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Ozempic pode ganhar rival para perda de peso: conheça a BRP

Pesquisadores da Universidade Stanford, nos Estados Unidos, identificaram uma molécula natural que parece atuar como a semaglutida, princípio ativo do Ozempic, na supressão do apetite e no emagrecimento.

Chamada de BRP, a molécula ativa diferentes neurônios no cérebro e funciona sem causar efeitos colaterais já conhecidos do medicamento, como náusea, constipação e perda significativa de massa muscular.

“Os receptores visados ​​pela semaglutida são encontrados no cérebro, mas também no intestino, pâncreas e outros tecidos”, disse a professora assistente de patologia Katrin Svensson. “É por isso que o Ozempic tem efeitos generalizados, incluindo a desaceleração do movimento dos alimentos pelo trato digestivo e a redução dos níveis de açúcar no sangue. Em contraste, o BRP parece agir especificamente no hipotálamo, que controla o apetite e o metabolismo.”

Linha do tempo de teste feito em camundongos com injeção de BRP (Imagem: Reprodução)

Por enquanto, os testes foram realizados apenas em animais, mas ensaios clínicos em humanos já estão nos planos de uma empresa recém-fundada pela pesquisadora. As descobertas feitas até agora foram publicadas na revista científica Nature.

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Como foi feita a pesquisa?

O trabalho foi concentrado nos efeitos do pro-hormônio convertase 1/3, que está envolvido na obesidade humana. Um dos produtos desse pro-hormônio é o peptídeo semelhante ao glucagon 1, ou GLP-1, que regula o apetite e os níveis de açúcar no sangue; a semaglutida funciona justamente imitando o efeito do GLP-1 no corpo.

Os pesquisadores, então, examinaram 100 peptídeos quanto à sua capacidade de ativar células neuronais cultivadas em laboratório. Como esperado, o GLP-1 aumentou em três vezes sua atividade nas células neuronais em relação às células de controle.

Pesquisa identificou peptídeo que pode ser mais eficaz do que o GLP-1 (Imagem: zimmytws/iStock)

Mas outro peptídeo composto de apenas 12 aminoácidos aumentou a mesma atividade em dez vezes: o BRP, um peptídeo que tem como pró-hormônio parental o BPM/ácido retinoico induzível neural específico 2.

Ao testar o efeito da molécula com injeção intramuscular em camundongos magros, eles observaram uma redução de até 50% na ingestão de alimentos. Já camundongos obesos tratados com injeções diárias de BRP por 14 dias perderam uma média de 3 gramas, e também demonstraram melhor tolerância à glicose e à insulina.

“A falta de medicamentos eficazes para tratar a obesidade em humanos tem sido um problema por décadas”, disse Svensson. “Nada que testamos antes se comparou à capacidade da semaglutida de diminuir o apetite e o peso corporal. Estamos muito ansiosos para saber se ela é segura e eficaz em humanos.”

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Uma simples troca na sua alimentação pode te fazer viver mais, diz estudo

Um estudo com mais de 220.000 pessoas, realizado por pesquisadores de Harvard, MIT e Mass General Brigham, concluiu que substituir a manteiga por óleos vegetais pode ser uma das formas mais eficazes de aumentar a longevidade.

O estudo foi publicado no jornal JAMA Internal Medicine.

Ao analisar dados de três estudos de saúde de longo prazo, os pesquisadores observaram que o consumo de manteiga estava associado a um aumento de 15% no risco de morte, enquanto o consumo de óleos vegetais, como azeite, canola e soja, reduzia esse risco em 16%.

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Consumo de manteiga diário pode aumentar o risco de morte por problemas de saúde – Imagem: itor/Shutterstock

Além disso, o estudo mostrou que a troca de 10 gramas de manteiga por dia por óleos vegetais poderia reduzir as mortes por câncer em 11% e as mortes por doenças cardiovasculares em 6%.

Descobertas do estudo

  • A principal diferença entre os dois tipos de gordura é que os óleos vegetais contêm mais ácidos graxos insaturados, que são benéficos para o coração, enquanto a manteiga é rica em ácidos graxos saturados, que estão ligados a doenças cardíacas e aumento do colesterol LDL.
  • Os pesquisadores destacam que, apesar de já sabermos os malefícios das gorduras saturadas, este estudo é o primeiro a comparar diretamente os efeitos das fontes de gordura em uma amostra tão grande de pessoas ao longo de um período longo.
  • A troca simples de manteiga por óleos vegetais, como o azeite, pode trazer benefícios significativos para a saúde pública, prevenindo uma quantidade substancial de mortes por doenças crônicas.
Óleo de cozinha sendo despejado em uma frigideira
Substituir manteiga por óleos vegetais é alternativa viável para viver mais, revela estudo (Imagem: New Africa/Shutterstock)

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Adoçante artificial pode aumentar o risco de doenças cardíacas

Uma pesquisa recentemente publicada no jornal Cell Metabolism revela que o aspartame, um adoçante comum em produtos como refrigerantes diet e sorvetes sem açúcar, pode afetar negativamente a saúde vascular.

O estudo descobriu que o consumo de aspartame aumenta os níveis de insulina em animais, o que pode contribuir para a aterosclerose (acúmulo de gordura nas artérias), elevando o risco de inflamação e doenças cardíacas.

Detalhes do estudo

  • Os pesquisadores alimentaram camundongos com doses diárias de aspartame (equivalente a três latas de refrigerante diet para humanos) por 12 semanas.
  • Os camundongos que consumiram o adoçante desenvolveram placas maiores nas artérias e mostraram sinais de inflamação.
  • O aumento nos níveis de insulina foi identificado como o principal fator, já que o aspartame, sendo 200 vezes mais doce que o açúcar, parece induzir a liberação excessiva de insulina, levando ao acúmulo de gordura nas artérias.
Aspartame causa liberação excessiva de insulina, o que pode levar a problemas de saúde (Imagem: Highwaystarz-Photography/iStock)

O estudo também apontou o CX3CL1, um sinal imunológico, como um fator crucial na ligação entre insulina elevada e acúmulo de placas arteriais. Quando os receptores desse sinal foram removidos dos camundongos, o acúmulo de placas foi interrompido.

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Os pesquisadores pretendem investigar os efeitos do aspartame em humanos e explorar o CX3CL1 como alvo para o tratamento de doenças crônicas, como derrames, diabetes e artrite. O estudo destaca a necessidade de compreender os impactos a longo prazo dos adoçantes artificiais na saúde.

“Os adoçantes artificiais penetraram em quase todos os tipos de alimentos, então temos que saber o impacto na saúde a longo prazo”, afirmou autor sênior do estudo, Yihai Cao.

Adoçantes artificiais, presentes em muitos dos alimentos e bebidas consumidas em nosso cotidiano, podem ser perigosos causadores de doenças cardíacas – Imagem: Josep Suria/SHutterstock

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Alzheimer: células imunológicas do cérebro podem auxiliar tratamento

Pesquisadores da Northwestern University fizeram um avanço promissor no tratamento da doença de Alzheimer ao explorar o uso das células imunológicas do cérebro. O estudo está publicado na revista Nature Medicine.

Os especialistas aplicaram uma técnica chamada transcriptômica espacial, que permite analisar a localização da atividade genética dentro do tecido cerebral.

Com isso, conseguiram identificar que as microglia, as células imunológicas do cérebro, desempenham um papel crucial ao limpar as placas de beta-amiloide e restaurar um ambiente saudável no cérebro, o que poderia ajudar na recuperação neuronal.

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No computador, uma imagem de tecido cerebral humano com doença de Alzheimer que foi tratado com imunização beta-amiloide – Imagem: Northwestern University

Detalhes do estudo

  • Esse mecanismo recentemente descoberto pode abrir caminho para o desenvolvimento de tratamentos que foquem diretamente nessas células, evitando os efeitos colaterais comuns dos medicamentos atuais.
  • Embora ainda não seja uma cura, esse avanço representa um passo importante no entendimento das complexidades do Alzheimer, sugerindo formas de tratá-lo de maneira mais eficaz e direcionada no futuro.
  • Além disso, a pesquisa se soma a outros avanços, como o teste desenvolvido pela Universidade de Pittsburgh, que detecta pequenas quantidades da proteína tau no cérebro até uma década antes de ela ser visível em exames, e a recente categorização do Alzheimer em cinco subtipos, o que pode permitir tratamentos mais personalizados.

Esses estudos são animadores e podem levar a um futuro em que o tratamento do Alzheimer seja mais preciso e menos prejudicial aos pacientes.

Máquina de transcriptômica espacial segura uma lâmina contendo tecido cerebral humano de ensaio clínico – Imagem: Universidade Northwestern

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Estudo inédito sobre genética da depressão pode mudar a forma como tratamos a doença

Seu DNA pode guardar segredos sobre sua saúde mental. Pesquisadores brasileiros ajudaram a desvendar quase 700 variações genéticas ligadas à depressão. O maior estudo global já feito sobre a genética da depressão incluiu dados de mais de 5 milhões de pessoas e contou com a participação da Unifesp e da UFRGS, ampliando a diversidade genética analisada.

A pesquisa, liderada por cientistas da Universidade de Edimburgo e do King’s College London, analisou informações genéticas de indivíduos de 29 países. No Brasil, os pesquisadores ajudaram a incluir dados de populações miscigenadas, permitindo a descoberta de quase 300 novas variações genéticas antes desconhecidas.

Além disso, os cientistas identificaram que medicamentos como Pregabalina e Modafinil, já utilizados para outras condições, podem influenciar os genes relacionados à depressão. Os achados reforçam a importância de estudos genéticos mais diversos para desenvolver diagnósticos precisos e tratamentos personalizados para diferentes populações.

Novos caminhos para entender a depressão

Os cientistas destacam que cada variação genética isolada tem um impacto pequeno, mas, quando combinadas, podem aumentar significativamente o risco de desenvolver depressão. Esse efeito acumulativo pode explicar por que algumas pessoas são mais vulneráveis à doença, mesmo em condições ambientais semelhantes.

Ambiente, estilo de vida e fatores sociais também desempenham um papel essencial na manifestação da depressão, segundo pesquisa (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)

Outro ponto relevante da descoberta é o impacto que essas variações podem ter no desenvolvimento de novos tratamentos. Com a identificação desses fatores de risco para a depressão, os pesquisadores esperam criar abordagens terapêuticas mais personalizadas. Atualmente, muitos antidepressivos são desenvolvidos sem levar em conta a genética individual dos pacientes.

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Além disso, o estudo ressalta a importância da inclusão de diferentes populações em pesquisas genéticas. Até agora, grande parte dos estudos focava apenas em indivíduos de ascendência europeia, o que limitava a compreensão da genética da depressão em outras etnias.

Um passo além na personalização dos tratamentos

Hoje, os tratamentos para depressão são amplamente baseados na tentativa e erro, já que cada paciente responde de forma diferente aos medicamentos disponíveis. No entanto, com a identificação das alterações genéticas envolvidas no transtorno, será possível desenvolver estratégias mais precisas, aumentando as chances de sucesso terapêutico e reduzindo efeitos colaterais.

Com a identificação das variações genéticas ligadas à depressão, tratamentos mais certeiros poderão substituir a atual abordagem (Imagem: Kateryna Kon/Shutterstock)

Outro avanço importante trazido pelo estudo é a possibilidade de prever, com mais precisão, quem tem maior predisposição genética para desenvolver depressão ao longo da vida. Esse tipo de informação pode ser usado para intervenções preventivas, permitindo que médicos e pacientes adotem estratégias para minimizar os impactos do transtorno antes mesmo que os sintomas se manifestem.

Por fim, a pesquisa reforça o papel da genética como uma peça-chave na compreensão dos transtornos mentais. Embora a depressão tenha origens multifatoriais, esse estudo fornece uma base genética robusta para futuros avanços na psiquiatria. O desafio agora é traduzir essas descobertas em aplicações clínicas, tornando o diagnóstico mais preciso e os tratamentos mais eficazes.

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Influenciadores digitais promovem exames médicos desnecessários, alerta pesquisa

Você confia em influenciadores digitais quando o assunto é saúde e medicina? Talvez seja hora de repensar. Um estudo da Universidade de Sydney, analisou quase mil postagens sobre exames médicos no Instagram e TikTok. A conclusão é alarmante: a maioria dessas postagens é enganosa, supervaloriza benefícios e ignora riscos importantes, como o risco de superdiagnóstico.

Os cientistas analisaram testes populares, como ressonância magnética de corpo inteiro, exames genéticos para múltiplos tipos de câncer e análises do microbioma intestinal. A promessa de um diagnóstico precoce pode parecer tentadora, mas especialistas alertam: muitos desses exames não têm evidências sólidas para justificar seu uso indiscriminado.

A pesquisa, divulgada pelo portal Euronews, alerta para os riscos das postagens sobre testes médicos feitas por influenciadores, apontando que a maioria dessas publicações é enganosa. O problema, segundo a reportagem, é que as pessoas podem receber diagnósticos equivocados e passar por tratamentos desnecessários, gerando consequências graves para a saúde pública.

O perigo dos exames desnecessários

Além do impacto econômico e emocional, exames desnecessários representam um risco real à saúde, podendo levar a falsos diagnósticos ou tratamentos indevidos. A medicalização excessiva pode transformar indivíduos saudáveis em pacientes crônicos, comprometendo a qualidade de vida e sobrecarregando sistemas de saúde.

Desinformação nas redes: quando a saúde vira um jogo de incertezas (Imagem: Prostock-studio/Shutterstock)

Um dos maiores perigos é o superdiagnóstico. Isso ocorre quando pessoas saudáveis são diagnosticadas com condições que jamais trariam danos reais. Como consequência, muitos passam por exames adicionais, tratamentos invasivos e um estresse desnecessário. Os próprios pesquisadores alertam: sem critérios médicos, esses testes podem fazer mais mal do que bem.

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Apesar dos riscos, a preocupação com o superdiagnóstico quase não aparece nas redes sociais. Apenas 6% das postagens mencionavam o problema. Em contrapartida, mais da metade dos influenciadores incentivava os seguidores a realizá-los, sem qualquer ponderação. Especialistas ressaltam que essa abordagem reforça a desinformação e pode ter um impacto grave na saúde pública.

Interesses ocultos e a ilusão do conhecimento

Grande parte dos influenciadores não promove esses exames por altruísmo. Na verdade, 68% deles têm interesses financeiros, seja por meio de parcerias pagas ou códigos de desconto. A mensagem principal vendida ao público é sedutora: “conhecimento é poder”. No entanto, como alertam os pesquisadores, muitas informações são selecionadas a dedo, omitindo riscos importantes.

Informação ou ilusão? A desinformação médica nas redes pode custar caro (Imagem: Bystrov/Shutterstock)

Curiosamente, postagens feitas por médicos – cerca de 15% do total – apresentavam um tom menos promocional e mencionavam os riscos com mais frequência. Isso reforça a importância de buscar informações em fontes confiáveis e não apenas em conteúdos patrocinados. Sem uma visão completa, pacientes podem acabar realizando exames desnecessários e até recebendo tratamentos evitáveis.

Diante disso, especialistas defendem regras mais rígidas para conter a desinformação médica nas redes sociais. Afinal, sem regulamentação eficaz, influenciadores continuarão promovendo testes questionáveis, alimentando o medo e incentivando decisões que podem comprometer a saúde de milhões de pessoas.

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Espirros, tosse e nariz escorrendo: como saber qual infecção você tem?

O campo da saúde pode ser bastante confuso, uma vez que diferentes doenças podem ter sintomas muito semelhantes. Por isso, muitas vezes é necessária uma investigação mais detalhada com profissionais de saúde por meio de exames, para identificar corretamente qual a causa e seu tratamento.

Sintomas como espirros, tosse e nariz escorrendo estão presente em diversas condições de saúde, como em doenças respiratórias, podendo ser sinais de infecções que merecem atenção especial como a Covid-19. Assim que percebemos que nosso corpo estão dando esses indícios, a primeira coisa que fazemos é tentar identificar qual o motivo, para buscar uma forma de se curar.

Nem toda infecção gera uma doença, assim como nem toda doença é uma infecção. Porém, toda doença infecciosa é o resultado de uma infecção. (Imagem: Freepik)

Sabendo disso, como é possível saber qual a doença que está causando esses desconfortos? É possível diferenciar quais podem ser as causas, com procedimentos que vão além dos testes? Com diversas doenças infecciosas circulando, é importante ter essas informações. Saiba mais na matéria a seguir.

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Qual a diferença entre doença e infecção?

A infecção é um processo que acontece quando microrganismos como bactérias, vírus, fungos ou parasitas, invadem o corpo de um hospedeiro e se reproduzem nele. Elas podem ser transmitidas por contato direto com uma pessoa infectada, ou até mesmo pelo uso de objetos contaminados.

O contágio pode ser feito através da pele, pelas vias respiratórias, circulatórias ou pelas mucosas. Ainda que diversos agentes infecciosos possam coexistir no organismo sem que doenças sejam desenvolvidas, um sistema imunológico desregulado pode permitir que os microrganismos causem enfermidades, que interferem no funcionamento do corpo.

Alguns sintomas comuns de infecção podem ser:

  • Febre;
  • Fadiga;
  • Tosse;
  • Mal-estar geral;
  • Inchaço ou inflamação na área afetada;
  • Dor ou desconforto;
  • Secreções anormais (como pus, por exemplo);
  • Mudanças na função orgânica (dependendo da área afetada).

Enquanto isso, as doenças são a consequência das lesões causadas pelo agente infeccioso e pela resposta do hospedeiro, e pode ser manifestada por sintomas e sinais, além de alterações fisiológicas, bioquímicas e histopatológicas. Ela pode ser transmitida de pessoa para pessoa, ou não, e pode ser causada por patógenos como bactérias e vírus.

Podemos concluir que: nem toda infecção gera uma doença, assim como nem toda doença é uma infecção. Porém, toda doença infecciosa é o resultado de uma infecção.

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A maioria das pessoas saudáveis que apresentam sintomas leves como coriza, congestão e fadiga não precisam de atendimento médico. (Imagem: Freepik)

É possível você mesmo identificar qual infecção contraiu?

Leana Wen, médica de emergência e professora associada clínica na Universidade George Washington, explicou um pouco sobre essa questão à CNN. De acordo com ela, é preciso analisar quem é a pessoa que está com esses sintomas, levando em conta a idade e as condições de saúde.

Isso porque a maioria das pessoas saudáveis que apresentam sintomas leves como coriza, congestão e fadiga não precisam de atendimento médico. Existem mais de 200 vírus que causam o resfriado comum, e que costuma ser a causa desses sinais. Ainda que esses indivíduos estejam com Covid-19 ou influenza, por exemplo, mas tiverem sintomas leves, provavelmente não precisam de tratamento.

Para esses casos, essas pessoas podem fazer testes caseiros para saber se estão com um desses vírus, contudo, esse conhecimento não muda muito o manejo clínico. Dessa forma, a recomendação é um tratamento sintomático, com repouso, muito líquido e medicamentos de venda livre para aliviar a febre e as dores no corpo. Já as pessoas com mais risco de ter doenças graves devem fazer o teste assim que os sintomas começam para iniciar o tratamento o quanto antes.

Os testes também são importantes quando eles pioram, como tosse persistente, febre alta constante, dor no peito, dor abdominal e dificuldade de respirar. Nesses casos também é importante buscar atendimento médico, pois pode não ser um simples resfriado, mas sim uma pneumonia bacteriana que requer antibióticos, por exemplo. E isso tudo apenas falando sobre doenças respiratórias.

Além disso, os espirros, tosses e congestão podem vir acompanhados de outros indícios, como dor de estômago, diarreia e vômito, o que podem estar relacionados com gastroenterite viral, por exemplo. Essa doença começa de repente e é bastante desconfortável, mas a recuparação do paciente acontece em alguns dias na maioria das vezes, sem que seja necessário um tratamento específico. Geralmente, não é necessário testes para confirmar o diagnóstico.

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Os testes são importantes quando os sintomas pioram, como tosse persistente, febre alta constante, dor no peito, dor abdominal e dificuldade de respirar. (Imagem: Freepik)

Contudo, assim como no caso das doenças respiratórias, existem exceções, se existirem sintomas persistentes de diarreia e vômito, com febres e dor abdominal grave. Quando isso acontece, pode ser uma infecção bacteriana que necessita de antibióticos para ser curada, ou até mesmo uma apendicite. Mais uma vez, é importante a avaliação de profissionais e exames adicionais para ter certeza.

De forma geral, a profissional recomenda que, caso você tenha um médico ou outro profissional da área que possa buscar orientações, é importante se consultar com ele para ter orientações. Se não houver facilidade de buscar ajuda médica, é essencial se atentar aos sintomas e o quão grave parece a doença, como dores no peito, dificuldade para respirar, dormência ou fraqueza em um braço ou perna. Nesses casos, é preciso ir à emergência imediatamente.

Por fim, deve ser observado se o paciente em questão faz parte de um grupo considerado vulnerável, como bebês, gestantes, idosos e pessoas com condições médicas que oferecem riscos adicionais de doença grave. Para essas pessoas, não é necessário aguardar até que os sintomas apresentados sejam persistentes, sendo aconselhável buscar por ajuda médica já no início dos sinais.

Conclusão: diversas doenças diferentes podem apresentar sintomas iguais ou semelhantes, dificultando a identificação de qual infecção foi contraída. Por isso, buscar em sites de pesquisa pode não ser uma boa ideia, já que os resultados podem não ser compatíveis com a causa desses sinais. Caso você ou alguém próximo esteja com espirros, tosse ou nariz escorrendo, vale observar se eles estão persistentes e se há outros sintomas mais sérios, como febre e dores.

Pode ser feito o uso de testes para identificar qual o causador da infecção, como é o caso de doenças respiratórias, porém, na maioria dos casos leves, o tratamento é feito de forma sintomática. Contudo, se a pessoa que está com esses sintomas faz parte de grupos vulneráveis, é importante que seja consultado um profissional da saúde o quanto antes, para a correta identificação e tratamento da doença.

De qualquer forma, caso seja possível, o ideal é sempre consultar um médico para ter orientações mais precisas do que ser feito quando aparecem esses sintomas.

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Pode ser feito o uso de testes para identificar qual o causador da infecção, porém, na maioria dos casos leves, o tratamento é feito de forma sintomática. (Imagem: Freepik)

Fonte: CNN

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Exercícios ajudam a combater insônia, mas quais são mais eficazes?

Um estudo recente revelou que os exercícios físicos são uma solução eficaz, acessível e relativamente barata para melhorar a qualidade do sono em adultos mais velhos (60 anos ou mais) com insônia, condição comum entre essa faixa etária.

A pesquisa, realizada por cientistas do Hospital Ramathibodi da Faculdade de Medicina da Universidade Mahidol (Tailândia), foi uma revisão sistemática e meta-análise de 25 ensaios clínicos randomizados conduzidos entre 1996 e 2021, envolvendo 2,17 mil participantes diagnosticados com insônia de acordo com os critérios do Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM-5).

A análise focou no impacto de diferentes tipos de exercícios na qualidade do sono dos participantes com 60 anos ou mais. O estudo foi publicado na revista Family Medicine and Community Health.

Os pesquisadores utilizaram o Índice Global de Qualidade do Sono de Pittsburgh (GPSQI, na sigla em inglês) para medir os resultados, levando em consideração aspectos, como qualidade do sono, tempo para adormecer, distúrbios durante a noite e disfunção diurna.

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O estudo revelou que, no geral, os participantes que realizaram exercícios apresentaram melhora significativa na qualidade do sono, com redução na pontuação do GPSQI, o que indicava melhor qualidade do sono.

Todo exercício físico ajuda diminuir a insônia e um estudo avaliou o impacto de cada atividade na qualidade do sono (Imagem: Drazen Zigic/Shutterstock)

Exercícios que melhor impactam a qualidade do sono ante a insônia

  • Entre os tipos de exercício analisados, os exercícios aeróbicos, como corrida, ciclismo e natação, demonstraram efeitos positivos, com uma redução média de 4,36 pontos no GPSQI;
  • No entanto, a pesquisa também indicou que os resultados eram um pouco inconsistentes entre os diferentes estudos, o que sugere que o impacto do exercício aeróbico no sono pode variar;
  • Já o treinamento de força ou resistência, como o uso de pesos livres, faixas de resistência ou máquinas de musculação, teve o maior impacto na qualidade do sono, reduzindo o GPSQI em 5,75 pontos, o que indica melhora substancial no sono dos participantes;
  • Embora os exercícios combinados também tenham mostrado benefícios, a redução do GPSQI foi menor, de 2,54 pontos.

Os pesquisadores destacaram que o estudo reforça a importância do exercício físico, especialmente o treinamento de força, para melhorar a qualidade subjetiva do sono de forma significativa em comparação com a rotina habitual de atividades diárias.

No entanto, eles alertaram que os tipos de exercício podem não ser adequados para todos, pois alguns podem ser desafiadores para pessoas mais velhas devido à complexidade das técnicas envolvidas ou limitações físicas.

Meditação pode ajudar a contornar insônia
Pesquisa reforça a ideia de que praticar exercícios físicos melhora a qualidade do sono (Imagem: Tero Vesalainen/Shutterstock)

Uma das conclusões importantes do estudo é que qualquer forma de exercício pode trazer benefícios para a qualidade do sono, mesmo que a pessoa não consiga realizar treinamento de força.

Além disso, os pesquisadores sugeriram que futuras investigações poderiam combinar medições objetivas e subjetivas, como frequência cardíaca e consumo de oxigênio, para validar ainda mais o impacto dos exercícios no sono.

Esse estudo oferece alternativa acessível e eficaz para tratar a insônia em idosos, além de ser incentivo para que mais pessoas adotem exercícios físicos regulares para melhorar sua saúde e bem-estar geral.

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Por que algumas pessoas têm a “língua presa”?

A fala é uma das principais formas de comunicação humana, e qualquer dificuldade nesse processo pode impactar a qualidade de vida de uma pessoa. Um problema comum, mas frequentemente subestimado, é a chamada “língua presa”.

Muitas pessoas já ouviram esse termo, mas poucos sabem realmente o que ele significa e como pode afetar o dia a dia. A condição pode variar de um leve incômodo até dificuldades mais sérias na articulação das palavras, além de influenciar a mastigação e a deglutição.

A língua presa pode ser diagnosticada ainda na infância e, dependendo do grau de limitação dos movimentos da língua, pode exigir acompanhamento fonoaudiológico ou até intervenção cirúrgica. Compreender por que essa condição ocorre e quais são as opções de tratamento é essencial para quem busca melhorar a fala e outras funções relacionadas à língua.

Por que algumas pessoas têm a “língua presa”?

A “língua presa” é um termo popular para uma condição chamada anquiloglossia. Trata-se de uma alteração congênita caracterizada por um frênulo lingual curto ou rígido, que limita os movimentos da língua.

O frênulo lingual é a membrana que conecta a parte inferior da língua ao assoalho da boca. Quando essa estrutura é muito curta ou espessa, a mobilidade da língua fica prejudicada, impactando funções como a fala, a mastigação e a deglutição.

Comparativo entre as condições (Imagem: BebêCare/Reprodução)

O que causa a língua presa?

A anquiloglossia ocorre devido a um desenvolvimento incompleto do frênulo lingual durante a gestação. Embora as causas exatas ainda não sejam totalmente compreendidas, acredita-se que fatores genéticos possam influenciar essa condição, uma vez que ela pode ocorrer em várias pessoas da mesma família.

Essa condição pode variar em gravidade. Algumas pessoas apresentam um leve encurtamento do frênulo e não sofrem impactos significativos na fala ou alimentação. No entanto, casos mais graves podem dificultar a articulação de sons, especialmente aqueles que exigem maior mobilidade da língua, como “r”, “l” e “d”.

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Quais os impactos da língua presa?

A anquiloglossia pode afetar diferentes aspectos da vida de uma pessoa, dependendo da gravidade da condição. Os principais impactos incluem:

  • Dificuldade na fala: algumas crianças e adultos com língua presa têm dificuldade para pronunciar certos fonemas, o que pode prejudicar a comunicação e até gerar insegurança.
  • Problemas na amamentação: em bebês, a limitação do movimento da língua pode dificultar a sucção do leite materno, tornando a amamentação menos eficiente e causando desconforto tanto para a mãe quanto para o bebê.
  • Complicações na mastigação e deglutição: como a língua auxilia na movimentação dos alimentos dentro da boca, a limitação dos seus movimentos pode tornar a mastigação e a deglutição mais difíceis.
  • Higiene bucal comprometida: a restrição dos movimentos da língua pode dificultar a remoção de resíduos de alimentos dos dentes e gengivas, aumentando o risco de cáries e doenças gengivais.
  • Impacto na qualidade de vida: dificuldades na fala podem causar frustração, baixa autoestima e até problemas sociais, especialmente em crianças que podem ser alvo de brincadeiras e bullying na escola.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico da anquiloglossia pode ser feito logo nos primeiros meses de vida, por meio de uma avaliação clínica feita por pediatras, fonoaudiólogos ou dentistas. Em alguns casos, o problema só se torna evidente quando a criança começa a falar e demonstra dificuldades na pronúncia de determinadas palavras.

O profissional de saúde pode utilizar escalas de avaliação para medir a gravidade da anquiloglossia, considerando fatores como mobilidade da língua, presença de dificuldades na alimentação e impacto na fala.

(Imagem: Gameta/Divulgação)

Quais são os tratamentos para a língua presa?

O tratamento da anquiloglossia depende da gravidade do caso. Algumas pessoas conseguem desenvolver estratégias para contornar as limitações da língua sem necessidade de intervenção. No entanto, quando o problema interfere na fala ou na alimentação, algumas opções de tratamento podem ser consideradas:

1. Terapia fonoaudiológica

A fonoaudiologia é a primeira abordagem para muitos casos de língua presa. O profissional pode indicar exercícios para melhorar a mobilidade da língua e ajudar na articulação dos fonemas. Esse tratamento pode ser suficiente para casos mais leves ou moderados.

2. Frenotomia

A frenotomia é um procedimento simples e rápido, realizado geralmente em bebês, no qual o frênulo lingual é cortado para liberar a língua. A recuperação é rápida e o procedimento raramente apresenta complicações.

3. Frenectomia

Nos casos mais graves, especialmente em crianças mais velhas e adultos, pode ser necessária uma frenectomia. Esse procedimento cirúrgico envolve um corte mais profundo no frênulo e pode ser feito com bisturi ou laser. A recuperação exige um período de cicatrização e exercícios de reabilitação para restaurar a mobilidade da língua.

A cirurgia de língua presa dói?

A frenotomia, realizada em bebês, é um procedimento minimamente invasivo e quase indolor, sendo feito sem anestesia ou apenas com anestesia tópica. Já a frenectomia, realizada em crianças maiores e adultos, pode causar um leve desconforto nos primeiros dias, mas a dor geralmente é controlada com analgésicos simples e o processo de cicatrização é rápido.

É possível prevenir a língua presa?

Por ser uma condição congênita, a língua presa não pode ser evitada. No entanto, o diagnóstico precoce e o tratamento adequado são fundamentais para minimizar seus impactos e evitar problemas na fala e na alimentação.

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Microplásticos no cérebro podem levar à demência, sugere estudo

O acúmulo de microplásticos no cérebro pode estar relacionado ao surgimento de demência. É o que sugere um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Ottawa, no Canadá, publicado na revista científica Nature Medicine.

Os cientistas descobriram que os cérebros humanos contêm aproximadamente uma colher de microplásticos e nanoplásticos (MNPs), nível que pode ser de três a cinco vezes maior em pessoas diagnosticadas com demência. 

Além disso, tecidos cerebrais apresentaram concentrações até 30 vezes maiores de MNPs em comparação a outros órgãos, como o fígado ou o rim.

Por ano, são emitidos entre 10 e 40 milhões de toneladas de microplásticos para o ambiente — e esse número pode duplicar até 2040. São elementos que estão presentes nos alimentos que comemos, na água que bebemos e no ar que respiramos.

Vento e água ajudam a dispersar microplásticos pelo ambiente (Imagem: pcess609/iStock)

Partículas menores que 200 nanômetros, predominantemente compostas de polietileno, são as mais preocupantes, segundo os pesquisadores, porque “mostram notável deposição em paredes cerebrovasculares e células imunes”.

“Esse tamanho permite que elas potencialmente cruzem a barreira hematoencefálica, levantando questões sobre seu papel em condições neurológicas”, diz o artigo.

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O que fazer a respeito?

Os pesquisadores ponderam que eliminar completamente a exposição aos microplásticos  não é realista, mas há práticas cotidianas que podem reduzir a sua ingestão — e consequentemente os riscos para a saúde a longo prazo.

  • Trocar a água engarrafada por água filtrada da torneira pode reduzir a ingestão de microplásticos de 90.000 para 4.000 partículas por ano.
Água filtrada reduz chance de exposição a microplásticos (Imagem: Edgar BJ/iStock)

“A água engarrafada sozinha pode expor as pessoas a quase tantas partículas de microplástico anualmente quanto todas as fontes ingeridas e inaladas combinadas”, diz o Dr. Brandon Luu, residente em medicina interna da Universidade de Toronto. “A troca para água da torneira pode reduzir essa exposição em quase 90%, tornando-se uma das maneiras mais simples de reduzir a ingestão de microplásticos.” 

  • Mude a maneira como aquece e armazena os alimentos: priorize vidro ou aço inoxidável.

“Aquecer alimentos em recipientes de plástico — especialmente no micro-ondas — pode liberar quantidades substanciais de microplásticos e nanoplásticos”, explica Luu. “Evitar o armazenamento de alimentos em plástico e usar alternativas de vidro ou aço inoxidável é um passo pequeno, mas significativo, para limitar a exposição”.

O post Microplásticos no cérebro podem levar à demência, sugere estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.