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Injeções de ouro nos olhos podem reverter cegueira

Pesquisadores da Universidade Brown, nos Estados Unidos, apresentaram um novo método que pode reverter a cegueira causada pela degeneração macular relacionada à idade (DMRI). A técnica também pode servir como aliada contra outros problemas oculares.

Segundo a equipe, isso seria possível a partir da injeção de nanopartículas de ouro na retina do paciente. Além de ter apresentado resultados promissores em testes feitos com camundongos, o novo tratamento se mostrou seguro.

Processo pode restaurar a visão perdida

  • O novo método utiliza pedaços microscópicos de ouro, milhares de vezes mais finos que um fio de cabelo humano.
  • Eles são misturados com anticorpos e esta combinação é injetada na câmara vítrea, que fica entre o cristalino e a retina.
  • Ela tem papel essencial na manutenção da forma do olho e na transmissão da luz.
  • Depois, um pequeno dispositivo a laser aquece levemente as nanopartículas de ouro, estimulando a ativação de células oculares específicas.
  • Os pesquisadores afirmam que o processo imita a estimulação natural dos pulsos fotorreceptores e tem potencial para restaurar a visão perdida.
  • As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista ACS Nano.
Processo imita a estimulação natural dos pulsos fotorreceptores e tem potencial para restaurar a visão perdida (Imagem: ACS Nano)

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Método é seguro e menos invasivo

Durante os testes, os cientistas injetaram a solução na cavidade ocular de camundongos com danos na retina e usaram um laser adaptado para a estimulação das nanopartículas. Por meio de sondas especiais, eles confirmaram que o processo gerou atividade cerebral no córtex visual dos animais.

O resultado indica que a informação visual estava chegando ao cérebro e sendo processada lá, o que não acontecia anteriormente.

Em outras palavras, houve a reversão da cegueira, pelo menos em parte, o que demonstra o potencial do tratamento.

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Tratamento deve ser testado em humanos no futuro (Imagem: AnnaVel/Shutterstock)

Os pesquisadores ainda destacam que não foram identificados efeitos colaterais graves, sendo o processo totalmente seguro. Outra vantagem é que a terapia com nanopartículas de ouro não depende de cirurgia ou de implantes, sendo menos invasiva. O próximo passo é testar o tratamento em humanos, o que ainda não tem data para acontecer.

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Ozempic e Mounjaro: quais as diferenças entre os remédios para emagrecer?

Em um momento em que o uso de “canetas emagrecedoras” está ganhando popularidade, é importante saber diferenciar os efeitos de cada marca, como o Ozempic, talvez a mais famosa atualmente, e o Mounjaro, que será comercializado no Brasil a partir do próximo mês.

Embora tenham propósitos semelhantes, esses remédios possuem composições e mecanismos de ação distintos, o que influencia diretamente em sua eficácia, tolerância e custo. Vamos entender as diferenças!

Princípios ativos e mecanismos de ação

A principal diferença entre os dois está no princípio ativo. O Ozempic contém semaglutida, um agonista do receptor GLP-1, que age promovendo sensação de saciedade e controle da glicemia.

Já o Mounjaro utiliza a tirzepatida, que combina ação nos receptores GLP-1 e GIP, oferecendo uma atuação dupla que potencializa os efeitos sobre o apetite, o metabolismo e os níveis de açúcar no sangue.

Segundo especialistas, essa dupla ação da tirzepatida pode tornar o Mounjaro mais eficaz tanto no controle do diabetes quanto na redução de peso.

“A combinação dos dois mecanismos favorece uma resposta mais robusta, especialmente em pacientes com obesidade ou que apresentam resistência ao tratamento com GLP-1 isolado”, explica a endocrinologista Lorena Lima Amato.

Efeitos colaterais e adaptação

Ambos os medicamentos podem causar efeitos adversos, especialmente no início do tratamento. Náuseas, dores de cabeça, fraqueza e desconfortos gastrointestinais são comuns, mas tendem a diminuir com o tempo.

Para reduzir os sintomas, recomenda-se evitar refeições gordurosas, manter boa hidratação e reduzir o consumo de cafeína e álcool.

O nutrólogo Arthur Rocha ressalta que a resposta do corpo pode variar: “A perda de peso geralmente desacelera com o tempo, à medida que a gordura corporal diminui, mas isso não significa que o remédio deixou de funcionar”.

Especialistas explicam como cada remédio age no corpo (Imagem: MKPhoto12/Shutterstock)

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Preço, acessibilidade e uso responsável

  • O Mounjaro costuma ter um custo mais elevado em relação ao Ozempic, o que pode ser um fator limitante para alguns pacientes.
  • Ainda assim, sua maior eficácia pode justificar o investimento em casos mais complexos.
  • A escolha do medicamento, no entanto, deve sempre considerar o quadro clínico individual e ser feita com acompanhamento médico.

Ambos os medicamentos são contraindicados para pessoas com histórico de câncer medular de tireoide, pancreatite aguda ou doenças hepáticas e renais graves. Gestantes e lactantes também não devem utilizá-los.

Mudança de hábitos: parte essencial do tratamento

Apesar dos resultados promissores, os especialistas enfatizam que nenhum medicamento substitui hábitos saudáveis.

Alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos — especialmente musculação — e acompanhamento médico contínuo são fundamentais para a manutenção dos resultados.

“A mudança de comportamento é o que garante que os efeitos dos medicamentos sejam sustentáveis a longo prazo”, conclui Rocha.

Imagem mostra injeção de Ozempic, remédio aliado do controle da diabetes tipo 2.
Medicamentos para emagrecimento podem ajudar, mas não são substitutos para hábitos saudáveis (Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock)

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Mounjaro: concorrente do Ozempic chega às farmácias brasileiras em maio

O medicamento Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, começará a ser vendido nas farmácias do Brasil na primeira quinzena de maio. Concorrente do Ozempic (semaglutida), a caneta foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 para tratamento de diabetes tipo 2.

Embora a aprovação atual seja específica para diabetes, o Mounjaro aguarda autorização da Anvisa para ser indicado formalmente em bula para o controle crônico de peso.

Mounjaro seria melhor do que Ozempic, segundo estudos

Estudos sugerem que o efeito da tirzepatida no controle da glicemia é superior ao da semaglutida. Este é o princípio ativo do Ozempic, medicamento disponível – e bem popular – no mercado nacional.

  • princípio ativo é a substância química principal presente num remédio. Ela é a responsável direta pelo efeito terapêutico – ou seja, por tratar, prevenir ou aliviar os sintomas de uma doença.
Efeito da tirzepatida – princípio do Mounjaro – no controle da glicemia é superior ao da semaglutida – princípio do Ozempic (Imagem: KK Stock/Shutterstock)

Apesar da indicação oficial restrita, médicos já prescrevem o Mounjaro na modalidade off label (fora das indicações da bula) como tratamento para a perda de peso.

Pesquisas também investigam a eficácia da tirzepatida contra outras condições, como apneia do sono, esteatose hepática (gordura no fígado), doença renal crônica e insuficiência cardíaca.

Resultados em estudos

Pesquisas clínicas apontaram a eficácia da tirzepatida:

  • Estudo Surpass-2: Pacientes com diabetes tipo 2 que usaram tirzepatida perderam, em média, 12,4 kg – o dobro do observado com a semaglutida no mesmo estudo;
  • Estudos Surmount-3 e 4: Em voluntários com obesidade ou sobrepeso (sem diabetes tipo 2), a tirzepatida levou a uma redução de peso de 26% (cerca de 28 kg, em média) em comparação com placebo.

Esses resultados se aproximam, e em alguns casos superam, os obtidos com a cirurgia bariátrica.

Como a tirzepatida funciona

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A tirzepatida atua em dois hormônios importantes no controle do apetite e do açúcar no sangue (Imagem: SergeiShimanovich/Shutterstock)

A tirzepatida atua em dois hormônios importantes para o controle do apetite e do açúcar no sangue: o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e o GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon).

  • Ação dupla: Esses hormônios, secretados pelo intestino após as refeições, agem em áreas do cérebro que regulam o apetite e melhoram a liberação de insulina;
  • Efeito combinado: A tirzepatida demonstrou diminuir a vontade de comer e modular como o corpo utiliza a gordura. A combinação da ação nos receptores GIP e GLP-1 parece potencializar os efeitos no controle da glicose e na redução de peso.

Aplicação, dosagem e preço

O Mounjaro é administrado numa injeção semanal, aplicada com uma caneta. É o mesmo procedimento do Ozempic. Inicialmente, o medicamento estará disponível nas dosagens de 2,5 mg e 5 mg.

Homem injetando Mounjaro por meio de caneta na perna
O Mounjaro é administrado numa injeção semanal, aplicada com uma caneta (Imagem: Mohammed_Al_Ali/Shutterstock)

Cada caixa vai ter quatro canetas – o suficiente para um mês de tratamento. Confira abaixo quanto vai custar cada dosagem, segundo o G1:

  • Dosagem 2,5 mg:
    • Programa da fabricante (Lilly): R$ 1.406,75 (e-commerce) / R$ 1.506,76 (loja física);
    • Fora do programa: R$ 1.907,29;
  • Dosagem 5 mg:
    • Programa da fabricante (Lilly): R$ 1.759,64 (e-commerce) / R$ 1.859,65 (loja física);
    • Fora do programa: R$ 2.384,34.

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Assim, a chegada do Mounjaro amplia as opções terapêuticas para pacientes com diabetes tipo 2. E representa uma alternativa promissora, embora ainda off label, para o manejo do peso.

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Sabe quando nossa mente “dá branco”? A ciência explicou o que acontece

Sabe aquele momento em que sua mente parece “desligar” e fica completamente em branco?

Um novo estudo buscou entender o que realmente acontece no cérebro nesses instantes e por que algumas pessoas vivenciam isso com mais frequência do que outras.

A pesquisa, liderada por Athena Demertzi e colaboradores de vários países, analisou 80 estudos sobre o fenômeno do “apagamento mental”. Eles investigaram como essa ausência de pensamento pode revelar mais sobre a natureza da consciência e as diferenças na experiência subjetiva de cada indivíduo.

O estudo está publicado no jornal Trends in Cognitive Sciences.

Descobertas do estudo

  • Descobriu-se que, em média, passamos de 5% a 20% do tempo com a mente em branco.
  • Porém, isso varia bastante entre as pessoas – por exemplo, indivíduos com TDAH relatam essa experiência com mais frequência.
  • Importante destacar que esse estado é diferente do “devaneio”: enquanto o devaneio envolve pensamentos vagos, a mente em branco representa uma ausência quase total deles.
  • Esse estado costuma ocorrer após esforço mental intenso, falta de sono ou exercício físico.
  • Embora seja comum, também pode estar ligado a condições como ansiedade ou traumas cerebrais.
Cientistas buscaram entender o que acontece no cérebro quando tudo some por um instante – Imagem: Shutterstock/Kues

Estado de “sono”, mesmo acordado

Eletroencefalogramas mostraram que, nesses momentos, o cérebro pode entrar num estado de “sono local”, com sinais lentos semelhantes aos do sono, mesmo que a pessoa esteja acordada.

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Já exames de ressonância magnética revelaram a desativação de regiões cerebrais ligadas à linguagem, movimento e memória quando as pessoas tentavam, conscientemente, não pensar em nada – o que pode diferir de um “vazio” espontâneo.

Segundo os autores, a experiência da mente em branco é complexa, varia de pessoa para pessoa e deve ser vista como um conjunto de vivências. Eles esperam que esse tema, ainda pouco explorado, estimule novas pesquisas sobre a consciência.

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Pesquisadores esperam mais estudos para compreendermos quando o cérebro parece ficar “vazio” – Imagem: Wirestock Creators/Shutterstock

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Vasos oculares revelam sinais de demência precoce, indica estudo

Um novo estudo da Universidade de Otago, em colaboração com a Universidade da Virgínia, encontrou uma possível ligação entre alterações na retina e o risco de desenvolver demência.

A pesquisa, parte do Estudo Multidisciplinar de Saúde e Desenvolvimento de Dunedin — o mais longo da Nova Zelândia e um dos mais detalhados do mundo — revelou que certos padrões nos vasos sanguíneos da retina podem indicar risco precoce da doença.

Diagnosticar doenças cognitivas em estágios precoces é importante para conseguir tratamentos mais eficazes. O estudo foi publicado no Journal of Alzheimer’s Disease.

Descobertas do estudo

  • Os pesquisadores observaram que arteríolas mais estreitas, vênulas mais largas e camadas mais finas das fibras nervosas da retina estavam associadas a maior risco de demência, incluindo o Alzheimer.
  • A coautora Dra. Ashleigh Barrett-Young afirma que essas descobertas ajudam a montar um “quebra-cabeça” para a detecção precoce da doença, já que a retina está diretamente ligada ao cérebro.
  • “Fiquei surpresa ao ver que as vênulas estavam associadas a tantos domínios diferentes da doença de Alzheimer”, disse a médica.
Exames simples nos olhos podem revelar riscos neurológicos ainda invisíveis nos testes atuais (Imagem: Atthapon Raksthaput/Shutterstock)

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Sem motivo para alarde

Apesar do avanço, os cientistas alertam que os resultados ainda são preliminares e não devem causar pânico.

O objetivo é que, futuramente, exames oculares possam ser usados como ferramentas acessíveis para identificar sinais precoces de demência, complementando os testes atuais, que são caros ou pouco sensíveis nos estágios iniciais.

Contudo, as descobertas ainda são prematuras demais para serem aplicadas no mundo real.

“Espero que um dia possamos usar inteligência artificial em tomografias oculares para indicar a saúde cerebral de forma mais eficaz”, disse Barrett-Young. Até lá, as pesquisas continuam em busca de soluções mais acessíveis e precisas para diagnóstico precoce.

Alterações nos vasos oculares que podem sinalizar Alzheimer antes dos sintomas aparecerem (Imagem: Bhatakta Manav/Shutterstock)

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Não é só whey: pesquisa aponta melhores proteínas pós-treino

Construir um shape não é das missões mais fáceis. É preciso disciplina, comprometimento, treino pesado e muita, mas muita comida.

É consenso na comunidade científica que o “combustível” que faz os músculos se desenvolverem é a proteína. Proteínas são conjuntos de aminoácidos presentes em todos os seres vivos – sejam de origem animal ou vegetal.

E aqui surge uma dúvida que todo praticante de exercício tem (seja ele marombeiro ou não): mas será que existe uma proteína melhor do que a outra? Segundo um estudo que acaba de ser publicado nos Estados Unidos, a resposta é não.

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Pesquisadores da Universidade de Illinois chegaram a essa conclusão após acompanhar a rotina e a dieta de 40 pessoas fisicamente ativas.

Durante o período de testes, eles comeram a mesma quantidade de proteína, só que de diferentes fontes. Alguns tomaram o famoso Whey Protein, outros comeram carne bovina, suína ou frango. Tiveram até mesmo aqueles que consumiram proteína de soja ou de ervilha.

E o resultado mostrou que todas elas tiveram exatamente o mesmo efeito.

Nem só de Whey vive o “maromba”: outras fontes de proteína também são eficientes no ganho muscular – Imagem: Madeleine Steinbach/Shutterstock

Um pouco mais sobre o estudo

  • Dos 40 participantes, 28 eram homens e 12 mulheres (todos com idades entre 20 e 40 anos).
  • Antes dos testes, eles foram submetidos a uma dieta padrão para deixar os corpos em condições iguais ou similares.
  • Em seguida, eles receberam planos alimentares aleatórios, sejam veganos ou onívoros de nove dias.
  • A dieta onívora continha pelo menos 70% de proteína animal e incluía carne bovina, suína, frango, laticínios e ovos.
  • A dieta vegana, por sua vez, deu atenção especial ao teor de aminoácidos, para garantir que as proteínas vegetais fossem completas e comparáveis ​​às fontes animais.
  • No geral, os participantes consumiram cerca de 1,1 a 1,2 gramas de proteína por quilo de peso corporal diariamente.
  • Durante esse período, todos realizaram exercícios de fortalecimento muscular com pesos a cada três dias no laboratório.
  • Após todo esse processo, os cientistas realizaram biópsias dos músculos das pernas dos participantes.
  • E, na comparação com o estágio inicial, eles perceberam que não houve diferença na forma como o músculo sintetizou as diferentes fontes de proteína nas dietas.
Carne vermelha, frango e ovos são proteínas, mas todos esses vegetais também são fontes ricas dessa substância – Imagem: 5PH/Shutterstock

Mais considerações

Os cientistas afirmaram que o resultado os surpreendeu. Eles esperavam um desempenho melhor da proteína de origem animal, mas não foi isso que os exames apontaram.

Eles também perceberam que a distribuição dessas proteínas durante o dia não fez diferença. Explico: o estudo mostrou pessoas que comeram uma, duas, três ou cinco refeições por dia com proteína tiveram o mesmo índice de melhora muscular.

Isso, segundo os cientistas, indica que, mais do que a divisão desses alimentos, o que mais importa é a quantidade total ingerida.

Vale destacar que esse é um estudo científico sobre o assunto. Existem vários outros que dizem coisas diferentes. O ideal, portanto, é que você siga aquilo que o seu médico ou nutricionista recomenda.

Você pode ler o novo estudo na íntegra na revista Medicine and Science in Sports and Exercise.

As informações são do New Atlas.

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Alergia na idade adulta: por que de repente o que sempre fez bem começa a fazer mal?

No Brasil, dados da iniciativa Alergia Alimentar Brasil revelam que cerca de 6% das crianças e 3,5% dos adultos brasileiros possuem alergias alimentares. Por outro lado, nos Estados Unidos, uma pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association mostra que mais de 32 milhões de pessoas têm pelo menos uma alergia alimentar, sendo a maior parte desenvolvida na idade adulta.

As descobertas sugerem pistas sobre como a genética e o ambiente podem contribuir para o aumento do número de alergias. Confira a seguir o que é de fato uma alergia e por que elas podem aparecer na fase adulta.

Por que podemos desenvolver alergia na idade adulta?

Antes de saber por que desenvolvemos alergias na fase adulta, saiba qual a diferença entre alergia e intolerância alimentar. A alergia alimentar e a intolerância alimentar podem ser confundidas, mas apresentam distinções fundamentais.

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Alergia e intolerância são a mesma coisa?

A alergia envolve o sistema imunológico, que reage de forma exagerada a proteínas presentes em determinados alimentos. Essa resposta pode provocar sintomas como urticária, inchaço, dificuldade para respirar e, em casos extremos, anafilaxia – uma condição que exige intervenção médica imediata.

É uma questão imunológica que pode trazer consequências graves, mesmo com a ingestão de pequenas quantidades do alimento desencadeante.

Já a intolerância alimentar está relacionada à incapacidade do organismo de digerir ou processar certos componentes dos alimentos, como a lactose ou o glúten. Nesse caso, o sistema imunológico não está envolvido; o problema reside no sistema digestivo.

Os sintomas incluem cólicas, inchaço abdominal, gases e diarreia, que, embora desconfortáveis, não representam risco imediato à vida. É uma condição que, geralmente, pode ser gerenciada por meio de ajustes na dieta e no consumo dos alimentos em questão.

A intolerância à lactose é diferente da alergia à proteína do leite porque envolve a incapacidade do organismo de digerir lactose/Shutterstock_Pormezz

Alergia na fase adulta: questões genéticas e ambientais

Na pesquisa publicada no Journal of the American Medical Association, em 2018, Ruchi Gupta, professor de pediatria especializado em alergia na Escola de Medicina Feinberg da Northwestern University e os demais pesquisadores descobriram fatores que indicam o aumento de alergias na população, sendo a maior parte em adultos.

O estudo, que foi realizado com mais de 40 mil adultos nos Estados Unidos, revelou que 45% dos que tinham alergias alimentares adquiriram pelo menos uma nova na idade adulta, sendo que um quarto deles nunca havia apresentado alergia alimentar na infância.

De uma forma geral, os pesquisadores descobriram que houve um aumento nos casos de alergias alimentares por conta de fatores genéticos e ambientais, independente da idade, mas com uma quantidade significativa de casos em adultos.

No entanto, o que ainda não foi descoberto é o que exatamente pode levar os adultos a desenvolverem uma alergia a um alimento que eles já tinham o hábito de comer anteriormente. Então, o que podemos considerar são os fatores que também levam a desenvolver uma alergia na infância, como genética e ambiente, por exemplo.

A imagem mostra uma mesa clara com diversos alimentos que podem causar alergias alimentares. No centro, há um peixe inteiro sobre um pedaço de papel, com uma placa acima dele onde está escrito "ALLERGY" em letras vermelhas.
Ovos, trigo, amendoim, leite, nozes, peixes, frutos do mar são alguns dos alimentos que podem provocar alergia/Shutterstock_photka

A genética exerce uma influência significativa no desenvolvimento de alergias, já que a predisposição para alergias é herdada. Certos genes podem afetar diretamente a forma como o sistema imunológico reage a alérgenos. Assim, indivíduos com histórico familiar de alergias têm maior chance de apresentar essas condições, evidenciando uma clara predisposição genética.

Por outro lado, o ambiente também desempenha um papel crucial no desenvolvimento e agravamento de alergias. A exposição a alérgenos no ar, como pólen, ácaros e mofo, pode ativar respostas exageradas do sistema imunológico.

Fatores como mudanças climáticas, que aumentam temperaturas e índices de umidade, podem elevar a concentração desses alérgenos. Paralelamente, a poluição do ar não só irrita as vias respiratórias, como também intensifica a sensibilidade aos alérgenos, criando um cenário propício para o aumento das reações.

Esse segundo fator pode confundir as pessoas. Para entender melhor, imagine um indivíduo que morou em um lugar mais próximo à natureza durante toda a infância, mas na fase adulta mudou-se para a metrópole e começou a ter alergia. Talvez se esse mesmo indivíduo vivesse nesse ambiente desde criança, a alergia já teria começado na infância.

A alergista e imunologista, Shradha Agarwal, da Escola de Medicina Icahn em Mount Sinai (Nova York) ao The New York Times, considera este um indicativo que pode ajudar no alívio para quem tem alergia ao pólen, por exemplo.

A especialista afirmou que uma maneira comum de identificar alergias ambientais ocorre quando pessoas se mudam para uma nova área e entram em contato com tipos de pólen aos quais nunca haviam sido expostas.

Ela esclareceu que isso não constitui tecnicamente uma “nova” alergia, mas essa distinção pode implicar em desafios para a pesquisa no campo das alergias ambientais. Além disso, destacou que evitar essas regiões específicas pode ser uma medida eficaz para proporcionar alívio dos sintomas.

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Estudo relaciona consumo de frango a câncer — mas há um porém

Pesquisadores do Instituto Nacional de Gastroenterologia (Itália) identificaram possível associação entre o consumo frequente de carne de aves e o aumento do risco de morte precoce por câncer gastrointestinal.

O estudo, publicado na revista Nutrients, acompanhou 4.869 adultos italianos ao longo de 20 anos, avaliando seus hábitos alimentares, estado de saúde e causas de morte.

Estudo italiano encontra possíveis riscos no consumo elevado de aves, mas destaca limitações e necessidade de mais investigações (Imagem: AS Foodstudio/Shutterstock)

O que o estudo aponta

  • Tradicionalmente, carnes brancas, como o frango, são vistas como opções mais saudáveis do que carnes vermelhas, especialmente no que diz respeito à saúde cardiovascular e ao risco de certos tipos de câncer;
  • No entanto, esta nova pesquisa sugere que o consumo elevado de aves – acima de 300 gramas por semana – pode estar ligado a risco 27% maior de morte por câncer do sistema digestivo, em comparação com pessoas que consomem 100 gramas por semana ou menos;
  • Os dados foram obtidos por meio de entrevistas, exames médicos, questionários alimentares e registros regionais de saúde;
  • A análise apontou relação entre alta ingestão de aves e maior incidência de cânceres digestivos, além do aumento de mortes relacionadas a esses tipos de câncer.

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Calma! Você não precisa parar de comer frango

Apesar dos resultados, os autores destacam que são necessárias mais investigações para entender melhor essa associação. Portanto, nada de pânico! Os pesquisadores não estão dizendo que, efetivamente, precisamos cortar o consumo de frango para evitar desenvolver câncer.

Ainda não está claro se o risco elevado se deve, diretamente, ao consumo da carne de ave em si ou a outros fatores, como o método de preparo (por exemplo, frituras ou alimentos processados) e o uso de temperos ou aditivos.

O estudo também reconhece limitações, como ausência de dados sobre atividade física, que poderia influenciar os resultados. Os pesquisadores recomendam cautela na interpretação dos dados e sugerem que futuras pesquisas explorem, com mais profundidade, os possíveis mecanismos por trás dessa ligação.

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Pesquisadores observam associação entre aves e câncer, mas alertam: não é hora de cortar o frango do prato (Imagem: nelea33/Shutterstock)

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Este adesivo inteligente pode adivinhar nossas emoções

Pacientes muitas vezes escondemconsciente ou inconscientementesuas emoções reais. Um novo adesivo facial inteligente, desenvolvido por pesquisadores da Universidade Estadual da Pensilvânia (EUA), pode ajudar a revelar esses sentimentos com precisão surpreendente, oferecendo nova ferramenta para o monitoramento remoto da saúde mental.

O dispositivo flexível, criado pelo professor Huanyu “Larry” Cheng e sua equipe, conta com sensores que monitoram, simultaneamente, movimentos da pele, temperatura corporal, suor e níveis de oxigênio no sangue.

Dispositivo pode ser usado voluntariamente por pacientes que percebam correr risco de desenvolver condições, como depressão e ansiedade (Imagem: Universidade Estadual da Pensilvânia)

Esses dados são enviados via Bluetooth para um aplicativo conectado à nuvem, onde algoritmos de inteligência artificial (IA) analisam expressões faciais e sinais fisiológicos.

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Alta precisão na detecção de nossas emoções

  • Nos testes de laboratório, o sistema foi capaz de identificar seis expressões básicas (felicidade, surpresa, medo, tristeza, raiva e nojo) com mais de 96% de precisão;
  • E, para distinguir emoções verdadeiras — que nem sempre correspondem às expressões —, a tecnologia cruza os dados faciais com os sinais do corpo, alcançando, até agora, 89% de precisão ao interpretar reações a estímulos emocionais, como videoclipes;
  • Como os dados são processados online, o adesivo poderá permitir que médicos monitorem o bem-estar psicológico de pacientes à distância, o que pode ser especialmente útil em contextos clínicos e terapêuticos.

Avanços para tratar a saúde mental

Segundo Cheng, essa abordagem integrada fornece forma mais completa de entender as emoções humanas e pode contribuir para avanços significativos na área da saúde mental.

“As pessoas, muitas vezes, não demonstram, visivelmente, como realmente se sentem. Por isso, estamos combinando a análise da expressão facial com outros sinais fisiológicos importantes, o que, em última análise, levará a melhor monitoramento e apoio à saúde mental”, afirmou o professor Cheng.

O estudo que permitiu a criação do dispositivo foi publicado na revista Nano Letters.

Algoritmos de detecção de expressão do adesivo foram treinados em oito voluntários e, depois, testados em outros três (Imagem: Universidade Estadual da Pensilvânia)

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Semaglutida

Wegovy: como funciona o remédio para emagrecer parecido com o Ozempic

Emagrecer pode ser um desafio para muitas pessoas, principalmente àquelas que têm alguma doença que dificulta a perda de peso. Por isso, os remédios podem ser aliados nesse processo.

Diante das inúmeras opções que surgiram no mercado, uma chamou a atenção das pessoas. Trata-se do Wegovy, o “primo” do Ozempic, também fabricado pela farmacêutica Novo Nordisk.

Apesar de ambos serem à base de semiglutida, os remédios são usados para diferentes focos. Enquanto Ozempic é usado no tratamento a diabetes tipo 2, o Wegovy é direcionado para controle de pesos em adultos com sobrepeso e obesos, cujo IMC (Índice de Massa Corpórea) seja igual ou superior a 27 kg/m².

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Assim como qualquer medicamento, ele dever ser usado com algumas precauções e atenção. Por isso, é importante evitar a automedicação e o uso indiscriminado, que pode ser perigoso.

Se você se enquadra nas indicações de uso do remédio, veja este guia que preparamos com tudo o que você precisa saber sobre Wegovy.

Como funciona o remédio Wegovy para emagrecer

Assim como Ozempic, o Wegovy tem como base a semaglutida. Imagem: Corona Borealis Studio/Shutterstock

O Wegovy é indicado para adultos com sobrepeso (com IMC acima de 27 kg/m²) que tenham comorbidades ou para obesos (com IMC acima de 30 kg/m²) – neste caso, com ou sem a presença de outra doença.

Conversamos com o Dr. Rogério Silva, especialista em medicina interna, cardiologista e pós-graduado em neurociência e psicologia, além de ter formação em nutrologia. Ele defende que, além dos aspectos físicos, a inteligência emocional pode contribuir para a saúde integral da pessoa e claro, ajudar na busca pelo peso ideal.

“O Wegovy é uma opção interessante e inovadora no tratamento da obesidade”, afirma ele. Porém, ressalta que a busca pelo peso ideal também é um fator que precisa ser trabalhado mentalmente. “Criei o Método FIRE, que busca dar um treinamento de inteligência emocional, o único feito por um médico, no Brasil, acredito que corpo e mente tenham que caminhar juntos”, explica.

Ele explica que o Wegovy atua como um agonista (substância que liga a um receptor celular e ativa-o para provocar uma resposta biológica da célula), como um hormônio natural que regula o apetite, aumentando a sensação de saciedade, ou seja diminuindo a vontade de comer. “Isso reduz a ingestão de calorias, os estudos mostram que é possível perder 15% do peso em cerca de pouco mais de dois meses”.

Dr. Rogério Silva (CRM SP 172.346) é médico cardiologista e nutrólogo, do Método FIRE – Foto: Arquivo Pessoal

Quanto custa o tratamento com Wegovy?

O custo médio mensal do tratamento no Brasil gira em torno de R$ 1.200,00 a R$ 1.800,00, dependendo da dose e da farmácia. O crescimento no uso de Wegovy está influenciando o mercado de medicamentos para obesidade, aumentando a concorrência e, possivelmente, reduzindo a demanda por procedimentos invasivos como a cirurgia bariátrica.

Quais os riscos no uso do Wegovy?

A segurança a longo prazo ainda é estudada, especialmente em relação a efeitos raros como pancreatite, problemas renais e potenciais alterações na tireoide, como apresentado pelo Federal Drug Administration (FDA).

A FDA é o órgão governamental dos EUA responsável pelo controle dos alimentos (tanto para humanos, como para animais), suplementos alimentares, medicamentos (também para humanos e animais), cosméticos, equipamentos médicos, materiais biológicos e produtos derivados do sangue humano.

Wegovy pode ser usado apenas com fins estéticos?

O uso sem indicação médica, com objetivo exclusivamente estético, levanta preocupações devido ao risco de efeitos colaterais graves e possível banalização da prescrição médica. “O medicamento não deve ser usado sem acompanhamento e prescrição médica”, orienta o Dr. Rogério.

Qual o diferencial do Wegovy, frente aos concorrentes?

O principal diferencial do Wegovy frente aos concorrentes é a maior eficácia comprovada na perda de peso, comodidade pela aplicação semanal e o perfil geral favorável de segurança e tolerância. Essas diferenças posicionam Wegovy como uma opção altamente atrativa e inovadora no tratamento da obesidade.

Lembramos que a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) determinou que será obrigatória a retenção de receita médica para medicamentos como Ozempic, Wegovy, Saxenda e similares. Serão duas vias, como a de antibiótico, tendo validade de 90 dias após a emissão.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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