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A partir do mês que vem, farmacêuticos poderão prescrever medicamentos, incluindo aqueles que exigem receita médica. A medida foi autorizada pelo Conselho Federal de Farmácia (CFF) em uma resolução publicada nesta semana — mas divide entidades médicas e pode acabar na Justiça.
No caso de remédios que precisam de receita, os profissionais deverão possuir Registro de Qualificação de Especialista (RQE) em Farmácia Clínica. O título entrou em vigor neste ano para cursos de qualificação em áreas específicas.
A resolução também permite que o farmacêutico renove prescrições previamente emitidas por outros profissionais de saúde e faça exame físico de sinais e sintomas, solicitando e interpretando exames para avaliação da efetividade do tratamento.
Farmacêuticos poderão realizar exames físicos em pacientes (Imagem: SeventyFour/iStock)
“O papel do farmacêutico é garantir que o uso de medicamentos seja seguro, eficaz e apropriado, atuando em equipe com outros profissionais de saúde. O paciente só tem a ganhar com isso”, diz o comunicado do CFF.
Ao G1, o conselheiro do Conselho Federal de Medicina Francisco Eduardo Cardoso afirmou que a medida coloca a saúde da população em risco, e argumentou que o CFF não pode legislar sobre prescrição, diagnósticos e consulta médica.
“Eles já tentaram isso no passado e a Justiça negou. E isso será levado novamente à Justiça. O argumento de que eles entendem de remédios é insuficiente. Deveriam ter vergonha de publicar uma resolução como essa”, afirmou.
Conselho Federal de Medicina considera resolução ilegal (Imagem: Jacob Wackerhausen/iStock)
Em nota, a entidade alegou que trata-se de uma “invasão flagrante das atribuições médicas”. “Diagnosticar doenças e prescrever tratamentos são atos privativos de médicos, formados para tal.”
Já a Associação Paulista de Medicina (APM) destacou a trajetória de formação de profissionais em seis anos de faculdade, além de três a seis anos de residência, até estar apto a estabelecer o diagnóstico e a terapêutica com segurança.
“Todos os profissionais que se dedicam aos serviços e ações de Saúde merecem respeito e reconhecimento. Contudo, os desvios de competência são essencialmente prejudiciais aos pacientes”, diz a nota.
Maria Branyas Morera, a pessoa mais velha do mundo até sua morte em 2024, alcançou impressionantes 117 anos. Sua longevidade despertou o interesse de pesquisadores, que, com amostras biológicas dela, realizaram uma análise detalhada para entender o que a diferenciava.
Quando Branyas Morera tinha 116 anos, os cientistas analisaram seu genoma, transcriptoma, metaboloma, proteoma, microbioma e epigenoma, comparando os resultados com amostras de indivíduos mais jovens, alguns com apenas 25 anos.
Os resultados foram surpreendentes. O estudo foi publicado no servidor bioRxiv.
Descobertas do estudo
Seus telômeros, que geralmente encurtam com o tempo, eram mais longos do que os de pessoas de 30 anos, o que indica um envelhecimento celular mais lento.
Além disso, a idade biológica dela, calculada por métodos de metilação do DNA, era muito mais jovem do que sua idade cronológica, sugerindo que suas células funcionavam como se fossem mais jovens.
Os cientistas também identificaram variantes genéticas raras que poderiam ter contribuído para sua longevidade, incluindo genes que protegem contra doenças comuns, como distúrbios cardiovasculares, diabetes e neurodegeneração.
Envelhecimento celular de Branyas Moreira apresentou condições raras, desafiando as noções tradicionais da ciência sobre envelhecimento – Imagem: sabinevanerp/Pixabay
Além de uma genética favorável, Branyas Morera seguia hábitos saudáveis. Ela mantinha uma dieta mediterrânea, rica em alimentos saudáveis como iogurte, e tinha um microbioma intestinal equilibrado.
Sua saúde mental também parecia excepcional, pois ela se manteve ativa fisicamente e socialmente até o fim de sua vida, realizando atividades como jardinagem, leitura, tocar piano e interagir com a família e amigos.
A pesquisa sugere que a longevidade extrema de Branyas Morera foi resultado de uma combinação única de fatores genéticos e ambientais. Embora a sorte tenha certamente desempenhado um papel, ela também se beneficiou de um estilo de vida saudável e ativo.
Essa descoberta desafia a ideia de que envelhecimento e doenças estão inevitavelmente ligados, oferecendo novas perspectivas sobre como a longevidade pode ser alcançada.
Genética e hábitos saudáveis contribuíram para a longevidade extraordinária de Maria Branyas Morera – Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock
A babesiose é uma doença parasitária rara capaz de destruir os glóbulos vermelhos, as células que fornecem oxigênio aos tecidos dos pulmões. Ela é transmitida por carrapatos e pode ocorrer em todo o mundo.
Segundo os médicos, os casos são mais comuns na primavera e no verão. Isso acontece porque estas épocas do ano são quando as pessoas têm maior probabilidade de entrar em contato com os carrapatos que espalham a doença.
Carrapatos transmitem a doença
A babesiose é causada por parasitas microscópicos que pertencem ao gênero Babesia. Eles geralmente infectam o gado e são transmitidos por carrapatos que se alimentam do sangue de diferentes hospedeiros.
Uma vez dentro do corpo, estes parasitas invadem e destroem os glóbulos vermelhos. Isso limita severamente a capacidade dessas células de fornecer oxigênio aos tecidos, potencialmente levando à morte.
Glóbulos vermelhos são afetados pela doença (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)
Embora mais de 100 espécies de parasitas Babesia tenham sido identificadas até hoje, apenas algumas espécies são conhecidas por infectar humanos. A maioria dos casos está ligada ao Babesia microti e é transmitida por carrapatos de pernas pretas (Ixodes scapularis).
Em casos mais raros, a transmissão pode ocorrer de uma pessoa para outra por meio de transfusões de sangue contaminado. Além disso, existem indícios de que a doença pode se espalhar da mãe para o feto através da placenta. As informações são do Live Science.
Carrapato é o responsável por transmitir a doença (Imagem: KPixMining/Shutterstock)
Infecção pode ser fatal
A maioria das pessoas não apresenta nenhum sintoma de babesiose.
No entanto, em indivíduos com sistema imunológico enfraquecido ou com mais de 50 anos, os parasitas podem desencadear doenças graves.
Pacientes que removeram o baço também são mais vulneráveis, uma vez que o órgão ajuda a remover os glóbulos vermelhos infectados do corpo.
Os sintomas típicos incluem febre, calafrios, suor, dores musculares, bem como inchaço do fígado e do baço e baixo nível de glóbulos vermelhos no corpo.
Eles geralmente surgem dentro de uma a quatro semanas após a infecção e podem durar vários dias.
Casos graves podem causar falência de múltiplos órgãos e até à morte.
O principal tratamento para a babesiose é uma combinação de medicamentos antiparasitários e antibióticos.
A melhor maneira de prevenir a doença é evitar o contato com carrapatos.
Pode parecer um enredo de ficção científica ou de uma série de fantasia, como “Doctor Who“, em que o protagonista pertence a uma espécie alienígena com dois corações. No entanto, essa ideia não se limita à cultura pop.
Embora extremamente raro, há registros de pessoas que já tiveram dois corações funcionando simultaneamente em seu corpo, seja por condições médicas específicas ou devido a procedimentos cirúrgicos.
Episódio de Doctor Who em que é possível ver os dois corações do protagonista / Crédito: BBC (reprodução)
Mas o que acontece quando ambos deixam de funcionar? Esse caso impressionante desafia a medicina e desperta a curiosidade sobre os limites do corpo humano.
Como é possível uma pessoa ter dois corações?
Ter dois corações não é uma condição natural para os seres humanos. No entanto, em alguns casos, uma pessoa pode viver temporariamente com dois corações devido a um procedimento médico chamado transplante cardíaco heterotópico.
Nesse tipo de transplante, um coração doado é implantado sem remover o original, o que pode ser necessário quando o novo órgão não é forte o suficiente para funcionar sozinho ou quando o paciente apresenta pressão pulmonar elevada, dificultando o funcionamento de um único coração transplantado.
Homem com dois corações / Crédito: Imagem feita por inteligência artificial(Grok/reprodução)
Em alguns casos, esse procedimento permite que o coração original tenha tempo para se recuperar, trabalhando em conjunto com o novo órgão. Entre as vantagens dessa técnica, destaca-se o fato de que o coração original ainda pode auxiliar na circulação sanguínea e, caso o coração transplantado falhe, ele pode ser removido sem que o paciente morra imediatamente.
No entanto, há desvantagens, como o espaço limitado no peito, que pode comprimir outros órgãos, além do maior risco de arritmias e rejeição imunológica.
Quanto ao fluxo sanguíneo e funcionamento, ambos os corações trabalham juntos, mas não de forma completamente sincronizada. O fluxo sanguíneo pode ser mais intenso, mas também exige maior coordenação dos médicos para garantir que a pressão arterial se mantenha equilibrada.
O curioso caso do homem com dois corações
Médicos operando um paciente / Crédito: Assist m4x1ight happiness (shutterstock/reprodução)
Em 2010, um homem de 71 anos chegou ao pronto-socorro em Verona, Itália, com falta de ar. O que parecia um caso comum revelou-se uma situação rara: ele possuía dois corações.
Ele nasceu com apenas um coração, mas, devido a uma cardiomiopatia dilatada idiopática, sua função cardíaca estava comprometida. Em 2003, ele passou por um transplante cardíaco heterotópico, mantendo seu coração original e recebendo um novo.
Esse procedimento foi escolhido porque o coração doado era menor que o ideal e precisava de apoio para funcionar adequadamente. Dessa forma, ambos os corações foram conectados para trabalharem juntos.
O que acontece quando dois corações falham?
Desfibrilador em um paciente com parada cardíaca. / Crédito: trairut noppakaew (shutterstock/reprodução)
Anos depois, sua condição piorou. No hospital, os médicos notaram que seu coração original apresentava um ritmo irregular, enquanto o coração doado batia mais rápido que o normal. A arritmia piorou, levando-o à inconsciência, parada respiratória e perda de pulso.
Diante da situação crítica, a equipe médica aplicou uma descarga de 200 joules com um desfibrilador. O choque conseguiu restaurar o ritmo normal de ambos os corações. Posteriormente, seu marcapasso foi substituído por um cardiodesfibrilador implantável, um dispositivo capaz de corrigir arritmias perigosas automaticamente.
O destino desse paciente anos depois é desconhecido, mas, no momento da publicação do estudo de caso pela IFLScience ele estava “em boas condições clínicas”, um desfecho positivo para uma condição tão incomum.
Cirurgião médico com um coração / Crédito: Marko Aliaksandr (shutterstock/reprodução)
Em 2023, o urbanista Lincoln Paiva, de 54 anos, viveu com dois corações por 45 dias após uma cirurgia inovadora no Instituto do Coração (Incor) em São Paulo. Após sofrer um infarto, um AVC e duas paradas cardíacas, ele foi diagnosticado com insuficiência cardíaca terminal, mas sua pressão pulmonar alta impedia um transplante convencional.
O cirurgião Fábio Gaiotto desenvolveu uma técnica inédita no Brasil, implantando um novo coração sem remover o original. Durante esse período, o coração doado ajudou a reduzir a pressão pulmonar, permitindo que o transplante fosse bem-sucedido. Passados os 45 dias, o coração original foi removido, e Paiva seguiu a vida com o novo órgão.
A técnica ainda está em fase de validação científica, mas pode beneficiar pacientes que não têm acesso a corações artificiais, um tratamento caro e de difícil acesso no Brasil. Graças à cirurgia, Paiva agora tem uma expectativa de vida de pelo menos 20 anos.
Quem nunca se comparou com outras pessoas ao passar horas em uma rede social? Falar do impacto da internet na saúde mental pode parecer batido, mas não perdeu sua importância. É que, cada vez mais, jovens adultos apresentam sinais de condição que afeta como vemos e nos sentimos em relação ao nosso corpo e aparência.
O transtorno dismórfico corporal (TDC) não é uma preocupação “normal” com a imagem. 80% das pessoas diagnosticadas sofrem de ideação suicida ao longo da vida e 24% a 28% tentaram tirar a própria vida, segundo pesquisa conduzida nos Estados Unidos.
“Quando consideramos se alguém está sofrendo de TDC, geralmente perguntamos: a pessoa está pensando sobre essas falhas percebidas por pelo menos uma hora por dia? E as preocupações causam sofrimento emocional significativo ou prejuízo no funcionamento diário?”, explicou a psiquiatra Katharine Phillips ao The Cut.
Em conversa com a reportagem, a estudante Nika Motiie, 20 anos, contou que não passa um dia sem se fotografar, acumulando mais de 50 mil selfies em seu rolo de câmera. “Estou tentando analisar como os outros me veem para saber como eles acham que eu pareço. É um ciclo exaustivo, mas parece a única maneira de entender ou controlar como pareço para os outros”, afirmou.
Recorrer a intervenções estéticas pode ser um “caminho fácil”, mas as chances de o paciente ficar insatisfeito com o resultado é grande;
Um estudo com 50 pessoas diagnosticadas com TDC descobriu que 81% delas não aprovaram o novo visual;
“Esses pacientes tendem a ter baixa autoestima, altas expectativas e ser perfeccionistas“, afirmou Michelle Hure, dermatologista cosmética e médica em San Jose, Califórnia (EUA), à reportagem. “Muitas vezes, eles pulam de provedor em provedor, procurando seu próximo tratamento”;
Por isso, o tratamento sugerido é a terapia cognitivo-comportamental (TCC), que busca ensinar as pessoas a superar os pensamentos obsessivos e comportamentos repetitivos. Medicamentos também podem auxiliar nesse processo, com recomendações individualizadas.
“Quanto mais as pessoas estão cronicamente online, mais elas se concentram em características inatingíveis ou difíceis de atingir — como pele de ‘vidro’, simetria facial perfeita ou ‘lifting’ que só pode ser alcançado por meio de cirurgia. É difícil dizer o que é realisticamente possível quando filtros e Photoshop são a norma”, concluiu a Dra. Hure.
80% das pessoas diagnosticadas com TDC sofrem de ideação suicida (Imagem: Guillermo Spelucin Runciman/iStock)
Alerta de gatilho: este artigo aborda temas que podem causar desconforto em pessoas sensíveis a padrões de buracos ou formas geométricas agrupadas.
O mundo pode ser um lugar bastante assustador, e, ao longo da história, nosso corpo desenvolveu mecanismos de defesa para reagir a certos gatilhos, como predadores, alimentos contaminados e grandes alturas.
No entanto, às vezes essas reações vão além do necessário e se manifestam como fobias, respostas intensas e desproporcionais a estímulos específicos. Dentre os vários medos que podem afetar a cabeça humana, está a tripofobia, um distúrbio que afeta quem sente desconforto ou aversão a padrões repetitivos de pequenos buracos ou formas geométricas agrupadas.
Embora o termo tenha ganhado popularidade na internet, a tripofobia não é oficialmente reconhecida como um transtorno psiquiátrico, mas muitas pessoas relatam reações físicas e emocionais intensas ao ver imagens desse tipo. Mas, afinal, o que é a tripofobia e por que ela causa tanta repulsa?
O que é a tripofobia e por que ela é tão desconfortável?
A tripofobia é descrita como uma aversão intensa ou desconforto ao ver padrões repetitivos de pequenos buracos ou formas geométricas agrupadas, como colmeias, sementes de lótus e esponjas.
Embora muitas pessoas relatem essa sensação, a tripofobia não é oficialmente reconhecida como um transtorno psiquiátrico pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5). O termo ganhou popularidade na internet e se tornou objeto de pesquisa, mas ainda não há consenso na comunidade científica sobre suas causas exatas.
Padrões como colméias podem afetar pessoas sensíveis. Imagem: Panglima Panah/Shutterstock
Pesquisadores sugerem que a tripofobia pode ser uma resposta evolutiva do cérebro, já que padrões semelhantes aparecem em animais venenosos, doenças infecciosas e feridas ulceradas. Essa hipótese sugere que a reação negativa seria um mecanismo de defesa biológico, levando o cérebro a associar essas imagens a potenciais ameaças.
Outra teoria aponta que a tripofobia pode estar relacionada a uma sobrecarga sensorial, em que certos padrões ativam regiões do cérebro ligadas ao medo e ao desconforto visual. Os sintomas podem variar de um leve incômodo a reações mais intensas, como calafrios, suor excessivo, coceira, formigamento, aumento da frequência cardíaca e até náusea. Em casos mais graves, algumas pessoas podem desenvolver crises de ansiedade ou ataques de pânico ao se deparar com imagens que despertam a fobia.
Além disso, os gatilhos podem ser diferentes para cada pessoa. Algumas sentem desconforto apenas com objetos inanimados, como canos organizados em um padrão repetitivo ou bolhas em um líquido. Outras, no entanto, reagem fortemente a elementos orgânicos, como padrões na pele de animais, o alinhamento dos dentes de uma lampreia ou buracos causados por infecções e doenças. Essa variação mostra que a tripofobia pode estar relacionada tanto a fatores biológicos quanto a experiências pessoais e psicológicas.
Imagem: Benoit Daoust / Shutterstock
Atualmente, não há uma cura específica para a tripofobia, mas algumas abordagens terapêuticas podem ajudar a reduzir os sintomas. A terapia cognitivo-comportamental (TCC) é frequentemente recomendada para auxiliar no controle da ansiedade e na dessensibilização progressiva à exposição a padrões tripofóbicos. Além disso, estratégias de respiração e relaxamento podem minimizar os efeitos físicos e emocionais da fobia.
Como identificar a tripofobia
Identificar a tripofobia pode ser desafiador, pois a intensidade das reações varia de pessoa para pessoa. Algumas sentem apenas um leve desconforto ao ver padrões de buracos, enquanto outras experimentam reações físicas imediatas, como tremores e suor excessivo. Essa resposta pode ser involuntária e ocorrer até mesmo ao visualizar imagens em telas digitais.
O principal critério para considerar a tripofobia como um problema significativo é o grau de impacto que ela tem na vida da pessoa. Se a aversão a esses padrões impede a realização de atividades cotidianas ou causa sofrimento emocional intenso, procurar a orientação de um profissional de saúde mental pode ser um caminho para lidar com os sintomas.
Em 11 de março de 2020, a Organização Mundial da Saúde declarou a COVID-19 uma pandemia, que afetou mais de 770 milhões de pessoas e causou milhões de mortes globalmente.
Apesar dos avanços, ainda existe o risco de novas pandemias, e a questão é: estamos melhor preparados? Em alguns aspectos, sim, mas em outros, não, como explica um artigo publicado originalmente no site The Conversation.
Setores público e privado aprenderam a colaborar como nunca antes
A pandemia da COVID-19 gerou avanços notáveis, como uma colaboração sem precedentes entre setores público e privado, resultando no rápido desenvolvimento das vacinas mRNA.
Aprendemos a trabalhar em conjunto, compartilhando recursos e acelerando a pesquisa científica.
Além disso, a abordagem One Health, que integra saúde humana, animal e ambiental, ganhou importância.
No entanto, algumas áreas não avançaram o suficiente.
Aprendemos e evoluímos no combate a COVID-19, mas alguns problemas da época voltariam a aparecer em uma nova pandemia (Reprodução: william87/iStock)
Sistema de saúde frágeis sofreram ainda mais
A fragilidade dos sistemas de saúde pública em alguns países, especialmente nas áreas de atenção primária e geriatria, permanece preocupante. As instituições de saúde, como asilos, também necessitam de maior apoio.
A falta de investimento contínuo em pesquisa e a dificuldade em superar obstáculos burocráticos também são desafios persistentes.
A pandemia exacerbada por desinformação e polarização política deixou lições importantes, como a necessidade de melhorar a comunicação científica e lidar com a desigualdade social, que amplificou os impactos da crise.
Embora tenhamos aprendido muito, o mundo ainda não está totalmente preparado para futuras crises sanitárias, sendo essencial um maior investimento em ciência e colaboração global.
Preparo do planeta para enfrentar uma nova pandemia não seria tão superior ao que vimos em 2020 – Imagem: Tzido / iStock
Os testes de gravidez são a forma mais rápida e acessível de confirmar uma possível gestação. Eles detectam a presença do hormônio hCG, que começa a ser produzido após a fecundação. Existem testes de urina, vendidos em farmácias que oferecem maior precisão. Mas qual a eficácia desse teste, como funciona e quando realizar para obter um resultado confiável?
Eficácia de um teste de gravidez (Reprodução: Freepik/photodiod)
Como funciona o teste de gravidez?
As fitas dos testes de gravidez são feitas para detectar se à presença da gonadotrofina coriônica humana (Beta hCG), hormônio que só é produzido quando a mulher está grávida.
Qual a eficácia do teste de gravidez?
A eficácia varia dependendo do tipo de teste e do momento em que é realizado. O teste comprado em farmácia quando realizado corretamente têm uma precisão de cerca de 97%. O ideal é realizá-lo a partir do primeiro dia de atraso menstrual, pois antes disso o nível de hCG pode ser baixo, resultando em um falso negativo.
Para realizar o teste colete a urina no recipiente transparente que vem junto ao teste, após mergulhe a fita na urina até a faixa azul com a descrição “max” e espere de cinco a dez minutos. Uma linha significa negativo e duas linhas significa positivo para gravidez. Caso não apareça nenhuma linha, há um erro e é necessário fazer outro teste.
Como funciona um teste de gravidez (Reprodução: Freepik)
Em casos em que a gestação está no início, a segunda linha pode aparecer com a cor visualmente fraca, e é indicado fazer mais um teste ou então realizar a coleta de sangue para um resultado mais preciso. Se o resultado do teste for negativo e a menstruação estiver atrasada, ou se existirem sintomas sugestivos de gravidez, o teste deve ser repetido após 3 a 5 dias.
Quais as recomendações para fazer o teste de gravidez corretamente?
Observe se o teste tem o selo da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e registro no Ministério da Saúde, verifique a validade do teste e as condições da embalagem. Se estiver aberta ou tiver sido exposta à umidade, é possível que o teste não funcione corretamente.
Vale ressaltar que é indicado que a mulher faça o teste um dia após o atraso menstrual e que realize o teste com a primeira urina da manhã, pois é quando a urina está concentrada e fica fácil identificar a presença de hormônios. Além disso, realizar a coleta de sangue também é indicado para um resultado mais preciso.
Se fosse possível, você gostaria de saber quanto tempo você vai viver? As pessoas provavelmente se dividem em relação a isso. Alguns querem, com certeza. Outros, porém, têm medo de condicionar sua vida inteira a essa data. Independentemente disso, fato é que a curiosidade existe. Para todos.
Apesar dos avanços notáveis, a ciência e a medicina ainda não conseguem responder a essa pergunta. E acredito que nunca conseguirão. Um novo estudo, porém, traz uma informação importante dentro desse contexto – e que pode ajudar as pessoas a viverem mais.
Há um consenso entre os especialistas em dizer que a longevidade leva em conta os fatores genéticos e o estilo de vida. Mas qual dos dois é mais importante? Qual dos dois pesa mais?
De acordo com um artigo científico publicado recentemente na revista Nature Medicine, o estilo de vida pesa mais. O ambiente no qual estamos inseridos e as escolhas que fazemos são mais determinantes nessa equação de quanto tempo viveremos.
A longevidade é um dos assuntos que gera mais curiosidade entre as pessoas: afinal, quem não quer viver mais? – Imagem: Shutterstock/Hyejin Kang
Como eles chegaram a essa conclusão?
Os pesquisadores analisaram informações de 500 mil pessoas no UK Biobank, um grande banco de dados de saúde do Reino Unido.
São dados genéticos, registros médicos, imagens e informações sobre estilo de vida.
Em paralelo a isso, os cientistas também traçaram o “perfil proteômico” de 45 mil pessoas a partir de exames de sangue.
Esse “perfil proteômico” observa como as proteínas no corpo mudam ao longo do tempo para identificar a idade de uma pessoa em nível molecular.
Os pesquisadores, então, começaram a cruzar os dados para identificar padrões.
Avaliaram 164 exposições ambientais, bem como marcadores genéticos de doenças dos participantes.
Colocaram na balança fatores como o tabagismo, o sedentarismo, a renda familiar e até mesmo condições no início da vida, como peso corporal na infância.
Vale destacar que o estudo não levou em conta as mortes por acidentes, por exemplo.
Apenas aquelas ocasionadas por doenças ou por idade – a morte natural.
O tabagismo está entre os principais comportamentos de risco para diminuir a expectativa de vida – Imagem: wernimages/Shutterstock
O que eles descobriram
A partir desse cruzamento de dados, os cientistas confirmaram que, para doenças como o câncer e a demência, os fatores genéticos pesam mais. Já doenças pulmonares, cardíacas e hepáticas sofrem maior intervenção do estilo de vida.
Isso não é novidade para ninguém. A descoberta impactante do estudo é que, olhando para o macro, os fatores ambientais foram responsáveis por cerca de 17% da variação na expectativa de vida, enquanto fatores genéticos contribuíram com menos de 2%.
Os fatores ambientais que mais influenciaram na morte precoce e no envelhecimento biológico são: tabagismo, status socioeconômico e níveis de atividade física.
A pesquisa também apontou que pessoas mais altas tendem a viver menos, assim como crianças que carregam mais peso aos 10 anos de idade e bebês cujas mães fumaram no final da gestação.
Fatores genéticos são importantes, mas os ambientais e o estilo de vida pesam mais, segundo esse novo estudo – Imagem: Ground Picture/Shutterstock
Uma descoberta polêmica desse estudo é que os dados não apontaram nenhuma ligação consistente entre dieta e marcadores de envelhecimento biológico. Isso contradiz uma série de outras pesquisas, que apontam justamente o contrário: que a alimentação têm impacto direto no envelhecimento do corpo e no aparecimento de doenças.
É importante ressaltar que os próprios pesquisadores reconhecem os limites do seu estudo. Como usaram apenas um recorte de dados, disseram que a vida é muito mais complexa do que isso – e que é resultado de diversas interações.
Agora, mesmo com essas limitações, a pesquisa deve servir de alerta para todos: as nossas escolhas e estilo de vida possuem um peso gigantesco na equação de quanto tempo viveremos.
O casamento é um objetivo de vida para muitas pessoas. E diversas pesquisas já mostraram que compartilhar momentos ao lado de um parceiro pode deixar a vida melhor.
Mas há um ponto de atenção para os homens. Aquela brincadeira de que é comum ganhar uns quilinhos depois de casar, aparentemente, tem um fundo de verdade.
Um novo estudo, por exemplo, aponta que os homens casados tendem a engordar. De acordo com pesquisadores do Instituto Nacional de Cardiologia da Polônia, eles são mais de três vezes mais propensos a serem obesos do que os solteiros.
Mulheres não apresentaram o mesmo resultado
Durante o trabalho, foram analisados os dados de 1.098 homens e 1.307 mulheres com idade média de 50 anos. Estatisticamente, 35,3% foram classificados como “peso normal”, 38,3% apresentaram sobrepeso clínico e 26,4% foram considerados obesos.
Probabilidade para desenvolver obesidade pode ter relação com o estado civil (Imagem: khomkrit sangkatechon/Shutterstock)
De acordo com os pesquisadores, o estado civil contribuiu para o sobrepeso ou a obesidade. Os homens casados tiveram um risco 62% maior de ficar acima do peso durante o casamento, enquanto suas esposas tiveram um risco de 39%.
Os cientistas ainda descobriram que os homens casados tinham mais de três vezes mais chances de serem obesos do que os homens solteiros. No entanto, embora as mulheres experimentassem ganho de peso no casamento, elas apresentaram o mesmo nível das solteiras.
Homens casados apresentam um risco 62% maior de ficar acima do peso durante o casamento (Imagem: Ljupco Smokovski/Shutterstock)
Descobertas podem ajudar no combate à doença
A pesquisa ainda apontou que viver em comunidades menores e mais isoladas foram fatores para aqueles que estavam com sobrepeso e obesidade.
A equipe admite que o trabalho tem diversas limitações, mas os resultados podem ajudar os médicos a direcionar melhor os pacientes com maior risco de obesidade.
No geral, a doença cardiovascular estava presente em 28% dos participantes obesos, mais que o dobro do observado naqueles que estavam dentro da faixa de peso “normal”.
Segundo o estudo, “a disseminação do conhecimento sobre saúde e a promoção da saúde ao longo da vida podem reduzir o fenômeno preocupante do aumento dos níveis de obesidade”.
As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Scimex.