10 melhores jogos de fantasia medieval para PC e consoles

O universo da fantasia medieval exerce um fascínio especial sobre jogadores. Castelos, dragões, espadas mágicas e reinos em guerra formam o pano de fundo perfeito para jornadas épicas. 

Neste artigo, reunimos 10 dos melhores jogos de fantasia medieval que marcaram época, seja por suas histórias, jogabilidade ou visual impressionante. 

Dark Souls (2011)

Desafiador, sombrio e inesquecível, “Dark Souls” revolucionou os RPGs de ação ao introduzir um mundo interconectado, uma narrativa indireta e combates brutais. 

Ambientado em Lordran, um reino decadente dominado por criaturas grotescas e seres míticos, o jogo é um ícone da chamada “dark fantasy” e influenciou uma geração de títulos que apostam na dificuldade elevada e em mundos enigmáticos. 

Cada chefe vencido é uma conquista, e cada trecho explorado é repleto de tensão e mistério.

  • Plataforma: PlayStation 3, Xbox 360, Windows, PlayStation 4, Xbox One e Nintendo Switch.

MediEvil (1998 / Remake 2019)

Para quem prefere um tom mais leve e cartunesco, “MediEvil” é a pedida certa. O jogo segue Sir Daniel Fortesque, um cavaleiro esquelético que volta do além para enfrentar o feiticeiro Zarok. 

Com humor britânico, ambientação gótica e desafios variados, o título mistura ação com quebra-cabeças, tudo isso com um estilo visual único. O remake para PlayStation 4 manteve o charme do original com gráficos atualizados.

  • Plataformas: PlayStation e PlayStation 4 (remake).

The Legend of Zelda: Breath of the Wild (2017)

“Breath of the Wild” levou a franquia Zelda a um novo patamar. Com um vasto mundo aberto, física realista e liberdade total de exploração, o jogo redefiniu o que se espera de aventuras em mundo aberto. 

Hyrule tornou-se um reino ainda mais vivo e perigoso, repleto de segredos, ruínas antigas e desafios criativos. É uma fantasia medieval com forte influência da mitologia japonesa.

  • Plataformas: Nintendo Wii e Nintendo Switch.

Middle-Earth: Shadow of Mordor (2014)

Inspirado no universo de “O Senhor dos Anéis“, “Shadow of Mordor” apresenta Talion, um patrulheiro de Gondor que busca vingança contra os exércitos de Sauron. 

O grande diferencial está no “Sistema Nêmesis”, que cria inimigos únicos com memórias e hierarquias próprias, dando ao jogador a sensação de que cada confronto importa. 

Uma experiência imperdível para fãs da Terra-Média.

Plataformas: PlayStation 4, PlayStation 3, Xbox One, Xbox 360, macOS, Linux, Microsoft Windows e Mac OS Classic.

Dragon Age: The Veilguard (2024)

Neste novo capítulo da franquia, você assume o papel de Rook, um herói personalizável que tenta impedir Solas, o deus da trapaça, de destruir a realidade. Mas, ao tentar salvar o mundo, Rook liberta dois deuses élficos ainda mais perigosos.

Com combates em tempo real, habilidades combinadas e foco na ação, o jogo abandona o mundo aberto em favor de mapas bem construídos, acessados por portais mágicos. Ainda é possível pausar para planejar, mas o ritmo é mais ágil.

Você escolhe sua origem, classe (mago, guerreiro ou ladino) e passado. Suas decisões moldam a história, alianças e os destinos dos sete companheiros.

  • Plataformas: PlayStation 5, Xbox Series X e Series S, GeForce Now e Microsoft Windows.

Dragon Quest XI: Echoes of an Elusive Age (2017)

Um verdadeiro clássico contemporâneo. “Dragon Quest XI” mantém o charme da série com visual em cel shading, trilha sonora orquestrada e narrativa envolvente. A história do Luminário, o herói escolhido, é repleta de reviravoltas e toques de humor. 

Um RPG tradicional, mas refinado para os padrões modernos, ideal para quem busca uma fantasia medieval com uma pegada dos melhores animes de aventura.

  • Plataformas: Nintendo Switch, Nintendo 3DS, PlayStation 4, Xbox One, Microsoft Windows e Google Stadia.

Leia mais:

Final Fantasy XVI (2023)

Diferente das versões anteriores mais futuristas, “Final Fantasy XVI” abraça de vez a fantasia medieval sombria. 

O mundo de Valisthea é dividido por reinos que disputam cristais mágicos, e o protagonista Clive Rosfield vive uma saga marcada por tragédias, vingança e invocações épicas (os Eikons). 

A narrativa madura, os combates em tempo real e o clima sombrio fazem deste um dos FFs mais impactantes em anos.

  • Plataformas: PlayStation 5, GeForce Now e Microsoft Windows.

The Witcher 3: Wild Hunt (2015)

Um marco da fantasia medieval moderna. “The Witcher 3” acompanha o bruxo Geralt de Rívia em uma jornada pessoal e política por um mundo devastado pela guerra. 

As decisões morais são complexas, os personagens são densos e o mundo é riquíssimo em detalhes. 

Com centenas de horas de conteúdo e duas expansões, o jogo é obrigatório para quem gosta de histórias de fantasia medieval mais sombras e adultas.

  • Plataformas: PlayStation 5, Nintendo Switch, PlayStation 4, Xbox Series X e Series S, Xbox One, GeForce Now e Microsoft Windows.

Tunic (2022)

Não se engane com o visual fofo: “Tunic” é desafiador e misterioso. Inspirado nos clássicos da série “Zelda”, o jogo coloca o jogador no controle de uma pequena raposa em um mundo repleto de ruínas, segredos e uma linguagem fictícia.

Além do belo visual, dos puzzles complexos e dos combates intensos, “Tunic” oferece uma experiência metalinguística única. No game, a raposa precisa encontrar páginas de um manual para descobrir mais sobre como jogar e desvendar os mistérios daquele universo. É como se estivesse lendo os encartes de jogos antigos da era Super Nintendo e Mega Drive.

Uma fantasia medieval reinterpretada de forma colorida, enigmática e original.

  • Plataformas: macOS, Windows, Xbox One, Xbox Series X/S, Nintendo Switch, PlayStation 4 e PlayStation 5.

Eldest Souls (2021)

Para os fãs de combates intensos ao estilo soulslike, “Eldest Souls” é uma joia. Com foco exclusivo em batalhas contra chefes, o jogo exige precisão, estratégia e paciência. 

A ambientação mistura ruínas antigas com toques sombrios de fantasia, criando um clima de fim de mundo. A estética pixelada e a trilha sonora atmosférica completam a estética dessa pérola dos jogos indie.

  • Plataformas: Xbox Series X/S, Nintendo Switch, PlayStation 4, PlayStation 5 e Windows.

O post 10 melhores jogos de fantasia medieval para PC e consoles apareceu primeiro em Olhar Digital.

escrituras-antigas-1024x576

Conheça as mulheres escribas e como contribuíram para a História

As mulheres escribas desempenharam um papel fundamental na produção e preservação de manuscritos durante a Idade Média. Por muito tempo, sua participação foi subestimada ou ignorada nos registros históricos, mas estudos recentes vêm revelando a extensão e a importância de seu trabalho.​

Uma análise bibliométrica publicada na Nature estimou que pelo menos 1,1% dos manuscritos medievais foram copiados por mulheres, totalizando mais de 110.000 textos entre os anos 800 e 1626. Desses, cerca de 8 mil ainda existem atualmente. Essa descoberta desafia a visão tradicional de que a produção de manuscritos era uma atividade exclusivamente masculina. ​

A presença feminina nos scriptoria medievais

Pergaminhos antigos empilhados (Imagem: Shaiith / Shutterstock)

Embora a imagem comum dos scriptoria medievais seja a de monges copistas, há evidências de que mulheres escribas também atuavam nesses ambientes. Estudos como o de Alison I. Beach destacam a atuação de freiras em mosteiros da Baviera no século XII, como Wessobrunn, Admont e Schäftlarn, onde mulheres colaboravam na produção de manuscritos religiosos e educacionais.

Leia também:

Essas comunidades femininas não apenas copiavam textos, mas também ensinavam gramática latina e interpretação bíblica, demonstrando um envolvimento profundo na vida intelectual da época. A pesquisa de Beach revela que, apesar das restrições sociais, as mulheres desempenharam um papel crucial na manutenção e disseminação do conhecimento. ​

Evidências arqueológicas e científicas

Detalhe de uma bíblia manuscrita com escrita latina e floreios de ouro - Mulheres escribas
Detalhe de uma bíblia manuscrita com escrita latina e floreios de ouro (Imagem: agsaz / Shutterstock)

Descobertas arqueológicas também corroboram a atuação de mulheres escribas. Um estudo publicado na Science Advances identificou partículas de lápis-lazúli no cálculo dental de uma freira do século XI, sugerindo que ela trabalhava na produção de manuscritos iluminados, já que esse pigmento era utilizado na decoração de textos religiosos. ​

Além disso, análises de colofões — inscrições feitas pelos copistas ao final dos manuscritos — revelaram que muitas mulheres deixaram suas marcas nesses textos. Essas assinaturas fornecem pistas valiosas sobre a identidade e o papel das mulheres na produção literária medieval. ​

A importância de reconhecer as mulheres escribas

Biblioteca única com pergaminhos baseados no alfabeto futhark
Biblioteca única com pergaminhos baseados no alfabeto futhark (Imagem: Shaiith / Shutterstock)

Reconhecer a contribuição das mulheres escribas é essencial para uma compreensão mais completa da história da literatura e da cultura escrita. Seu trabalho não apenas preservou conhecimentos religiosos e científicos, mas também garantiu a transmissão de saberes ao longo dos séculos.​

Estudos como o de Alison Beach, que analisou a produção de manuscritos por freiras na Baviera do século XII, destacam a competência e a dedicação dessas mulheres. Beach argumenta que, apesar das restrições sociais, as mulheres desempenharam um papel crucial na manutenção e disseminação do conhecimento.

O post Conheça as mulheres escribas e como contribuíram para a História apareceu primeiro em Olhar Digital.

livros-medievais-com-pele-de-foca-3

Livros ‘peludos’ revelam segredos da Idade Média

A Idade Média é um período fascinante – e que costuma chamar atenção de cientistas e outros curiosos. Livros dessa época são um verdadeiro achado: eles descrevem criaturas fantásticas em ricos detalhes, normalmente com ilustrações para acompanhar. Alguns deles eram feitos de pele de animais (e, as vezes, até humanos), tornando tudo ainda mais peculiar.

Um conjunto de cadernos medievais na França leva essa ‘peculiaridade a outro nível’. Os achados, descritos em um estudo publicado esta semana na Royal Society Open Science, tem um acabamento… diferente. As capas são cobertas por couro e tufos de pelo de um animal distante – e nos dão pistas sobre como funcionava a sociedade na era medieval.

Livros da era medieval eram cobertos com couro e pelos de animais (Imagem: Royal Society Open Science/Reprodução)

Livros da Idade Média foram preservados

Segundo o New York Times, os livros medievais chamados bestiários continham detalhes curiosos sobre animais fantásticos. Muitas vezes, as próprias peças dependiam de animais para existir: a encadernação frequentemente era feita em pele de bezerros, cabras, ovelhas, porcos e veados (em alguns casos, até pele humana).

Já em outros casos, eles eram cobertos de couro com pelos. É o caso de um conjunto de cadernos do nordeste da França, originalmente feito na Abadia de Clairvaux, um centro para monges católicos na região. Vale lembrar que o país, na Idade Média, abrigava uma das maiores bibliotecas da Europa.

Leia mais:

Cerca de 1.450 volumes da coleção da abadia sobreviveram e metade deles permanece em seu estado original. Alguns foram modificados ao longo do tempo, ganhando encadernação no estilo românico (que os deixava parecido com pergaminhos).

Nesses casos, os livros medievais eram colocados dentro de uma segunda capa feita de pele com pelos, provavelmente de javalis, veados ou outros mamíferos. No entanto, o estudo revelou que os folículos capilares de alguns desses manuscritos não combinavam com nenhum dos animais mais conhecidos, levantando dúvidas sobre sua origem.

Estudo analisou DNA e proteínas dos folículos capilares da capa (Imagem: Royal Society Open Science/Reprodução)

Equipe analisou origem dos pelos

O trabalho foi liderado por Matthew Collins, bioarqueólogo da Universidade de Copenhagen e da Universidade de Cambridge. Ele revelou que os livros da era medieval eram muito ásperos e peludos para serem couro de bezerro.

Ele resolveu identificar a origem do material, algo que se provou bem complicado:

  • O Dr. Collins e sua equipe analisaram as capas peludas de 16 livros que pertenceram à Abadia de Clairvaux;
  • Eles esfregaram o lado da carne do couro em borrachas, para remover pequenas amostras do material;
  • Então, eles aplicaram uma série de técnicas para analisar o DNA e as proteínas do couro.

O estudo concluiu que os livros não eram encadernados em peles de mamíferos tradicionais da região, mas sim em couro de foca (com os pelos junto). A comparação do DNA com dados atuais revelaram que os animais eram originários da Escandinávia e Escócia, podendo chegar até a Islândia ou Groenlândia.

Na Idade Média, essas áreas eram conectadas por uma rede de comércio marítimo, que, inclusive, negociava marfim e as peles das focas. No entanto, Clairvaux ficava em uma região no interior da França, bem longe do mar.

Rotas comerciais na Idade Média ligavam a Europa (Imagem: Royal Society Open Science/Reprodução)

Descoberta revela segredos da Idade Média

De acordo com Mary Wellesley, pesquisadora do Instituto de Pesquisa Histórica de Londres e especialista em manuscritos medievais, as descobertas dão pistas sobre a sociedade da Idade Média. Ela não esteve envolvida no estudo.

Wellesley revelou ao NYT que as focas eram uma mercadoria valiosa por causa de sua carne, gordura e pele impermeável, que podia ser transformada em roupas, calçados e em capas de livros. A prática da encadernação era comum na costa da Escandinávia e Irlanda, mas era rara na Europa continental.

Mesmo assim, a pele de foca chegou aos monges franceses. É possível que eles usaram o material para encadernar registros importantes, dada a resistência do couro. Outra hipótese que poderia explicar o motivo da predileção pelas focas era sua pele branca (com o tempo, ficou amarelada), que combinava com as vestimentas dos monges em uma época em que materiais brancos eram raros.

Além disso, as focas tinham um certo apelo na era medieval. Bestiários as chamavam de “bezerros do mar”, revelando uma certa curiosidade e fascínio pelo animal.

O post Livros ‘peludos’ revelam segredos da Idade Média apareceu primeiro em Olhar Digital.