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Nova diretriz para tratar obesidade propõe uso racional do Ozempic

A Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso) lançou a nova Diretriz Brasileira para o Tratamento Farmacológico da Obesidade, reconhecendo a obesidade como uma doença crônica que exige tratamento contínuo e individualizado.

Com 35 recomendações, o documento orienta médicos e gestores sobre o uso adequado de medicamentos em conjunto com mudanças no estilo de vida. As informações são da Agência Brasil.

O foco deixou de ser apenas a normalização do peso para priorizar qualidade de vida, funcionalidade e metas realistas, como a redução de pelo menos 10% do peso corporal — visando controlar comorbidades como diabetes tipo 2, hipertensão e apneia do sono.

Uso adequado de medicamentos como o Ozempic está nas recomendações de nova diretriz (Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock)

Principais recomendações:

  • Medicamentos recentes, como semaglutida, tirzepatida e liraglutida, são priorizados por sua eficácia e segurança comprovadas em estudos clínicos.
  • Pacientes com IMC acima de 27 e comorbidades ou acima de 30 já podem ser medicados, mesmo antes de tentativas de mudança no estilo de vida, em decisão compartilhada com o médico.
  • A diretriz também considera o uso off-label de fármacos com respaldo científico, respeitando segurança, tolerabilidade e custo.
  • Grupos específicos (idosos com sarcopenia, pessoas com câncer relacionado à obesidade e insuficiência cardíaca) recebem atenção especial.
  • Fenótipos alimentares e fatores genéticos e psicológicos devem ser levados em conta para personalizar o tratamento.
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Nova diretriz da Abeso marca avanço no tratamento da obesidade no Brasil (Imagem: Fuss Sergey/Shutterstock)

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Fórmulas contraindicadas

O documento também reforça a contraindicação de fórmulas perigosas, como as que contêm hormônios e diuréticos, e recomenda manutenção contínua da terapia para evitar o reganho de peso após a suspensão dos medicamentos.

Segundo a Abeso, essa diretriz foi construída com base nas melhores evidências disponíveis, com o apoio de 15 sociedades médicas brasileiras.

Diretriz atualizada redefine o tratamento farmacológico da obesidade no Brasil – Imagem: Liudmila Chernetska/iStock

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Dieta saudável na meia-idade protege contra demência, aponta pesquisa

Adotar hábitos alimentares mais saudáveis, mesmo na meia-idade, pode reduzir significativamente o risco de desenvolver demência, segundo um novo estudo apresentado durante o encontro anual da Sociedade Americana de Nutrição (ASN), em Orlando, nos Estados Unidos.

Como mostra o MedicalXpress, pesquisadores analisaram dados de quase 93 mil adultos com idades entre 45 e 75 anos no início do estudo, na década de 1990. Ao longo dos anos, mais de 21 mil participantes desenvolveram Alzheimer ou outras formas de demência.

Resultados animadores

Segundo os resultados, pessoas que passaram a seguir uma alimentação mais saudável ao longo do tempo apresentaram um risco 25% menor de desenvolver demência, em comparação com aquelas cuja dieta piorou.

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Saúde cerebral pode ficar mais protegida com mudança de hábitos após os 40 anos – Imagem: LightField Studios/Shutterstock

“Os resultados do nosso estudo confirmam que padrões alimentares saudáveis na meia-idade e sua melhora ao longo do tempo podem prevenir o Alzheimer e outras demências”, afirmou a pesquisadora Song-Yi Park, professora associada da Universidade do Havaí em Manoa, em nota à imprensa.

“Isso sugere que nunca é tarde para adotar uma dieta saudável.”

Padrões alimentares saudáveis conseguiram diminuir em até 25% o risco de demência – Imagem: margouillat photo/Shutterstock

Dieta personalizada

  • Os pesquisadores avaliaram a adesão dos participantes à dieta MIND — uma combinação da dieta mediterrânea com a dieta DASH (voltada ao controle da pressão arterial) — conhecida por seus benefícios à saúde cerebral.
  • O plano alimentar enfatiza o consumo de grãos integrais, vegetais, nozes, frutas vermelhas, peixes e aves, e limita doces, carnes vermelhas, frituras, queijos e manteiga.
  • Participantes que já seguiam a dieta MIND desde o início do estudo apresentaram um risco 9% menor de demência, enquanto entre negros, hispânicos e brancos essa redução chegou a 13%.

Entre asiático-americanos e nativos havaianos, os efeitos foram menos evidentes, o que, segundo Park, sugere a necessidade de abordagens personalizadas para diferentes grupos populacionais.

Embora as conclusões sejam promissoras, os autores ressaltam que os resultados ainda são preliminares e aguardam publicação em revista científica com revisão por pares.

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Pesquisadores celebraram resultados, mas indicam que revisões ainda são necessárias (Imagem: SewCreamStudio/Shutterstock)

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Remédio para insônia pode proteger o cérebro contra Alzheimer, aponta estudo

Um novo estudo revelou que um medicamento comum para insônia pode oferecer proteção ao cérebro contra doenças neurodegenerativas como o Alzheimer.

A pesquisa, conduzida pela Faculdade de Medicina da Universidade de Washington em St. Louis em colaboração com a farmacêutica japonesa Eisai, investigou os efeitos do lemborexante (comercializado como Dayvigo), um auxiliar de sono aprovado em 2019.

O estudo foi publicado na revista Nature Neuroscience.

Detalhes do estudo

  • Diferente de sedativos tradicionais, o lemborexante age bloqueando a orexina, um neurotransmissor que regula o estado de vigília.
  • Em testes com camundongos geneticamente modificados para desenvolver acúmulo de tau — proteína associada à progressão do Alzheimer — o medicamento reduziu significativamente a presença da proteína e preservou entre 30% e 40% mais volume cerebral no hipocampo, região crítica para a memória.
  • O efeito não foi observado com o zolpidem (Ambien), um sonífero de classe diferente, apesar de ambos promoverem sono em níveis semelhantes.
Dormir bem para manter o cérebro saudável: remédio comum pode ser aliado contra Alzheimer – Imagem: fizkes/Shutterstock

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Curiosamente, o benefício neuroprotetor apareceu apenas em camundongos machos, levantando hipóteses sobre diferenças biológicas na resposta ao tratamento.

Alternativas valiosas contra o Alzheimer

Embora o estudo tenha sido feito apenas em animais, os pesquisadores destacam o potencial do lemborexante como parte de uma abordagem terapêutica mais ampla para combater o Alzheimer, especialmente por não afetar negativamente a coordenação motora — uma vantagem sobre outros auxiliares de sono.

Os cientistas acreditam que, combinado a terapias existentes que atuam sobre a proteína amiloide, esse tipo de medicamento pode ajudar a retardar o avanço da doença.

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Em testes com animais, lemborexante protegeu a memória e reduziu marcadores da doença (Imagem: SewCreamStudio/Shutterstock)

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Hábito simples de alimentação deixa seu coração mais saudável, diz estudo

Um novo estudo da Universidade Monash reforça a importância do consumo de fibras para a saúde do coração, ao mostrar que ele pode reduzir em até 20% o risco de hipertensão, doenças cardíacas e derrames.

Esse efeito protetor está relacionado à ação das bactérias intestinais, que fermentam as fibras no intestino grosso e produzem ácidos graxos de cadeia curta (AGCCs).

Esses compostos desempenham um papel fundamental na regulação da pressão arterial e na proteção cardiovascular, evidenciando a forte conexão entre um intestino saudável e um coração saudável.

Os resultados foram publicados na revista Cardiovascular Research.

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Fibras na dieta podem reduzir risco de doenças cardíacas em até 20% – Imagem: Shutterstock/Chinnapong

Detalhes do estudo

  • A pesquisa analisou dados do UK Biobank, um grande banco de dados de saúde, focando em indivíduos com variantes genéticas raras que afetam os receptores responsáveis por captar os AGCCs.
  • Os resultados mostraram que essas pessoas tinham uma incidência significativamente maior de hipertensão e doenças cardiovasculares, mesmo com o consumo adequado de fibras.
  • Isso confirma que os benefícios das fibras estão diretamente ligados à ação dos AGCCs produzidos pelas bactérias intestinais.

Fibras precisam estar na nossa dieta

Apesar dessas variantes genéticas serem muito raras — presentes em menos de 1% da população — o estudo destaca que, para a imensa maioria das pessoas, seguir a recomendação de ingestão de fibras continua sendo uma estratégia eficaz de prevenção cardiovascular.

Os pesquisadores, liderados pela Professora Francine Marques, também estão desenvolvendo suplementos com AGCCs como alternativa terapêutica para melhorar a saúde do coração.

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Efeito protetor das fibras depende da ação de microrganismos que produzem substâncias benéficas à saúde cardiovascular (Imagem: Marko Aliaksandr/Shutterstock)

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‘Super lasers’ podem melhorar a internet e ajudar até a medicina

Cientistas da Universidade de Tecnologia de Chalmers, na Suécia, criaram um amplificador que permite a transmissão de dez vezes mais dados por segundo do que os sistemas de fibra óptica atuais. A tecnologia é feita de nitreto de silício e cabe em um pequeno chip.

Os amplificadores atuais têm uma largura de banda de cerca de 30 nanômetros, enquanto este é de 300 nanômetros. O sistema é composto por pequenas guias de onda interconectadas em formato espiral que direcionam a luz de forma eficiente e com perda mínima. 

“A principal inovação deste amplificador é sua capacidade de aumentar a largura de banda em dez vezes, reduzindo o ruído de forma mais eficaz do que qualquer outro tipo de amplificador. Essa capacidade permite amplificar sinais muito fracos, como os usados ​​em comunicações espaciais”, afirma Peter Andrekson.

Amplificador apresenta um padrão de guias de onda interconectados em formato espiral (Imagem: Universidade de Tecnologia Chalmers/Divulgação)

Velocidade é ouro

Analistas preveem uma duplicação do tráfego de dados até 2030 em função do avanço da tecnologia de IA, a crescente popularidade dos serviços de streaming e a proliferação de novos dispositivos inteligentes. Isso vai exigir sistemas de comunicação capazes de gerenciar grandes quantidades de informações.

Nos sistemas atuais de comunicação óptica, que possibilitam o acesso a internet, por exemplo, a luz é usada para transmitir informações a longas distâncias. E os dados são transmitidos por pulsos de laser que viajam em alta velocidade através de fibras ópticas, compostas por finas lâminas de vidro.

Os amplificadores ópticos são essenciais para garantir a qualidade dessas informações, sem a sobrecarga por ruído. A capacidade de transmissão está associada à largura de banda, que se refere à faixa de comprimentos de onda de luz suportada pelo amplificador.

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Potencial a ser explorado

O projeto dos pesquisadores da Chalmers pode ser usado para desenvolver sistemas laser capazes de alterar rapidamente os comprimentos de onda em uma ampla faixa — abrindo inúmeras aplicações na sociedade.

Grande largura de banda pode facilitar a detecção precoce de doenças (Imagem: mediaphotos/iStock)

O amplificador poderia ser utilizado em sistemas a laser para diagnóstico, análise e tratamento médico, por exemplo. Uma grande largura de banda permite análises e imagens mais precisas de tecidos e órgãos, facilitando a detecção precoce de doenças.

O novo sistema também pode ajudar a tornar os sistemas de laser menores e mais acessíveis, permitindo que operem em vários comprimentos de onda. Um único sistema laser baseado neste amplificador poderia ser utilizado em diversas áreas.

Além de pesquisa médica, diagnóstico e tratamento, ele também poderia ser aplicado em imagens, holografia, espectroscopia, microscopia e caracterização de materiais e componentes em comprimentos de onda totalmente diferentes, de acordo com o artigo publicado na Nature.

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Gosta de gema mole? Entenda os perigos do ovo mal cozido

Ele pode até não ser uma unanimidade, mas a verdade é que a textura cremosa do ovo com gema mole tem muitos adeptos. Seja no pão, no prato ou em receitas sofisticadas, esse tipo de preparo faz sucesso.

No entanto, por trás dessa preferência, existe um alerta importante: consumir ovos mal cozidos pode causar sérios problemas de saúde, principalmente por conta de bactérias como a Salmonella, que resistem ao calor insuficiente.

(Reprodução: @BalashMirzabey/Freepik)

Esses microrganismos podem estar presentes tanto na casca quanto dentro do ovo, incluindo a gema mole. Assim, quando o cozimento não atinge o interior do alimento de forma completa, essas bactérias podem permanecer ativas, aumentando o risco de intoxicação alimentar, febre, dores abdominais e até infecções mais graves.

Veja os riscos de comer o ovo com a gema mole

Ao manter o centro do ovo ainda líquido, a temperatura não é suficiente para eliminar as bactérias que podem estar ali. É justamente essa parte mais crua do alimento que representa o maior risco. O calor intenso, a partir de 70 °C, é necessário para tornar o ovo seguro para o consumo e, neste caso, a gema mole, muitas vezes, não chega a essa temperatura.

Ovo cozido com gema mole servido em suporte branco, com uma colher mergulhada na gema e fatias de pão ao fundo
(Reprodução: @Freepik/Freepik)

Entre as doenças mais comuns associadas ao ovo mal cozido está a salmonelose. Os sintomas aparecem de poucas horas a três dias após a ingestão e incluem diarreia, vômito, dores no estômago e febre. Aliás, em alguns casos, especialmente em crianças, idosos ou pessoas com imunidade baixa, o quadro pode se agravar e exigir cuidados médicos.

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Os benefícios do ovo cozido ou mexido

Quando bem preparado, o ovo é um alimento extremamente nutritivo. Portanto, cozido ou mexido até o ponto certo, com gema firme, ele preserva seu alto valor proteico e oferece vitaminas essenciais como A, D e do complexo B, além de minerais como ferro e zinco.

Ovos cozidos cortados ao meio em uma tigela, com gemas firmes e decoração com folhas de salsa, sobre pano de prato xadrez verde
(Reprodução: @Timolina/Freepik)

Além disso, o ovo bem cozido ou mexido com gema dura tem digestão mais fácil e pode ser incluído em diferentes refeições do dia, desde o café da manhã até o jantar. É uma excelente fonte de energia para quem busca uma alimentação equilibrada, sem abrir mão do sabor. E o melhor: continua sendo uma alternativa versátil e acessível, sem os riscos que a gema mole pode oferecer.

O problema no consumo do ovo com a gema mole ou mal cozida

A contaminação pode acontecer já no momento em que a galinha bota o ovo, pois tanto as fezes, quanto os ovos, passam pela mesma abertura. Ainda assim, mesmo com a casca aparentemente limpa, as bactérias podem entrar no interior do ovo e se manter ativas se ele não for bem cozido. Por isso, a aparência externa não é garantia de segurança.

Pessoa segurando uma gema crua intacta na palma da mão, com fundo escuro desfocado
(Reprodução: @Freepik/Freepik)

Portanto, para reduzir os riscos, a recomendação é simples: cozinhe o ovo até que a gema esteja firme. Isso vale tanto para ovos cozidos quanto fritos. Em contrapartida, para receitas como mousses ou maioneses caseiras, o ideal é usar ovos pasteurizados, que passam por um processo térmico controlado que elimina microrganismos sem cozinhar o alimento.

Todo ovo com a gema mole pode causar problemas?

Não necessariamente, mas existe um risco considerável se o ovo estiver contaminado.

É possível contrair Salmonella ao consumir ovo com a gema mole?

Sim. A bactéria pode sobreviver em ovos mal cozidos e causar infecções intestinais.

O que de pior pode acontecer ao consumir um ovo com gema mole?

Além de sintomas como febre e diarreia, há risco de complicações graves em pessoas vulneráveis.

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Implante de chip em humano é concluído — mas não pela Neuralink

A empresa de neurotecnologia Paradromics concluiu, com sucesso, seu primeiro implante de chip em um humano. O procedimento foi realizado em maio por uma equipe multidisciplinar de médicos e engenheiros na Universidade de Michigan (EUA).

A Interface Cérebro-Computador (BCI, na sigla em inglês) Connexus se tornou um concorrente de peso da Neuralink, startup de tecnologia cerebral de Elon Musk. O primeiro sistema da empresa, chamado Telepathy, foi implantado no ano passado em um paciente com paralisia.

O procedimento da Paradromics confirma que o sistema Connexus pode ser usado em humanos, após quase três anos de estudos pré-clínicos. O dispositivo não recebeu aprovação da FDA — assim como outros BCIs — e tem sido testado apenas como parte de pesquisas acadêmicas.

BCI pode removido intacto em menos de 20 minutos (Imagem: Divulgação/Paradromics)

Implante bem-sucedido

  • A colocação cirúrgica do dispositivo foi liderada pelo neurocirurgião e engenheiro biomédico da Universidade de Michigan, Matthew Willsey, juntamente com o cirurgião sênior de epilepsia Oren Sagher, com apoio de clínicos e engenheiros;
  • O BCI foi implantado durante uma cirurgia de resseção de epilepsia para entender melhor como a epilepsia influencia a sinalização cerebral;
  • De acordo com a empresa, o Connexus pode ser implantado com segurança, registrar sinais elétricos cerebrais e ser removido intacto em menos de 20 minutos, utilizando técnicas cirúrgicas familiares a neurocirurgiões do mundo todo.

“Meu laboratório está pesquisando como podemos usar plataformas de gravação BCI mais avançadas, como a Connexus BCI, para desenvolver a próxima geração de dispositivos de assistência motora e de fala“, disse Willsey. “Este trabalho nos aproxima um passo importante do fornecimento de tratamento a pacientes com necessidades médicas graves não atendidas.”

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Tecnologia consegue registrar a atividade neural em neurônios individuais (Imagem: Divulgação/Paradromics)

Planos para o futuro

O Connexus foi projetado para restaurar a comunicação de pessoas com deficiências motoras graves causadas por condições, como ELA, acidente vascular cerebral (AVC) do tronco cerebral e lesão da medula espinhal.

A tecnologia consegue registrar a atividade neural em neurônios individuais e utiliza inteligência artificial (IA) para traduzir sinais cerebrais em resultados acionáveis. 

A cirurgia marca o início dos esforços clínicos da Paradromics com o lançamento de um ensaio clínico planejado para o final deste ano para estudar o uso, a longo prazo, e a segurança do Connexus BCI, aguardando aprovação regulatória.

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Quais são os tipos de depressão? Entenda as diferenças e sintomas

Os estudos divulgados pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais (DSM) classificam os transtornos depressivos como um conjunto de condições cuja característica central é a presença de humor deprimido, vazio ou irritável.

A pessoa é afetada significativamente por fadiga constante, dores no corpo, dificuldade de concentração e perda de memória ou esquecimento frequente. O que diferencia os diversos tipos de depressão são: a duração, momento do aparecimento e causa presumida.

Veja a seguir os principais tipos de transtornos depressivos classificados neste estudo.

Quais os tipos de depressão?

Transtorno disruptivo da desregulação do humor (TDDH)

O transtorno disruptivo da desregulação do humor é um transtorno mental infantil caracterizado por explosões de raiva intensa verbais ou comportamentais, humor irritável ou zangado persistente entre as explosões, presente na maior parte do dia. Afeta crianças entre 6 e 12 anos, com início dos sintomas antes dos 10.

As crises devem ocorrer por pelo menos 12 meses e em diferentes ambientes, como casa e escola. Estima-se que o transtorno esteja presente entre 2% a 5% em crianças e adolescentes, com taxas elevadas em meninos em idade escolar.

O TDDH é uma forma atípica de expressão depressiva em crianças e aumenta o risco do desenvolvimento de depressão maior e transtornos de ansiedade na adolescência e na vida adulta. O diagnóstico busca evitar a confusão com transtorno bipolar na infância.

Transtorno Disruptivo da Desregulação do Humor tem taxa elevada em meninos em fase escolar (Reprodução: Freepik/Freepik).

Transtorno depressivo maior (TDM)

O transtorno depressivo maior é uma doença mental grave caracterizada por humor deprimido e/ou perda de prazer, persistindo por pelo menos duas semanas. Inclui sintomas como alterações no sono, apetite, energia, dificuldade para pensar, se concentrar ou tomar decisões, além de dificuldades para cuidar de si e do externo e também de sentimentos de inutilidade ou pensamentos suicidas. Essas condições não podem ser atribuídas a substâncias, outras doenças ou transtorno bipolar.

Os sintomas devem causar prejuízo funcional, quando o transtorno mental impede a pessoa de viver sua vida normalmente, impactando negativamente em áreas importantes como: profissional, acadêmico e pessoal. Algumas pessoas se queixam de dores corporais em vez de relatar sentimentos de tristeza.

Experiências adversas na infância, particularmente quando existem múltiplas experiências de tipos diversos, constituem um conjunto de fatores de risco potenciais para transtorno depressivo maior. Eventos estressantes na vida são bem reconhecidos como precipitantes de episódios depressivos maiores.

Transtorno depressivo persistente (distimia)

O transtorno depressivo persistente (TDP), também chamado de distimia, é uma forma crônica de depressão que dura pelo menos dois anos em adultos (ou um em crianças e adolescentes), durante esse período, a pessoa não fica sem os sintomas por mais de dois meses.

Seus sinais se equivalem aos de depressão maior como fadiga, baixa autoestima, alterações no sono, apetite e sentimentos de desesperança.

O início costuma ser precoce, antes dos 21 anos, e pode incluir episódios de depressão maior ao longo do tempo. Está associado a maior risco de transtornos de ansiedade, uso de substâncias e transtornos de personalidade, especialmente borderline. Mesmo leve, seu impacto no funcionamento diário pode ser tão ou mais prejudicial que a depressão maior.

A diferença entre o transtorno depressivo persistente e a depressão maior é a duração e a intensidade. O transtorno depressivo persistente dura pelo menos 2 anos em adultos, com sintomas mais brandos, enquanto a depressão maior é marcada por episódios intensos com intervalos de pelo menos 2 meses. E ambos não podem ser associadas a nenhum transtorno, substâncias ou outras doenças.

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Transtorno Depressivo Persistente duram pelo menos 2 anos em adultos (Reprodução: Freepik/Freepik)

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Transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM)

O transtorno disfórico pré-menstrual (TDPM) vai muito além da TPM comum, sendo uma condição que provoca sintomas intensos de humor, ansiedade e físicos na semana anterior à menstruação. Caracterizado por irritabilidade acentuada, tristeza profunda ou ansiedade extrema, o TDPM causa sofrimento significativo e interfere na vida diária.

Além do impacto emocional, a mulher pode sentir mudanças no comportamento (como isolamento social e dificuldade de concentração) e sintomas físicos (como inchaço e dores). Esses sinais atrapalham o dia a dia da mulher, sendo na escola, trabalho ou nas relações pessoais. 

Enquanto a TPM é um conjunto de sintomas que incomodam, mas manejáveis, o TDPM apresenta sintomas muito mais intensos e debilitantes, principalmente emocionais (irritabilidade, tristeza e ansiedade extremas), que chegam a prejudicar significativamente a vida social, profissional e pessoal da mulher.

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O transtorno disfórico pré-menstrual prejudica a vida social, profissional e pessoal da mulher (Reprodução: Freepik/Freepik)

Transtorno depressivo induzido por substância ou medicamento

Um transtorno depressivo induzido por substância ou medicamento ocorre quando sintomas de depressão surgem diretamente devido ao uso ou à abstinência de uma substância (drogas, álcool, remédios).

O diagnóstico exige que a depressão comece durante ou logo após o contato com a substância e não seja explicada por outro quadro depressivo. É crucial identificar a substância causadora, pois muitos medicamentos comuns podem desencadear esses sintomas, impactando a saúde mental do indivíduo.

Transtorno depressivo devido a outra condição médica

O transtorno depressivo devido a outra condição médica é uma depressão cujos sintomas (humor deprimido e perda de interesse, por exemplo) são causados diretamente por uma doença física, como hipotireoidismo ou Parkinson, e não por fatores psicológicos. É crucial que a depressão não seja explicada por outro transtorno.

Sintomas comuns da depressão, como alterações de apetite ou sono, fadiga, dificuldade de concentração, baixa autoestima e, em casos graves, pensamentos suicidas surgem como uma consequência fisiológica direta da condição médica.

Outro transtorno depressivo especificado

O outro transtorno depressivo especificado é um diagnóstico usado quando a pessoa apresenta sintomas de depressão que são clinicamente significativos e causam prejuízos, mas não se encaixam completamente em nenhum dos transtornos depressivos tradicionais (como depressão maior ou distimia).

São classificados em depressão breve recorrente (2 a 13 dias por mês, por 12 meses), episódio depressivo de curta duração (4 a 13 dias) e episódio depressivo com sintomas insuficientes (apenas 1 sintoma além do humor deprimido por ao menos 2 semanas). Não há histórico de transtorno bipolar, psicótico ou transtorno depressivo maior completo.

Transtorno depressivo não especificado

O transtorno depressivo não especificado é um diagnóstico dado quando há sintomas depressivos evidentes, como tristeza persistente, perda de interesse, alterações no sono ou apetite, mas esses sintomas não preenchem todos os critérios necessários para os transtornos depressivos formais (como depressão maior, distimia etc.).

Esse diagnóstico reconhece que a pessoa precisa de atenção clínica, mesmo sem se encaixar em uma categoria exata.

Em caso de suspeita de um transtorno, procure um psicólogo e, posteriormente, um psiquiatra. As informações desse artigo não podem ser utilizadas para diagnosticar qualquer problema de saúde. Depressão é uma doença muito séria e precisa ser tratada e acompanhada por profissionais adequados.

Essa matéria é meramente informativa e não pode ser utilizada como fonte de diagnóstico para qualquer distúrbio psicológico. Todas informações utilizadas foram retiradas da 5ª edição do DSM.

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Anvisa proíbe venda de três marcas de ‘café fake’ após encontrar toxina

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu três marcas de “café fake” de fabricarem e venderem “pó para preparo de bebida sabor café”. Além disso, proibiu propagandas dos produtos citados.

As marcas são: Melissa, Pingo Preto e Oficial. A decisão foi tomada após inspeções constatarem a presença da toxina ocratoxina A, substância imprópria para consumo humano.

Agora, todos os lotes esses produtos deverão ser recolhidos. E os já adquiridos precisam ser descartados.

Toxina encontrada em ‘café fake’ ocorre em grãos mal armazenados ou secos

  • A ocratoxina é uma micotoxina nefrotóxica e nefrocarcinogênica produzida por fungos, especialmente dos gêneros Aspergillus e Penicillium;
  • Ela pode ser encontrada no café, especialmente em grãos mal armazenados ou secos
  • Esta substância danifica os rins, podendo causar até doença renal crônica e deficiência renal;
  • Além disso, pode danificar o fígado, levando à acumulação de gordura e, possivelmente, à cirrose.
Anvisa recomenda descarte de pacotes vendidos por três marcas de ‘café fake’ (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

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Produtos foram chamados de ‘café fake’

As marcas em questão já haviam sido desclassificadas pelo Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) no final de março. Além da toxina, os produtos apresentavam matérias estranhas e impurezas acima do permitido pela legislação brasileira.

Ainda foram identificadas irregularidades na rotulagem. As marcas informavam conter “polpa de café” e “café torrado e moído”, mas utilizavam ingredientes de qualidade inferior, como grão cru ou até resíduos. Por isso, são conhecidos como “café fake”.

Matérias estranhas e impurezas estavam acima do permitido por lei (Imagem: reprodução/Ministério da Agricultura e Pecuária)

Segundo o diretor do Departamento de Inspeção de Produtos de Origem Vegetal (Dipov) do Ministério da Agricultura, Hugo Caruso, os itens das três marcas não tinham café em sua composição e eram feitos de “lixo da lavoura”.

Nenhuma das marcas citadas se pronunciou oficialmente sobre a decisão da Anvisa até o momento.

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O que são gêmeos siameses? Entenda como o fenômeno raro acontece na medicina

Gêmeos siameses, também conhecidos como gêmeos conjugados ou xifópagos, representam uma condição médica rara e complexa que desafia os limites da embriologia e da cirurgia moderna. Caracterizados pelo nascimento de dois indivíduos fisicamente unidos em alguma parte do corpo, esses casos intrigam tanto a comunidade científica quanto o público em geral.

A ocorrência de gêmeos siameses é estimada entre 1 a cada 50.000 a 100.000 nascimentos, tornando-se um fenômeno de grande interesse médico e ético. Com o avanço das técnicas de diagnóstico pré-natal e das intervenções cirúrgicas, a compreensão e o manejo desses casos têm evoluído significativamente.

Este artigo explora as causas, classificações, desafios e implicações dos gêmeos siameses na medicina contemporânea, oferecendo uma visão abrangente sobre esse fenômeno fascinante.

O que são os gêmeos siameses?

Gêmeos siameses são irmãos idênticos que nascem fisicamente conectados em alguma região do corpo, resultando de uma divisão incompleta do embrião durante as primeiras semanas de gestação. Essa condição é uma forma de gemelidade monozigótica, onde um único óvulo fertilizado não se separa completamente, levando ao desenvolvimento de dois fetos unidos.

Imagem: YouTube/Reprodução

Como e por que isso acontece?

A formação de gêmeos siameses ocorre quando a separação do embrião acontece tardiamente, geralmente entre o 13º e o 15º dia após a fertilização. Existem duas teorias principais que explicam esse fenômeno:

  • Teoria da fissão: sugere que o embrião inicia a divisão para formar gêmeos idênticos, mas essa separação é incompleta, resultando em fetos unidos.
  • Teoria da fusão: propõe que dois embriões inicialmente separados se fundem em determinadas áreas durante o desenvolvimento.

Embora a causa exata ainda não seja totalmente compreendida, acredita-se que fatores genéticos, ambientais e até mesmo infecciosos possam contribuir para essa anomalia congênita.

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Classificações dos gêmeos siameses

A classificação dos gêmeos siameses é baseada na região do corpo onde estão unidos:

  • Toracópagos: unidos pelo tórax, frequentemente compartilhando o coração.
  • Onfalópagos: ligados pelo abdômen, podendo compartilhar fígado e outros órgãos digestivos.
  • Isquiópagos: unidos pela pelve, geralmente compartilhando órgãos geniturinários e parte do sistema digestivo.
  • Craniópagos: conectados pela cabeça, podendo compartilhar partes do cérebro e vasos sanguíneos.
  • Pigópagos: unidos pela região sacral ou glútea

Cada tipo apresenta desafios específicos em termos de diagnóstico, tratamento e prognóstico.

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gêmeos siameses craniopagos (Imagem: Faceook/Reprodução)

Riscos à saúde e procedimentos de separação

A presença de órgãos compartilhados, especialmente vitais como o coração e o cérebro, aumenta significativamente os riscos associados à separação cirúrgica. Antes de qualquer intervenção, é essencial uma avaliação detalhada por equipes multidisciplinares, incluindo exames de imagem avançados como tomografia e ressonância magnética, para mapear as estruturas compartilhadas.

A decisão de realizar a separação depende de vários fatores, incluindo a viabilidade de vida independente para ambos os gêmeos, os riscos cirúrgicos e as considerações éticas envolvidas. Em alguns casos, a separação pode não ser possível ou recomendada, especialmente quando há compartilhamento de órgãos vitais de forma complexa.

Gêmeos siameses em outras espécies

Embora mais conhecidos em humanos, casos de gêmeos siameses também foram documentados em outras espécies animais, como bovinos, porquinhos-da-índia e morcegos.

Esses casos fornecem insights valiosos sobre os mecanismos de desenvolvimento embrionário e as possíveis causas de anomalias congênitas. Por exemplo, um estudo relatou a ocorrência de gêmeos siameses em porquinhos-da-índia, destacando características físicas específicas observadas por meio de raios-x e necropsia.

A ocorrência de gêmeos siameses representa um desafio significativo na medicina, exigindo abordagens personalizadas e cuidadosas para cada caso. Com os avanços tecnológicos e a colaboração interdisciplinar, é possível oferecer melhores prognósticos e qualidade de vida para esses indivíduos.

No entanto, cada situação deve ser avaliada individualmente, considerando os aspectos médicos, éticos e emocionais envolvidos.

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