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O que a creatina faz no corpo? Veja benefícios e efeitos desse suplemento

A creatina, um suplemento popular entre atletas e entusiastas do fitness, tem ganhado cada vez mais atenção no Brasil. O interesse crescente se deve a diversos fatores, incluindo seus benefícios comprovados e o aumento da disponibilidade, já que a creatina é facilmente encontrada em lojas de suplementos, farmácias e online.

Além disso, a divulgação nas redes sociais amplia o interesse. Influenciadores digitais e atletas compartilham suas experiências com a creatina, aumentando a visibilidade do suplemento. Para se ter dimensão dessa popularidade, a creatina superou o whey protein, que era líder nas pesquisas por suplementos alimentares esportivos desde 2019.

Então, é fato que além do sucesso, o suplemento realmente age de forma positiva no organismo. Vamos dar a ficha técnica dessa queridinha das academias e saber ver quais são os seus benefícios. 

O que é creatina e o que ela faz no corpo?

A creatina é um composto nitrogenado orgânico sintetizado naturalmente no corpo humano, principalmente no fígado, rins e pâncreas, a partir de três aminoácidos: arginina, glicina e metionina. Ela também pode ser obtida através da dieta, principalmente de fontes animais como carne vermelha e peixes.

Do ponto de vista bioquímico, a creatina desempenha um papel crucial no metabolismo energético, especialmente em tecidos que demandam energia rápida e intensa, como os músculos esqueléticos e o cérebro.

O mecanismo de ação da creatina é especialmente importante durante atividades de alta intensidade e curta duração, como levantamento de peso (Imagem: John Arano / Unsplash)

Metabolismo da creatina

No organismo, aproximadamente 95% da creatina é armazenada nos músculos esqueléticos, onde é fosforilada para formar fosfocreatina (ou creatina fosfato). A fosfocreatina, por sua vez, atua como um reservatório de fosfatos de alta energia, que são utilizados para regenerar o trifosfato de adenosina (ATP), a principal molécula de energia celular.

Esse processo é mediado pela enzima creatina quinase (CK), que catalisa a transferência de um grupo fosfato da fosfocreatina para o ADP (difosfato de adenosina), regenerando ATP.

Esse mecanismo é especialmente importante durante atividades de alta intensidade e curta duração, como sprints ou levantamento de peso, nas quais a demanda por ATP excede a capacidade do metabolismo aeróbico de suprir energia imediatamente.

Leia mais:

Quais os efeitos da creatina no treino?

A creatina é um dos suplementos mais estudados e utilizados no mundo da atividade física, conhecida por melhorar o desempenho e contribuir para o ganho de massa muscular. Mas como exatamente ela age no corpo?

Mais energia para exercícios intensos

A creatina funciona como um “combustível extra” para os músculos durante atividades de alta intensidade, como musculação e sprints. Isso acontece porque ela aumenta os estoques de fosfocreatina dentro das células musculares, permitindo que o corpo produza energia mais rápido e sustente esforços explosivos por mais tempo.

Crescimento muscular e força

Além de melhorar o desempenho nos treinos, a creatina ajuda na hipertrofia muscular de duas formas: primeiro, ela retém mais água dentro das células musculares, aumentando o volume muscular temporariamente; segundo, ao permitir treinos mais intensos e volumosos, ela favorece o crescimento muscular a longo prazo.

Recuperação mais rápida

Estudos indicam que a suplementação com creatina pode reduzir a fadiga muscular e acelerar a recuperação após treinos pesados. Isso acontece porque ela ajuda a minimizar os danos musculares e a inflamação, permitindo que você volte a treinar com mais qualidade e menos dores.

Benefícios para o cérebro

A creatina não beneficia apenas os músculos. No cérebro, ela auxilia na produção de energia para as células nervosas, o que pode melhorar a concentração, a memória e até reduzir a fadiga mental em treinos longos ou desgastantes.

Com esses benefícios, a creatina se torna um grande aliado para quem quer melhorar o desempenho nos treinos e otimizar os resultados.

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A creatina atua como um “tampão energético”, mantendo níveis estáveis de ATP durante picos de demanda energética. (Imagem: Gleb Usovich / Shutterstock)

Suplementação e dosagem

A suplementação com creatina é amplamente estudada e considerada segura para a maioria das pessoas. A dose padrão é de 3-5 gramas por dia, embora alguns protocolos recomendam uma fase de “carregamento” inicial (20 gramas/dia por 5-7 dias) para saturar rapidamente os estoques musculares. A creatina monoidratada é a forma mais comum e eficaz.

Embora a creatina seja geralmente segura, indivíduos com doenças renais pré-existentes devem consultar um médico antes de suplementar, pois a creatina é metabolizada em creatinina, um marcador de função renal. Além disso, a suplementação pode causar ganho de peso inicial devido à retenção de água.

A creatina é geralmente segura para a maioria das pessoas, mas é importante consultar um médico ou nutricionista antes de iniciar a suplementação, especialmente se você tiver alguma condição de saúde preexistente.

Grávidas podem tomar creatina?

Grávidas não devem tomar creatina sem orientação médica. Embora a creatina seja geralmente segura, não há estudos suficientes sobre seus efeitos durante a gravidez. O metabolismo da creatina pode sobrecarregar os rins, que já estão sob maior estresse durante a gestação. Além disso, a segurança para o feto não está completamente estabelecida. Sempre consulte um médico antes de usar qualquer suplemento durante a gravidez.mulher grávida segurando a barriga com vestido branco

Existe reação alérgica à creatina?

Sim, reações alérgicas à creatina são possíveis, embora raras. Os sintomas podem incluir coceira, erupções cutâneas, inchaço ou dificuldade respiratória. Se houver suspeita de alergia, interrompa o uso e consulte um médico. A creatina pura (monoidratada) é menos propensa a causar reações, mas alguns suplementos podem conter aditivos que desencadeiam alergias.

O excesso de creatina pode matar?

A creatina é geralmente considerada segura nas doses recomendadas (3-5 gramas por dia para manutenção, ou até 20 gramas por dia por um curto período de carregamento). O uso excessivo ou inadequado pode, no entanto, levar a complicações.

A creatina em si tem baixa toxicidade e doses elevadas (até 10-20 gramas por dia) são bem toleradas pela maioria das pessoas. O excesso pode, entretanto, sobrecarregar alguns sistemas do corpo, especialmente em indivíduos com condições pré-existentes.

Um subproduto da creatina, a creatinina, é filtrada pelos rins e excretada na urina. Isso não é um problema em indivíduos saudáveis, mas em pessoas com função renal comprometida, o excesso de creatina pode aumentar a carga sobre os rins e potencialmente agravar doenças renais pré-existentes. O uso excessivo em pessoas com insuficiência renal pode levar a complicações graves, como insuficiência renal aguda.

A creatina aumenta a retenção de água intracelular, o que pode levar à desidratação se a ingestão de água não for adequada. A desidratação grave pode causar desequilíbrios eletrolíticos, como hiponatremia (baixo sódio no sangue), o que pode levar a complicações como edema cerebral, convulsões e, em casos extremos, morte.

A síntese e metabolização da creatina envolvem o fígado. Em casos raros, o excesso de creatina pode sobrecarregá-lo, especialmente em indivíduos com doenças hepáticas pré-existentes. O uso excessivo de creatina pode interferir com medicamentos que afetam os rins ou o fígado. Por exemplo, o uso combinado com anti-inflamatórios não esteroides (AINEs) pode aumentar o risco de danos renais.

Ilustração de corpo humano sinalizando dor na região dos rins
Dores nas costas podem indicar problemas nos rins e o uso de creatina pode piorar condição
(Imagem: Julien Tromeur / Unsplash)

Embora raros, há relatos de complicações graves associadas ao uso excessivo de creatina, especialmente em combinação com outros fatores de risco. O uso excessivo, combinado com exercícios extremamente intensos, pode levar à rabdomiólise – uma condição em que as células musculares se rompem e liberam substâncias tóxicas na corrente sanguínea. Isso pode causar insuficiência renal aguda e, em casos graves, morte.

Não há uma dose letal estabelecida para a creatina em humanos. O uso excessivo crônico ou agudo pode, no entanto, levar a complicações indiretas que, em casos extremos, podem ser fatais, especialmente em indivíduos com condições médicas subjacentes.

Em resumo, recomenda-se manter a dose diária recomendada de 3-5 gramas por dia para manutenção, beber água adequada para evitar desidratação, evitar exceder a dose de 20 gramas por dia e consultar um médico em caso de dúvidas ou condições de saúde específicas. Indivíduos com doenças renais, hepáticas ou outras condições médicas devem consultar um médico antes de usar o suplemento.

Importante!

Segundo estudo publicado pelo Journal of the International Society of Sports Nutrition, diversas evidências apontam que não há relação entre o consumo de doses controladas de creatina e certas doenças. De acordo com o artigo, a creatina não provoca alteração nos rins, câncer, hipertensão e nem calvície.

Sempre é indicado ter orientação médica e nutricional antes de fazer uso de qualquer suplemento. Não se deixe levar por propagandas ou indicações de pessoas leigas, pesquise por marcas confiáveis e siga as prescrições. Fique atento a qualquer desconforto, sintomas ou efeitos indesejáveis ao consumir qualquer medicamento ou suplemento.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Memória inflamatória na pele: entenda por que as lesões da psoríase aparecem no mesmo lugar

A tendência de as lesões na pele causadas pela psoríase reaparecerem nos mesmos locais, mesmo após o tratamento, está relacionada ao conceito de memória inflamatória. É um dos fenômenos intrigantes da psoríase e para entender um pouco mais sobre isso, primeiro vamos explicar sobre a doença.

A psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, caracterizada por lesões avermelhadas, descamativas e, muitas vezes, pruriginosas. Ela ocorre devido a uma combinação de fatores genéticos, imunológicos e ambientais, que levam a uma resposta imune desregulada, resultando em uma produção excessiva de células da pele (queratinócitos) e inflamação.

É comum que pessoas com psoríase relatem que as lesões tendem a reaparecer nos mesmos locais onde já ocorreram anteriormente. Essa característica é amplamente observada e está relacionado ao conceito de memória inflamatória, que explica como o sistema imunológico “lembra” os locais onde houve inflamação prévia.

Mas como o sistema imunológico “lembra” dos locais de inflamação? Na psoríase, células imunes residentes na pele, como as células T de memória, permanecem nos locais onde houve lesões, mesmo após a melhora clínica. Essas células são reativadas por gatilhos ambientais (como estresse, infecções ou traumas na pele), levando ao retorno da inflamação e das lesões no mesmo local.

Leia mais:

Como funciona a memória inflamatória?

(Imagem: Martyna87 / Istockphoto)

Agora que já entendemos o que é a memória inflamatória, vamos explicar como funciona esse mecanismo do sistema imunológico.

  • Células T de memória: depois que uma lesão de psoríase desaparece, algumas células de defesa (células T de memória) permanecem na pele. Elas guardam “lembranças” da inflamação anterior e, quando detectam determinados estímulos, ativam novamente a inflamação, fazendo a psoríase reaparecer.
  • Mudanças na pele: mesmo após a melhora das lesões, a pele continua alterada ao nível molecular e estrutural, tornando-se mais vulnerável a novos episódios da doença.
  • Fatores externos: situações como estresse, infecções, lesões na pele (como arranhões ou cortes) e até mudanças climáticas podem engatilhar essas células de memória e desencadear novas crises de psoríase.

Memória inflamatória ou fenômeno de Koebner? Entenda a diferença

É comum que as lesões da psoríase apareçam repetidamente em certas áreas, mas esse processo pode ser confundido com outro mecanismo conhecido como fenômeno de Koebner. Ambos estão ligados à doença, mas funcionam de maneiras diferentes.

O fenômeno de Koebner (também chamado de resposta isomórfica) ocorre quando novas lesões surgem em áreas da pele que sofreram traumas, como cortes, queimaduras ou pressão constante. Em pessoas com psoríase, isso significa que novas lesões podem aparecer em locais onde a pele foi danificada, mesmo que anteriormente não houvesse placas de psoríase ali.

No entanto, o fenômeno de Koebner explica o aparecimento de lesões em locais que antes não tinham psoríase, mas não necessariamente a recorrência nos mesmos pontos. Para isso, entramos no conceito de memória inflamatória.

Já a memória inflamatória, como falamos, é o motivo pelo qual as lesões tendem a voltar nos mesmos lugares, mesmo sem a presença de um novo trauma. Isso acontece porque as células de memória e as alterações na pele tornam esses locais mais sensíveis à inflamação.

Imagem mostra placas cutâneas em um paciente com psoríase
Placas cutâneas em paciente com psoríase (Imagem: Anthony Ricci / Shutterstock)

Controle da psoríase: um tratamento contínuo

Agora que você já entendeu que a psoríase é uma doença inflamatória crônica da pele, vamos nos aprofundar sobre os três fatores principais que estão ligados à sua recorrência e persistência: estímulos recorrentes, microambiente alterado e resposta imunológica local.

1. Estímulos recorrentes

São gatilhos que reativam a inflamação e o ciclo de formação das lesões de psoríase. Esses gatilhos podem ser internos ou externos e incluem:

  • Traumas na pele (fenômeno de Koebner) podem desencadear novas lesões em áreas previamente afetadas ou até em novas regiões.
  • Infecções bacterianas (como as causadas por Streptococcus) ou virais podem reativar a resposta imune e piorar a psoríase.
  • Estresse emocional é um gatilho comum, pois afeta o sistema imunológico e pode exacerbar a inflamação.
  • Mudanças climáticas, especialmente o frio e a baixa umidade, podem ressecar a pele e agravar as lesões.
  • Certos medicamentos, como betabloqueadores e lítio, podem piorar a psoríase em algumas pessoas.

Esses estímulos ativam células imunes residentes na pele, como as células T de memória, que iniciam novamente a cascata inflamatória.

2. Microambiente alterado

A pele afetada pela psoríase apresenta um microambiente alterado, que facilita a recorrência das lesões. Esse microambiente é caracterizado por:

  • Pele espessada e hiperproliferativa: na psoríase, os queratinócitos (células da pele) se multiplicam de forma acelerada, levando ao espessamento da pele e à formação de placas.
  • Vascularização aumentada: há um aumento na formação de vasos sanguíneos (angiogênese) na pele psoriásica, o que contribui para a inflamação e a vermelhidão.
  • Alterações na barreira cutânea: a pele com psoríase tem uma função de barreira comprometida, o que a torna mais suscetível a irritações e infecções.
  • Acúmulo de células imunes: células T de memória, neutrófilos e outras células inflamatórias permanecem na pele mesmo após a melhora clínica, prontas para serem reativadas.

Esse microambiente alterado cria um ciclo vicioso, no qual a inflamação persistente mantém as alterações na pele, e essas alterações, por sua vez, perpetuam a inflamação.

3. Resposta imunológica

O sistema imunológico tem um papel essencial na recorrência da psoríase. Ele funciona como um “sistema de defesa”, mas na doença acaba ficando desregulado e provocando inflamações crônicas na pele. Três fatores principais explicam como isso acontece.

Em primeiro lugar, as células de defesa ficam hiperativas. Na psoríase, certas células do sistema imunológico, chamadas células T, ficam superativadas. Elas liberam substâncias que aumentam a inflamação e fazem com que as células da pele se multipliquem muito rápido, formando as placas da psoríase.

Em segundo lugar, algumas dessas células T permanecem na pele mesmo depois que as lesões desaparecem. Se um gatilho, como estresse ou lesão na pele, aparecer novamente, essas células “lembram” da inflamação e fazem a psoríase voltar no mesmo lugar.

Por fim, embora a psoríase ainda não seja considerada totalmente uma doença autoimune, há indícios de que o sistema imunológico pode estar atacando equivocadamente células da própria pele, contribuindo para os surtos da doença.

Essa ativação constante do sistema imunológico é um dos motivos pelos quais a psoríase precisa de tratamento contínuo, ajudando a reduzir a inflamação e impedir que novas crises aconteçam.

Como esses fatores se relacionam

Os três fatores – estímulos recorrentes, microambiente alterado e resposta imunológica – atuam juntos para manter a psoríase ativa. Quando a pele é exposta a gatilhos como estresse, lesões ou infecções, o sistema imunológico responde rapidamente, reativando a inflamação nos mesmos locais.

O microambiente alterado da pele facilita essa resposta ao manter células imunes em alerta constante, favorecendo a inflamação prolongada. Além disso, a memória inflamatória, por meio das células T de memória, faz com que o organismo reconheça rapidamente a área onde a psoríase já esteve, reiniciando o processo inflamatório e criando um ciclo de recorrência das lesões.

Psoríase e dermatite são a mesma coisa?

Não, psoríase e dermatite são diferentes: a primeira é uma doença autoimune com placas espessas, enquanto a segunda é uma inflamação da pele, muitas vezes ligada a alergias ou irritações.
Foto em close do rosto de uma mulher com dermatite perioral perto da boca.

Saiba mais sobre estudo que identifica a origem da psoríase, publicado na revista Nature Communications, clicando aqui.

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Estudo mostra resultados positivos para tratar a síndrome pós-pólio

Testes recentes de um novo tratamento imunológico para a síndrome pós-pólio (SPP), que afeta sobreviventes da pólio anos após a infecção inicial, demonstraram resultados positivos e animadores.

A SPP é caracterizada por enfraquecimento muscular progressivo, afetando tanto os músculos que já haviam sido comprometidos pela pólio quanto aqueles aparentemente saudáveis.

Embora ainda não exista um tratamento específico para a SPP, um novo tratamento com imunoglobulina intravenosa (IVIG), chamado Flebogamma 5% DIF, desenvolvido pela Grifols, mostrou potencial para melhorar a mobilidade dos pacientes.

Detalhes do estudo clínico

  • O estudo clínico envolveu 191 participantes, sendo que a maioria tinha as pernas mais afetadas pela SPP.
  • O principal objetivo era avaliar se o tratamento ajudaria a melhorar a capacidade física dos pacientes e se seria seguro.
  • Aqueles que receberam Flebogamma 5% DIF uma vez por mês durante 12 meses caminharam, em média, 12,75 metros a mais em dois minutos em comparação com a distância que conseguiam percorrer antes do tratamento, superando em 6,07 metros o grupo placebo.
  • Além disso, os pacientes que receberam o tratamento também apresentaram melhor desempenho no teste de caminhada de seis minutos, percorrendo 29,16 metros a mais em comparação com a distância inicial, enquanto o grupo placebo caminhou 15,8 metros a mais.

O tratamento foi considerado seguro e bem tolerado, com efeitos colaterais leves, como dor de cabeça, febre, reações no local da infusão e diarreia.

O tratamento para a síndrome pós-pólio, que pode aparecer anos após a infecção inicial, foi eficaz -Imagem: Babul Hosen/shutterstock

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Esses resultados foram vistos como um grande avanço, pois indicam que o declínio físico contínuo causado pela SPP, que antes era considerado inevitável, pode ser interrompido ou até mesmo melhorado.

Embora os resultados sejam promissores, é importante observar que os dados ainda não foram revisados por pares ou publicados em um periódico científico, o que significa que mais estudos e análises serão necessários para confirmar esses achados.

No entanto, os resultados oferecem uma nova esperança para os sobreviventes da pólio, que agora têm uma possibilidade real de melhorar sua qualidade de vida e aumentar a sua autossuficiência.

Resultados podem representar nova esperança de tratamentos eficazes contra a doença – Imagem: Ovidiu Dugulan/Shutterstock

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Cura para um dos vírus mais letais do mundo pode ter sido descoberta

Um grande avanço pode ter sido feito por pesquisadores da Universidade de Texas Medical Branch, em Galveston, nos Estados Unidos. Eles identificaram uma possível cura para o Ebola, um dos vírus mais letais do mundo.

Um novo estudo aponta que macacos infectados com o vírus foram curados através do uso de uma pílula. As conclusões podem abrir caminho para tratamentos mais práticos e acessíveis contra a doença em humanos.

Testes foram realizados em macacos

Durante o trabalho, a equipe testou o antiviral Obeldesivir, a forma oral do Remdesivir intravenoso, desenvolvido originalmente para combater a Covid-19, em macacos. O medicamento bloqueia uma enzima crucial para a replicação viral.

Um dia após a exposição ao vírus, dez primatas receberam uma pílula de Obeldesivir diariamente durante dez dias. Os resultados foram promissores. O medicamento não só eliminou o vírus do sangue dos macacos, mas também desencadeou uma resposta imunológica, ajudando-os a desenvolver anticorpos enquanto evitavam danos aos órgãos.

Medicamento eliminou o vírus do sangue dos primatas (Imagem: Niphon Subsri/Shutterstock)

Os cientistas explicaram que, embora o número de macacos tenha sido relativamente pequeno, a pesquisa teve grande importância, uma vez que os animais foram expostos a uma dose extraordinariamente alta do vírus, cerca de 30 mil vezes a dose letal para humanos.

A equipe afirmou que os resultados irão ajudar no desenvolvimento de tratamentos mais práticos contra o Ebola, o que vai ajudar prevenir, controlar e conter surtos. O estudo foi publicado na revista Science Advances.

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Ebola
Vírus é um dos mais letais do mundo (Imagem: Motortion Films/Shutterstock)

Taxa de letalidade do Ebola pode chegar aos 90%

  • O Ebola foi Identificado pela primeira vez em 1976.
  • A doença é considerada grave, com taxa de letalidade que pode chegar até os 90%.
  • O vírus afeta os seres humanos e os primatas não-humanos, como macacos, gorilas e chimpanzés.
  • Acredita-se que ele tenha sido transmitido pela primeira vez aos humanos a partir de morcegos.
  • A doença se espalha por contato direto com fluidos corporais, causando sangramentos graves e falência de órgãos.
  • Os países mais afetados por surtos ficam na África Subsaariana.
  • Por conta disso, houve poucos esforços para criar tratamentos adequados contra o Ebola.
  • Uma vacina só foi aprovada em 2019, mas países pobres enfrentam muitas dificuldades de adquirir e armazenar os imunizantes.

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Pesquisa brasileira desenvolve app para ajudar vítimas de AVC

A recuperação de um Acidente Vascular Cerebral (AVC) pode ser bem complicada: perda de funções motoras, diminuição de sensibilidade e instabilidade emocional são algumas das possíveis sequelas. Mas é possível superar estes obstáculos e um aplicativo desenvolvido por pesquisadores brasileiros pode ser novo auxiliar nesse momento tão complicado.

O app utiliza sensores do próprio celular para analisar a postura do usuário, observando a inclinação do aparelho. O telefone fica preso à roupa do paciente e usa o acelerômetro para fazer as medições. Assim que o aplicativo detecta alguma variação preocupante, ele emite um alerta ao usuário por imagem, alerta sonoro ou vibração.

App brasileiro pode ser mais uma arma no auxílio a pacientes com AVC (Imagem: sfam_photo/Shutterstock)

Sequelas do AVC e tratamento

Uma das sequelas mais comuns e desafiadoras de um AVC é a hemiparesia, que consiste em perda de força e massa muscular, além de paralisar parcial ou totalmente um lado do corpo. O app vai ajudar a combater exatamente esta consequência do derrame, auxiliando na recuperação e orientação corporal.

“A pessoa com hemiparesia perde a sensibilidade e a percepção de organização espacial. Com isso, ela tomba para um lado, por exemplo, e não percebe que isso aconteceu, chegando até a apresentar dores musculares em virtude do mau posicionamento. Acontece também que, sem a postura correta, ela não consegue executar tarefas cotidianas”, disse Amanda Polin Pereira, professora do Departamento de Terapia Ocupacional da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) a Agência FAPESP.

Leia mais:

A pesquisa

  • O aplicativo foi desenvolvido durante o doutorado de Olibário José Machado Neto, bolsista da FAPESP no ICMC-USP, com apoio da FMRP-USP;
  • Criado em codesign, o software uniu áreas da computação e da saúde, garantindo desenvolvimento ágil e inovador;
  • Segundo a professora Maria da Graça Campos Pimentel, não há nada similar na clínica para auxiliar na reabilitação de pacientes com hemiparesia;
  • Os testes ocorreram em centro de reabilitação, com apoio de fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e pacientes;
  • O app melhora a postura durante as sessões e permite que os profissionais foquem em outras áreas do tratamento;
  • Além disso, gera dados que podem ampliar o conhecimento sobre hemiparesia;
  • Agora, os pesquisadores estudam seu impacto no uso prolongado em casa.
Aplicativo que ajuda no tratamento do AVC
Aplicativo vai monitorar a postura do paciente e emitir alertas (Imagem: Reprodução/Amanda Pereira/FAPESP/ICM/USP)

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Por que beber álcool pode causar câncer?

O consumo de álcool é um hábito socialmente aceito em muitas culturas, mas seus efeitos nocivos à saúde são cada vez mais evidentes. Estudos científicos comprovam que o álcool está diretamente relacionado ao desenvolvimento de diversos tipos de câncer, mesmo em quantidades moderadas. 

Mas como exatamente o álcool age no corpo e quais são os mecanismos que levam ao câncer? Vamos explicar.

Homem abrindo uma garrafa de bebida com o palavra cancêr saindo dela / Crédito: Anton Watman (shutterstock/reprodução)

Como o álcool age no corpo e causa alterações cancerígenas

Quando ingerimos bebidas alcoólicas, o álcool (etanol) é metabolizado pelo fígado e transformado em acetaldeído, uma substância tóxica e carcinogênica. Esse composto danifica o DNA das células e interfere em sua capacidade de se reparar, o que pode levar ao crescimento descontrolado de células e, consequentemente, à formação de tumores.

Além disso, o álcool provoca estresse oxidativo, que também danifica o DNA e outras estruturas celulares. Outro mecanismo é a alteração no metabolismo hormonal, especialmente em mulheres, aumentando os níveis de estrogênio, o que está associado ao câncer de mama.

O álcool também facilita a absorção de outras substâncias carcinogênicas, como as presentes no tabaco, potencializando seus efeitos nocivos.

Homem olhando uma geladeira de cervejas
Homem olhando uma geladeira de cervejas / Crédito: simona pilolla 2 (shutterstock/reprodução)

O risco de câncer é dose-dependente, ou seja, quanto maior o consumo de álcool e o tempo de exposição, maior a probabilidade de desenvolver a doença. Não importa o tipo de bebida (cerveja, vinho, whisky, vodka, cachaça, etc.), pois todas contêm etanol, a substância responsável pelos danos.

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Quais tipos de câncer o álcool pode causar?

O álcool é classificado pela Agência Internacional de Pesquisa em Câncer (IARC) como um carcinógeno do Grupo 1, o mesmo nível de risco de substâncias como o tabaco e o amianto. Isso significa que há evidências suficientes de que o álcool causa câncer em humanos. Abaixo, listamos os principais tipos de câncer associados ao consumo de bebidas alcoólicas:

Pessoa recebendo diagnóstico médico
Pessoa recebendo diagnóstico médico / Crédito: Chinnapong (shutterstock/reprodução)
  • Câncer de boca e garganta: o álcool danifica as células da mucosa da boca e da garganta, aumentando o risco de tumores nessas regiões.
  • Câncer de esôfago: o álcool irrita o revestimento do esôfago, facilitando o desenvolvimento de células cancerígenas.
  • Câncer de fígado: o consumo excessivo de álcool pode levar à cirrose hepática, que é um fator de risco para o câncer de fígado.
  • Câncer de mama: o álcool altera os níveis hormonais, especialmente o estrogênio, aumentando o risco de câncer de mama em mulheres.
  • Câncer colorretal: o álcool pode danificar o revestimento do intestino, levando ao desenvolvimento de tumores no cólon e no reto.
  • Câncer de estômago e pâncreas: embora menos comuns, esses tipos de câncer também estão associados ao consumo de álcool.

Como prevenir o câncer relacionado ao álcool

A principal medida para prevenir o câncer relacionado ao álcool é reduzir ou eliminar o consumo de bebidas alcoólicas. A Organização Mundial da Saúde (OMS) afirma que não há nível seguro de consumo de álcool para a saúde. 

Além disso, adotar hábitos saudáveis, como uma alimentação balanceada, prática regular de exercícios físicos e evitar o tabagismo, pode ajudar a reduzir o risco de câncer.

Para quem não deseja parar de beber completamente, o consumo moderado é uma estratégia de redução de danos. O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA) define como moderado:

  • Mulheres: 1 dose ou menos por dia.
  • Homens: 2 doses ou menos por dia.

Para você se orientar melhor, uma dose equivale a:

  • 355 ml de cerveja (uma latinha);
  • 150 ml de vinho;
  • 45 ml de destilados (como vodka ou cachaça).

Sintomas e tratamentos

Os sintomas variam conforme o tipo de câncer, mas podem incluir dor, dificuldade para engolir, perda de peso inexplicável e alterações na voz. O tratamento depende do estágio da doença e pode envolver cirurgia, quimioterapia, radioterapia ou uma combinação desses métodos. A prevenção, no entanto, é a melhor estratégia, já que não há níveis seguros de consumo de álcool.

Copo de cerveja
Copo de cerveja / Crédito: L.O.N Dslr Camera (shutterstock/reprodução)

Em resumo, o álcool é um fator de risco significativo para o desenvolvimento de vários tipos de câncer, e seu impacto na saúde pública é enorme. No Brasil, o consumo de álcool tem crescido, especialmente entre as mulheres, e os custos com o tratamento de cânceres relacionados ao álcool devem aumentar nos próximos anos. 

Políticas públicas mais rigorosas – como aumento de preços, restrição de publicidade e fiscalização da Lei Seca – podem ajudar a reduzir esse problema.

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Conheça dez habilidades digitais que os brasileiros ainda não dominam

Navegar na internet? Tranquilo. Postar no Instagram? Moleza. Mas quando o assunto é programação, análise de dados ou gestão de campanhas digitais, a conversa muda de tom. Uma nova pesquisa revelou as dez habilidades digitais que mais dão nó na cabeça dos brasileiros.

O estudo aponta que, apesar de vivermos conectados, muita gente ainda tem dificuldades em áreas essenciais do mundo digital. Será que você também está nessa lista?

O levantamento, conduzido pela Locaweb em parceria com a Conversio, revelou que mais da metade dos entrevistados tem dificuldades com análise de dados e métricas – habilidade essencial para negócios digitais.

As habilidades digitais são o passaporte para o futuro do trabalho (Imagem: khunkornStudio/Shutterstock)

Além disso, a produção e venda de infoprodutos, como cursos e e-books, também apareceu entre os maiores desafios, indicando que empreender na internet ainda não é tarefa simples para muitos.

Outras habilidades pouco dominadas incluem programação, SEO, gestão de campanhas de marketing digital e até administração de e-commerce. O resultado escancara lacuna preocupante: enquanto o consumo digital cresce, a qualificação da população não acompanha o ritmo.

Gap de habilidades digitais no Brasil: qual o impacto?

A pesquisa ouviu 500 brasileiros conectados à internet, de todas as regiões do país, para entender onde estão as maiores dificuldades no mundo digital. O estudo tem 95% de confiabilidade e margem de erro de 3,3 pontos percentuais.

Os participantes responderam a cinco perguntas sobre suas maiores fraquezas tecnológicas, como isso afeta suas carreiras e o que estão fazendo para mudar o jogo. O resultado? Muitos reconhecem a importância dessas habilidades, mas poucos investem em capacitação.

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O problema é que, sem dominar competências digitais, as oportunidades no mercado de trabalho ficam mais distantes. Profissões ligadas à tecnologia pagam bem e estão em alta, mas exigem qualificação – obstáculo que grande parte dos brasileiros ainda precisa superar.

Caminho para virar o jogo

Apesar das dificuldades, a maioria dos entrevistados afirmou querer melhorar suas habilidades digitais. No entanto, poucos buscam cursos ou treinamentos para se especializar, citando custo e falta de tempo como os principais obstáculos.

Quando questionados sobre quais competências podem destacar um profissional no mercado, a inteligência artificial (IA) foi a mais mencionada: mais de 80%. Outras habilidades valorizadas incluem a gestão de anúncios pagos e a criação de planilhas do zero, mostrando a demanda por conhecimentos práticos e estratégicos.

O estudo destaca um alerta: o mercado digital não espera. Profissionais com qualificação têm mais chances de crescer, enquanto quem não se adapta pode ficar para trás. O desafio agora é transformar interesse em ação – e garantir que o Brasil entre de vez na era digital.

Aprendizado Digital.
O mercado exige profissionais cada vez mais preparados. Você está pronto para essa revolução digital? (Imagem: Roman Samborskyi/Shutterstock)

Confira, a seguir, mais dados da pesquisa:

Dez habilidades digitais menos dominadas pelos brasileiros em 2025

  1. Analisar dados e métricas (51,2%);
  2. Produzir e vender infoprodutos, como cursos e e-books (46,8%);
  3. Criar um site ou blog (44,8%);
  4. Gerenciar lives e webinars (44%);
  5. Gerir anúncios pagos (42%);
  6. Dominar inteligência artificial (41,8%);
  7. Criar formulários e pesquisas (31%);
  8. Gerenciar e-mails/campanhas de marketing digital (26,4%);
  9. Criar um e-mail profissional com domínio próprio (26,4%);
  10. Taguear e filtrar e-mails na caixa de entrada (18%).

Dez habilidades digitais mais promissoras para os brasileiros em 2025

  1. Dominar inteligência artificial (81%);
  2. Gerenciar anúncios pagos (57,2%);
  3. Analisar dados e métricas (45%);
  4. Montar planilhas do zero (43,6%);
  5. Editar vídeos e imagens (43%);
  6. Gerenciar e-mails/campanhas de marketing digital (42,8%);
  7. Produzir conteúdo para as redes sociais (41,8%);
  8. Criar apresentações visuais, como Canva e PowerPoint (39%);
  9. Criar e vender infoprodutos (35,6%);
  10. Gerenciar transmissões ao vivo e webinars (32,4%).

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Tomar água da torneira é mesmo saudável? Entenda

A água é o principal componente químico do nosso corpo, e dependemos dela para sobreviver. Ela desempenha um papel fundamental em muitas das funções do nosso corpo, incluindo levar nutrientes às células, proteger as articulações e os órgãos, e manter a temperatura corporal.

O fato é que a água deve ser sua bebida de escolha na maioria das situações. Então surge a pergunta, será que é saudável tomar água da torneira? Bom, assim como para a maioria das coisas, a resposta é: depende. 

É mesmo seguro tomar água da torneira?

Existem muitos países pelo mundo nos quais beber água direto da torneira é uma prática comum. A água da torneira nos Estados Unidos e no Reino Unido, por exemplo, precisa atender a padrões governamentais rigorosos para garantir que seja segura para beber.

No que diz respeito ao Brasil, a segurança da água da torneira depende da qualidade do sistema de tratamento e distribuição de água do local. Ainda assim, de modo geral, quase sempre é seguro tomar água direto da torneira em lugares que contam com uma boa rede de água tratada – mas é sempre melhor que ela passe por um filtro. 

Mulher bebendo água – Imagem: fizkes/Shutterstock

Inclusive, em comparação com muitas águas minerais, a água da torneira no Brasil possui uma vantagem: o flúor. A partir da década de 1970, o uso de flúor no tratamento da água passou a ser obrigatório nas cidades brasileiras, visando reduzir a ocorrência de problemas dentários e bucais na população. Além disso, mesmo que a água seja filtrada, o flúor não se perde. 

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Entretanto, é importante ressaltar também que apenas aproximadamente 84% da população brasileira tem acesso à água tratada, de acordo com informações da ANA (Agência Nacional de Águas e Saneamento Básico).

Nas áreas onde a água não é tratada, é comum que a ingestão de água contaminada resulte em problemas de saúde, frequentemente causados pelas bactérias Salmonella e Escherichia coli. Essas bactérias podem levar a infecções no estômago e no intestino, causando sintomas como diarreia, náuseas, dores abdominais, entre outros.

Imagem: New Africa/Shutterstock

Filtrar a água da torneira é a prática ideal

Apesar de ser segura para beber, visto que as centrais de abastecimento públicas no Brasil realizam o tratamento da água para torná-la potável antes de sua distribuição, os processos de purificação e filtragem seguem importantes para a qualidade da água consumida. 

Isso porque resíduos químicos, micro-organismos, bactérias e impurezas presentes em encanamentos e em caixas d’água mal conservadas podem contaminar a água no caminho para sua casa. 

De qualquer maneira, vale ressaltar que a água da torneira naturalmente contém baixos níveis de microrganismos, como bactérias e amebas. Ainda assim, ela é segura para beber porque esses patógenos normalmente são mortos pelo ácido estomacal.

Em comparação, tanto a água mineral e a água de nascente, costumam vir de águas subterrâneas que foram filtradas naturalmente – processo que remove a maioria das bactérias e micro-organismos.

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Apenas sete países atendem aos padrões de qualidade do ar da OMS

Diversos alertas já foram emitidos pela ciência sobre os problemas causados pela baixa qualidade do ar. Mas um novo relatório divulgado pela IQAir aponta que a situação da poluição pode ser ainda mais grave do que se imaginava.

De acordo com o trabalho, apenas sete países atenderam aos padrões da Organização Mundial da Saúde (OMS) no ano passado. As conclusões têm como base a análise de milhares de estações de monitoramento ao redor do planeta.

Mudanças climáticas aumentam o problema

O Relatório Mundial de Qualidade do Ar IQAir 2024 destaca que apenas Austrália, Nova Zelândia, Bahamas, Barbados, Granada, Estônia e Islândia apresentaram resultados considerados satisfatórios pelas normas vigentes.

Já Chade e Bangladesh foram os piores países em 2024. Nestes locais, os níveis médios de poluição foram mais de 15 vezes maiores do que o recomendado pelas diretrizes da OMS, o que significa que a população destas nações está exposta à grandes riscos de saúde.

Problema da poluição pode ser maior do que pensava (Imagem: Chris LeBoutillier/Unsplash)

Apesar dos resultados preocupantes, os responsáveis pelo trabalho afirmam que o problema pode ser ainda pior, uma vez que muitas partes do mundo carecem de sistemas de monitoramento precisos. Na África, por exemplo, há apenas uma estação para cada 3,7 milhões de pessoas.

Ainda de acordo com os pesquisadores, as mudanças climáticas estão desempenhando um papel cada vez maior no aumento da poluição. As temperaturas mais altas fazem com que os incêndios florestais se tornem cada vez mais violentos e prolongados, prejudicando a qualidade do ar.

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Poluição do ar pode gerar graves problemas de saúde (Imagem: Arrush Chopra/Shutterstock)

Baixa qualidade do ar é um problema que pode levar à morte

  • A Organização Mundial da Saúde estima que a poluição do ar mata cerca de 7 milhões de pessoas a cada ano.
  • Respirar ar sujo por um longo período de tempo pode causar doenças respiratórias, Alzheimer e até câncer.
  • Recentemente, a OMS relatou que 99% da população mundial vive em locais que não atendem aos níveis recomendados de qualidade do ar.
  • E fez um apelo para a adoção de medidas para combater este problema, especialmente a redução das emissões de gases de efeito estufa.

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Nova eletroestimulação restaura movimentos em paralisia; veja

A empresa suíça de neurotecnologia NeuroRestore acaba de revelar dispositivo que promete melhorar o tratamento de pacientes com paralisia. O sistema integra neuroprótese de medula espinhal com robótica de reabilitação de forma inédita.

A nova abordagem busca resolver problema de métodos convencionais que não envolvem o músculo de forma ativa, limitando o retreinamento do sistema nervoso.

Movimentos voluntários foram melhorados mesmo após fim da estimulação (Imagem: Reprodução/EPFL)

Com a nova tecnologia, os cientistas fornecem pulsos elétricos sincronizados para estimular os músculos em harmonia com os movimentos robóticos, tornando a terapia mais eficaz. Diferentemente da estimulação tradicional, a técnica ativa os neurônios motores de forma mais eficiente ao imitar os sinais nervosos naturais.

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Paralisia: experimento na vida real

  • O dispositivo integra a estimulação epidural elétrica com esteiras, exoesqueletos e bicicletas ergométricas e usa sensores sem fio para detectar o movimento dos membros. Assim, é possível ajustar automaticamente a estimulação em tempo real;
  • Em uma prova–conceito envolvendo cinco pessoas com lesões na medula espinhal, o resultado foi de “ativação muscular imediata e sustentada”;
  • Os participantes não apenas recuperaram a capacidade de ativar os músculos, como melhoraram seus movimentos voluntários mesmo após o desligamento da estimulação;
  • Os pesquisadores acreditam que a tecnologia tem potencial de aplicação para além de ambientes clínicos, com a instalação do sistema em andadores e bicicletas;
  • Eles ponderam que novos ensaios clínicos são necessários para avaliar os efeitos de longo prazo.

“Ver em primeira mão o quão perfeitamente nossa abordagem se integra com os protocolos de reabilitação existentes reforça seu potencial para transformar o atendimento a pessoas com lesão medular, fornecendo estrutura tecnológica que é fácil de adotar e implementar em vários ambientes de reabilitação”, disse o pesquisador da NeuroRestore, Nicolas Hankov.

Dispositivo integra a estimulação epidural elétrica com esteiras, exoesqueletos e bicicletas (Imagem: Reprodução/EPFL)

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