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Uma nova pesquisa da Universidade de Chicago, publicada na Cell, alerta para os riscos do uso generalizado de transplantes de microbiota fecal (TMF) — técnica que transfere microrganismos das fezes de um doador saudável para pacientes com distúrbios intestinais ou metabólicos.
Embora promissora para tratar condições como infecções por Clostridium difficile, obesidade e autismo, a prática pode provocar efeitos colaterais persistentes e indesejados.
Microrganismos fora de sua região original no intestino alteram metabolismo – Imagem: shutterstock/DudnikPhoto
Experimentos mostraram que microrganismos do cólon, ao colonizarem regiões como o intestino delgado, alteram o ambiente intestinal, a expressão genética e até o comportamento dos receptores.
Os efeitos podem surgir mesmo após um único transplante.
Esses micróbios “terraformam” os tecidos para se adaptarem, o que pode prejudicar o equilíbrio natural do organismo.
Desequilíbrios microbianos causados pelo tratamento podem provocar impactos persistentes no organismo – Imagem: sdecoret/Shutterstock
Pesquisadores sugerem outro método
Os pesquisadores defendem uma abordagem mais precisa, chamada de “transplante omnimicrobiano” (TMO), que envolve a transferência de micróbios compatíveis com cada região do intestino.
O objetivo é preservar a diversidade natural do microbioma e evitar descompassos que dificultem a recuperação da função intestinal normal.
“Não deveríamos mover microrganismos do intestino grosso para lugares onde eles não pertencem”, afirma o pesquisador Landon DeLeon, um dos autores do estudo. “Precisamos alinhar microbiotas específicas a seus ambientes corretos para garantir segurança e eficácia terapêutica.”
DeLeon planeja continuar estudando como diferentes micróbios exercem sua influência em diferentes partes do intestino, usando diferentes abordagens, como sequenciamento de células únicas e metabolômica, para rastrear sua atividade.
Bactérias do cólon, ao colonizarem regiões erradas do intestino, causam efeitos imprevisíveis – Imagem: ShannonChocolate/Shutterstock
Ozempic e Mounjaro são medicamentos injetáveis que ganharam popularidade no decorrer dos últimos anos. Eles são geralmente indicados para o tratamento do diabetes tipo 2, ajudando a controlar os níveis de açúcar no sangue. Além disso, também têm sido utilizados, muitas vezes fora da indicação principal, para auxiliar na perda de peso em alguns pacientes.
Entretanto, assim como a maioria dos remédios, esses medicamentos podem causar efeitos colaterais. E embora a queda de cabelo não esteja entre os efeitos descritos oficialmente nas bulas de Ozempic ou Mounjaro, alguns pacientes observaram esse problema após perder peso rapidamente com o uso dessas medicações.
Mounjaro e Ozempic podem causar queda de cabelo? Entenda
O Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, é um remédio prescrito para o controle do diabetes tipo 2, sempre aliado a uma alimentação equilibrada e à prática de exercícios. Ele ajuda a manter a glicemia sob controle e pode reduzir riscos de complicações cardiovasculares, como infarto ou AVC.
Fora da indicação formal, também tem sido usado por pessoas com sobrepeso, já que o medicamento atua reduzindo o apetite, melhorando os níveis de açúcar no sangue e diminuindo a liberação de glicose pelo fígado.
Imagem: Marc Bruxelle / Shutterstock
Já o Mounjaro, que contém tirzepatida, tem um funcionamento parecido. Ele também é indicado para o tratamento do diabetes tipo 2 e vem sendo usado para emagrecimento. Seus efeitos incluem a redução da glicose no sangue, maior sensibilidade à insulina, desaceleração do processo digestivo e diminuição do apetite, o que contribui para a perda de peso.
Entre os efeitos adversos mais comuns, tanto de Mounjaro quanto de Ozempic, estão náuseas, dores abdominais e diarreia. Evidências diretas de que estes medicamentos causem queda de cabelo ainda não foram encontradas. Portanto, este efeito adverso não consta na bula, mas alguns usuários relataram esse sintoma.
Qual a relação de Monjaro e Ozempic com a queda de cabelo?
Especialistas acreditam que esse efeito pode estar relacionado a uma condição chamada eflúvio telógeno, que não é provocada diretamente pelo remédio, mas sim pelo estresse que o emagrecimento acelerado impõe ao corpo. Este fenômeno é comum após cirurgias bariátricas e outros procedimentos de emagrecimento rápido.
Queda de cabelo via Towfiqu barbhuiya/Pexels
A boa notícia é que esse tipo de queda de cabelo costuma ser temporário. Em geral, os fios se tornam mais ralos e caem com mais frequência ao pentear ou lavar, mas não provocam falhas aparentes ou queda em grandes quantidades.
O eflúvio telógeno costuma aparecer entre dois e três meses depois de um evento que causa estresse ao organismo, como a perda de peso rápida e significativa. Porém, com a estabilização do peso corporal, a tendência é que o crescimento capilar se normalize e os cabelos voltem à densidade anterior ao início do tratamento.
Caso você esteja usando Ozempic ou Mounjaro e perceba queda de cabelo, é fundamental conversar com seu médico. Se for mesmo um caso de eflúvio telógeno, ele pode indicar suplementos com vitaminas, minerais, aminoácidos e outros nutrientes que favorecem a recuperação dos fios.
Contudo, também é possível que a perda de cabelo seja permanente, influenciada pela reação ao medicamento misturado com fatores como predisposição genética, idade e outras condições médicas. Por isso, o acompanhamento médico é sempre o caminho mais seguro.
As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.
A pandemia de covid-19 foi declarada em março de 2020 e teve seu fim reconhecido pela Organização Mundial da Saúde em 2023, mas seus efeitos ainda reverberam na sociedade. Mudanças nos hábitos cotidianos, o trabalho remoto e novas formas de consumo de mídia e de lazer permanecem presentes mesmo após a quarentena.
Além disso, questões que marcaram aquele período da crise sanitária frequentemente retornam ao debate público. Um desses temas é a imunidade de rebanho, que ocasionalmente ressurge em meio à curiosidade, a interpretações equivocadas e a discussões acaloradas.
Mas afinal, o que é, de fato, a imunidade de rebanho? A seguir, explicaremos um pouco mais sobre esse conceito, bem como os mitos e verdades que o cercam.
O que é a imunidade de rebanho?
Criança com máscara no ombro do pai durante o protesto “Marcha do Silêncio”, em Seattle, Washington, junho de 2020. / Crédito: VDB Photos (Shutterstock)
O termo imunidade de rebanho se refere a uma forma de proteção indireta que se aplica apenas a doenças contagiosas. Ela também é conhecida como “imunidade de grupo”, “efeito de rebanho”, “imunidade de comunidade”, “imunidade de população” ou “imunidade em massa”.
Esse conceito da epidemiologia ocorre quando uma grande parte da população está protegida contra uma doença transmissível. Com isso, a circulação do agente causador diminui. Assim, mesmo quem não está imunizado recebe proteção.
A imunidade de rebanho pode ser alcançada de duas maneiras: por meio da vacinação ou após uma infecção natural. Bom, agora que adentramos essa parte, confira a seguir o que é verdade ou mito sobre esse assunto.
Imunidade de rebanho: fatos e fakes
Confira a seguir o que é verdade e o que é mentira sobre a imunidade de rebanho.
“Imunidade de rebanho pode ser alcançada apenas com a infecção natural”
Homem afro-americano doente com febre, mede a temperatura e toca a testa deitado na cama. / Crédito: Prostock-studio (Shutterstock/reprodução)
Falso. Embora tenhamos afirmado acima que uma das formas de alcançar a imunidade de rebanho seja por meio da infecção natural, é incorreto afirmar que essa seria a forma ideal para atingir a proteção coletiva contra doenças transmissíveis.
Essa ideia ganhou força durante a crise da covid-19 e ajudou a popularizar o conceito. Muitos defensores eram contra o isolamento social e sugeriam expor pessoas com menor risco de complicações, acreditando que, ao adquirirem imunidade, ajudariam a reduzir a transmissão.
No entanto, essa proposta é perigosa. Ignora os riscos para grupos vulneráveis, a sobrecarga dos sistemas de saúde e o fato de que a imunidade natural nem sempre é duradoura ou eficaz.
Sobre ser duradoura ou eficaz, a imunidade de rebanho por infecção natural só funciona se o corpo permanecer protegido por muito tempo após a doença. Caso contrário, as pessoas podem se reinfectar e a doença continua se espalhando.
Enfermeira aplica vacina contra em adolescente durante campanha de vacinação. / Crédito: MilanMarkovic78 (Shutterstock/reprodução)
Verdade. A forma mais segura e eficaz de alcançar a imunidade de rebanho é por meio da vacinação.
Quando grande parte da população está vacinada, o vírus encontra menos pessoas suscetíveis para infectar, o que reduz sua circulação. Isso protege inclusive quem não pode ser vacinado.
“A imunidade de rebanho dispensa quarentena”
Imagem: Natasa Adzic/Shutterstock
Falso. Atingir a imunidade de rebanho não significa que as medidas de proteção, como a quarentena, possam ser ignoradas. Durante uma pandemia, enquanto a maioria da população ainda não está imunizada, o vírus continua se espalhando com facilidade.
Se todos circularem livremente antes de a imunidade coletiva ser atingida, o número de casos graves pode aumentar rapidamente. E esse cenário nós já conhecemos: sobrecarga do sistema de saúde e risco para pessoas vulneráveis, que acabam tendo contato com pessoas contaminadas que apresentam menor risco.
Geralmente, as pessoas têm cinco dedos em cada mão e em cada pé, certo? Porém, não é tão raro o caso de pessoas que nasçam com dedos extras. Contudo, você já se perguntou por que isso acontece?
Caso tenha ficado curioso, continue lendo, pois a seguir explicaremos um pouco mais sobre essa condição, chamada polidactilia.
Mão de um jovem de 27 anos com polidactilia. / Crédito: ikkyu2 (CC BY-SA 3.0 / Wikimedia Commons)
O que é polidactilia?
Origem do termo
Como dito acima, polidactilia é o termo que se refere a essa condição que resulta em dedos extras nas mãos ou nos pés. O prefixo “poli” significa “muitos” e “dactilia” vem de “dáctilos”, que quer dizer “dedos” em grego. Ou seja, polidactilia significa literalmente “muitos dedos”! Contudo, essa condição também é conhecida como hiperdactilia, polidatilia ou dedo extranumérico.
Formação
A polidactilia é uma má-formação congênita, ou seja, algo que está presente desde o nascimento. Os dedos extras se formam durante o desenvolvimento do embrião, ainda no útero. Essa condição pode afetar apenas uma mão ou um pé, ou ambos. Além disso, pode ocorrer isoladamente ou como parte de síndromes genéticas.
A forma como esses dedos extras aparecem varia. Nos casos mais comuns, o dedo extra é um pequeno pedaço de tecido mole e sem função. Porém, há casos em que o dedo extra apresenta ossos, músculos e articulações bem formados. É raro que um dedo com polidactilia seja completamente funcional.
Ilustração de mãos direita com pré-axial e polidactilia pós-axial. / Crédito: genome.gov (Domínio público / Wikimedia Commons)
Em geral, a polidactilia pode ocorrer de três formas:
Pré-axial: o dedo extra aparece do lado do polegar ou do hálux (dedão do pé);
Pós-axial: o dedo extra surge do lado do dedo mínimo; é o tipo mais comum;
Central: o dedo a mais aparece entre os dedos normais, o que é bem mais raro.
Por que algumas pessoas têm dedos a mais?
Mas, afinal, por que isso acontece? Os dedos extras na polidactilia são causados por mutações genéticas que afetam o desenvolvimento embrionário dos membros.
Durante a formação do feto no útero, o desenvolvimento das mãos e dos pés é guiado por instruções genéticas. Quando há uma mutação ou alteração nesses genes, pode ocorrer o crescimento de dedos adicionais. Alguns desses genes são GLI3, SHH, HOXA e HOXD. Se houver uma mutação em algum deles, o controle normal da formação dos dedos pode falhar, e o embrião pode desenvolver dedos a mais.
Polidactilia ulnar tipo 1. Dedo extra ligado por pele e nervos. / Crédito: Bobjgalindo (CC BY-SA 4.0 / Wikimedia Commons)
Contudo, nem todas as mutações afetam diretamente o gene. Algumas atingem regiões próximas que controlam quando, onde e quanto um gene será ativado. Um exemplo é a mutação Hemingway, ligada à polidactilia pré-axial.
Essa mutação ocorre em uma região reguladora localizada antes do gene SHH. Essa região normalmente controla onde o gene será ativado durante o desenvolvimento. Quando sofre mutação, faz com que o gene SHH seja ativado em uma parte errada do membro, o lado anterior, o que leva à formação de dedos extras.
Polidactilia isolada ou parte de uma síndrome?
Radiografia de um pé com polidactilia (pododáctilos). / Crédito: Drgnu23 et al. (CC BY-SA 3.0 / Wikimedia Commons)
Além disso, às vezes a polidactilia não aparece sozinha, mas como parte de uma síndrome com várias anomalias genéticas. Nesses casos, a mutação está em um gene que afeta várias partes do corpo. Exemplos de síndromes com polidactilia são a trissomia 13, a síndrome de Bardet-Biedl, a síndrome de Ellis–van Creveld e a síndrome de Holt–Oram.
Assim, a polidactilia pode ser isolada, ou seja, acontecer sozinha, sem outros sintomas, ou pode estar associada a algumas síndromes genéticas, nas quais outras partes do corpo também são afetadas. Além disso, a polidactilia pode ser hereditária, passada de geração para geração.
Radiografia de uma mão com polidactilia (quirodáctilos). / Crédito: Drgnu23 et al. (CC BY-SA / Wikimedia Commons)
Antes de tudo, a polidactilia isolada não representa risco à saúde. No entanto, o aspecto estético costuma ser importante, por isso o tratamento é geralmente recomendado.
Além disso, quando o dedo extra apresenta estrutura óssea ou causa dificuldades funcionais, ou de mobilidade, a cirurgia para remoção é indicada.
A cirurgia é o tratamento padrão para a polidactilia. O ideal é que seja realizada ainda na infância, para obter melhor resultado e facilitar a adaptação.
Um novo estudo realizado pela Universidade Tecnológica de Nanyang, em Cingapura, analisou porque as pessoas tendem a se tornar mais antissociais com o passar do tempo. E a conclusão é que isso não tem nenhuma relação com o comportamento individual de cada um.
De acordo com os pesquisadores, a causa são alterações na conectividade funcional entre áreas cerebrais. Em outras palavras, mudanças estruturais ocorridas no cérebro ao longo da vida são as responsáveis pelo menor interesse nas interações sociais.
Comportamento antissocial pode ter relação com o cérebro (Imagem: fizkes/Shutterstock)
Áreas do cérebro envolvidas no processamento de emoções negativas prevaleceram
Durante o trabalho, os cientistas analisaram 196 participantes com idades entre 20 e 77 anos. Todos passaram por exames e responderam a um questionário sobre traços de personalidade, incluindo um indicador de sociabilidade. Estas respostas definiram a capacidade de se comunicar, manter interações sociais e lidar com emoções nesses contextos.
As conclusões foram que as áreas do cérebro envolvidas no processamento de emoções negativas e da chamada “dor social”, como a exclusão ou a rejeição, apresentaram maior número de conexões com o passar dos anos.
Mudanças estruturais ocorridas no cérebro foram verificadas (Imagem: Alexander Supertramp/Shutterstock)
Isso significa que, com a idade, há uma reorganização funcional que pode tornar as pessoas mais sensíveis a interações sociais negativas e menos aptas a interpretar ou responder a situações sociais de forma espontânea.
Pessoas tendem a se tornar mais antissociais com o passar do tempo (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)
Resultados do estudo foram contestados por outros cientistas
Um dos principais pontos de discussão é a distribuição etária dos participantes.
Isso porque a média de idade dos participantes era de cerca de 38 anos, e havia faixas etárias pouco representadas, como os maiores de 70.
Outra questão levantada é que o trabalho não acompanhou os pacientes ao longo do tempo.
Para os críticos, isso torna impossível afirmar se o cérebro está mudando e provocando o isolamento, ou se ele está apenas refletindo os efeitos prolongados do isolamento já vivido.
Por fim, os responsáveis pela pesquisa não investigaram as condições clínicas ou psíquicas dos participantes.
Dessa forma, alguns participantes podiam ter depressão, transtornos de ansiedade, ou mesmo estar nos estágios iniciais de quadros demenciais, como Alzheimer.
Nosso corpo abriga um número incontável de bactérias. Mas calma, não há motivo para pânico. Elas atuam para manter o nosso organismo em funcionamento, sendo, na enorme maioria das vezes, benéficas para a nossa saúde.
O mesmo acontece na nossa pele, onde estes microrganismos se alimentam de nutrientes e produzem moléculas ativas que interagem com as células humanas. Agora, uma nova pesquisa aponta que esta relação pode ser ainda mais positiva.
Luz solar pode ser bastante nociva para a pele (Imagem: titoOnz/Shutterstock)
Bactérias atuam contra os efeitos prejudiciais da luz solar
De acordo com os pesquisadores, algumas bactérias que vivem na pele humana podem atuar como um protetor solar natural, ajudando a nos proteger dos raios ultravioleta (UV).
Esses micróbios podem neutralizar as alterações imunológicas, auxiliando as defesas naturais do corpo contra os efeitos prejudiciais da luz solar.
A equipe acredita que as descobertas podem ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos que não apenas bloqueiem os problemas causados pelos raios UV, mas também reparem os danos.
Bactérias que vivem no nosso corpo ajudam no equilíbrio do organismo (Imagem: wildpixel/iStock)
Experimento reproduziu a exposição solar em camundongos
O trabalho dos cientistas se concentrou em analisar como as bactérias da pele respondem à radiação UVB (ultravioleta tipo B), que causa queimaduras solares. Para isso, foi realizado um experimento imitando a exposição solar em camundongos.
A equipe ainda aplicou ácido cis-urocânico (dissolvido em água). Esta substância é formada quando a luz UV colide com moléculas na camada mais externa da pele. Ela pode suprimir as respostas imunológicas, desencadeando uma inflamação e tornando a pele mais vulnerável ao câncer de pele.
Descoberta pode ajudar no desenvolvimento de novos tratamentos de doenças de pele (Imagem: damiangretka/iStock)
Os pesquisadores descobriram que bactérias específicas, quando expostas à luz ultravioleta, produzem uma enzima chamada urocanase. Ela pode quebrar as moléculas de ácido cis-urocânico em componentes inofensivos e aumentando a proteção da pele.
A primeira menstruação, também conhecida como menarca, é o resultado da maturação do sistema reprodutivo feminino, sendo um marco biológico importante no crescimento das mulheres. Mas, em alguns casos, isso pode acontecer antes do previsto.
Normalmente, o primeiro sangramento ocorre entre as idades de 11 e 14 anos. No entanto, é possível que ocorra a menstruação precoce, que acontece antes dos 11 anos, o que pode gerar vários riscos à saúde na vida adulta.
Normalmente, o primeiro sangramento ocorre entre as idades de 11 e 14 anos (Imagem: Alina Kruk/Shutterstock)
Países têm registrado aumento nos casos de menstruação precoce
Em artigo publicado no The Conversation, a professora Rosa María Ortega Anta, da Universidade Complutense de Madrid, explica que estes casos têm se tornado cada vez mais comuns.
O início precoce da menstruação aumenta o risco a longo prazo de doenças cardiovasculares, síndrome metabólica, câncer endometrial, diabetes mellitus tipo 2, baixa tolerância à glicose, câncer de mama, morte prematura, obesidade, diabetes gestacional, aborto espontâneo, hipertensão, endometriose, câncer de ovário e asma.
Por isso, é importante entender o que tem motivado esta antecipação do fluxo menstrual.
Uma das hipóteses é que isso tenha relação com o avanço da obesidade infantil.
Em outras palavras, o que comemos pode impactar o nosso sistema reprodutivo.
Consumo exagerado de proteínas animais pode antecipar primeira menstruação (Imagem: Whitestorm/iStock)
Dieta pode impactar data do primeiro sangramento
Um novo estudo apontou que a maior ingestão de proteína está associada ao risco de menarca precoce. Para cada 1 grama adicional de proteína animal ingerido por dia na infância, a idade da primeira menstruação é antecipada em aproximadamente dois meses.
Por outro lado, a menarca ocorreu mais tarde nas meninas com alto consumo de fibras e ácidos graxos monoinsaturados. Também há indícios de que a alta ingestão de iogurte, a maior duração do aleitamento materno e a insegurança alimentar diminuem a probabilidade da menstruação precoce.
Leite materno também impacta na data da primeira menstruação (Imagem: RaspberryStudio/Shutterstock)
É interessante notar que o consumo de carne processada, carne vermelha, vísceras, grãos refinados e bebidas com alto teor calórico (por exemplo, refrigerantes e sucos de frutas) aumenta a presença de marcadores de inflamação (proteína C reativa, IL-6 e receptor alfa do fator de necrose tumoral) no plasma sanguíneo. Isso contrasta com o consumo de vegetais e frutas, que também reduz a precocidade do início da primeira menstruação.
Artigo publicado no The Conversation
Além disso, o aleitamento materno parece desempenhar um papel fundamental no início da puberdade, principalmente devido à sua relação com a formação da microbiota intestinal nos primeiros anos de vida. Estas descobertas podem ajudar na adoção de medidas para prevenir a puberdade precoce feminina.
A poluição do ar se tornou uma das maiores ameaças à saúde humana na atualidade. Pequenas partículas, que podem ser originadas de fontes naturais e artificiais, invadem nossos pulmões e causam danos que, em último caso, podem levar à morte.
Apesar deste problema já ser conhecido, o que acontece no nível molecular para causar os prejuízos pulmonares ainda gerava dúvida nos cientistas. Mas, agora, um novo estudo do Centro de Pesquisa de Fronteira de Imunologia (IFReC) da Universidade de Osaka, no Japão, pode ter acabado com o mistério.
Baixa qualidade do ar em algumas cidades é um problema grave (Imagem: Arrush Chopra/Shutterstock)
Poluentes afetam a capacidade de limpeza dos pulmões
Os pesquisadores identificaram o mecanismo pelo qual a poluição do ar danifica o sistema de autolimpeza dos pulmões, deixando-nos vulneráveis a infecções. Eles também descobriram uma maneira de reverter esse dano e restaurar a função pulmonar.
Segundo o trabalho, os poluentes atmosféricos PM2.5 afetam negativamente a depuração mucociliar, um importante mecanismo de proteção no trato respiratório. Ela funciona basicamente prendendo poluentes em um muco pegajoso e, em seguida, liberando estas substâncias para fora das vias aéreas.
Pesquisa identificou o que acontece dentro dos pulmões (Imagem: Shutterstock/Explode)
Os cientistas descobriram que os poluentes fazem com que os ácidos graxos poliinsaturados (PUFAs) encontrados nas membranas celulares ciliadas sofram oxidação, resultando na formação de moléculas reativas chamadas aldeídos derivados de peróxido lipídico nas vias aéreas. Sua reatividade permite que eles modifiquem as células, levando a disfunções e danos importantes.
Quando são danificadas, as células e seus cílios anexados perdem a capacidade de mover os poluentes para fora dos pulmões, aumentando assim o risco de infecção. As conclusões foram descritas em estudo foi publicado no Journal of Clinical Investigation.
Apesar da promissora descoberta, é fundamental reduzir os níveis de poluição atuais (Imagem: Chris LeBoutillier/Unsplash)
Enzima pode restaurar capacidade pulmonar
Investigando maneiras de reverter o dano celular e restaurar a função normal dos pulmões, os pesquisadores examinaram um gene que produz aldeído desidrogenase (ALDH1A1), uma enzima envolvida na quebra de aldeídos.
Um experimento realizado em camundongos que não tinham ALDH1A1 revelou que os animais tinham maiores riscos de desenvolver uma infecção pulmonar grave quando expostos ao PM2.5.
No entanto, quando os níveis de ALDH1A1 eram aumentados, a função mucociliar também era restaurada.
Esses resultados demonstram que o metabolismo do aldeído garante a resiliência ciliar e reduz os problemas respiratórios associados à poluição do ar.
O próximo passo é entender como estas descobertas podem impactar na saúde humana.
Muitas pessoas são incomodadas com frequência por uma coceira chata no ouvido, que geralmente surge do nada e depois passa. Também há casos em que se sente a sensação como se houvesse um bichinho se mexendo dentro do canal auditivo, o que costuma ser muito irritante.
Esse incômodo tem causas diversas, que podem ser desde situações mais comuns do dia a dia, até certas condições de saúde que merecem uma atenção maior. Por se tratar de uma área do corpo bastante sensível, qualquer coisa que fique dentro do ouvido já é o bastante para causar um enorme desconforto.
Nem sempre a coceira necessita de atenção médica, principalmente quando ela é passageira. Porém, quando se trata de um desconforto persistente, e se envolver tonturas e zumbidos, vale a pena uma consulta a um médico otorrinolaringologista. Conheça abaixo algumas das causas mais comuns para esse problema.
Quando a coceira no ouvido é crônica, as causas mais comuns costumam ser as inflamações. De forma geral, elas podem ser de dois tipos: relacionadas à dermatite de contato ou à dermatite atópica. O primeiro tipo é uma reação alérgica por agentes externos, como cotonetes, água ou produtos de limpeza, causando vermelhidão, coceira, secreção, descamação e rachaduras, por exemplo.
Enquanto isso, a dermatite atópica nem sempre possui um fator desencadeante identificável, e costuma estar associada à presença de alergias e outros problemas de saúde com origem genética.
Psoríase
(Imagem: TripleP Studio/Shutterstock)
Ainda que seja mais comum que a psoríase se manifeste nas mãos e cotovelos e ao redor da boca, ela também pode aparecer em volta da orelha, atrás e também dentro do canal auditivo.
A psoríase no canal do auditivo pode causar, além da coceira, uma descamação, o que reforça a importância de não inserir nenhum objeto no local, já que pode empurrar os resquícios para dentro do canal auditivo.
Excesso de cera no ouvido
Imagem: Nathan Devery/Shutterstock
A cera é feita pelo corpo humano para proteger as partes da orelha contra organismos estranhos. Entretanto, ela pode causar coceira quando é produzida em quantidades excessivas e não é removida adequadamente. Isso também pode provocar bloqueios que afetam a audição, e não é sempre que há uma explicação clara para o acúmulo de cera.
Para diminuir o acúmulo, o recomendado é limpar a parte externa da orelha com uma gaze ou algodão com um produto próprio para isso. Caso esse procedimento não seja suficiente, é possível fazer a limpeza da cera acumulada com um profissional de saúde, que possui equipamentos próprios para retirá-la sem machucar.
Fungos e bactérias
Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock
Infecções fúngicas podem ser a causadora da coceira incômoda, principalmente em pessoas com higiene inadequada, ou até mesmo em quem vive em locais quentes e úmidos. Entretanto, limpar o canal auditivo em excesso também favorece esse quadro, o que é um paradoxo.
É que, ao fazer isso excessivamente, você corre o risco de remover a camada de proteção interna e aumentar a probabilidade de algum organismo se instalar e causar infecções ali, não somente fungos, mas também bactérias.
Uso de objetos
Imagem: fizkes/Shutterstock
O uso de objetos como cotonetes, grampos, palitos ou até mesmo dedos para limpar ou coçar o ouvido pode provocar uma irritação da pele fina e sensível do canal auditivo. O atrito do objeto e a possível remoção da cera podem levar à inflamação, tendo como consequência a coceira.
Além da irritação e da inflamação, em alguns casos, o hábito pode causar até mesmo lesões, e é altamente reprovado pelos especialistas. Já a cera de ouvido é uma substância natural que protege o ouvido da entrada de microorganismos, e a remoção excessiva pode deixar o canal auditivo mais sensível e suscetível a irritações, como dito anteriormente.
Também é possível que a prática de usar objetos faça com que a cera seja empurrada para dentro do canal auditivo, em vez de removê-la, o que causa bloqueio e desconforto, incluindo coceira.
Esta publicação é meramente informativa e não substitui um diagnóstico médico. Em caso de problemas, procure por um profissional da saúde adequado para suas queixas, principalmente se a coceira vier acompanhada de sintomas mais graves, como perda auditiva.
Pesquisadores da Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR) confirmaram, por meio de estudo do Laboratório de Bioinformática e Neurogenética (LaBiN), que o consumo de etanol — substância presente nas bebidas alcoólicas — durante a gestação pode comprometer o desenvolvimento cerebral do feto.
O impacto pode levar ao Transtorno do Espectro Alcoólico Fetal (TEAF), que engloba deficiências físicas, mentais e comportamentais frequentemente confundidas com o autismo em crianças pequenas.
Álcool altera formação do córtex cerebral do feto
A pesquisa mostra que o álcool altera a cromatina — estrutura que organiza o DNA — e prejudica a formação e o funcionamento das redes neurais durante o desenvolvimento do córtex cerebral.
Esses efeitos ainda são pouco compreendidos, mas os autores destacam que o conhecimento dessas alterações pode apoiar futuras terapias e políticas públicas voltadas à prevenção.
Segundo o coordenador do LaBiN, Roberto Herai, estima-se que 1 em cada 20 nascimentos nos EUA seja afetado pelo TEAF. No Brasil, ainda faltam dados oficiais.
Descobertas fornecem novas evidências sobre o risco do consumo de bebidas alcoólicas por gestantes – Imagem Shutterstock/Foto Ly4ezarnaya
O alerta é reforçado por números do Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool): entre 2010 e 2023, o consumo excessivo de álcool entre mulheres subiu de 10,5% para 15,2%. Os cientistas reforçam que não há evidência de uma quantidade segura de álcool durante a gravidez.
Estudo brasileiro liga consumo de álcool na gravidez a má formação cerebral do feto – Imagem: Rawpixel.com/Shutterstock
Estudo pode conscientizar sobre os perigos do álcool na gravidez
Bruno Guerra, um dos autores do estudo, destacou a importância da pesquisa realizada por ele e pelos colegas.
“Compreender a base das alterações moleculares, incluindo os problemas que são causados nas células cerebrais, ajudará no desenvolvimento de futuras terapias de tratamento para as TEAF e a esclarecer as alterações relacionadas aos processos neurobiológicos”, disse o pesquisador.
“Isso permitirá a geração de mais dados que possam auxiliar na criação de políticas de saúde pública relacionadas ao consumo de álcool por grávidas”, completou.
As informações sobre o estudo foram publicadas na Agência Brasil.
Transtornos do feto causados por álcool exigem novas políticas de prevenção (Imagem: limpido/Shutterstock)