e mente, em especial, as que têm um ritmo acelerado, conforme indicam pesquisas recentes.

Uma caminhada com ritmo acelerado pode diminuir o risco de anormalidades no ritmo do coração, como taquicardia e bradicardia, segundo uma pesquisa publicada na revista Heart em abril deste ano. Os resultados foram mais fortes para mulheres abaixo de 60 anos sem obesidade e condições pré-existentes de longo prazo.

O estudo analisou o impacto de diferentes ritmos de caminhadas em quase 421 mil participantes cujos dados estavam disponíveis na base UK Biobank a partir de questionários.

Andar em ritmo rápido reduz os riscos de anormalidades em relação aos batimentos cardíacos. Imagem: Shutterstock/Maridav

Anormalidades na frequência do batimento cardíacos podem ser consideradas comuns, observam os autores do estudo. Apenas a fibrilação atrial, em que os batimentos ficam acelerados e irregulares, dobrou sua prevalência nas últimas décadas e chegou a 60 milhões de casos no mundo em 2019.

O estudo considerou como um ritmo acelerado de caminhada a partir de 6,4 km por hora, o que trouxe uma redução de 27% do risco de desenvolver anormalidades cardíacas. A média das idades dos participantes era de 55 anos e mais da metade (55%) deles eram mulheres.

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Outra pesquisa publicada na revista European Journal of Preventive Cardiology em agosto de 2023 indicou que dar mil passos por dia está relacionado com uma queda de 15% de todas as causas de mortalidade. Já um incremento de 500 passos por dia pode reduzir causas de mortalidade em 7%.

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Caminhar reduz a chance de desenvolver depressão. Imagem: fongbeerredhot / Shutterstock.com

A caminhada também tem mostrado seus benefícios para a saúde mental. Um deles concluiu que realizar mesmo pequenas doses de exercício físico, o que inclui caminhadas com um ritmo acelerado, reduz de forma significativa o risco de desenvolver depressão.

Publicado na Jama Network em abril de 2022, a pesquisa fez uma revisão de 15 estudos que, juntos, somaram mais de 191 mil participantes. Os pesquisadores encontraram que 2,5 horas por semana de uma caminhada rápida reduz em 25% a chance de desenvolver depressão.

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Toxina aumenta chance de câncer colorretal precoce

Uma toxina bacteriana chamada colibactina pode ser a causa do aumento alarmante do câncer colorretal de início precoce. A conclusão é de um estudo realizado por uma equipe internacional de pesquisadores liderada pela Universidade da Califórnia em San Diego (EUA).

A colibactina é produzida por certas cepas de Escherichia coli que residem no cólon e no reto e é capaz de alterar o DNA. Os cientistas acreditam que a exposição a ela logo na infância aumenta o risco de desenvolver câncer colorretal antes dos 50 anos.

Estudo analisou 981 genomas de câncer colorretal de pacientes com doença de início precoce (Imagem: Panuwat Dangsungnoen/iStock)

O que a pesquisa descobriu a respeito da ligação entre a toxina e o câncer?

O estudo, publicado na Nature, analisou 981 genomas de câncer colorretal de pacientes com doença de início precoce e tardio em 11 países com diferentes níveis de risco de câncer colorretal.

Os resultados mostram que a colibactina deixa padrões específicos de mutações no DNA que foram 3,3 vezes mais comuns em casos de início precoce (especificamente em adultos com menos de 40 anos) do que naqueles diagnosticados após os 70 anos. 

Esses padrões de mutação também foram particularmente prevalentes em países com alta incidência de casos de início precoce.

Os resultados são considerados preocupantes porque a doença era considerada prevalente entre adultos mais velhos, mas os dados apontam aumento entre jovens em, pelo menos, 27 países

A incidência em adultos com menos de 50 anos praticamente dobrou a cada década nos últimos 20 anos. Se as tendências atuais continuarem, projeta-se que o câncer colorretal se tornará a principal causa de morte relacionada ao câncer entre adultos jovens até 2030.

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E agora?

A pesquisa faz parte de iniciativa global para estudar padrões de mutações no DNA causadas por exposições ambientais — como radiação UV e toxinas bacterianas — e hábitos de vida, como fumar e beber. São fatores que deixam impressões genéticas distintas no genoma, o que pode ajudar a identificar as origens de certos tipos de câncer

A próxima fase da pesquisa vai focar nas seguintes questões: Como as crianças estão sendo expostas a bactérias produtoras de colibactina e o que pode ser feito para prevenir ou mitigar essa exposição? Certos ambientes, dietas ou hábitos de vida são mais propícios à produção de colibactina? Como as pessoas podem descobrir se já têm essas mutações?

A equipe está explorando se o uso de probióticos poderia eliminar, com segurança, cepas bacterianas nocivas. Além disso, está desenvolvendo testes de detecção precoce que analisam amostras de fezes em busca de mutações relacionadas à colibactina.

Equipe está desenvolvendo testes de detecção precoce do câncer colorretal (Imagem: Carolina Rudah/iStock)

Financiamento em risco

Os cientistas alertaram, no entanto, que o projeto corre risco de ser paralisado após a proposta de corte do orçamento dos Institutos Nacionais de Saúde (NIH, na sigla em inglês) dos EUA, apesar de a pesquisa ter sido financiada em grande parte por programas no Reino Unido, como o Cancer Research UK.

“Se os cortes de financiamento do NIH afetarem nossa capacidade de realizar este trabalho, isso representará, na minha opinião, um impacto substancial na pesquisa do câncer, não apenas nos EUA, mas globalmente”, disse o autor sênior do estudo, Ludmil Alexandrov.

“Nosso financiamento nos permitiu colaborar com pesquisadores de câncer em todo o mundo, coletando e analisando grandes conjuntos de dados de amostras de pacientes em diversos países. Essa escala é o que torna descobertas como essa possíveis.”

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Gêmeos compartilham das mesmas alergias?

É comum pensar que, se um dos gêmeos é alérgico a algo, o outro também será. Embora gêmeos — especialmente os idênticos — compartilhem grande parte de seus genes e ambientes, a resposta não é tão simples, como explica uma matéria da BBC.

A genética influencia, mas o ambiente desempenha um papel igualmente importante no desenvolvimento de alergias.

Alergias ocorrem quando o sistema imunológico reage de forma exagerada a substâncias inofensivas, chamadas alérgenos. Isso desencadeia sintomas como espirros, coceira, tosse e, em casos graves, anafilaxia — uma reação que pode ser fatal se não tratada rapidamente com epinefrina.

As alergias podem ser causadas por fatores externos, como pólen, ácaros, alimentos ou animais de estimação. As mais comuns incluem alergia ao leite, ovos, amendoim, mariscos e gergelim. Algumas alergias desaparecem com o tempo, outras permanecem por toda a vida.

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Gêmeos idênticos podem — ou não — desenvolver alergias iguais – Imagem: ANNA GRANT/Shutterstock

Fatores que influenciam o risco de alergia

  • O desenvolvimento de alergias é influenciado tanto pela genética quanto pelo ambiente.
  • Crianças expostas desde cedo a diversos microrganismos — por viverem em fazendas, terem animais de estimação ou muitos irmãos — têm menos risco de desenvolver alergias.
  • Já a poluição, a exposição ao fumo e a criação em ambientes urbanos aumentam esse risco.
  • Além disso, a genética pesa: ter parentes próximos com alergias aumenta significativamente a probabilidade de uma pessoa ser alérgica.

O que dizem os estudos sobre gêmeos

Pesquisas mostram que gêmeos idênticos têm maior probabilidade de compartilhar alergias do que gêmeos fraternos, mas ainda assim, não é uma regra. Estudos australianos indicam que entre 60% e 70% dos gêmeos tinham alergias ambientais, com maior coincidência entre os idênticos.

Em casos de alergias alimentares, como a de amendoim, a chance de compartilhamento também é maior entre gêmeos idênticos.

Genética não é tudo

Se gêmeos forem criados em ambientes diferentes — por exemplo, um em uma fazenda e outro na cidade —, suas exposições ambientais distintas podem levar a padrões de alergia diferentes, apesar da genética em comum.

A ciência ainda investiga os muitos fatores que moldam as alergias, mas já é certo: compartilhar os mesmos genes aumenta a probabilidade, mas não garante que dois gêmeos terão as mesmas alergias.

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Devido a influência de fatores genéticos e ambientais, gêmeos nem sempre terão as mesmas alergias – Imagem: Doucefleur/Shutterstock

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