alzheimer

IA pode ser crucial para melhorar o combate ao Alzheimer

Pesquisadores do Oxford Drug Discovery Institute estão utilizando inteligência artificial (IA) e gráficos de conhecimento para acelerar a descoberta de medicamentos para a doença de Alzheimer. As informações são do Wall Street Journal.

Essas tecnologias permitem analisar grandes volumes de dados biomédicos, acelerando o processo de triagem e priorização de genes e proteínas que podem ser alvos para o desenvolvimento de novos tratamentos.

A equipe de biólogos selecionou 54 genes associados ao sistema imunológico como potenciais alvos para testes laboratoriais. Escolher esses alvos é desafiador devido à complexidade da doença, que envolve diversos fatores genéticos, ambientais e socioeconômicos.

Leia mais:

Descoberta de medicamentos para Alzheimer tem sido acelerada pela IA – Imagem: shutterstock/PopTika

Detalhes do estudo

  • Para lidar com os obstáculos do estudo, os cientistas utilizaram gráficos de conhecimento — tecnologias de banco de dados que mapeiam relações entre dados, como genes, artigos e fontes de pesquisa, facilitando a busca por informações relevantes.
  • Com essa abordagem, a equipe reduziu o tempo necessário para avaliar os 54 genes de semanas para dias, acelerando a identificação de biomarcadores associados à doença.
  • A colaboração com a Graphwise, empresa especializada em gráficos de conhecimento, permitiu otimizar esse processo, aumentando a eficiência na análise de dados e na validação experimental dos alvos.

Esse uso de IA e gráficos de conhecimento representa um avanço significativo na organização e análise de dados biomédicos, ajudando cientistas a tomar decisões mais rápidas e informadas, mesmo sem formação em bioinformática.

Isso oferece uma oportunidade única para acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos para a doença de Alzheimer.

Tratamentos para combater a doença de Alzheimer podem alcançar avanços significativos com a ajuda da IA – Imagem: Shutterstock/Naeblys

O post IA pode ser crucial para melhorar o combate ao Alzheimer apareceu primeiro em Olhar Digital.

creatina_capa-1024x576

Creatina pode não ser tão boa quanto pensávamos, revela estudo

A creatina é um dos suplementos mais utilizados no mundo em função dos impactos dela no desempenho físico. No entanto, um novo estudo aponta que estes efeitos podem ter sido supervalorizados por anos.

De acordo com pesquisadores da Universidade de New South Wales, na Austrália, a ingestão de cinco gramas de creatina diariamente não leva a maiores ganhos musculares. Isso mesmo que seja combinada à prática regular de exercícios físicos.

Não há benefícios no ganho de massa muscular

  • Segundo a equipe responsável pelo trabalho, “tomar cinco gramas de suplemento de creatina por dia não faz nenhuma diferença na quantidade de massa muscular magra que as pessoas ganham durante o treinamento de resistência”.
  • A conclusão do estudo é que os benefícios do suplemento podem ter sido superestimados no passado.
  • Isso teria acontecido devido a problemas metodológicos em trabalhos anteriores.
  • O novo estudo foi publicado na revista Nutrients.
Problemas metodológicos em trabalhos anteriores podem ter superestimado os benefícios do suplemento (Imagem: Erhan Inga/Shutterstock)

Leia mais

Experimento não revelou diferenças significativas

No novo trabalho, foram analisados 54 indivíduos com idade média de 31 anos. Eles foram separados em dois grupos: um tomou 5 gramas por dia de creatina monohidratada durante 13 semanas enquanto realizava 12 semanas de treinamento de resistência, enquanto o outro manteve a mesma rotina, mas sem tomar o suplemento.

Todos os participantes do estudo eram relativamente saudáveis e praticavam menos do que os 150 minutos recomendados de exercícios mínimos de intensidade moderada por semana. Eles também mantiveram um registro alimentar, que não mostrou diferenças significativas em suas dietas.

Participantes do experimento ingeriram 5 gramas de creatina por dia (Imagem: Savvapanf Photo/Shutterstock)

Os pesquisadores explicam que as pessoas que tomaram creatina experimentaram mudanças antes mesmo de começarem a se exercitar. Isso possivelmente aconteceu pela retenção de líquidos, um dos efeitos do suplemento, e não por um crescimento muscular real.

Após o início dos exercícios, nenhum benefício adicional da creatina foi observado, o que sugere que cinco gramas por dia não são suficientes para ganhar músculos. Apesar dos resultados, a equipe admite que são necessários maiores análises para determinar os verdadeiros efeitos da substância.

O post Creatina pode não ser tão boa quanto pensávamos, revela estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.

gripe_aviaria-1024x682

Gripe aviária: vírus está evoluindo de forma inédita

O mais recente surto de gripe aviária já dura dois anos e parece estar longe de terminar. Diversos novos estudos apontam o avanço do vírus em outros animais, especialmente mamíferos, com o risco de transmissão para os humanos cada vez maior.

De fato, cientistas afirmam que o H5N1 está evoluindo de uma forma nunca antes vista. E muitos já defendem que não há mais nenhuma chance de contenção, sendo necessário pensar em alternativas de redução dos danos.

Nova mutação do vírus preocupa

O último surto da doença aconteceu entre 2014 e 2015 e acabou sendo controlado após a adoção de algumas medidas sanitárias. No entanto, parece ser difícil que isso aconteça dessa vez em razão do comportamento do vírus.

Doença pode estar prestes a infectar humanos com mais facilidade (Imagem: Melnikov Dmitriy/Shutterstock)

Bióloga do National Institutes of Health, dos EUA, Martha Nelson é uma das muitas pesquisadores que monitoram o surto global de H5N1. Segundo ela, o risco de que o vírus sofra mutação para se espalhar facilmente de pessoa para pessoa é real, apesar de ainda ser considerado baixo.

A preocupação é com uma recente mutação mais perigosa que já está circulando entre aves selvagens e que se espalhou para vacas leiteiras. As infecções também foram identificadas em ratos e camundongos, com muitos outros mamíferos selvagens, incluindo raposas, veados e gambás, também testando positivo para a grupe aviária. As informações são do The Verge.

Leia mais

gripe aviária
Doença é responsável pela morte de milhões de aves ao redor do mundo (Imagem: Pordee_Aomboon/Shutterstock)

Risco de infecção generalizada existe?

  • Um estudo apontou que o vírus responsável pela gripe aviária já pode ser transmitido entre mamíferos.
  • Isso significa que o patógeno está se adaptando e pode conseguir infectar humanos com maior facilidade.
  • Nos últimos meses, cientistas detectaram a gripe aviária em aves de Nova York, amostras de leite cru e em vacas leiteiras pela primeira vez na história.
  • A doença também já causou a morte de diversos animais que não costumavam ser infectados.
  • É o caso do urso polar, gatos e até pinguins da Antártica.
  • Recentemente, a gripe aviária também foi detectada em um porco pela primeira vez.
  • Segundo especialistas, isso comprova que o vírus está se espalhando até em áreas remotas do planeta e pode estar evoluindo a ponto de infectar os humanos com facilidade.

O post Gripe aviária: vírus está evoluindo de forma inédita apareceu primeiro em Olhar Digital.

mulher-com-os-olhos-abertos-1024x683

É mesmo possível dormir de olhos abertos?

Ser incapaz de fechar os olhos por completo em todos os momentos do dia, inclusive ao dormir, é uma condição chamada de Lagoftalmo, que prejudica a saúde ocular da pessoa. A seguir, o Olhar Digital traz mais detalhes sobre essa situação patológica.

É mesmo possível dormir de olhos abertos?

Sim, é possível dormir de olhos abertos. Porém, se essa dificuldade de fechar as pálpebras por completo for apenas durante o sono, isso tem um nome ainda mais específico: lagoftalmo noturno.

Mulher de olhos abertos (Reprodução: Amanda Dalbjörn/Unsplash)

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO) o problema tem como principal causa a paralisia do nervo facial, pois é o responsável pela movimentação da musculatura superficial da face.

Quando há algum tipo de lesão, ocorre uma perda de parte do estímulo de contração na musculatura facial. Assim, a pessoa não consegue fechar o olho do lado da paralisia.

Ainda existem outras causas, como herpes, hanseníase, HIV e mais condições infecciosas. Também, há a possibilidade de o Lagoftalmo ser decorrente de traumas e sequelas de procedimentos cirúrgicos. Em alguns casos, a medicina sequer consegue identificar o que está ocasionando o problema. 

A SBCPO ainda lista causas neurológicas, tumores, questões metabólicas (como hipertensão e diabetes), além de intoxicações por meio de medicamentos e drogas.

Animais também conseguem dormir de olhos abertos?

Sim, mas segundo uma publicação do Northwest Animal Eye Specialists, isso é mais comum do que você imagina. Cachorros, por exemplo, podem dormir com os olhos parcialmente abertos, virados para trás e sem foco. Isso é algo intrínseco aos padrões de sono canino. 

crocodilo cochilando de olhos abertos
Crocodilo cochilando de olhos abertos (Imagem: Carl Tomich/Shutterstock)

Porém, caso você note que o seu pet está irritado, apresente vermelhidão, secreção nos olhos, está desorientado, e até mesmo dormindo em horários errados, é recomendável levá-lo a um especialista.

Isso porque o próprio Northwest Animal Eye Specialists afirma que, apesar de geralmente não ser algo a se preocupar, esse comportamento em cães também pode ser sinal de movimento ocular anormal, infecções oculares e trauma ocular. 

Vale destacar que também existem outras espécies do reino animal que conseguem dormir de olhos abertos para ficarem atentos às ameaças, como aves, golfinhos e crocodilos.

Leia mais:

Quais problemas podem acometer o corpo ao dormir com os olhos abertos?

Conforme explica o artigo do American Academy of Ophthalmology, além de provocar ressecamento e irritação aos globos oculares, o Lagoftalmo pode trazer sérios problemas à saúde por conta da exposição da córnea e da ceratopatia subsequente, as quais podem desenvolver uma ceratite infecciosa: uma inflamação da camada mais superficial da córnea.

Casos como esse vão além do desconforto ocular e, se não tratados, podem deixar sequelas graves.

Há, também, a possibilidade do problema progredir para uma ulceração da córnea (uma ferida aberta nesta região) que pode provocar vermelhidão, sensação de corpo estranho no interior do olho, hipersensibilidade à luz intensa, aumento da secreção lacrimal e dor. 

Essa doença pode ser tratada, mas corre o risco de deixar uma cicatriz fibrosa, o que danifica a visão. Além disso, há complicações como a perfuração da córnea, infecções persistentes, destruição de grande parte do tecido da cavidade ocular e deslocamento da íris.

Então, na dúvida, é sempre bom consultar um médico oftalmologista para elucidar dúvidas e, se necessário, realizar exames para chegar a um diagnóstico.

O post É mesmo possível dormir de olhos abertos? apareceu primeiro em Olhar Digital.

pe-de-um-bebe-1024x576

O que é uma pessoa intersexo?

Você já ouviu falar no termo intersexo? De acordo com a Organização das Nações Unidas (ONU), aproximadamente de 0,05% a 1,7% da população do planeta nasce com características intersexuais. A estimativa é que no Brasil haja 3,5 milhões de pessoas que se enquadram nos aspectos de um ser humano intersexo. 

Nas próximas linhas, o Olhar Digital traz detalhes em relação ao que é uma pessoa intersexo, quais características anatômicas e fisiológicas a classificam dessa forma, e como esse desenvolvimento ocorre. Continue a leitura e confira!

O que é uma pessoa intersexo?

Conforme a definição dada pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Direitos Humanos (Acnudh), uma pessoa intersexo é aquela cujas características físicas (anatômicas) não se encaixam nos aspectos típicos e binários do que é masculino ou feminino. 

Bebê deitado enquanto dorme (Reprodução: Tuva Mathilde Løland/Unsplash)

Explicando de forma generalista, significa que a genitália de uma pessoa nasce de uma forma que não é exclusivamente a de um homem ou a de uma mulher. Isso porque o corpo desenvolveu características anatômicas de ambos, que podem ser, por exemplo, uma vagina semi-desenvolvida com testículos internos.

A essa condição, dá-se o nome de intersexualidade ou atribui-se a uma “pessoa intersexo”. É uma questão desenvolvida durante a gestação do bebê e que vai acompanhá-lo para toda a vida. Não é uma doença e não pode ser tratada como tal.

A explicação para tais características está ligada à anatomia, cromossomos, órgãos reprodutores e hormônios. Dependendo do caso, os médicos conseguem identificar que a pessoa é intersexo já no nascimento, mas há outras situações em que os traços só ficam visíveis na puberdade ou nunca aparecem. 

De acordo com o portal americano especializado em medicina, WebMD, há a possibilidade de descobrir esses traços em testes para infertilidade e existem casos raros nos quais a pessoa foi identificada como intersexo apenas na autópsia após a morrer. 

Por que há pessoas que têm características intersexo?

Como já citado acima, os motivos para ser uma pessoa intersexo estão ligados a anatomia, cromossomos, órgãos reprodutores e hormônios.

Segundo o WebMD, as principais causas podem estar ligadas a condições genéticas que interferem nos níveis hormonais e outras exposições hormonais de medicamentos ou diferentes fontes, ambos no período de desenvolvimento do bebê. 

Como determinar que os cromossomos são de uma pessoa intersexo?

De forma geral, a maioria das pessoas nasce com 46 cromossomos. Neles, estão suas informações genéticas, em cada uma das suas células. Além disso, os cromossomos têm 23 pares, sendo um deles definido como cromossomos sexuais, o que auxilia a determinar se a pessoa terá características físicas típicas de homem ou mulher. 

imagem mostra duas crianças: um menino e uma menina, lado a lado, pousando para foto, deitados
(Reprodução: FRANCESCO TOMMASINI/Unsplash)

No caso dos homens, a maioria vem com um cromossomo X e um Y. Já as mulheres costumam ter dois cromossomos X. Porém, algumas pessoas nascem com arranjos cromossômicos diferentes que interferem no desenvolvimento sexual.

Há quem nasça apenas com um cromossomo X ou então com o agrupamento XXY. Tem ainda aqueles que possuem células com cromossomos sexuais diferentes dos outros, como células com cromossomos XY e outras com XX. 

Quando o padrão de cromossomos de uma pessoa é investigado, então, há uma chance de determinar se ela é intersexual ou não.

Leia mais:

Como é a anatomia de uma pessoa intersexo já no nascimento?

Há indivíduos intersexo com cromossomos sexuais de homem ou mulher, porém com aspectos corporais diferentes do sexo indicado. Isso pode ser identificado logo no nascimento pelo médico ou ser algo interno que passa despercebido.

O site WebMD dá o exemplo de um bebê que nasce com um clitóris maior do que o normal, sem abertura vaginal e um pênis minúsculo.

Há também os nenéns com a genitália ambígua, o que dificulta a determinação do sexo. É possível nascer com um tecido ovariano (característico do sexo feminino) e o tecido testicular (característico do sexo masculino). 

Vale ressaltar que, em casos de genitália ambígua, é possível realizar alguns exames para descobrir o que pode ter essa característica anatômica e determinar o sexo do bebê.

Dr. Anselmo Hoffmann, formado em Medicina pela Universidade Federal do Rio Grande de Sul (UFRGS), titulado em Cirurgia Geral e mestrado em Urologia laparoscópica e robótica, por exemplo, afirma em seu blog que é possível realizar os seguintes exames:

  • Ultrassonografia da pelve/abdome para ver se há útero e gônadas intra-abdominais;
  • Genitografia, RX utilizando contraste para olhar a uretra e ver a presença de vagina;
  • Cariótipo com o intuíto de verificar os cromossomos para saber o sexo genético;
  • Estudos Hormonais.

O portal Verywell Mind, especializado em informações sobre saúde e bem-estar, ainda destaca que é possível a criança nascer sem testículos, ovários, lábios internos ou clitóris, pênis sem abertura uretral ou genitália externa diferente da anatomia interna.

Isso tudo significa que não há um padrão estabelecido para as características de uma pessoa intersexo: é possível que o paciente apresente diferentes tipos de combinações anatômicas, seja com um órgão sexual atrofiado e o outro semi-desenvolvido, ou uma característica da genitália na região interna do corpo e outra na parte externa, e assim por diante. Há várias combinações possíveis.

É por isso que o acompanhamento médico é de extrema importância para entender cada caso e avaliar o que pode ser feito pelas pessoas intersexuais: alguns optam por cirurgias e terapias hormonais, outros, apenas por psicoterapia… O que será feito deve ser um comum acordo entre o paciente e os profissionais da saúde para que, juntos, descubram o que é melhor para o paciente em virtude de sua saúde física, mental e bem-estar sexual.

Cada paciente tem desejos diferentes sobre como prefere seguir com a própria vida, e estar bem informado, além de ter suporte familiar e apoio de profissionais da saúde, faz toda a diferença.

O post O que é uma pessoa intersexo? apareceu primeiro em Olhar Digital.

casal-idoso-1024x682

Você sabia que idosos podem ter um cheiro diferente? Entenda o porquê

Muitas pessoas já perceberam que idosos podem ter um cheiro característico, diferente do que é comum em pessoas mais jovens. Esse fenômeno não está ligado à falta de higiene ou ao uso de perfumes e cremes específicos, mas sim a mudanças naturais que ocorrem no corpo com o passar dos anos.

Esse odor, frequentemente descrito como sutil e levemente adocicado, tem explicações científicas. Ele está relacionado à produção e oxidação de substâncias químicas na pele, um processo natural do envelhecimento.

Entenda por que alguns idosos têm um cheiro diferente das pessoas mais jovens

Com o envelhecimento, ocorrem diversas alterações no corpo, incluindo mudanças na composição da pele e na produção de óleos naturais. Uma das principais causas do cheiro característico em idosos é a oxidação de ácidos graxos presentes na pele, que leva à formação de um composto químico chamado 2-nonenal.

Casal de idosos se abraçando (Imagem: pikselstock/Shutterstock)

O 2-nonenal é um subproduto do envelhecimento e começa a ser produzido em maior quantidade por volta dos 40 anos, tornando-se mais perceptível conforme a idade avança. Essa substância se acumula na pele e nos tecidos, sendo liberada gradualmente ao longo do tempo.

Diferente do suor ou de odores corporais comuns em pessoas mais jovens, o cheiro do 2-nonenal não é eliminado facilmente com um banho comum, pois ele está associado à oxidação dos lipídios da pele e não apenas à presença de bactérias.

Pesquisas indicam que alguns fatores podem intensificar esse cheiro, como dieta, estilo de vida e a renovação mais lenta das células da pele em pessoas idosas. Além disso, o acúmulo dessa substância pode ser mais evidente em tecidos e móveis, tornando o odor mais persistente em ambientes frequentados por idosos.

Como diminuir o “cheiro de vovô”

Embora o cheiro característico do envelhecimento não represente nenhum risco à saúde, algumas pessoas podem se sentir desconfortáveis com ele.

Casal de idosos resolvendo problemas com canetas
Idosos fazendo palavras cruzadas (Imagem: Robert Kneschke/Shutterstock)

Vale ressaltar que ninguém é obrigado a fazer nada para mudar esse odor, pois ele faz parte do processo natural do envelhecimento. No entanto, para aqueles que desejam reduzi-lo, existem algumas estratégias que podem ajudar.

Higiene e escolha de produtos de limpeza

Como o 2-nonenal não é eliminado facilmente apenas com o banho tradicional, alguns dermatologistas recomendam o uso de géis de limpeza específicos para remover melhor o acúmulo dessa substância na pele.

Sabonetes com propriedades antioxidantes e com tensoativos mais fortes podem ajudar. Outra opção para usar no banho são sabonetes à base de óleo, ou melhor ainda, um óleo de banho propriamente dito: eles atraem a oleosidade da pele e auxiliam a dissolvê-la mais facilmente; essa dica, inclusive, é a melhor para quem possui pele sensível, visto que o óleo de banho limpa sem ressecar e aumenta a hidratação da pele.

Aumentar a frequência do banho pode não ser a solução ideal, pois a pele de idosos tende a ser mais seca e sensível.

No entanto, há duas opções: a primeira e mais barata é a utilização de esponjas macias para esfoliação suave, o que vai esfoliar a pele e remover as células mortas; a segunda, e um pouco mais cara, é o uso de hidratantes corporais sem cheiro, mas ricos em ácidos esfoliantes, como ácido lático, salicílico, mandélico e glicólico.

Esses hidratantes, recomendados durante o acompanhamento com o médico dermatologista, esfoliam a pele sem friccionar a região (ao contrário das esponjas), e a química envolvida na composição dos produtos ajuda a desobstruir os poros e remover células mortas. Para utilizá-lo corretamente, consulte o médico.

Roupas e tecidos

O cheiro do 2-nonenal pode ficar impregnado em roupas, tecidos e móveis. Lavar as roupas com maior frequência e utilizar produtos com ação neutralizadora de odores pode ajudar a reduzir a fixação do cheiro nos tecidos.

A ventilação do ambiente também pode ser útil, pois ajuda a dissipar os compostos voláteis presentes no ar e reduz a percepção do odor.

Leia mais

Alimentação e estilo de vida

A alimentação pode influenciar a composição dos óleos naturais da pele. Dietas ricas em antioxidantes, como aquelas que incluem frutas, vegetais e gorduras saudáveis, podem ajudar a reduzir a oxidação dos lipídios da pele e, consequentemente, a produção do 2-nonenal.

Manter uma rotina de exercícios físicos e hidratar-se constantemente também ajudam a regular a produção de óleos na pele e a contribuir para um metabolismo mais equilibrado.

Com informações de Scientific American.

Uma pessoa jovem pode ter o mesmo cheiro de um idoso?

Raramente, pois o odor está ligado à oxidação de lipídios na pele, que ocorre mais intensamente com o envelhecimento.

Quem pode sentir o “cheiro de vovô”?

Qualquer pessoa, mas alguns têm olfato mais sensível para identificar odores sutis, como esse.

O post Você sabia que idosos podem ter um cheiro diferente? Entenda o porquê apareceu primeiro em Olhar Digital.

energetico-corao-2-1024x576

Qual a relação entre energéticos e problemas cardíacos?

As bebidas energéticas ganharam popularidade nas últimas décadas, especialmente entre jovens e adultos que buscam aumentar a disposição, melhorar o desempenho físico ou combater o cansaço. No entanto, o consumo excessivo dessas bebidas tem levantado preocupações entre médicos e especialistas em saúde, principalmente em relação aos seus efeitos no coração. 

Mas qual é, de fato, a relação entre energéticos e problemas cardíacos? E como saber se algo está errado com o coração? Vamos explorar essas questões com base em evidências científicas e orientações de órgãos de saúde.

Atenção: os dados deste artigo são apenas informativos. Em caso de alterações fisiológicas, o médico cardiologista deve sempre ser consultado.

Qual a relação entre energéticos e problemas no coração?

Lata de energético Red Bull / Crédito: Mehmet Cetin (shutterstock / reprodução)

O que há dentro de uma bebida energética?

As bebidas energéticas são compostas principalmente por cafeína, açúcares, taurina, guaraná, vitaminas do complexo B e outros estimulantes. Uma lata de 250 ml de energético pode conter entre 80 mg e 150 mg de cafeína, dependendo da marca. Para comparação, uma xícara de café contém cerca de 95 mg de cafeína.

Além disso, essas bebidas costumam ter altas concentrações de açúcar, o que também pode impactar a saúde cardiovascular.

A cafeína, em particular, é um estimulante que atua no sistema nervoso central, aumentando a frequência cardíaca e a pressão arterial. Em doses moderadas, ela pode melhorar o estado de alerta e o desempenho físico. 

No entanto, em excesso, pode desencadear efeitos colaterais graves, especialmente em pessoas com condições cardíacas pré-existentes.

Como os energéticos afetam o coração?

Cafeína
Cafeína / Crédito: Danijela Maksimovic (shutterstock / reprodução)

Estudos científicos demonstram que o consumo de bebidas energéticas pode causar alterações significativas no sistema cardiovascular. Um estudo clínico randomizado e controlado por placebo, publicado no Journal of the American Heart Association, analisou os efeitos do consumo de 946 ml (cerca de três latas) de bebidas energéticas em jovens saudáveis. 

Os resultados mostraram que essas bebidas prolongaram o intervalo QTc no eletrocardiograma, um parâmetro associado ao risco de arritmias cardíacas. Além disso, houve um aumento significativo na pressão arterial sistólica e diastólica.

O prolongamento do intervalo QTc é particularmente preocupante, pois está associado a um maior risco de arritmias graves, como a taquicardia ventricular e a fibrilação ventricular, que podem levar à parada cardíaca. A Food and Drug Administration (FDA), dos Estados Unidos, considera que um aumento de mais de 10 ms no intervalo QTc já é motivo para investigação adicional.

Outro estudo, publicado no International Journal of Cardiology, destacou que o consumo de energéticos pode aumentar a liberação de adrenalina, o que eleva a frequência cardíaca e a pressão arterial. Esses efeitos são especialmente perigosos para pessoas com hipertensão, doenças cardíacas ou predisposição a arritmias.

Leia mais:

Quem deve evitar bebidas energéticas?

Problema no coração
Problema no coração / Crédito: jaojormami (shutterstock / reprodução)

Alguns grupos de pessoas devem evitar ou limitar drasticamente o consumo de bebidas energéticas devido aos riscos cardiovasculares. Entre eles estão:

  • Pessoas com problemas cardíacos pré-existentes: indivíduos com arritmias, insuficiência cardíaca ou síndrome do QT longo devem evitar energéticos, pois a cafeína pode agravar essas condições.
  • Hipertensos: o aumento da pressão arterial causado pelos energéticos pode ser perigoso para quem já tem pressão alta.
  • Gestantes: a cafeína pode atravessar a placenta e afetar o feto.
  • Menores de 18 anos: o sistema cardiovascular de adolescentes ainda está em desenvolvimento, e o consumo de energéticos pode causar efeitos adversos.
  • Pessoas sensíveis à cafeína: alguns indivíduos metabolizam a cafeína mais lentamente, o que aumenta o risco de efeitos colaterais.

Como saber se algo está errado com o coração?

Médico Cardiologista
Médico Cardiologista / Crédito: Ton Wanniwat(shutterstock / reprodução)

O consumo excessivo de bebidas energéticas pode desencadear sintomas que indicam problemas cardíacos. O Ministério da Saúde informa alguns sinais que merecem atenção:

  • Palpitações: sensação de batimentos cardíacos acelerados ou irregulares.
  • Dor no peito: pode ser um sinal de angina ou infarto.
  • Falta de ar: dificuldade para respirar, especialmente durante atividades físicas.
  • Tonturas ou desmaios: podem indicar arritmias ou queda na pressão arterial.
  • Inchaço nas pernas: pode ser um sinal de insuficiência cardíaca.

Se você experimentar qualquer um desses sintomas após consumir bebidas energéticas, é fundamental buscar atendimento médico imediatamente. Exames como eletrocardiograma (ECG) e monitoramento da pressão arterial podem ajudar a identificar problemas cardíacos.

Quem tem problema de coração pode beber café e energético?

Pessoas com problemas cardíacos devem evitar o consumo de bebidas energéticas e café, pois a cafeína pode agravar arritmias e aumentar a pressão arterial.

Quem tem pressão alta pode tomar energético?

Hipertensos devem evitar bebidas energéticas, pois elas podem elevar ainda mais a pressão arterial e aumentar o risco de complicações cardiovasculares.

O post Qual a relação entre energéticos e problemas cardíacos? apareceu primeiro em Olhar Digital.

Destaque-Sono-31-de-janeiro-1024x576

Dia do Sono: como os vestíveis monitoram a qualidade do descanso

Março é o mês mundial do sono, especialistas destacam como as novas tecnologias, especialmente os vestíveis, estão ajudando a melhorar a qualidade do descanso.

Esses aparelhos são práticos, fornecendo informações detalhadas sobre os padrões noturnos de cada indivíduo. Além disso, eles ajudam a identificar comportamentos que podem prejudicar o descanso.

O que são os vestíveis?

Entre os dispositivos mais inovadores entre os vestíveis, estão os smartwatches, anéis e outros dispositivos que monitoram sono e metabolismo, oferecendo benefícios para a saúde física e mental. Esses dispositivos utilizam sensores para coletar dados, como saturação de oxigênio, frequência cardíaca, temperatura corporal e movimento.

Um exemplo é a healthtech brasileira Biologix, que criou uma inteligência artificial (IA) para diagnosticar apneia do sono em casa e já realiza mais de 10 mil exames por mês.

Vestíveis se mostram importantes para a saúde (Imagem: Lysenko Andrii/Shutterstock)

Sara Giampá, pesquisadora científica da Biologix, explica que “esses dispositivos analisam os padrões de sono, estimam a qualidade e a duração do descanso e podem identificar distúrbios, como a apneia do sono, caracterizada por pausas respiratórias.” Ela complementa: “Além de alertar o usuário sobre problemas, como a apneia, que, muitas vezes, passa despercebida, também sugerem práticas para melhorar a qualidade do sono.”

É importante lembrar que, como qualquer tecnologia, esses dispositivos podem apresentar alguns desafios. “Os dados coletados nem sempre são totalmente precisos. Além disso, nem todos os dispositivos têm validação clínica, o que pode levar a interpretações equivocadas“, explica Sara. Por isso, ela enfatiza a importância de buscar orientação médica para diagnóstico adequado de possíveis distúrbios do sono.

Leia mais:

Impacto do sono para a saúde

  • A quantidade de sono necessária varia de pessoa para pessoa. Contudo, especialistas recomendam que adultos durmam entre sete a nove horas por noite;
  • Sara ressalta que, além do tempo, a qualidade do sono também é vital. “Mesmo que uma pessoa durma por oito horas, se não passar pelos estágios mais profundos do sono, como o sono REM e o sono profundo, ela pode não se sentir completamente descansada“;
  • Os vestíveis têm se mostrado aliados importantes no monitoramento do sono;
  • No entanto, fatores, como estresse, exposição à luz azul das telas e hábitos diários, podem afetar a qualidade do descanso;
  • Para melhorar o sono, a especialista sugere evitar o uso de aparelhos eletrônicos uma hora antes de dormir e praticar exercícios regularmente.

Com o auxílio de tecnologias inovadoras, como os vestíveis, é possível ter um controle mais detalhado sobre os fatores que impactam o sono. No entanto, é fundamental usar esses dispositivos com consciência e sempre contar com a orientação de profissionais de saúde para garantir o diagnóstico e tratamento adequados de distúrbios do sono.

sono
Com o auxílio de tecnologias inovadoras, como os vestíveis, é possível ter um controle mais detalhado sobre os fatores que impactam o sono (Imagem: New Africa/Shutterstock)

O post Dia do Sono: como os vestíveis monitoram a qualidade do descanso apareceu primeiro em Olhar Digital.

alcool-1024x682

O que acontece no seu corpo quando você para de beber álcool?

Se você está pensando em parar de beber álcool, provavelmente já sabe que a sobriedade pode trazer uma série de benefícios, tanto mentais quanto físicos. Claro, esses benefícios podem variar de pessoa para pessoa, dependendo da relação anterior com o álcool, mas, de modo geral, diversas vantagens são esperadas. 

O que acontece no seu corpo quando você para de consumir bebidas alcoólicas?

De acordo com a Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS), o consumo de álcool está associado a mais de 200 doenças e lesões. Os impactos mais significativos ocorrem no fígado, onde o álcool é metabolizado, mas também há efeitos em outros órgãos, como o coração, o trato gastrointestinal, o pâncreas e o cérebro.

Esses efeitos negativos podem variar bastante, dependendo da frequência de consumo e da quantidade ingerida.

Entretanto, os problemas de saúde – bem como os problemas de segurança pública causados pelo álcool – podem ser significativamente reduzidos por meio de ações que abordem os níveis, padrões e contextos do consumo. Veja abaixo como o nosso corpo reage quando paramos de consumir bebidas alcoólicas. 

Leia também:

Imagem: Korawat photo shoot/Shutterstock

O coração fica mais saudável

Foi-se o tempo em que as pessoas acreditavam que uma taça de vinho tinto ao dia poderia ser boa para o coração. Segundo a OMS, além do consumo de álcool não fazer bem para nenhum órgão, não existe dose segura para a nossa saúde. 

Assim, diminuir o consumo ou parar de beber álcool pode reduzir sua pressão arterial, os níveis de gordura chamados triglicérides e as chances de insuficiência cardíaca.

O fígado pode se recuperar

A função do fígado é filtrar as toxinas, e o álcool é tóxico para as nossas células. Ou seja, o consumo excessivo de álcool pode prejudicar o órgão e causar esteatose hepática, cirrose e outros problemas. A boa notícia é que o fígado pode se recuperar e, dependendo do contexto de cada pessoa, até se regenerar quando paramos de beber.

Além disso, na ausência de álcool no sistema, o fígado pode se concentrar em suas outras funções, como a quebra de outras toxinas produzidas pelo corpo e o metabolismo de gorduras.

Mulher bebendo um copo de cerveja com uma expressão de desgostos
Mulher bebendo um copo de cerveja com uma expressão de desgostos / Crédito: frantic00 (shutterstock/reprodução)

As funções cognitivas e o sono também melhoram

De acordo com pesquisas, em apenas uma semana sem álcool, nosso corpo é capaz de prover melhores padrões de sono e clareza mental. Isso porque o consumo de álcool pode aumentar a supressão do sono REM, que é a parte mais profunda do ciclo do sono e tem o impacto mais restaurador no corpo.

A fase REM desempenha um papel importante em nossa função cognitiva, permitindo que nosso cérebro processe memórias, tome decisões mais claras e regule nossas emoções – viabilizando e facilitando nossas tarefas diárias.

A pele fica mais bonita

Pode parecer supérfluo mencionar a aparência, mas ela é uma das consequências positivas por um motivo importante: hidratação. O álcool é um diurético, o que significa que faz com que o corpo perca líquidos e se desidrate rapidamente.

Além disso, a desidratação prejudica a absorção de nutrientes essenciais, como as vitaminas A, C e E. Ao parar de beber, a pele – e outras partes do corpo – retém mais umidade e pode absorver melhor vitaminas importantes para sua saúde.

Mulher segurando um copo com água
Copo de água. Imagem: Fizkes/Shutterstock

Quanto para perceber mudanças depois de parar de beber?

A maior parte das pesquisas sobre os efeitos da interrupção do consumo de álcool tem foco em pessoas com consumo pesado. Assim, os sintomas físicos de abstinência são os mais perceptíveis durante os primeiros dias, mas geralmente melhoram bastante em poucas semanas. 

De qualquer forma, até mesmo para aquelas pessoas que consomem álcool de maneira mais moderada, é possível observar diversos efeitos positivos na saúde após parar de beber álcool por um mês.

O post O que acontece no seu corpo quando você para de beber álcool? apareceu primeiro em Olhar Digital.

shutterstock_474949750-1024x682

Doença mortal dos séculos 16 e 18 reaparece e acende alerta

O escorbuto, doença causada pela deficiência de vitamina C, voltou a ser motivo de preocupação para as autoridades de saúde ao redor do mundo. A condição, que vitimou milhões de marinheiros entre os séculos XVI e XVIII, era considerada rara em países desenvolvidos. No entanto, casos recentes indicam um ressurgimento da doença, especialmente em populações vulneráveis.

Exemplos preocupantes são o de um australiano de 51 anos, que foi internado com um caso agudo da doença, e crianças francesas de baixa renda diagnosticadas com a doença. Estes quadros clínicos levantaram um alerta sobre a relação entre dificuldades econômicas e a falta de acesso a uma alimentação equilibrada.

Paciente descobre escorbuto após quadro grave

  • O paciente apresentou erupções cutâneas dolorosas nas pernas, que rapidamente se espalharam pelo corpo.
  • Durante uma série de exames para investigar a inflamação dos vasos sanguíneos, também foram identificados sangue na urina e sinais de anemia.
  • Contudo, os testes não apontaram evidências de doenças autoimunes ou hemorragia interna.
  • A causa dos sintomas só foi identificada quando os médicos investigaram os hábitos alimentares do paciente.
  • Um estudo do caso revelou que ele enfrentava dificuldades financeiras, o que o levou a negligenciar a alimentação, eliminando frutas e vegetais de sua dieta.
  • Além disso, após passar por uma cirurgia, ele parou de tomar os suplementos vitamínicos e minerais prescritos devido à falta de dinheiro, agravando ainda mais a deficiência nutricional.
  • Os resultados do caso foram publicados na revista BMJ Case Reports.
  • O paciente se recuperou após iniciar um tratamento com suplementação de vitamina C, vitamina D3, ácido fólico e multivitamínicos.
  • No entanto, especialistas alertam que o escorbuto pode ser fatal se não for tratado.

Escorbuto ressurge na França e afeta crianças de baixa renda

Pesquisadores franceses identificaram um crescimento preocupante nos casos de escorbuto, especialmente entre crianças de quatro a dez anos de famílias de baixa renda. Um estudo publicado na revista The Lancet aponta a relação entre o aumento da doença e a insegurança alimentar agravada pela inflação pós-pandemia.

Erupções cutâneas estão entre os sintomas do escorbuto (Imagem: BlurryMe / Shutterstock.com)

Aumento significativo desde 2020

Dados analisados por médicos e pesquisadores indicam que as hospitalizações por escorbuto cresceram 34,5% desde março de 2020, período que coincidiu com o início da pandemia de Covid-19. O aumento dos preços dos alimentos, com destaque para o índice de 15% de inflação nos alimentos em janeiro de 2023, limitou o acesso de muitas famílias a frutas e vegetais ricos em vitamina C, essenciais para a prevenção da doença.

Além da desnutrição, muitos dos casos analisados apontaram que crianças afetadas passaram dias sem se alimentar, segundo relatos de enfermeiros. Especialistas defendem a necessidade de políticas públicas mais eficazes, incluindo maior investimento em assistência social e programas alimentares para mitigar o impacto da crise econômica na nutrição infantil.

Leia mais:

Aumento de casos gera preocupação

A vitamina C é essencial para a cicatrização de feridas, fortalecimento do sistema imunológico e regeneração óssea. Por isso, uma dieta pobre neste nutriente por apenas um mês pode desencadear a doença. Os sintomas incluem fadiga, inchaço nas pernas, hematomas frequentes e infecções graves.

Suplementação de vitaminas, especialmente a vitamina C, é o tratamento para o escorbuto (Imagem: Valentyna Yeltsova / iStock)

Embora tenha sido uma das principais causas de morte entre marinheiros há séculos, o escorbuto ainda está presente na atualidade. Um estudo recente nos Estados Unidos apontou que os casos de escorbuto pediátrico triplicaram entre 2016 e 2020. A condição está frequentemente associada a problemas como obesidade, transtorno do espectro do autismo e baixa renda.

Apesar do aumento dos casos, a doença tem tratamento simples e seus sintomas podem desaparecer em menos de 24 horas com a suplementação adequada. Ainda assim, especialistas reforçam a necessidade de conscientização sobre a importância da vitamina C na alimentação e os riscos de deficiências nutricionais para a população em situação de vulnerabilidade.

O post Doença mortal dos séculos 16 e 18 reaparece e acende alerta apareceu primeiro em Olhar Digital.