GLM Digital: Seu portal para um universo de descobertas online. Navegue por uma seleção cuidadosamente curada de produtos que inspiram e facilitam o seu dia a dia. Mais que uma loja, somos um ponto de encontro digital onde qualidade, variedade e uma experiência de compra intuitiva se unem para transformar seus desejos em realidade, com a conveniência que só o online pode oferecer.
A pandemia de Covid-19 oficialmente já terminou. No entanto, milhares de pessoas continuam sendo infectadas pelo vírus todos os meses e equipes de pesquisadores do mundo todo ainda trabalham para entender melhor esta doença.
No entanto, todo este trabalho pode ser prejudicado por uma recente decisão do governo dos Estados Unidos. A Casa Branca está cancelando bilhões de dólares em financiamento de pesquisas relacionadas ao coronavírus.
EUA são o maior financiador mundial de pesquisas
A medida foi anunciada após a posse do presidente Donald Trump e faz parte dos esforços de redução de gastos do governo dos EUA.
De acordo com um documento interno dos Institutos Nacionais de Saúde, os recursos foram liberados para combater a pandemia, uma situação que já foi superada.
Por conta disso, não seriam necessários mais recursos para trabalhos do tipo.
Lembrando que os EUA são o maior financiador mundial de pesquisas e concedeu subsídios a quase 600 projetos em andamento que têm alguma relação com o vírus.
Casa Branca cancelou bilhões de dólares em financiamento de pesquisas relacionadas ao coronavírus (Imagem: ImageFlow/Shutterstock)
Decisão pode prejudicar o enfrentamento de novas pandemias
O SARS-CoV-2, vírus que causa a Covid-19, matou mais de 7 milhões de pessoas em todo o mundo. Embora a situação esteja controlada, pesquisadores alertam que estudar a doença é crucial para prevenir a próxima pandemia.
Em publicação na revista Nature, um grupo de cientistas condenou a decisão da Casa Branca. Eles afirmaram que cancelar o repasse de recursos para pesquisas é algo “perigoso para a preparação para futuras pandemias”.
Cientistas alertam que corte de recursos prejudicará enfrentamento de novas crises sanitárias (Imagem: Manoej Paateel/Shutterstock)
Além de estudos sobre o vírus, são impactados pela decisão novos trabalhos envolvendo o desenvolvimento de vacinas mais eficazes. O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA não se pronunciou oficialmente sobre a situação.
Um estudo inovador realizado por pesquisadores da Universidade Keio, em Tóquio, reacende a esperança para pessoas que sofrem com paralisia decorrente de lesões medulares.
A pesquisa, iniciada em 2019, investiga o potencial de células-tronco reprogramadas no tratamento de danos permanentes à coluna vertebral.
O estudo revolucionário
O experimento consiste na inserção de milhões de células precursoras neurais diretamente na área lesionada dos pacientes. Essas células, derivadas de doadores, podem se transformar em neurônios e células gliais, componentes cruciais para o funcionamento do sistema nervoso.
Pesquisa da Universidade Keio representa um avanço promissor na busca por soluções para a paralisia, uma condição que afeta milhares de pessoas em todo o mundo. (Imagem: Elena Pavlovich / Shutterstock)
Resultados promissores
Quatro pacientes do sexo masculino, com idades variadas, foram submetidos ao procedimento cirúrgico entre dezembro de 2021 e 2023. Os resultados obtidos até o momento são animadores: dois deles apresentaram melhoras significativas em seu quadro clínico.
Um dos pacientes conseguiu se levantar sem auxílio e está em processo de reaprendizagem dos primeiros passos. O outro recuperou a capacidade de mover os membros superiores e inferiores.
É importante destacar que, durante o período de acompanhamento de um ano, nenhum dos pacientes apresentou efeitos colaterais adversos decorrentes do tratamento. Essa constatação reforça a segurança da terapia, mesmo que nem todos os participantes tenham experimentado os resultados esperados.
Novo tratamente traz esperança e a possibilidade de uma vida com mais autonomia e qualidade para aqueles que enfrentam essa difícil realidade. (Imagem: Julia Zavalishina/Shutterstock)
Hideyuki Okano, líder da pesquisa, expressou otimismo com os resultados preliminares, ressaltando a importância do estudo como o primeiro passo no desenvolvimento de tratamentos eficazes para lesões na medula espinhal.
Pesquisadores da Universidade Médica de Nanjing, na China, descobriram que um dos alimentos mais consumidos no mundo pode estar ligado aos casos de depressão. A conclusão pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos contra a doença.
Segundo um novo estudo, uma dieta rica em sal induziu sintomas depressivos em camundongos, impulsionando a produção de uma proteína chamada IL-17A. Ela também já foi identificada em estudos clínicos realizados em humanos.
Experimentos realizados em roedores
Durante o trabalho, os animais receberam uma dieta normal ou outra rica em sal. Após um período de cinco semanas, os camundongos do segundo grupo mostraram menos interesse em explorar e mais inatividade em vários cenários, sugerindo sintomas semelhantes aos da depressão.
Descobertas podem ajudar a criar novos tratamentos contra a doença (Imagem: Aonprom Photo/Shuttersotkc)
Os pesquisadores identificaram um tipo de célula imune chamada células T gama-delta como uma importante fonte de IL-17A em camundongos que receberam altas doses de sal. Já a ausência delas aliviou significativamente os sintomas depressivos induzidos pela alimentação, sugerindo um outro método de tratamento possível.
As conclusões, descritas em estudo publicado no The Journal of Immunology, apontam que o consumo de sal tem relação com a doença. O próximo passo é validar estas descobertas em pesquisas realizadas com humanos.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a obesidade como uma epidemia global: um problema que atinge uma a cada 8 pessoas no mundo, segundo dados do ano passado. De acordo com a entidade, esse quadro é preocupante, pois afeta a saúde e a produtividade – e tem um custo econômico equivalente ao do tabagismo, por exemplo.
É compreensível, portanto, o fenômeno dos remédios “milagrosos” para perda de peso. As famosas canetas para emagrecer. Ozempic, Saxenda, Mounjaro, Wegovy, Zepbound… Você já deve ter se deparado com algum desses nomes nos últimos anos.
São medicamentos agonistas do receptor GLP-1. Controlam a glicemia, promovem a perda de peso e melhoram as complicações do diabetes. Originalmente, aliás, essas substâncias serviam para tratar o diabetes. Hoje, no entanto, são usadas na maioria das vezes para fins estéticos.
Um dado interessante é que duas farmacêuticas lideram o mercado desses remédios: a dinamarquesa Novo Nordisk (responsável pelo Ozempic e pelo Wegovy) e a americana Eli Lilly (do ZepBound e Mounjaro).
Atualmente, a segunda possui o medicamento considerado mais eficaz. As duas, no entanto, disputam uma corrida bem parelha – e já preparam o lançamento da próxima geração de remédios para emagrecer.
A empresa dinamarquesa Novo Nordisk já prepara a nova geração de remédios para emagrecimento – Imagem: Kittyfly/Shutterstock
Mais e mais canetas
A Novo Nordisk anunciou nesta semana que buscará a aprovação regulatória do seu novo remédio, o CagriSema, junto ao FDA.
O Food and Drug Administration funciona como a Anvisa dos Estados Unidos.
A previsão é que essa autorização saia no primeiro trimestre de 2026.
O CagriSema combina a semaglutida, ingrediente principal do Ozempic, com um medicamento chamado cagrilintida.
E a promessa é de oferecer melhor controle glicêmico e maiores resultados de perda de peso.
Nos testes da Fase 2, os pacientes perderam cerca de 23% do peso corporal.
Já na Fase 3, esse percentual caiu para 16%, em média.
São números superiores aos do Ozempic e do Wegovy, mas muito similares ao do Mounjaro, da concorrente Eli Lilly.
Isso desanimou um pouco o mercado – e levou a uma queda das ações da empresa dinamarquesa.
A notícia, porém, não parece ter desanimado os executivos da Novo Nordisk.
As vendas continuam em alta e, aqui no Brasil pelo menos, o Ozempic é o mais famoso desses medicamentos.
O Ozempic lidera hoje esse mercado no Brasil, mas deve enfrentar forte concorrência do Mounjaro, que detém resultados melhores – Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock
O futuro do futuro
Em paralelo ao CagriSema, a Novo já prepara o próximo passo nesse mercado de remédios para perda de peso. A empresa acaba de garantir os direitos globais para desenvolver, fabricar e vender um candidato a medicamento da chinesa United Laboratories International.
A companhia fez um depósito inicial de US$ 200 milhões e pode pagar até US$ 1,8 bilhão a mais dependendo de metas alcançadas. A nova droga se chama UBT251 – e já passa por testes na própria China.
Diferentemente das atuais, ela tem como alvo um total de três hormônios. Hoje, os remédios trabalham com o GLP-1, que imita um hormônio intestinal que ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue e a retardar a digestão, fazendo com que as pessoas se sintam saciadas por mais tempo.
Ao lidar com 3 hormônios ao mesmo tempo, a ideia é que o efeito seja superior.
Esses remédios são importantes aliados na luta contra a obesidade, mas têm um problema grave: são caríssimos – Imagem: Fuss Sergey/Shutterstock
Vale destacar que, no ano passado, a rival Eli Lilly também se uniu a uma empresa de biotecnologia com sede na China para desenvolver um novo medicamento para obesidade. Só que, além de ajudar os pacientes a perderem peso, esse novo remédio também preserva os músculos.
O Trichophyton indotineae é um fungo resistente ao tratamento convencional. Ele é capaz de se espalhar por várias partes do corpo, provocando lesões extensas, ardidas e inflamadas. E mesmo após meses de tratamento com diferentes medicamentos, a infecção continua voltando.
Este microrganismo levou a grandes surtos de infecções graves em todo o mundo nos últimos dez anos. Mas só recentemente foi identificado pela primeira vez no Brasil, em um brasileiro que havia viajado para Londres, na Inglaterra.
Uso indiscriminado de antifúngicos cria organismos resistentes
O caso foi divulgado em um estudo publicado na revista Anais Brasileiros de Dermatologia. A situação do paciente chamou atenção de profissionais médicos da Santa Casa de São Paulo. Eles contataram o Laboratório de Micologia Médica do Instituto de Medicina Tropical da Universidade de São Paulo (USP) e enviaram uma amostra, para auxiliar no diagnóstico.
Fungo Trichophyton indotineae foi identificado em paciente brasileiro pela primeira vez (Imagem: Anais Brasileiros de Dermatologia)
Segundo os pesquisadores, foi realizado tratamento com diferentes medicamentos e a infecção sempre acabava retornando. Ao final, após o diagnóstico mais preciso, o paciente recebeu outro medicamento e conseguiu resolver a situação.
Cientistas explicam que existem algumas hipóteses para o surgimento dos fungos resistentes, sendo uma delas as alterações climáticas. No entanto, o uso indiscriminado de antifúngicos, sejam medicamentos ou pesticidas, podem tornar estes organismos mais resistentes aos tratamentos convencionais. Além disso, destacam que é provável que os poucos casos relatados até o momento na América do Sul deste fungo específico se devam principalmente à identificação incorreta e subnotificação.
Pesquisadores da Universidade de Toronto e outras instituições canadenses desenvolveram um modelo de IA que pode prever com 95% de precisão a probabilidade de morte prematura em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), uma condição que afeta o trato gastrointestinal.
O estudo sugere que, ao identificar e tratar precocemente as multimorbidades (outras condições de saúde relacionadas), a taxa de mortalidade precoce pode ser significativamente reduzida. A pesquisa está publicada no Canadian Medical Association Journal.
Embora não esteja claro se a DII causa diretamente outras condições, estudos indicam que ela pode estar associada a problemas como artrite, doenças cardiovasculares, renais e problemas de saúde mental, como depressão.
Essas condições, se tratadas mais cedo, poderiam ajudar a melhorar a saúde geral dos pacientes e prevenir complicações graves.
IA pode prever morte prematura em pacientes com doença inflamatória intestinal – Imagem: ShannonChocolate/Shutterstock
Detalhes do estudo
A pesquisa analisou dados de 9.278 indivíduos com DII, dos quais 47,2% morreram prematuramente.
Os resultados indicam que, ao identificar doenças crônicas mais cedo, especialmente durante a juventude ou meia-idade, as chances de evitar a morte precoce aumentam.
O estudo também destacou que as doenças mais comuns entre os pacientes que morreram precocemente foram artrite, hipertensão, transtornos de humor, insuficiência renal e câncer.
Embora o modelo de IA não seja causal, ele pode identificar padrões de alto risco e ajudar na coordenação de cuidados entre diferentes especialidades médicas.
A pesquisa abre caminho para um tratamento mais integrado, com foco na saúde do paciente além da DII, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade.
Estudo revela que tratar precocemente as multimorbidades pode reduzir a taxa de mortalidade precoce em casos de DII – Imagem: shutterstock/DudnikPhoto
Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, anunciaram uma descoberta que pode ajudar no combate ao Alzheimer. Um medicamento foi capaz de reduzir pela metade os casos precoces em pacientes com predisposição genética para a doença.
Trata-se do gantenerumab, desenvolvido pela farmacêutica Roche, mas que acabou sendo descontinuado antes de ser aprovado para o uso no público em geral. Esta droga tem como alvo o acúmulo de placas amiloides, proteínas insolúveis que se depositam em órgãos e tecidos, causando danos, e apontadas como as causadores da condição degenerativa.
Sintomas precoces da doença foram reduzidos pela metade
Participaram do experimento 73 pessoas com as variantes genéticas hereditárias reveladoras e que já haviam sido inscritas em pesquisas de tratamento experimental.
Estas mutações herdadas causam o acúmulo de placas no cérebro, dando início aos primeiros sintomas da doença por volta dos 40 ou 50 anos de idade.
Durante o trabalho, 22 destes pacientes receberam ganternerumabe por um período de oito anos.
O grupo apresentou uma redução de 50% do risco de Alzheimer de forma precoce.
As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista The Lancet Neurology.
Droga tem como alvo o acúmulo de placas amiloides, apontadas como as causadores da condição neurodegenerativa (Imagem: luchschenF/Shutterstock)
Apesar dos resultados promissores, o medicamento apresentou um efeito colateral importante. Os pesquisadores identificaram um aumento de 30% nas anormalidades de imagem relacionadas ao amiloide (ARIA), que são alterações na ressonância magnética do cérebro.
Embora não tenha havido nenhum caso de risco de morte durante o experimento, dois participantes tiveram que interromper o tratamento por medida de segurança. Estes episódios inviabilizaram a manutenção do uso do medicamento também em outros pacientes.
Trabalho ainda é esperança para encontrar um novo tratamento contra o Alzheimer (Imagem: LightField Studios/Shutterstock)
Por conta disso, os cientistas passaram a usar o lecanemab, uma droga semelhante que foi aprovada pelas autoridades dos EUA. A esperança é que ela também possa retardar o avanço precoce da doença neurodegenerativa. De qualquer forma, ainda são necessários mais estudos para confirmar a viabilidade do tratamento.
Pesquisadores da Capital Medical University em Pequim, na China, alertam que a prevalência de Parkinson na população mundial pode aumentar consideravelmente nos próximos anos. O estudo aponta que serão 267 casos por 100 mil pessoas até 2050.
Se confirmada, esta projeção representa um aumento de 76% em relação ao ano de 2021. Isso significa que cerca de 25 milhões de indivíduos em todo o mundo apresentarão sinais da doença neurodegenerativa.
Pessoas com 80 anos ou mais serão as mais impactadas
De acordo com a equipe responsável pelo trabalho, o aumento mais significativo aconteceria entre pessoas com 80 anos ou mais.
Dentro deste público, o crescimento dos diagnósticos poderiam chegar a 196% até 2050.
Espera-se que os homens sejam mais afetados do que as mulheres, com a proporção de prevalência padronizada por idade entre homens e mulheres aumentando de 1,46 em 2021 para 1,64 em 2050.
O maior número de casos de Parkinson deve ficar concentrado no Leste Asiático (10,9 milhões), seguido pelo Sul da Ásia (6,8 milhões).
As menores incidências estão previstas para a Oceania (11 mil).
As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista The BMJ.
Incidência de Parkinson na população global irá aumentar (Imagem: Kotcha K/Shutterstock)
Doenças neurodegenerativas se tornarão a segunda principal causa de morte
Para chegar a estes resultados, os pesquisadores examinaram dados do Global Burden of Disease 2021, um estudo que quantifica sistematicamente as consequências causadas pelo Parkinson na saúde das pessoas.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as doenças neurodegenerativas, incluindo Parkinson e Alzheimer, ultrapassarão o câncer como a segunda principal causa de morte em todo o mundo até 2040.
Mal de Parkinson causa tremores involuntários e outros efeitos no corpo (Imagem: Jne Valokuvaus/Shutterstock)
O principal fator de risco é o envelhecimento populacional. De acordo com os pesquisadores, isso deve levar a um aumento expressivo de 89% nos casos da doença em todo o mundo até 2050. Esta projeção indica a necessidade de encontrar formas de controlar o avanço da condição entre os mais velhos.
A hemorragia é uma emergência médica séria que ocorre quando há sangramento excessivo dentro ou fora do corpo. Suas causas podem variar desde pequenos cortes até traumas graves, afetando diferentes regiões e exigindo atenção imediata para evitar complicações.
Mas você sabia que existem diferentes tipos de hemorragia e que cada um exige um cuidado específico?Nesta matéria, explicamos o que é a hemorragia, quando ela ocorre, quais são seus tipos e como agir corretamente para minimizar riscos. Confira!
O que é uma hemorragia e quando ela acontece?
A hemorragia é a perda súbita de sangue do sistema circulatório por conta da ruptura de um ou mais vasos sanguíneos. Ela pode aparecer como consequência de um ferimento, pancada ou até mesmo de alguma doença ou acidente.
A gravidade dela é medida pela quantidade e rapidez que o sangue é perdido. O organismo age com respostas fisiológicas quando uma hemorragia acontece, porém, se a perda for acima dessa resposta compensatória, a pessoa pode ter um choque hipovolêmico, um problema muito grave.
O choque hipovolêmico é uma emergência médica que acontece quando o corpo perde uma grande quantidade de líquidos e sangue. Com isso, o coração não consegue bombear sangue suficiente para o corpo, podendo levar à falência de órgãos e à morte.
Contudo, a situação pode ser revertida caso o indivíduo receba assistência médica de forma imediata, com a reposição de volume de sangue correspondente à perda.
A hemorragia é a perda súbita de sangue do sistema circulatório, por conta da ruptura de um ou mais vasos sanguíneos. (Imagem: Freepik)
Quais são os tipos de hemorragia?
A hemorragia pode ser dividida em duas classificações:
Externa
Quando ela está na superfície e pode ser visível. Pode ser mais ou menos intensa de acordo com o tipo de vaso afetado e a localização, isto é, em uma área com poucos ou muitos vasos sanguíneos. Geralmente é causada por traumas, acidentes, fraturas externas ou feridas abertas, por exemplo.
Os sintomas principais de hemorragia externa são:
Sangramento visível na parte externa do corpo;
Pouco ou muito sangue;
Palidez ou suor excessivo;
Fraqueza ou agitação.
Também pode acontecer confusão mental, batimentos cardíacos acelerados ou alteração do nível de consciência. Os sintomas ainda variam de acordo com a quantidade de sangue perdida.
Interna
É mais difícil de ser identificada, podendo acontecer sem lesão na pele. Ela não pode ser visível, já que acontece em alguma cavidade do organismo, como o abdômen ou tórax, por exemplo. É a mais comum de acontecer depois de acidentes.
Os sintomas principais de hemorragia interna são:
Palidez intensa e cansaço;
Pele fria e suor intenso;
Pulso rápido e fraco;
Respiração acelerada;
Muita sede;
Tontura, confusão mental ou desmaios;
Muita dor do abdômen, que fica endurecido.
Em alguns casos, dependendo da lesão, é possível que também seja verificada a saída de sangue pela boca, nariz, urina ou fezes. Os sintomas desse tipo de hemorragia podem demorar mais para aparecer, e geralmente surgem conforme o sangue vai se acumulando no corpo.
A hemorragia interna pode causar o choque hipovolêmico rapidamente, caso o sangramento não seja identificado e estancado pelo médico. Isso coloca a vida do paciente em risco.
A hemorragia pode ser arterial, venosa ou capilar. (Imagem: Freepik)
Quanto aos tipos, a hemorragia pode ser:
Arterial
O sangue jorra de uma artéria, e o sangramento é vermelho vivo, em forma de jatos, pulsando em sincronia com as batidas do coração. Nesse caso, a perda de sangue é rápida e abundante.
Venosa
O sangue sai de uma veia, e o sangramento é uniforme e de cor escura.
Capilar
O sangue escoa de uma rede de capilares. Sua cor é vermelha, e geralmente menos viva do que o sangue arterial, com fluxo lento.
Independente do tipo da hemorragia, caso a pessoa apresente sinais de palidez, pulso fraco, confusão mental ou desmaio, é preciso levá-la de forma imediata ao pronto-socorro ou ligar para o SAMU no 192 ou corpo de bombeiros no 193. Com isso, o sangramento será estancado, evitando complicações.
Estancar a hemorragia é importante para evitar complicações. (Imagem: Freepik)
Tratamento para hemorragia
Embora existam algumas medidas que possam ajudar a interromper o sangramento, o ideal é buscar atendimento médico, especialmente se você não tiver experiência em primeiros-socorros. Aplicar pressão direta sobre o ferimento pode ser eficaz em muitos casos, mas o uso inadequado de torniquetes ou técnicas erradas pode agravar a situação.
Uma manobra mal-executada, como apertar excessivamente um torniquete ou deixá-lo por muito tempo, pode cortar completamente a circulação do membro afetado, aumentando o risco de necrose e, em casos extremos, levando à necessidade de amputação. Por isso, em situações de sangramento grave, é fundamental agir com cautela e chamar socorro o mais rápido possível.
Qualquer pessoa pode ter uma hemorragia. Ela pode ser causada por diversos fatores, como traumas, doenças, medicamentos, hábitos de vida e complicações em procedimentos médicos.
O AVCnão escolhe idade — e está pegando cada vez mais pessoas de surpresa antes dos 55 anos. Pressão alta, sedentarismo, alimentação desequilibrada, cigarro e drogas aumentam o risco, inclusive entre pessoas jovens. Mulheres enfrentam fatores adicionais, como uso de anticoncepcionais e variações hormonais. A boa notícia: mudar hábitos ainda é a forma mais eficaz de se proteger.
É o que diz Siobhan Mclernon, especialista em enfermagem e pesquisadora da London South Bank University, em artigo publicado na revista Science Alert. Segundo ela, pouca gente conhece os sinais de um AVC — e menos ainda sabe como evitá-lo. Isso torna a prevenção desafio urgente para a saúde pública.
Siobhan já viu de perto os efeitos devastadores de um derrame. Atuou por anos em unidades de terapia intensiva neurológica. Agora, como pesquisadora, acompanha mudança preocupante: o AVC deixou de ter perfil único. Entre os pacientes mais jovens, surgem combinações diversas de fatores — do uso de drogas recreativas à sobrecarga mental.
Pessoas com menos recursos enfrentam mais dificuldade para controlar pressão, diabetes e outros riscos de AVC (Imagem: Tunatura/Shutterstock)
Quando o risco de AVC vem do ambiente — não do corpo
Nem todos os fatores de risco para o AVC estão ligados ao organismo. Algumas pessoas já nascem com anomalias vasculares, como aneurismas cerebrais — pequenas fraquezas na parede das artérias que podem romper e causar derrame hemorrágico. Mas outros perigos vêm de fora, moldados pelas condições sociais em que a pessoa vive.
Pessoas com menor renda e escolaridade enfrentam risco maior de sofrer AVC. O motivo não é apenas biológico. Estilo de vida, acesso à informação e qualidade do atendimento médico formam uma rede de desigualdades que pesa mais do que os genes. Quem tem menos, geralmente fuma mais, se exercita menos e consome mais álcool — não por escolha, mas por contexto.
Além disso, a desigualdade afeta até o tratamento. Pesquisas mostram que pessoas de baixa renda têm menos chances de receber cuidados médicos adequados. A barreira não é só financeira, mas, também, estrutural: menos consultas, menos exames, menos acesso a especialistas.
Pequenas mudanças, grandes efeitos
Para escapar do risco de um AVC, algumas mudanças simples no dia a dia podem fazer toda a diferença;
Parar de fumar é uma das mais urgentes: o cigarro danifica os vasos, aumenta a pressão e favorece coágulos;
Cuidar da pressão arterial e fazer exames regulares também ajuda, já que a hipertensão costuma passar despercebida;
Manter o peso dentro do idealreduz a pressão sobre o coração e os vasos sanguíneos. Para isso, a alimentação tem papel fundamental;
A recomendação é seguir dieta rica em fibras, com legumes, grãos integrais, azeite e castanhas — como na tradicional dieta mediterrânea;
Além de equilibrar o peso, esse tipo de comida protege as artérias e combate inflamações.
Atividade física regular, sono de qualidade e menos estresse também entram na conta. Evitar o consumo excessivo de álcool fecha o ciclo de cuidados. Nada disso exige medidas radicais — mas, juntas, essas escolhas mudam o rumo da história.
A dieta mediterrânea é rica em azeite, grãos integrais, frutas, legumes e peixes; e protege o cérebro (Imagem: Marian Weyo/Shutterstock)