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IA pode detectar doenças intestinais que resultam em morte prematura

Pesquisadores da Universidade de Toronto e outras instituições canadenses desenvolveram um modelo de IA que pode prever com 95% de precisão a probabilidade de morte prematura em pacientes com doença inflamatória intestinal (DII), uma condição que afeta o trato gastrointestinal.

O estudo sugere que, ao identificar e tratar precocemente as multimorbidades (outras condições de saúde relacionadas), a taxa de mortalidade precoce pode ser significativamente reduzida. A pesquisa está publicada no Canadian Medical Association Journal.

Embora não esteja claro se a DII causa diretamente outras condições, estudos indicam que ela pode estar associada a problemas como artrite, doenças cardiovasculares, renais e problemas de saúde mental, como depressão.

Essas condições, se tratadas mais cedo, poderiam ajudar a melhorar a saúde geral dos pacientes e prevenir complicações graves.

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IA pode prever morte prematura em pacientes com doença inflamatória intestinal – Imagem: ShannonChocolate/Shutterstock

Detalhes do estudo

  • A pesquisa analisou dados de 9.278 indivíduos com DII, dos quais 47,2% morreram prematuramente.
  • Os resultados indicam que, ao identificar doenças crônicas mais cedo, especialmente durante a juventude ou meia-idade, as chances de evitar a morte precoce aumentam.
  • O estudo também destacou que as doenças mais comuns entre os pacientes que morreram precocemente foram artrite, hipertensão, transtornos de humor, insuficiência renal e câncer.

Embora o modelo de IA não seja causal, ele pode identificar padrões de alto risco e ajudar na coordenação de cuidados entre diferentes especialidades médicas.

A pesquisa abre caminho para um tratamento mais integrado, com foco na saúde do paciente além da DII, com o objetivo de melhorar a qualidade de vida e aumentar a longevidade.

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Estudo revela que tratar precocemente as multimorbidades pode reduzir a taxa de mortalidade precoce em casos de DII – Imagem: shutterstock/DudnikPhoto

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Estudo: medicamento pode retardar início do Alzheimer, mas há um problema

Pesquisadores da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos Estados Unidos, anunciaram uma descoberta que pode ajudar no combate ao Alzheimer. Um medicamento foi capaz de reduzir pela metade os casos precoces em pacientes com predisposição genética para a doença.

Trata-se do gantenerumab, desenvolvido pela farmacêutica Roche, mas que acabou sendo descontinuado antes de ser aprovado para o uso no público em geral. Esta droga tem como alvo o acúmulo de placas amiloides, proteínas insolúveis que se depositam em órgãos e tecidos, causando danos, e apontadas como as causadores da condição degenerativa.

Sintomas precoces da doença foram reduzidos pela metade

  • Participaram do experimento 73 pessoas com as variantes genéticas hereditárias reveladoras e que já haviam sido inscritas em pesquisas de tratamento experimental.
  • Estas mutações herdadas causam o acúmulo de placas no cérebro, dando início aos primeiros sintomas da doença por volta dos 40 ou 50 anos de idade.
  • Durante o trabalho, 22 destes pacientes receberam ganternerumabe por um período de oito anos.
  • O grupo apresentou uma redução de 50% do risco de Alzheimer de forma precoce.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista The Lancet Neurology.
Droga tem como alvo o acúmulo de placas amiloides, apontadas como as causadores da condição neurodegenerativa (Imagem: luchschenF/Shutterstock)

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Medicamento precisou ser substituído

Apesar dos resultados promissores, o medicamento apresentou um efeito colateral importante. Os pesquisadores identificaram um aumento de 30% nas anormalidades de imagem relacionadas ao amiloide (ARIA), que são alterações na ressonância magnética do cérebro.

Embora não tenha havido nenhum caso de risco de morte durante o experimento, dois participantes tiveram que interromper o tratamento por medida de segurança. Estes episódios inviabilizaram a manutenção do uso do medicamento também em outros pacientes.

Trabalho ainda é esperança para encontrar um novo tratamento contra o Alzheimer (Imagem: LightField Studios/Shutterstock)

Por conta disso, os cientistas passaram a usar o lecanemab, uma droga semelhante que foi aprovada pelas autoridades dos EUA. A esperança é que ela também possa retardar o avanço precoce da doença neurodegenerativa. De qualquer forma, ainda são necessários mais estudos para confirmar a viabilidade do tratamento.

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Casos de Parkinson podem dobrar até 2050, diz estudo

Pesquisadores da Capital Medical University em Pequim, na China, alertam que a prevalência de Parkinson na população mundial pode aumentar consideravelmente nos próximos anos. O estudo aponta que serão 267 casos por 100 mil pessoas até 2050.

Se confirmada, esta projeção representa um aumento de 76% em relação ao ano de 2021. Isso significa que cerca de 25 milhões de indivíduos em todo o mundo apresentarão sinais da doença neurodegenerativa.

Pessoas com 80 anos ou mais serão as mais impactadas

  • De acordo com a equipe responsável pelo trabalho, o aumento mais significativo aconteceria entre pessoas com 80 anos ou mais.
  • Dentro deste público, o crescimento dos diagnósticos poderiam chegar a 196% até 2050.
  • Espera-se que os homens sejam mais afetados do que as mulheres, com a proporção de prevalência padronizada por idade entre homens e mulheres aumentando de 1,46 em 2021 para 1,64 em 2050.
  • O maior número de casos de Parkinson deve ficar concentrado no Leste Asiático (10,9 milhões), seguido pelo Sul da Ásia (6,8 milhões).
  • As menores incidências estão previstas para a Oceania (11 mil).
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista The BMJ.
Incidência de Parkinson na população global irá aumentar (Imagem: Kotcha K/Shutterstock)

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Doenças neurodegenerativas se tornarão a segunda principal causa de morte

Para chegar a estes resultados, os pesquisadores examinaram dados do Global Burden of Disease 2021, um estudo que quantifica sistematicamente as consequências causadas pelo Parkinson na saúde das pessoas.

A Organização Mundial da Saúde (OMS) estima que as doenças neurodegenerativas, incluindo Parkinson e Alzheimer, ultrapassarão o câncer como a segunda principal causa de morte em todo o mundo até 2040.

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Mal de Parkinson causa tremores involuntários e outros efeitos no corpo (Imagem: Jne Valokuvaus/Shutterstock)

O principal fator de risco é o envelhecimento populacional. De acordo com os pesquisadores, isso deve levar a um aumento expressivo de 89% nos casos da doença em todo o mundo até 2050. Esta projeção indica a necessidade de encontrar formas de controlar o avanço da condição entre os mais velhos.

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Conheça os diferentes tipos de hemorragia e seus riscos

A hemorragia é uma emergência médica séria que ocorre quando há sangramento excessivo dentro ou fora do corpo. Suas causas podem variar desde pequenos cortes até traumas graves, afetando diferentes regiões e exigindo atenção imediata para evitar complicações.

Mas você sabia que existem diferentes tipos de hemorragia e que cada um exige um cuidado específico?Nesta matéria, explicamos o que é a hemorragia, quando ela ocorre, quais são seus tipos e como agir corretamente para minimizar riscos. Confira!

O que é uma hemorragia e quando ela acontece?

A hemorragia é a perda súbita de sangue do sistema circulatório por conta da ruptura de um ou mais vasos sanguíneos. Ela pode aparecer como consequência de um ferimento, pancada ou até mesmo de alguma doença ou acidente.

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A gravidade dela é medida pela quantidade e rapidez que o sangue é perdido. O organismo age com respostas fisiológicas quando uma hemorragia acontece, porém, se a perda for acima dessa resposta compensatória, a pessoa pode ter um choque hipovolêmico, um problema muito grave.

O choque hipovolêmico é uma emergência médica que acontece quando o corpo perde uma grande quantidade de líquidos e sangue. Com isso, o coração não consegue bombear sangue suficiente para o corpo, podendo levar à falência de órgãos e à morte.

Contudo, a situação pode ser revertida caso o indivíduo receba assistência médica de forma imediata, com a reposição de volume de sangue correspondente à perda.

A hemorragia é a perda súbita de sangue do sistema circulatório, por conta da ruptura de um ou mais vasos sanguíneos. (Imagem: Freepik)

Quais são os tipos de hemorragia?

A hemorragia pode ser dividida em duas classificações:

Externa

Quando ela está na superfície e pode ser visível. Pode ser mais ou menos intensa de acordo com o tipo de vaso afetado e a localização, isto é, em uma área com poucos ou muitos vasos sanguíneos. Geralmente é causada por traumas, acidentes, fraturas externas ou feridas abertas, por exemplo.

Os sintomas principais de hemorragia externa são:

  • Sangramento visível na parte externa do corpo;
  • Pouco ou muito sangue;
  • Palidez ou suor excessivo;
  • Fraqueza ou agitação.

Também pode acontecer confusão mental, batimentos cardíacos acelerados ou alteração do nível de consciência. Os sintomas ainda variam de acordo com a quantidade de sangue perdida.

Interna

É mais difícil de ser identificada, podendo acontecer sem lesão na pele. Ela não pode ser visível, já que acontece em alguma cavidade do organismo, como o abdômen ou tórax, por exemplo. É a mais comum de acontecer depois de acidentes.

Os sintomas principais de hemorragia interna são:

  • Palidez intensa e cansaço;
  • Pele fria e suor intenso;
  • Pulso rápido e fraco;
  • Respiração acelerada;
  • Muita sede;
  • Tontura, confusão mental ou desmaios;
  • Muita dor do abdômen, que fica endurecido.

Em alguns casos, dependendo da lesão, é possível que também seja verificada a saída de sangue pela boca, nariz, urina ou fezes. Os sintomas desse tipo de hemorragia podem demorar mais para aparecer, e geralmente surgem conforme o sangue vai se acumulando no corpo.

A hemorragia interna pode causar o choque hipovolêmico rapidamente, caso o sangramento não seja identificado e estancado pelo médico. Isso coloca a vida do paciente em risco.

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A hemorragia pode ser arterial, venosa ou capilar. (Imagem: Freepik)

Quanto aos tipos, a hemorragia pode ser:

Arterial

O sangue jorra de uma artéria, e o sangramento é vermelho vivo, em forma de jatos, pulsando em sincronia com as batidas do coração. Nesse caso, a perda de sangue é rápida e abundante.

Venosa

O sangue sai de uma veia, e o sangramento é uniforme e de cor escura.

Capilar

O sangue escoa de uma rede de capilares. Sua cor é vermelha, e geralmente menos viva do que o sangue arterial, com fluxo lento.

Independente do tipo da hemorragia, caso a pessoa apresente sinais de palidez, pulso fraco, confusão mental ou desmaio, é preciso levá-la de forma imediata ao pronto-socorro ou ligar para o SAMU no 192 ou corpo de bombeiros no 193. Com isso, o sangramento será estancado, evitando complicações.

Estancar a hemorragia é importante para evitar complicações. (Imagem: Freepik)

Tratamento para hemorragia

Embora existam algumas medidas que possam ajudar a interromper o sangramento, o ideal é buscar atendimento médico, especialmente se você não tiver experiência em primeiros-socorros. Aplicar pressão direta sobre o ferimento pode ser eficaz em muitos casos, mas o uso inadequado de torniquetes ou técnicas erradas pode agravar a situação.

Uma manobra mal-executada, como apertar excessivamente um torniquete ou deixá-lo por muito tempo, pode cortar completamente a circulação do membro afetado, aumentando o risco de necrose e, em casos extremos, levando à necessidade de amputação. Por isso, em situações de sangramento grave, é fundamental agir com cautela e chamar socorro o mais rápido possível.

Informações: site do Hospital Albert Einstein.

Quem pode ter uma hemorragia?

Qualquer pessoa pode ter uma hemorragia. Ela pode ser causada por diversos fatores, como traumas, doenças, medicamentos, hábitos de vida e complicações em procedimentos médicos.imagem ilustrativa de sangue sobre um fundo branco

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Cérebro em risco: os hábitos que aproximam o AVC da juventude

O AVC não escolhe idade — e está pegando cada vez mais pessoas de surpresa antes dos 55 anos. Pressão alta, sedentarismo, alimentação desequilibrada, cigarro e drogas aumentam o risco, inclusive entre pessoas jovens. Mulheres enfrentam fatores adicionais, como uso de anticoncepcionais e variações hormonais. A boa notícia: mudar hábitos ainda é a forma mais eficaz de se proteger.

É o que diz Siobhan Mclernon, especialista em enfermagem e pesquisadora da London South Bank University, em artigo publicado na revista Science Alert. Segundo ela, pouca gente conhece os sinais de um AVC — e menos ainda sabe como evitá-lo. Isso torna a prevenção desafio urgente para a saúde pública.

Siobhan já viu de perto os efeitos devastadores de um derrame. Atuou por anos em unidades de terapia intensiva neurológica. Agora, como pesquisadora, acompanha mudança preocupante: o AVC deixou de ter perfil único. Entre os pacientes mais jovens, surgem combinações diversas de fatores — do uso de drogas recreativas à sobrecarga mental.

Pessoas com menos recursos enfrentam mais dificuldade para controlar pressão, diabetes e outros riscos de AVC (Imagem: Tunatura/Shutterstock)

Quando o risco de AVC vem do ambiente — não do corpo

Nem todos os fatores de risco para o AVC estão ligados ao organismo. Algumas pessoas já nascem com anomalias vasculares, como aneurismas cerebrais — pequenas fraquezas na parede das artérias que podem romper e causar derrame hemorrágico. Mas outros perigos vêm de fora, moldados pelas condições sociais em que a pessoa vive.

Pessoas com menor renda e escolaridade enfrentam risco maior de sofrer AVC. O motivo não é apenas biológico. Estilo de vida, acesso à informação e qualidade do atendimento médico formam uma rede de desigualdades que pesa mais do que os genes. Quem tem menos, geralmente fuma mais, se exercita menos e consome mais álcool — não por escolha, mas por contexto.

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Além disso, a desigualdade afeta até o tratamento. Pesquisas mostram que pessoas de baixa renda têm menos chances de receber cuidados médicos adequados. A barreira não é só financeira, mas, também, estrutural: menos consultas, menos exames, menos acesso a especialistas.

Pequenas mudanças, grandes efeitos

  • Para escapar do risco de um AVC, algumas mudanças simples no dia a dia podem fazer toda a diferença;
  • Parar de fumar é uma das mais urgentes: o cigarro danifica os vasos, aumenta a pressão e favorece coágulos;
  • Cuidar da pressão arterial e fazer exames regulares também ajuda, já que a hipertensão costuma passar despercebida;
  • Manter o peso dentro do ideal reduz a pressão sobre o coração e os vasos sanguíneos. Para isso, a alimentação tem papel fundamental;
  • A recomendação é seguir dieta rica em fibras, com legumes, grãos integrais, azeite e castanhas — como na tradicional dieta mediterrânea;
  • Além de equilibrar o peso, esse tipo de comida protege as artérias e combate inflamações.

Atividade física regular, sono de qualidade e menos estresse também entram na conta. Evitar o consumo excessivo de álcool fecha o ciclo de cuidados. Nada disso exige medidas radicais — mas, juntas, essas escolhas mudam o rumo da história.

A dieta mediterrânea é rica em azeite, grãos integrais, frutas, legumes e peixes; e protege o cérebro (Imagem: Marian Weyo/Shutterstock)

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Câncer colorretal tem crescido entre jovens; tratamento precoce é crucial

O câncer colorretal, o terceiro mais comum nos EUA, tem aumentado entre os jovens nas últimas duas décadas. Na realidade, ele envolve dois tipos: o câncer de cólon, que se origina no intestino grosso, e o câncer retal, que começa no reto, última parte do intestino grosso.

O Dr. Derek Ebner, gastroenterologista da Mayo Clinic, aponta ao Medical Xpress que a incidência do câncer colorretal em adultos abaixo de 50 anos tem crescido, especialmente o retal. Ele enfatiza a importância de reconhecer os sinais de alerta e procurar tratamento médico rapidamente.

Embora o câncer colorretal fosse historicamente dividido igualmente entre cólon e reto, as taxas de câncer retal têm aumentado em pessoas com menos de 50 anos, especialmente entre os mais jovens.

Sinais de alerta e sintomas de câncer colorretal

  • Dor abdominal;
  • Diarreia;
  • Presença de sangue nas evacuações;
  • Anemia por deficiência de ferro.

O Dr. Ebner ressalta que a perda de sangue, mesmo sem ser visivelmente aparente, pode levar a baixos níveis de ferro, algo que pode ser identificado por exames de sangue.

Sintomas, como anemia por deficiência de ferro e sangue nas fezes, podem ser os sinais de alerta para a doença (Imagem: iStock/peterschreiber.media)

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Reduzindo os riscos

Embora não seja possível prevenir completamente a doença, é possível reduzir os riscos com estilo de vida saudável. O Dr. Ebner recomenda adotar hábitos que ajudem na prevenção e atenção aos sintomas. Além disso, o rastreamento regular é fundamental.

O ideal, conforme aconselha o Dr. Ebner, é estar em contato com profissionais de saúde sobre o rastreamento do câncer colorretal, além de manter hábitos saudáveis, como a prática de, ao menos, 30 minutos de exercícios, manter dieta com o consumo frutas e vegetais, controlar o peso, evitar fumar e limitar o consumo de álcool.

Hábitos saudáveis são essenciais para se proteger contra a doença (Imagem: Lightspring/Shutterstock)

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IA pode ser crucial para melhorar o combate ao Alzheimer

Pesquisadores do Oxford Drug Discovery Institute estão utilizando inteligência artificial (IA) e gráficos de conhecimento para acelerar a descoberta de medicamentos para a doença de Alzheimer. As informações são do Wall Street Journal.

Essas tecnologias permitem analisar grandes volumes de dados biomédicos, acelerando o processo de triagem e priorização de genes e proteínas que podem ser alvos para o desenvolvimento de novos tratamentos.

A equipe de biólogos selecionou 54 genes associados ao sistema imunológico como potenciais alvos para testes laboratoriais. Escolher esses alvos é desafiador devido à complexidade da doença, que envolve diversos fatores genéticos, ambientais e socioeconômicos.

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Descoberta de medicamentos para Alzheimer tem sido acelerada pela IA – Imagem: shutterstock/PopTika

Detalhes do estudo

  • Para lidar com os obstáculos do estudo, os cientistas utilizaram gráficos de conhecimento — tecnologias de banco de dados que mapeiam relações entre dados, como genes, artigos e fontes de pesquisa, facilitando a busca por informações relevantes.
  • Com essa abordagem, a equipe reduziu o tempo necessário para avaliar os 54 genes de semanas para dias, acelerando a identificação de biomarcadores associados à doença.
  • A colaboração com a Graphwise, empresa especializada em gráficos de conhecimento, permitiu otimizar esse processo, aumentando a eficiência na análise de dados e na validação experimental dos alvos.

Esse uso de IA e gráficos de conhecimento representa um avanço significativo na organização e análise de dados biomédicos, ajudando cientistas a tomar decisões mais rápidas e informadas, mesmo sem formação em bioinformática.

Isso oferece uma oportunidade única para acelerar a pesquisa e o desenvolvimento de tratamentos para a doença de Alzheimer.

Tratamentos para combater a doença de Alzheimer podem alcançar avanços significativos com a ajuda da IA – Imagem: Shutterstock/Naeblys

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Creatina pode não ser tão boa quanto pensávamos, revela estudo

A creatina é um dos suplementos mais utilizados no mundo em função dos impactos dela no desempenho físico. No entanto, um novo estudo aponta que estes efeitos podem ter sido supervalorizados por anos.

De acordo com pesquisadores da Universidade de New South Wales, na Austrália, a ingestão de cinco gramas de creatina diariamente não leva a maiores ganhos musculares. Isso mesmo que seja combinada à prática regular de exercícios físicos.

Não há benefícios no ganho de massa muscular

  • Segundo a equipe responsável pelo trabalho, “tomar cinco gramas de suplemento de creatina por dia não faz nenhuma diferença na quantidade de massa muscular magra que as pessoas ganham durante o treinamento de resistência”.
  • A conclusão do estudo é que os benefícios do suplemento podem ter sido superestimados no passado.
  • Isso teria acontecido devido a problemas metodológicos em trabalhos anteriores.
  • O novo estudo foi publicado na revista Nutrients.
Problemas metodológicos em trabalhos anteriores podem ter superestimado os benefícios do suplemento (Imagem: Erhan Inga/Shutterstock)

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Experimento não revelou diferenças significativas

No novo trabalho, foram analisados 54 indivíduos com idade média de 31 anos. Eles foram separados em dois grupos: um tomou 5 gramas por dia de creatina monohidratada durante 13 semanas enquanto realizava 12 semanas de treinamento de resistência, enquanto o outro manteve a mesma rotina, mas sem tomar o suplemento.

Todos os participantes do estudo eram relativamente saudáveis e praticavam menos do que os 150 minutos recomendados de exercícios mínimos de intensidade moderada por semana. Eles também mantiveram um registro alimentar, que não mostrou diferenças significativas em suas dietas.

Participantes do experimento ingeriram 5 gramas de creatina por dia (Imagem: Savvapanf Photo/Shutterstock)

Os pesquisadores explicam que as pessoas que tomaram creatina experimentaram mudanças antes mesmo de começarem a se exercitar. Isso possivelmente aconteceu pela retenção de líquidos, um dos efeitos do suplemento, e não por um crescimento muscular real.

Após o início dos exercícios, nenhum benefício adicional da creatina foi observado, o que sugere que cinco gramas por dia não são suficientes para ganhar músculos. Apesar dos resultados, a equipe admite que são necessários maiores análises para determinar os verdadeiros efeitos da substância.

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Gripe aviária: vírus está evoluindo de forma inédita

O mais recente surto de gripe aviária já dura dois anos e parece estar longe de terminar. Diversos novos estudos apontam o avanço do vírus em outros animais, especialmente mamíferos, com o risco de transmissão para os humanos cada vez maior.

De fato, cientistas afirmam que o H5N1 está evoluindo de uma forma nunca antes vista. E muitos já defendem que não há mais nenhuma chance de contenção, sendo necessário pensar em alternativas de redução dos danos.

Nova mutação do vírus preocupa

O último surto da doença aconteceu entre 2014 e 2015 e acabou sendo controlado após a adoção de algumas medidas sanitárias. No entanto, parece ser difícil que isso aconteça dessa vez em razão do comportamento do vírus.

Doença pode estar prestes a infectar humanos com mais facilidade (Imagem: Melnikov Dmitriy/Shutterstock)

Bióloga do National Institutes of Health, dos EUA, Martha Nelson é uma das muitas pesquisadores que monitoram o surto global de H5N1. Segundo ela, o risco de que o vírus sofra mutação para se espalhar facilmente de pessoa para pessoa é real, apesar de ainda ser considerado baixo.

A preocupação é com uma recente mutação mais perigosa que já está circulando entre aves selvagens e que se espalhou para vacas leiteiras. As infecções também foram identificadas em ratos e camundongos, com muitos outros mamíferos selvagens, incluindo raposas, veados e gambás, também testando positivo para a grupe aviária. As informações são do The Verge.

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Doença é responsável pela morte de milhões de aves ao redor do mundo (Imagem: Pordee_Aomboon/Shutterstock)

Risco de infecção generalizada existe?

  • Um estudo apontou que o vírus responsável pela gripe aviária já pode ser transmitido entre mamíferos.
  • Isso significa que o patógeno está se adaptando e pode conseguir infectar humanos com maior facilidade.
  • Nos últimos meses, cientistas detectaram a gripe aviária em aves de Nova York, amostras de leite cru e em vacas leiteiras pela primeira vez na história.
  • A doença também já causou a morte de diversos animais que não costumavam ser infectados.
  • É o caso do urso polar, gatos e até pinguins da Antártica.
  • Recentemente, a gripe aviária também foi detectada em um porco pela primeira vez.
  • Segundo especialistas, isso comprova que o vírus está se espalhando até em áreas remotas do planeta e pode estar evoluindo a ponto de infectar os humanos com facilidade.

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É mesmo possível dormir de olhos abertos?

Ser incapaz de fechar os olhos por completo em todos os momentos do dia, inclusive ao dormir, é uma condição chamada de Lagoftalmo, que prejudica a saúde ocular da pessoa. A seguir, o Olhar Digital traz mais detalhes sobre essa situação patológica.

É mesmo possível dormir de olhos abertos?

Sim, é possível dormir de olhos abertos. Porém, se essa dificuldade de fechar as pálpebras por completo for apenas durante o sono, isso tem um nome ainda mais específico: lagoftalmo noturno.

Mulher de olhos abertos (Reprodução: Amanda Dalbjörn/Unsplash)

Segundo a Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica Ocular (SBCPO) o problema tem como principal causa a paralisia do nervo facial, pois é o responsável pela movimentação da musculatura superficial da face.

Quando há algum tipo de lesão, ocorre uma perda de parte do estímulo de contração na musculatura facial. Assim, a pessoa não consegue fechar o olho do lado da paralisia.

Ainda existem outras causas, como herpes, hanseníase, HIV e mais condições infecciosas. Também, há a possibilidade de o Lagoftalmo ser decorrente de traumas e sequelas de procedimentos cirúrgicos. Em alguns casos, a medicina sequer consegue identificar o que está ocasionando o problema. 

A SBCPO ainda lista causas neurológicas, tumores, questões metabólicas (como hipertensão e diabetes), além de intoxicações por meio de medicamentos e drogas.

Animais também conseguem dormir de olhos abertos?

Sim, mas segundo uma publicação do Northwest Animal Eye Specialists, isso é mais comum do que você imagina. Cachorros, por exemplo, podem dormir com os olhos parcialmente abertos, virados para trás e sem foco. Isso é algo intrínseco aos padrões de sono canino. 

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Crocodilo cochilando de olhos abertos (Imagem: Carl Tomich/Shutterstock)

Porém, caso você note que o seu pet está irritado, apresente vermelhidão, secreção nos olhos, está desorientado, e até mesmo dormindo em horários errados, é recomendável levá-lo a um especialista.

Isso porque o próprio Northwest Animal Eye Specialists afirma que, apesar de geralmente não ser algo a se preocupar, esse comportamento em cães também pode ser sinal de movimento ocular anormal, infecções oculares e trauma ocular. 

Vale destacar que também existem outras espécies do reino animal que conseguem dormir de olhos abertos para ficarem atentos às ameaças, como aves, golfinhos e crocodilos.

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Quais problemas podem acometer o corpo ao dormir com os olhos abertos?

Conforme explica o artigo do American Academy of Ophthalmology, além de provocar ressecamento e irritação aos globos oculares, o Lagoftalmo pode trazer sérios problemas à saúde por conta da exposição da córnea e da ceratopatia subsequente, as quais podem desenvolver uma ceratite infecciosa: uma inflamação da camada mais superficial da córnea.

Casos como esse vão além do desconforto ocular e, se não tratados, podem deixar sequelas graves.

Há, também, a possibilidade do problema progredir para uma ulceração da córnea (uma ferida aberta nesta região) que pode provocar vermelhidão, sensação de corpo estranho no interior do olho, hipersensibilidade à luz intensa, aumento da secreção lacrimal e dor. 

Essa doença pode ser tratada, mas corre o risco de deixar uma cicatriz fibrosa, o que danifica a visão. Além disso, há complicações como a perfuração da córnea, infecções persistentes, destruição de grande parte do tecido da cavidade ocular e deslocamento da íris.

Então, na dúvida, é sempre bom consultar um médico oftalmologista para elucidar dúvidas e, se necessário, realizar exames para chegar a um diagnóstico.

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