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A liderança no ranking de carros mais vendidos do Brasil mudou em abril, com uma disputa acirrada pelas primeiras posições. O Volkswagen Polo, por exemplo, interrompeu a sequência de lideranças da Fiat Strada, que vinha se mantendo no topo nos últimos meses.
Segundo os dados parciais divulgados pela Fenabrave nesta terça-feira (29), o hatch da Volkswagen emplacou expressivas 9.971 unidades, abrindo vantagem sobre a picape da Fiat.
Os carros mais vendidos do Brasil em abril de 2025
Esse desempenho coloca o Polo no primeiro lugar do ranking mensal. A briga pelo terceiro lugar do pódio, no entanto, ficou entre Volkswagen T-Cross, com 6.950 unidades emplacadas, e Fiat Argo, que soma 6.775 veículos vendidos.
O Hyundai HB20, com 6.464 unidades, demonstrou um forte ritmo de vendas nos últimos dias, emplacando quase 700 veículos apenas nesta segunda-feira (28).
O HB20 demonstrou um forte ritmo de vendas nos últimos dias. (Imagem: Hyundai / Divulgação)
Outro destaque positivo no ranking parcial de abril é o Toyota Corolla Cross, que figura na 6ª posição com 5.388 unidades vendidas.
A lista dos dez mais vendidos também apresenta movimentações interessantes. O Fiat Mobi, com 4.922 unidades, subiu algumas posições na lista. Logo em seguida, a Volkswagen Saveiro, com 4.897 unidades, continua mostrando evolução nos últimos meses.
Confira abaixo como ficou o top 20:
Analisando outros segmentos, o Chevrolet Onix Plus, com 3.976 unidades, se destaca como o sedã mais bem posicionado no ranking geral, ocupando a 13ª colocação.
O Onix Plus foi o sedã mais vendido de abril. (Imagem: Divulgação/Chevrolet)
Em contrapartida, o Chevrolet Tracker, que vinha apresentando bons resultados, surge apenas na 15ª posição, com 3.766 unidades, e sob a ameaça do Jeep Compass, com 3.618 emplacamentos.
As tarifas impostas pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, já começaram a movimentar o setor automotivo nos Estados Unidos. Marcas tradicionais, como Audi e Jaguar Land Rover, foram as primeiras a suspender a exportação de veículos para o país.
A taxa extra de 25% sobre o setor de autopeças e na importação de carros de passeio e picapes prontas começou a valer no dia 3 de abril. A resposta veio em menos de uma semana.
Além da Audi e da Jaguar Land Rover, outras montadoras também reagiram ao tarifaço do republicano. O Grupo Stellantis, responsável por Jeep e Fiat, por exemplo, paralisou a produção em fábricas no Canadá e no México – e suspendeu centenas de funcionários.
Várias marcas, aliás, mantêm plantas no México. E por vários motivos: a mão de obra é mais barata do que nos EUA, o governo federal dá bastante apoio, os impostos são mais baixos e a localização geográfica é excelente, facilitando o envio de carros para o vizinho americano.
A Jaguar Land Rover foi uma das primeiras montadoras a “abandonar os EUA”, mas ela não será a única – Imagem: Zakaria Zayane/Unsplash
O que pode acontecer agora?
O g1 conversou com representantes de várias montadoras e, obviamente, nenhuma delas gostou do tarifaço.
A grande maioria, no entanto, disse apenas que ainda avalia os efeitos da medida antes de tomar qualquer decisão.
Especialistas da área, porém, já fazem suas projeções sobre o futuro do setor.
A principal aposta é de um crescimento menor em 2025.
Alguns estudos falavam em uma alta global de 4% – número que deve cair agora.
Essa queda tem a ver com uma redução das vendas – uma redução que deve chegar à casa de 1 milhão de veículos.
Isso por causa da alta dos preços: a tarifa deve aumentar o valor dos carros em até US$ 12 mil (mais de R$ 60 mil), o que deve assustar uma boa parte do público.
Ah, mas isso não vai favorecer as empresas americanas?
Sim, mas a troca não é automática e orgânica.
Uma pessoa que quer um Audi específico não vai comprar um Ford no lugar dele.
A tendência é que esse consumidor espere mais para comprar o próximo carro.
O tarifaço também deve prejudicar o nível de emprego, a produção local e a eletrificação da frota.
Uma grande parte dos componentes de EVs são importados e isso deve atrasar a transição no país.
O tarifaço de Trump tem potencial para destruir mercados globais – e até mesmo levar a uma recessão – Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock
O que Trump alega?
O governo Trump reclama que todo o mundo estaria cobrando tarifas desproporcionais dos Estados Unidos. Ele já citou mais de uma vez o exemplo europeu. E, de fato, a União Europeia cobra uma taxa de 10% sobre os veículos americanos, sendo que os EUA cobravam antes um valor de apenas 2,5% sobre carros de passeio europeus.
Agora, o que Trump não fala é que os mesmos EUA aplicam um tributo de 25% sobre todas as picapes importadas – justamente o modelo de carro que faz mais sucesso no país.
Na ponta do lápis, portanto, as taxas não são tão desproporcionais assim.
O presidente dos EUA também disse esperar que a mudança ajude a fortalecer a indústria nacional. É verdade que o país possui algumas gigantes, como Ford e GM, mas é difícil ver essas duas companhias respondendo pela quase totalidade do mercado.
Dados da agência de classificação de risco Standard & Poor’s mostram que, em 2024, 46% dos 16 milhões de veículos vendidos nos Estados Unidos no período foram importados. Estamos falando, portanto, de mais de 7 milhões de carros!
Trump reclama das tarifas de outros países, mas os EUA cobram altas taxas de picapes importadas, favorecendo empresas locais, como a Ford e a GM – Imagem: Divulgação/Ford
Outro problema está no país de origem desses automóveis. Além do México, a lista inclui potências como Japão, Coreia do Sul e Canadá.
No caso mexicano, 76% da produção é exportada para o vizinho americano. Isso representa mais de 3 milhões de veículos. Se as exportações pararem (ou diminuírem), para onde vai tanto produto?
É claro que essa produção também deve cair, mas ainda assim vai sobrar carro no México. E para onde eles vão? Há uma possibilidade real deles virem para o mercado latino-americano, sobretudo o Brasil, já que os dois países possuem um acordo de livre comércio.
Pois é, o tarifaço de Trump é um verdadeiro tsunami no mercado automotivo. E quem pode sofrer é a nossa indústria, se tivermos de enfrentar a poderosa concorrência mexicana.
O Brasil pode receber mais uma montadora elétrica chinesa nos próximos anos. A informação é do vice-presidente da XPeng, Brian Gu, em entrevista à Bloomberg TV.
O executivo disse que está monitorando de perto o mercado latino-americano, principalmente Brasil e México, que concentram os maiores volumes de vendas.
Vale destacar que a XPeng em si não soltou nenhuma nota oficial sobre o tema. Não temos, portanto, nada concreto ainda sobre datas, planejamento e operações. Sabemos apenas dessa disposição manifestada pelo vice-presidente.
O Brasil costuma chamar a atenção das empresas estrangeiras por ser um mercado robusto dentro de um país continental. Nesse caso, porém, o movimento parece ter sido motivado por questões externas, principalmente políticas.
A marca já está presente em 30 países, entre China (seu maior mercado), Estados Unidos, Leste Asiático e Oriente Médio. Com as recentes tarifas impostas pelo presidente Donald Trump, a XPeng se viu quase obrigada a buscar novas alternativas. Eis que surgiu essa declaração sobre a Europa e a América Latina.
Os carros da XPeng
O SUV médio XPeng G6 recebeu o apelido de Model Y chinês; modelo tem 500 km de autonomia – Imagem: Reprodução/XPeng
Algumas pessoas chamam a XPeng de “a rival chinesa da Tesla“.
Isso por causa dos seus veículos elétricos ultra modernos – alguns são até parecidos com os modelos da marca americana.
A XPeng nasceu em 2014, fruto da união de alguns executivos chineses, entre eles He Xiaopeng (ex-Alibaba) e Xia Heng (ex-GAC Group).
A companhia contou, inclusive, com investimento de grandes empresas do país, como a própria Alibaba, Xiaomi e Foxconn.
No mercado nacional, ela atua no segmento elétrico de luxo e concorre, principalmente, com a Denza e a Zeekr.
O grande diferencial da XPeng é o seu foco em tecnologia e conectividade.
Mais do que EVs, a montadora busca oferecer veículos inteligentes.
Isso inclui assistência de direção, ações por comando de voz e até um carregador sem fio.
O catálogo da marca oferece atualmente seis modelos: os SUVs G3i, G6 e G9; os sedãs P5 e P7; e a minivan X9.
O sedã XPeng P5 faz bastante sucesso não só pelo seu pacote tecnológico, mas principalmente pelo preço acessível – Imagem: Reprodução/XPeng
E os carros voadores?
Quem acompanha o Olhar Digital regularmente já deve ter visto o nome da XPeng ligado a esse assunto. A empresa possui um braço que pesquisa e monta somente esse tipo de veículo: a AeroHT.
Mais do que protótipos, a AeroHT já tem um planejamento pronto para vender esses carros voadores no mercado. O Land Aircraft Carrier, por exemplo, que é uma combinação de caminhonete com drone gigante, tem previsão de lançamento para 2026.
Outro modelo que chama bastante a atenção da marca é o Voyager X2, que já passou por uma série de testes e completou, no ano passado, o seu primeiro voo de baixa altitude na China. De acordo com a empresa, ele tem autonomia de 35 minutos no ar a pode chegar a 130 km/h.
É importante destacar que a XPeng não cogita trazer esse tipo de produto ao Brasil. Mas, como brasileiro, não custa nada sonhar, não é mesmo?
O mercado automobilístico brasileiro registrou um mês de março movimentado, com a consolidação de alguns modelos e a ascensão de outros. Segundo dados da Fenabrave consolidados até o último sábado (29), o Volkswagen Polo assumiu a liderança na categoria de automóveis, emplacando 7.518 unidades.
Apesar do volume expressivo, o modelo da VW apresentou uma leve queda de 0,6% em relação à média diária de vendas de fevereiro.
Os carros mais vendidos do Brasil em março de 2025
A segunda posição no ranking ficou com o Fiat Argo, que demonstrou um crescimento notável de 23,0% em relação ao mês anterior, totalizando 7.370 unidades vendidas. A ascensão do modelo da Fiat evidencia uma disputa acirrada pela liderança, com uma diferença mínima em relação ao primeiro colocado.
O Fiat Argo foi o segundo automóvel mais vendido de março. (Imagem: Divulgação/Fiat)
Completando o pódio, o VW T-Cross registrou 5.943 unidades vendidas, ocupando a terceira colocação. O Hyundai HB20 garantiu a quarta posição com 5.467 carros vendidos, o que representa um aumento expressivo de 26,2% em relação a fevereiro.
No segmento de comerciais leves, e no ranking geral, a Fiat Strada manteve a liderança, com 9.655 unidades vendidas. O modelo da Fiat segue como o preferido entre os consumidores dessa categoria.
Fiat Strada liderou o ranking geral e de comerciais leves. (Imagem: Divulgação/Fiat)
A VW Saveiro, por sua vez, registrou um crescimento de 14,4% em relação ao mês anterior, com 5.111 unidades vendidas, garantindo a segunda posição no ranking de comerciais leves.
Os dados apontam para um mercado aquecido em março, com uma projeção de fechamento acima de 178 mil unidades vendidas. Essa estimativa indica um cenário positivo para o setor automobilístico brasileiro.
A Volkswagen é uma das maiores montadoras do mundo. Aqui no Brasil, principalmente para os mais velhos, carros da Volks sempre foram sinônimo de confiabilidade e força. O motor alemão é um fenômeno – vide a quantidade de Fuscas que ainda estão rodando por aí. O mesmo vale para Gols. E Kombis…
Mesmo com todo esse histórico, a companhia enfrenta grandes desafios no mercado atual. Demissões em massa, queda nas vendas, fechamento de fábricas… Isso tem explicação no aumento da competividade global e no crescimento das empresas chinesas. Não somente as que produzem carros elétricos. A verdade é que é difícil concorrer contra rivais que oferecem alta tecnologia e preços baixos.
Foi justamente na China o maior baque sofrido. Dados do China Automotive Technology and Research Center mostram que a marca alemã foi a empresa que mais vendeu veículos no país asiático entre 2008 e 2023. Esses longos 15 anos de reinado foram interrompidos pela BYD e seus EVs.
A tendência de baixa continuou no ano passado, quando a Volks registrou um tombo de 10% no seu principal mercado. A gigante também foi mal na própria casa: a Europa. No mesmo período, a empresa praticamente andou de lado e os emplacamentos caíram 0,01% no Velho Continente.
Você pode até ter lido aqui e ali alguns textos sobre as dificuldades que a Volks enfrenta. Nenhum deles, porém, fala em uma crise flagrante. Isso porque a companhia teve um resultado positivo nas Américas – e foi isso que salvou o balanço de 2024. O problema é que 2025 deve ser bem diferente…
A Volks tem uma lista de carros icônicos, entre eles o Fusca – Imagem: Divulgação/Volkswagen
Más notícias para a Volkswagen
As vendas da Volks cresceram expressivos 15% na América do Sul no ano passado.
E tiveram uma alta de 6% na América do Norte – resultado sustentado, principalmente, pelos Estados Unidos, que cresceram 15,2% no período.
A má notícia para a marca alemã – e que deve derrubar esses números – são as tarifas de importação do novo governo Donald Trump.
Um relatório recente da empresa Jato Dynamics descobriu que 44% dos veículos do Grupo Volkswagen vendidos nos EUA são feitos no México.
E o México está na lista de países taxados – uma alíquota de 25% junto ao Canadá.
Será extremamente difícil lidar com 44% dos produtos da empresa de repente ficando 25% mais caros.
E são produtos importantes da marca, como o Audi Q5, o VW Tiguan, o VW Taos e o VW Jetta.
A Volks até se movimentou nos bastidores e pediu ao governo americano que reconsidere sua decisão.
Trump, no entanto, permanece irredutível.
Ainda não sabemos até onde irão as política tarifárias de Trump, mas uma coisa já podemos afirmar: elas estão complicando a vida de muita gente – Imagem: mark reinstein / Shutterstock
O que vem na sequência?
A questão das tarifas fica ainda mais grave se levarmos em consideração o cenário global – sobre o qual falamos lá em cima. Com as vendas estagnadas na Europa e em baixa na China, os Estados Unidos se tornaram um mercado importante para a Volkswagen.
A empresa, por enquanto, está em compasso de espera. É preciso entender a essência dessas tarifas: se elas são uma espécie de moeda de troca temporária ou se elas farão parte de uma sólida política governamental.
A segunda opção é o pior dos mundos para a montadora alemã, que deve fazer um ajuste de rota no caso da manutenção dessas taxas por muito mais tempo. Isso pode significar diminuir a produção e apostar em modelos mais caros apenas.
A verdade é todas as montadoras estrangeiras devem sofrer nesse processo. O caminho da Volks, no entanto, parece mais tortuoso. Uma prova de fogo para essa que ainda é uma das maiores empresas do mundo.
A indústria automobilística da América do Norte enfrenta um momento de incerteza com a implementação de novas tarifas. As tarifas de importação impostas por Donald Trump, que afetam tanto o Canadá quanto o México, somadas ao aumento de taxas para a China, ameaçam desestabilizar a cadeia de suprimentos global e impactar diretamente a produção de veículos, especialmente os elétricos.
As tarifas, que visam proteger a indústria automotiva dos EUA, podem resultar em outro efeito colateral: aumentos significativos nos preços dos carros, impactando diretamente o bolso do consumidor final.
O que as tarifas significam para a produção de veículos
A produção de veículos, que depende de uma complexa rede de fornecedores internacionais, também pode ser drasticamente afetada, levando a paralisações e atrasos na entrega de veículos, incluindo os VEs, que já enfrentam desafios de produção.
Diante desse cenário, as montadoras se veem em uma encruzilhada. O investimento em novas tecnologias pode ser comprometido, já que os custos de produção tendem a aumentar.
Incerteza regulatória dificulta o planejamento a longo prazo, essencial para o desenvolvimento de novas tecnologias e a transição para a eletrificação. (Imagem: Jenson/Shutterstock)
Enquanto isso, a General Motors (GM) anunciou recentemente a contratação de um diretor de Inteligência Artificial (IA), demonstrando o crescente reconhecimento do papel da IA na indústria automobilística. A GM busca integrar a IA em diversas áreas, desde a produção e controle de qualidade até o desenvolvimento de veículos autônomos e o atendimento ao cliente.
Já na Europa, a União Europeia (UE) flexibiliza suas metas de emissões para as montadoras, permitindo um sistema de créditos que visa facilitar a transição para veículos mais limpos. A medida, embora criticada por alguns ambientalistas, busca dar mais flexibilidade às montadoras, que também enfrentam desafios no Velho Continente.
Em resumo, a indústria automobilística global enfrenta um período de transformação, impulsionado por mudanças regulatórias, avanços tecnológicos e a crescente demanda por veículos mais sustentáveis. O impacto das tarifas na América do Norte, o investimento em IA e a flexibilização das metas de emissões na Europa são exemplos de fatores que moldam o futuro do setor.