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Estudo: exame nos olhos permite diagnóstico precoce de Parkinson

Um simples exame oftalmológico não invasivo pode ser a chave para o diagnóstico precoce da Doença de Parkinson. Testada por pesquisadores do Canadá e descrita em um estudo da Neurobiology of Disease, a técnica não apenas permite que os médicos ajam com antecedência para tratar a doença, mas também monitorem sua progressão.

Entenda:

  • Pesquisadores descobriram que um tipo de exame oftalmológico pode apoiar o diagnóstico precoce do Parkinson;
  • Chamada de eletrorretinografia (ERG), a técnica mede a atividade da retina diante de estímulos luminosos;
  • Já se sabe que o ERG pode revelar sinais de transtornos psiquiátricos, mas, até então, o método não havia sido associado ao Parkinson;
  • Testes em humanos e em camundongos geneticamente modificados indicam que o exame permite tanto o diagnóstico precoce da doença quanto o monitoramento de sua progressão.
Exame oftalmológico identifica Parkinson antes que os sintomas se manifestem. (Imagem: SpeedKingz/Shutterstock)

Como destaca a equipe em comunicado, a maioria dos diagnósticos de Parkinson é feita quando os sintomas já começaram a se manifestar. E, quando isso acontece, é sinal de que a doença já atingiu os neurônios em um nível de degeneração irreversível. Encontrar técnicas de diagnóstico precoce – como a dos pesquisadores – é fundamental para superar esse desafio.

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Cientistas testaram exame que também diagnostica transtornos psiquiátricos

Para o estudo, a equipe usou o exame de eletrorretinografia (ERG), que mede a atividade da retina diante de estímulos luminosos. A técnica já havia sido usada antes na medicina para revelar sinais de transtornos psiquiátricos – como esquizofrenia, transtorno bipolar e depressão –, e os pesquisadores decidiram testar, também, seu efeito no diagnóstico de pacientes com Parkinson.

Os testes envolveram 20 adultos diagnosticados com a doença nos últimos cinco anos e outros 20 da mesma idade, mas sem a doença. “Colocamos um eletrodo na pálpebra inferior de cada participante e registramos sua resposta retiniana a uma série de flashes de diferentes intensidades, frequências e cores. Os resultados que obtivemos para pessoas com Parkinson apresentaram uma assinatura distinta daqueles do grupo de controle”, explica Martin Lévesque, líder do estudo.

Exame oftalmológico que identifica Parkinson também foi testado em camundongos

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Exame que analisa pupilas também mostra sinais de transtornos psicológicos. (Imagem: seb_ra/iStock)

Além de humanos, o ERG também foi testado em camundongos geneticamente modificados com uma proteína humana associada ao Parkinson. “Mais uma vez, obtivemos respostas diferentes em animais com Parkinson. Isso sugere que as manifestações funcionais do Parkinson podem ser detectadas em um estágio inicial da doença por meio do exame da retina”, completa Lévesque.

Considerando que a idade média de diagnóstico da Doença de Parkinson é 65 anos, os cientistas propõem oferecer o exame de retina a partir dos 50, permitindo não só que o diagnóstico aconteça antes da manifestação dos sintomas – e, assim, o tratamento seja mais eficaz – mas também que a progressão do quadro seja monitorada continuamente.

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Você alucina antes de dormir? Saiba mais sobre as alucinações hipnagógicas

Você já teve a sensação de ver ou ouvir algo estranho enquanto adormecia? Essas experiências, conhecidas como alucinações hipnagógicas, ocorrem na transição entre a vigília e o sono.

Embora possam ser assustadoras, são fenômenos comuns e geralmente inofensivos. Estudos indicam que até 70% das pessoas as vivenciam pelo menos uma vez na vida. Elas são mais frequentes em adolescentes e jovens adultos, tendendo a diminuir com o passar dos anos.

As alucinações hipnagógicas podem envolver percepções visuais, auditivas ou táteis vívidas e realistas. Compreender esse fenômeno pode ajudar a aliviar preocupações e até mesmo melhorar a qualidade do sono.

O que são alucinações hipnagógicas?

Essas alucinações são percepções sensoriais que ocorrem durante o início do sono, especialmente na fase N1 do sono não REM. Elas podem incluir visões, sons, sensações táteis ou uma combinação desses elementos.

Apesar de parecerem perturbadoras, são manifestações normais da atividade cerebral em transição para o repouso.

As alucinações hipnagógicas podem incluir visões de formas geométricas, rostos ou cenas complexas, sons como vozes ou músicas, e sensações físicas como queda ou flutuação. (Imagem: Yuganov Konstantin / Shutterstock)

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Durante esse período, o cérebro passa por mudanças na atividade elétrica, com destaque para o aumento das ondas teta. Essas alterações facilitam o surgimento de imagens mentais vívidas, enquanto mecanismos neurais ajudam a suavizar as emoções associadas, promovendo um estado mais calmo e propício ao adormecer.

Um estudo publicado na revista NeuroImage, em dezembro de 2022, investigou como memórias visuais e emocionais se manifestam nesse momento de transição.

Os pesquisadores observaram que, à medida que adormecemos, imagens relacionadas a eventos do dia (“resíduos diurnos”) podem emergir de forma intensa, enquanto suas respectivas cargas emocionais tendem a enfraquecer.

Esse processo está relacionado ao aumento da atividade na faixa de frequência teta (4,5–6,5 Hz), sugerindo um mecanismo cerebral que separa conteúdo visual de conteúdo afetivo durante o início do sono.

Causas das alucinações hipnagógicas

Embora geralmente inofensivas, se essas experiências forem frequentes, perturbadoras ou vierem acompanhadas de sintomas como paralisia do sono ou sonolência excessiva durante o dia, é recomendável procurar um profissional de saúde. Diversos fatores podem contribuir para o surgimento das alucinações hipnagógicas, como:

  • Privação de sono ou padrões de sono irregulares;
  • Estresse e ansiedade;
  • Uso de substâncias como álcool ou drogas;
  • Transtornos mentais, como depressão ou transtorno bipolar;
  • Distúrbios do sono, como a narcolepsia.
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As alucinações hipnagógicas são mais comuns em pessouas que possuem distúrbio do sono (Imagem: Pormezz / Shutterstock)

Relação com a narcolepsia e a paralisia do sono

As alucinações hipnagógicas são frequentemente associadas à narcolepsia, um distúrbio caracterizado por sonolência excessiva e ataques súbitos de sono. Estudos mostram que entre 20% e 65% das pessoas com narcolepsia relatam vivenciar esse tipo de alucinação.

Elas também podem ocorrer em conjunto com a paralisia do sono, uma condição em que o indivíduo, ao adormecer ou acordar, é temporariamente incapaz de se mover ou falar – muitas vezes acompanhada por sensações assustadoras e experiências alucinatórias.

As alucinações hipnagógicas são experiências sensoriais intensas e, apesar de desconcertantes, são comuns e raramente indicam um problema de saúde grave.

Manter uma boa higiene do sono, evitar o consumo de substâncias estimulantes e gerenciar o estresse são medidas que podem ajudar a reduzir sua ocorrência. Se os episódios forem frequentes ou afetarem sua qualidade de vida, o ideal é buscar orientação médica para uma avaliação detalhada.

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(Imagem: New Africa / Shutterstock)

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Segredo para curar doenças genéticas pode estar nos… cavalos!

Cientistas da Johns Hopkins Medicine, em parceria com a Universidade Vanderbilt, descobriram uma mutação genética singular em cavalos que pode explicar sua impressionante resistência e desempenho físico.

A descoberta envolve a via genética NRF2/KEAP1, essencial para o controle do estresse celular e a produção de energia.

O destaque do estudo é um mecanismo raríssimo de “leitura de códon de parada”, que permite que os cavalos ignorem um sinal genético normalmente associado à interrupção da produção de proteínas.

Essa capacidade, até então observada apenas em vírus, garante que a proteína KEAP1 – responsável por regular a proteína protetora NRF2 – seja produzida em sua forma funcional, mesmo com uma mutação que indicaria o contrário.

Essa adaptação permite que os cavalos tenham uma versão mais eficiente da proteína KEAP1, o que aumenta a atividade da NRF2. Isso protege as células contra os danos causados pelo estresse oxidativo e melhora a produção de energia, beneficiando diretamente o desempenho atlético dos animais.

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Cavalos burlam as regras do DNA com uma mutação rara – Imagem: Kwadrat / Shutterstock

Mais detalhes do estudo

  • A mutação foi identificada não apenas em cavalos, mas também em zebras e burros, sugerindo um traço evolutivo compartilhado.
  • Em humanos, mutações semelhantes costumam causar doenças genéticas graves, como fibrose cística e distrofia muscular.
  • No entanto, nos equinos, essa anomalia genética foi “corrigida” naturalmente, permitindo a produção de proteínas completas.

Novos caminhos para tratamentos em humanos

Os pesquisadores acreditam que entender esse mecanismo pode abrir novas possibilidades para tratamentos genéticos em humanos, especialmente para doenças causadas por códons de parada prematuros.

O estudo também reforça a relevância da via NRF2/KEAP1 em doenças crônicas e condições relacionadas à idade.

Publicado na revista Science, o trabalho oferece uma ponte entre genética animal e medicina humana, ao demonstrar como a evolução pode criar soluções biológicas engenhosas – com potencial terapêutico para o futuro da saúde.

Estudo revela mutação inédita que torna os cavalos mais resistentes — e pode ajudar humanos a combater doenças e o envelhecimento (Imagem: OlegRi/Shutterstock)

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Premiada em Harvard: startup brasileira usa IA para diagnóstico precoce do câncer

Uma startup brasileira criada por dois cirurgiões-dentistas está ganhando destaque internacional por usar inteligência artificial para auxiliar no diagnóstico precoce de câncer de pele.

A AI Pathology, fundada por Willian Peter Boelcke e Lucas Lacerda de Souza, foi premiada em um hackathon da Escola de Saúde Pública de Harvard e agora participa de um exclusivo programa de incubação e investimentos da universidade.

O principal produto da empresa é o Nevo, uma ferramenta que analisa imagens de lesões cutâneas enviadas por celular e aponta sinais de alerta para o câncer de pele com até 98% de precisão.

Imagem: wavebreakmedia / Shutterstock.com

IA para saúde pública

  • O app Nevo pode ser acessado online, sem necessidade de download, e foi criado para funcionar até mesmo em celulares simples, comuns em unidades básicas de saúde.
  • Com precisão de até 98%, o algoritmo é capaz de analisar imagens de lesões cutâneas e indicar se há necessidade urgente de avaliação médica.
  • A AI Pathology foi premiada em Harvard e já atraiu o interesse de grandes empresas como Google, Nvidia e Oracle, além de investidores e instituições médicas brasileiras como o Hospital das Clínicas.

Como a tecnologia da startup detecta câncer de pele

O aplicativo Nevo – nome técnico de “pinta” – surgiu da vivência pessoal de Boelcke com o câncer de pele do pai, diagnosticado tardiamente. A dor da perda se transformou em propósito: criar uma tecnologia acessível que pudesse ajudar outras famílias a identificarem sinais precoces da doença.

Willian Peter Boelcke, CEO da AI Pathology, em apresentação na Oracle Health
Willian Peter Boelcke, CEO da AI Pathology, em apresentação na Oracle Health. Imagem: LinkedIn / Reprodução

O app é baseado em inteligência artificial, com um modelo treinado por meio de redes neurais convolucionais. Basta tirar uma foto da lesão com o celular e o sistema analisa a imagem, classificando-a de acordo com a urgência.

Em casos graves, a ferramenta sinaliza com a cor vermelha e recomenda a consulta médica imediata. Desde que foi lançado, o Nevo já ajudou a detectar precocemente pelo menos cinco casos reais de câncer, entre eles o do próprio CFO da empresa.

“O caso mais recente é do nosso CFO […] o resultado deu vermelho, o que aponta a necessidade de uma análise médica com urgência. De fato, era um câncer”, contou Boelcke à revista Forbes.

Próximos passos: expansão internacional

A AI Pathology agora se prepara para expandir para o mercado norte-americano, buscando a aprovação da FDA (Food and Drug Administration), a agência reguladora dos EUA. Segundo Boelcke, “nos Estados Unidos, o apetite para o risco é muito maior”, o que pode acelerar o uso da ferramenta em redes públicas e privadas.

Tecnologia é aliada de diagnósticos médicos online
Imagem: Nan_Got / Shutterstock

Além disso, a empresa já desenvolve um novo projeto: a IA CurAtiva, voltada para evitar infecções pós-operatórias.

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O sistema enviará lembretes e instruções via WhatsApp aos pacientes, além de solicitar fotos diárias da área operada para monitorar sinais de complicações. Se algo indicar risco, o sistema direcionará o caso para avaliação médica.

“Em alguns anos, não existirão antibióticos para as infecções existentes. Com o bot, conseguiremos intervir antes que a infecção se espalhe”, explicou o CEO na entrevista à revista.

A meta da AI Pathology é ousada e clara: salvar mil vidas com suas soluções. E o primeiro passo já foi dado com impacto – uma tecnologia nacional, criada por quem viveu de perto a dor do diagnóstico tardio, agora ganha força no mundo e propõe uma revolução no acesso à saúde.

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Qual a relação entre cafeína e ataques de pânico?

A cafeína tem diversos benefícios, como melhorar humor, o estado de vigilância e alerta, enquanto alguns estudos até sugerem que a substância pode potencializar os efeitos do tratamento de depressão. No entanto, há ligações entre a ingestão da cafeína e a piora da ansiedade e, até mesmo, de ataques de pânico para pessoas que já convivem com transtorno de pânico.

Pacientes com esse distúrbio podem ter sensibilidade a alguns gatilhos externos, em especial, nos casos em que a pessoa já experimentou situações estressantes que provocaram ansiedade. Para além disso, os ataques de pânico podem vir por meio de substâncias, como inalação de dióxido de carbono (CO2).

De acordo com um estudo de revisão publicado em 2021 na revista General Hospital Psychiatry, cafeína em doses superiores a cinco xícaras de café pode levar a uma tendência a ataques de pânico em pacientes que já tem transtorno do pânico. Também pode gerar uma sensação maior de ansiedade mesmo entre aqueles que não convivem com o distúrbio.

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Cafeína pode estar ligada a ataques de pânico / Crédito: Danijela Maksimovic (shutterstock / reprodução)

O estudo analisou dez pesquisas que administraram placebo e cafeína em todos os participantes para verificar os efeitos da substância. No total, os estudos somaram 244 pacientes com transtorno de pânico.

Os mecanismos capazes de contribuir para um ataque de pânico da cafeína ainda são bastante desconhecidos e precisam de mais pesquisas.

Parte disso, pode ser explicado a partir de uma perspectiva psicológica, já que indivíduos que apresentam o transtorno podem interpretar sinais corporais de forma incorreta. Por exemplo, pensar que o aumento da frequência do coração, na verdade, indica um ataque cardíaco.

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Em altas doses, café pode gerar ansiedade / Crédito: Lucas de Freitas (shutterstock/reprodução)

No nível do sistema nervoso, os ataques de pânico com ingestão de cafeína também podem estar relacionados ao bloqueio de receptores que estão envolvidos na regulação respiratória, na regulação da frequência cardíaca, na detecção de ameaças e no processamento emocional.

Em grandes doses, a cafeína pode provocar ansiedade, suor, distúrbios cardíacos e afetar o crescimento fetal. Para adultos, 200 mg de cafeína por vez, o que equivale a duas xícaras de café, não são prejudiciais. Doses de 400 mg por dia da substância são consideradas seguras, mas isso pode variar de pessoa para pessoa a depender da tolerância do indivíduo.

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Quais são as diferenças entre asma e rinite? Entenda os sintomas de cada uma

É comum que as doenças respiratórias asma e rinite ocorram juntas em uma mesma pessoa. Ainda assim, os dois quadros apresentam diferenças.

No caso da asma, ocorre a inflamação dos brônquios (estruturas que levam o ar para os pulmões), o que traz uma sensação de aperto no peito, bem como falta de ar, cansaço para respirar, tosse e chiado no peito. Também, é chamada de bronquite alérgica ou de bronquite asmática.

A asma está ligada a fatores genéticos, assim como a rinite, e é comum ser observada em vários membros de uma mesma família, informa a Associação Brasileira de Alergia e Imunologia. Ela ocorre em qualquer idade, mas na maioria das vezes começam na infância.

Mas existem fatores que podem desencadear ou agravar crises de asmas, em especial, quando a doença não está sob controle, como ácaros, mofo, pólen, odores intensos, poluentes atmosféricos e infecções respiratórias (como a gripe, sinusite e pneumonia).

A rinite alérgica, se não controlada, pode evoluir para um caso de asma. Durante uma crise de asma, o corpo libera substâncias inflamatórias nos brônquios, o que provoca contração dos músculos e estreitamento das vias respiratórias. Como consequência, o indivíduo sente dificuldade em soltar o ar. Além disso, há aumento da produção de muco, obstruindo as vias respiratórias.

Imagem: JOURNEY STUDIO7 / Shutterstock

Enquanto a asma vem da inflamação dos brônquios, a rinite é resultado da inflamação da mucosa nasal. Um tratamento adequado para rinite pode melhorar os sintomas da asma.

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Tanto a asma quanto a rinite pode acometer indivíduos a partir da exposição de substâncias alérgicas e não alérgicas, o que engloba ácaros, fungos, pelos de animais e estresse.

Entre os sintomas da rinite, estão: espirros repetidos, coriza, olhos avermelhados e mucosa nasal congestionada. O quadro se assemelha a um resfriado, por isso, pode passar despercebido e atrasar o tratamento.

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A rinite tem sintomas parecidos com a gripe, como coriza e espirro. Imagem: Dragana Gordic/Shutterstock

Tratar da rinite envolve não apenas alívio imediato dos sintomas, e sim trabalhar para que a pessoa volte ao seu estado normal. O tratamento para asma e rinite costuma envolver corticoides, sob a forma de inalatórios no primeiro caso e de spray nasal no segundo.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Mercado Livre e redes sociais devem banir anúncios de cigarro eletrônico

O governo brasileiro, por meio da Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), acaba de intensificar a luta contra a disseminação e comercialização de cigarros eletrônicos, popularmente conhecidos como “vapes“.

A Senacon notificou gigantes da internet como Instagram, YouTube, TikTok, Mercado Livre e Enjoei, determinando a remoção imediata de todos os anúncios e conteúdos que promovam ou vendam esses dispositivos, bem como outros produtos derivados do tabaco cuja venda é proibida em território nacional.

O prazo estabelecido para que as plataformas cumpram a exigência é de 48 horas, um indicativo da urgência com que o governo federal trata a questão.

Essa medida enérgica surge após um levantamento preocupante que identificou cerca de 1,8 mil páginas ou anúncios relacionados a “vapes” circulando nessas plataformas digitais. A presença massiva desses conteúdos online representa um desafio para as políticas de saúde pública e para a legislação brasileira, que proíbe a venda, importação e propaganda de cigarros eletrônicos desde 2009, conforme uma resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).

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Em desenvolvimento…

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Alguns hábitos podem estar acabando com os seus rins

Na sua lista de preocupações com a saúde, você provavelmente não colocou os rins como prioridade. Nós, leigos, costumamos ligar o sinal de alerta para outros órgãos, como o cérebro e o coração.

Os rins, no entanto, desempenham um papel fundamental no bom funcionamento do nosso corpo.

São eles que filtram resíduos do sangue, controlam a quantidade de água no organismo e ajudam a regular a nossa pressão arterial. Os rins também auxiliam na absorção de cálcio e fósforo e produzem hormônios importantes, como a eritropoetina, que estimula a produção de glóbulos vermelhos.

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Pois é, eles são importantes de verdade. E a mesma preocupação e cuidados que temos com outros órgão devemos ter com os rins também. É o que afirma a professora Dipa Kamdar, da Universidade Kingston, de Londres.

Em um artigo para o site The Conversation, elas enumera 7 hábitos comuns que podem ser prejudiciais para o órgão. E que devemos evitar.

Orientações da professora

  • Você vai perceber que muitos itens dessa lista dizem respeito também a outros órgãos e partes do corpo.
  • Isso quer dizer que você precisa mesmo rever alguns desses hábitos.
  • O primeiro deles é beber pouca água.
  • A água é necessária para que os rins removam os resíduos e a escassez dela pode levar a problemas como infecções ou até mesmo pedras no órgão.
  • A dica da doutora é que as pessoas devem beber pelo menos de 1 litro e meio a 2 litros de água por dia.
Beber bastante água deveria fazer parte da rotina de todas as pessoas – Imagem: Yaroslav Olieinikov/iStock
  • E é água mesmo: nada de substitui-la por refrigerante, por exemplo.
  • Nem por bebidas alcoólicas! O álcool, aliás, é o próximo item dessa lista.
  • Além de desidratar o corpo, ele sobrecarrega os rins, que precisam trabalhar mais para lidar com a substância.
  • Vale destacar que a mais recente nota técnica do Ministério da Saúde sobre o tema afirma que não existe quantidade de álcool que seja completamente segura para a saúde.
  • A recomendação, portanto, é de não ingerir bebidas alcóolicas.
  • Antes, Organização Mundial da Saúde falava em até duas taças de vinho por dia (ou um litro de cerveja de baixo teor alcóolico) – e sem dias consecutivos.
  • Agora, porém, a OMS também condena a prática e encara o consumo como problema de saúde pública.

Mais dicas

De acordo com a doutora Kamdar, as pessoas também devem passar longe do tabagismo (que pode levar a lesões renais) e devem cuidar do peso corporal. A obesidade pode prejudicar os rins diretamente ao interferir nas substâncias químicas do tecido adiposo.

A próxima recomendação da doutora tem a ver também com a alimentação: segundo ela, devemos evitar os ultraprocessados. Ela mostrou um estudo americano que acompanhou 14 mil adultos durante 24 anos. Aqueles que consumiram muitos alimentos ultraprocessados apresentaram um risco 24% maior de doença renal. E cerca de 5 mil deles desenvolveram doença renal crônica.

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Quem não gosta da facilidade e até do sabor de um ultraprocessado? O consumo em excesso, porém, pode fazer mal à saúde, inclusive dos rins – Imagem: Niloo/Shutterstock

As duas últimas dicas da especialista são as mais diferentes, por assim dizer. Dipa Kamdar explica que o sono ruim pode aumentar o risco de doença renal crônica. É o que aponta esse estudo de 2019. E entenda sono ruim como dormir menos de 6 horas por dia ou mais de 10 horas.

Por fim, a doutora critica o uso indiscriminado de analgésicos, como ibuprofeno e aspirina. Como são medicamentos que não precisam de receita médica, tem gente que os toma de forma irresponsável. De acordo com a doutora, esses remédios podem danificar os túbulos renais.

‘Ah, mas quer dizer então que eu não devo tomá-los nunca?’. A resposta é: claro que não. Mas não precisa usá-los sem necessidade, como algo preventivo. E, se for tomar, faça pelo menor tempo necessário e na dose recomendada na embalagem.

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Imunidade contra mosquitos? Este medicamento “envenena” o sangue humano

A ideia de nos tornarmos imunes a mosquitos através de um medicamento que faz nosso sangue ser venenoso para eles parece fantasiosa, como saída de uma história de ficção científica. Entretanto, isso não é assim tão impossível, e pode estar mais próximo do que imaginamos.

Pelo menos esse é o propósito de um novo estudo, que sugere que o medicamento conhecido como nitisinona pode fazer o sangue dos seres humanos tóxico para os mosquitos, que morrem poucas horas depois de se alimentarem.

A equipe responsável pela pesquisa acredita que essa pode ser uma solução futura para a malária, por exemplo. Durante o experimento, os mosquitos morreram após consumir amostras de pacientes, mesmo os que receberam doses baixas do fármaco.

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Veja abaixo mais informações sobre o estudo, e também qual seria a relação do medicamento com a malária.

No corpo humano, o remédio permanece eficaz por até 16 dias depois da dosagem inicial, então, durante esse período inteiro ele funcionaria como um tipo de veneno para os mosquitos. (Imagem: @freepik/Freepik)

Medicamento que envenena o sangue? Saiba como

A nitisinona foi originalmente desenvolvida para ser um herbicida, e é usada para tratar alguns transtornos metabólicos raros, como a tirosinemia tipo I. O medicamento funciona inibindo uma enzima específica chamada HPPD, nos humanos e também nos mosquitos. Contudo, sem essa enzima, o inseto não é capaz de digerir sua refeição de sangue, morrendo logo após.

Um estudo publicado na revista Science Translational Medicine propõe que o uso de nitisinona possa afetar a cadeira reprodutiva dos mosquitos transmissores da malária. Mas, o remédio não impede a infecção por malária e nem trata a doença, apesar de ajudar a controlar surtos ao matar os insetos após eles picarem pessoas que tomaram o fármaco, evitando sua reprodução.

Quando usado em combinação com outras medidas, o medicamento poderia ser eficaz onde os parasitas desenvolveram resistência aos tratamentos comuns, por exemplo. No corpo humano, o remédio permanece eficaz por até 16 dias depois da dosagem inicial, então, durante esse período inteiro ele funcionaria como um tipo de veneno para os mosquitos.

Outro ponto positivo para a nitisinona é ser um medicamento aprovado para uso, e que já passou por testes de segurança. Então, seu hipotético uso contra doenças transmitidas por mosquitos exigiria menos aprovações e etapas regulatórias. Inclusive, o remédio é autorizado para recém-nascidos e crianças pequenas, além de não haver registros de efeitos adversos em gestantes.

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A malária é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Plasmodium, que são transmitidos pela picada do mosquito Anopheles. (Imagem: Amir Ridhwan/Shutterstock)

Qual a relação com a malária?

A malária é uma doença infecciosa causada por parasitas do gênero Plasmodium, que são transmitidos pela picada do mosquito Anopheles. Entre os sintomas, os principais são a febre, calafrios, dor de cabeça e fadiga e, caso não seja tratada, a doença pode ser fatal.

Por sua gravidade, todos anos, mais de 600 mil pessoas morrem por conta da malária. Com status de ser uma das doenças tropicais mais conhecidas do mundo, é também um sério problema de saúde pública em diversas partes do planeta, principalmente na África Subsaariana, Ásia e América do Sul.

Segundo a Organização Mundial de Saúde (OMS), 95% das mortes causadas por malária em 2023 aconteceram na Região Africana, e 76% delas foram de crianças menores de 5 anos.

A principal forma de transmissão acontece pela picada da fêmea infectada com o parasita. Ao picar uma pessoa, o inseto injeta os seres microscópicos na corrente sanguínea, começando a infecção.

A malária também pode ser transmitida por transfusão de sangue contaminado, compartilhamento de seringas ou de mãe para filho durante a gravidez, embora essas formas sejam menos comuns. Existem medicamentos para tratar a doença, porém, nem sempre são suficientes, já que em algumas regiões o parasita desenvolveu resistência.

Como dito acima, o uso da nitisinona poderia ser útil para eliminar os mosquitos transmissores da malária após eles se alimentarem do sangue de quem tomou a medicação, entretanto, não faria efeito para tratar a doença. Apesar de mesmo assim ser uma boa forma de combater esse mal, existem alguns problemas com a ideia: e um deles tem a ver com o seu custo.

George Dimopoulos, biólogo molecular especializado em doenças transmitidas por mosquitos na Escola de Saúde Pública Johns Hopkins Bloomberg, disse à National Geographic: “qualquer coisa que se torne cara e custosa não vai funcionar, especialmente para um método de intervenção como esse, em que você não protege o indivíduo da malária, mas protege a população como um todo.”

E isso porque a raridade das doenças que a nitisinona trata significa que o medicamento ainda é muito para uma ampla implantação, ainda mais em países africanos com poucos recursos.

Futuramente, o remédio pode ser combinado com medicamentos antimaláricos, ou até mesmo aplicado em animais, funcionando como iscas para os mosquitos.

Outra possibilidade é usá-lo em néctar envenenado, uma forma de atrair mosquitos sem afetar outros polinizadores. Com isso, a nitisinona poderia agir sem a necessidade de ser administrada diretamente nos humanos. De qualquer jeito, por hora, essas seguem sendo apenas ideias.

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A nitisinona pode fazer o sangue dos seres humanos tóxico para os mosquitos, que morrem poucas horas depois de se alimentarem. (Imagem: sun ok/Shutterstock)

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Alzheimer afeta número recorde de pessoas nos EUA

Pela primeira vez, o número de casos de pacientes diagnosticados com a doença de Alzheimer ultrapassou a marca de sete milhões nos Estados Unidos, segundo o relatório anual da Associação de Alzheimer. Quase dois terços são mulheres.

Espera-se que o número e a proporção de estadunidenses com Alzheimer ou outras demências continuem a crescer nos próximos anos, pois o risco de demência aumenta com o avanço da idade, de acordo com o relatório.

Quatro em cada cinco estadunidenses gostariam de saber se têm a doença antes que os sintomas apareçam (Imagem: pocketlight/iStock)

A população de estadunidenses com 65 anos ou mais deverá crescer de 58 milhões em 2022 para 82 milhões em 2050, faixa etária de maior risco. Atualmente, 74% dos pacientes diagnosticados têm mais de 75 anos de idade.

Pessoas com menos de 65 anos também podem desenvolver demência de Alzheimer: Embora os estudos de prevalência de demência de início precoce nos EUA sejam limitados, os pesquisadores acreditam que cerca de 110 em cada 100 mil pessoas com idade entre 30 e 64 anos, ou cerca de 200 mil estadunidense no total, têm demência de início precoce.

Problema do subdiagnóstico do Alzheimer 

O subdiagnóstico é mais pronunciado nos estágios iniciais da demência, quando os sintomas são leves. Ainda menos pessoas que vivem com comprometimento cognitivo leve (CCL), precursor da demência, recebem um diagnóstico, apesar de ser esta a fase em que o tratamento e o planejamento podem ser mais eficazes

Segundo o relatório, uma série de danos potenciais pode resultar de um diagnóstico de demência não diagnosticado ou tardio:

  • Acesso tardio a tratamento e serviços de apoio;
  • Menos tempo para planejamento de cuidados;
  • Custos mais altos de cuidados e impacto negativo na saúde física e mental do indivíduo ou mesmo na saúde mental de seus familiares e potenciais cuidadores.

“Como a demência é frequentemente subdiagnosticada — e, se for diagnosticada por um médico, algumas pessoas parecem desconhecer seu diagnóstico — uma grande parcela de estadunidenses com demência pode não saber que a tem”, diz o relatório.

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Doença custosa

O relatório mostrou ainda que quase quatro em cada cinco estadunidenses gostariam de saber se têm a doença antes que os sintomas apareçam. Os testes envolvem métodos caros e invasivos, como tomografias por emissão de pósitrons (PET, na sigla em inglês) e punções lombares.

“O diagnóstico preciso, atualmente, depende da combinação de evidências do histórico médico, exames neurológicos, avaliações cognitivas e imagens cerebrais. Nenhum teste pode estabelecer, definitivamente, que a causa dos sintomas cognitivos é Alzheimer ou outra demência. Essa complexidade diagnóstica, atualmente, limita o diagnóstico precoce”, aponta o documento.

Diagnóstico preciso atualmente depende da combinação de evidências (Imagem: boonstudio/iStock)

Além disso, três em cada cinco pessoas entrevistadas disseram que aceitariam um nível de risco moderado ou até alto ao tomar medicamentos para retardar a progressão da doença.

O custo nacional de cuidar de pessoas com Alzheimer e outras demências deve chegar a US$ 384 bilhões (R$ 2,15 trilhões, na conversão direta) em 2025 — aumento de US$ 24 bilhões (R$ 134,9 bilhões) em relação a apenas um ano atrás, de acordo com a Associação de Alzheimer.

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