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Essa empresa só contratará se a IA não der conta do recado

O CEO da Shopify, Tobi Lütke, enviou um memorando aos funcionários, orientando que, antes de solicitarem mais recursos ou contratações, as equipes devem demonstrar por que não conseguem alcançar seus objetivos usando inteligência artificial (IA), conforme informações da CNBC.

Lütke propôs uma reflexão: “Como seria essa área se já tivéssemos agentes autônomos de IA como parte da equipe?

Essa pergunta pode gerar discussões e projetos muito interessantes”, escreveu no memorando, publicado por ele no X.

O Shopify é uma plataforma de e-commerce que permite aos usuários vender produtos online e pessoalmente.

Uso de IA virou prioridade na Shopify

  • O comunicado, enviado no final do mês passado, aborda como o “uso consciente de IA” se tornou uma “expectativa fundamental” na empresa.
  • Ele destacou que a IA representa a mudança mais rápida no modo de trabalho que ele já presenciou e enfatizou que saber usá-la bem é uma habilidade essencial que precisa ser aprendida por meio de prática constante.
  • De acordo com Lütke, a utilização eficaz da IA agora é uma expectativa para todos na Shopify, e questões sobre o seu uso serão incorporadas ao processo de avaliação de desempenho e revisões de pares.
Empresas de tecnologia investiram dinheiro no desenvolvimento de IA ao mesmo tempo em que continuam a cortar empregos (Imagem: Stock-Asso/Shutterstock)

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Ele concluiu: “O que precisamos para ter sucesso é nossa habilidade e ambição coletivas na aplicação de nosso trabalho, potencializadas pela IA, para beneficiar nossos comerciantes.”

Enquanto a declaração do CEO pode ser vista como um gestor buscando integrar a IA em seus processos internos em busca de mais produtividade, sua fala também levanta preocupações, já que a IA é vista constantemente como uma ameaça aos empregos ocupados por humanos.

Mãos de humano e de robô espalmadas; entre elas, a representação de uma cabeça humana formada por circuitos e um chip de computador escrito "IA" em seu centro
CEO afirma que há “expectativa fundamental” de que os funcionários estejam usando IA em seu trabalho diário (Imagem: Kitinut Jinapuck/Shutterstock)

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Pesquisa revela: norte-americanos temem perder empregos para IA

O avanço da inteligência artificial (IA) tem gerado novas oportunidades, mas também suscitado preocupações sobre o impacto no mercado de trabalho.

Uma pesquisa do Pew Research Center revela que muitos americanos temem a substituição de empregos pela IA, com 73% acreditando que a tecnologia reduzirá a necessidade de caixas, 59% para jornalistas e 67% para operários de fábrica.

Especialistas em IA compartilham preocupações semelhantes, especialmente em relação aos motoristas de caminhão.

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Alguns empregos poderão ser mais ameaçados pela IA do que outros – Imagem: Stokkete/Shutterstock

Cenário de incerteza vai crescendo

  • Molly Kinder, pesquisadora da Brookings Institution, alerta no Washington Post que a preocupação pública mistura a automação tradicional com a IA generativa, que afeta mais os empregos de “colarinho branco”, como assistentes administrativos, auxiliares jurídicos e programadores.
  • A IA generativa pode lidar com tarefas complexas como resumir documentos e processar grandes volumes de dados, o que expõe mais esses empregos à tecnologia.
  • Embora alguns empregos já estejam sendo impactados, a incerteza permanece sobre como a IA ajudará ou substituirá os trabalhadores.

Enquanto a IA continua a evoluir rapidamente, sua adoção ainda é lenta em setores regulamentados, como medicina e direito.

No entanto, a ansiedade pública sobre a perda de empregos está aumentando, com 51% dos entrevistados expressando preocupações, um aumento em relação aos anos anteriores.

Embora o impacto da IA continue a ser uma questão aberta, especialistas como Kinder garantem que sempre haverá uma função para os humanos, apesar da rápida inovação tecnológica.

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Enquanto a IA avança e pode abrir caminho para novos mercados, ela também gera preocupação pelo potencial de substituir humanos em certas profissões – Imagem: shutterstock/jittawit21

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Google estaria pagando funcionários para não fazer nada – literalmente

Já imaginou ficar um ano ganhando salário sem fazer absolutamente nada? Parece bom, não é mesmo? Não para esses funcionários do Google no Reino Unido.

De acordo com uma reportagem do site Business Insider, existem profissionais da big tech que vivem hoje essa condição.

Eles teriam assinado contratos de não concorrência com duração de até 12 meses.

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Esses acordos proíbem uma pessoa de entrar em uma empresa rival por esse período. O site relata que a situação ocorre no DeepMind, uma companhia britânica que realiza pesquisas e desenvolve ferramentas de Inteligência Artificial.

O Google em si não confirma a informação. O vice-presidente de IA da Microsoft, uma concorrente do Google, no entanto, corroborou a história do site. Em uma postagem no X, no mês passado, Nando de Freitas disse que tem funcionários do DeepMind procurando por ele, desesperados, para fugir dessas amarras:

Mas férias remuneradas são ruins?

  • O Business Insider ouviu alguns desses funcionários e eles disseram que ficar “de fora” do mercado de IA pode ser extremamente ruim.
  • Primeiro porque esse é um ramo da tecnologia que vem crescendo bastante – e de forma ininterrupta.
  • Ou seja, se parar, você pode ficar para trás.
  • Esses funcionários do Google terminaram projetos bem-sucedidos e, após a conclusão, é natural que eles sejam sondados por outras empresas.
  • Para não sair, eles pegam uma espécie de geladeira por até 12 meses – ou esperam para entrar em um novo projeto no Google.
  • Alguns até saem e não têm mais vínculo com a big tech, mas, mesmo assim, precisam respeitar esse contrato de um ano sem trabalhar para um rival.
  • Esse é mais um capítulo na batalha por talentos no mercado de tecnologia – principalmente talentos de IA.
  • Esse tipo de contrato evita com que um ex-funcionário leve o conhecimento do seu produto para uma concorrente.
A busca por talentos de IA é quase selvagem (e o DeepMind tem suas estratégias para segurar esses funcionários) – Imagem: Photo For Everything/Shutterstock

E o Google pode fazer isso?

Segundo informa o Business Insider, as leis de não concorrência nos Estados Unidos variam de acordo com o estado. E na Califórnia, onde fica a sede do Google, elas não se aplicam. Ou seja, as big techs não podem “amarrar” seus funcionários com esse tipo de contrato.

Esse tipo de acordo também é proibido no âmbito federal. No ano passado, a Federal Trade Commission emitiu um comunicando banindo essa modalidade. De acordo com o texto, “as cláusulas de não concorrência mantêm os salários baixos, suprimem novas ideias e roubam o dinamismo da economia americana”.

No Reino Unido, porém, onde fica a sede do DeepMind, as regras são mais flexíveis. Lá, as cláusulas de não concorrência são aplicáveis ​​se forem consideradas razoáveis ​​para proteger os interesses comerciais legítimos do empregador.

O Google, portanto, está jogando dentro das regras. Mas isso pode ter reflexos no futuro. O site gringo relatou que alguns funcionários começaram a pedir transferência para os EUA, justamente para escapar dessa cláusula.

As informações são do Business Insider.

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IA e mercado de trabalho global: ONU faz alerta

O mercado global de inteligência artificial (IA) deve atingir US$ 4,8 trilhões até 2033, segundo a ONU, com impactos significativos no emprego.

Embora a IA gere oportunidades de produtividade, ela também pode afetar 40% dos empregos globalmente, especialmente em setores de conhecimento, como serviços financeiros, saúde e tecnologia.

A UNCTAD a agência de comércio e desenvolvimento da ONU, alertou em um relatório que as economias avançadas serão as mais impactadas, mas também as mais preparadas para aproveitar os benefícios da IA.

Por outro lado, as economias em desenvolvimento podem sofrer com a ampliação das desigualdades, já que a automação tende a favorecer o capital em vez do trabalho.

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Avanço da IA em empregos nos países desenvolvidos aumenta o risco de aprofundar desigualdades – Imagem: shutterstock/metamorworks

Crescimento forte, mas ainda muito concentrado

  • O relatório destacou que, em 2023, as tecnologias emergentes, como IA, blockchain e 5G, representaram um mercado de US$ 2,5 trilhões, com previsão de crescimento para US$ 16,4 trilhões até 2033.
  • No entanto, o acesso à infraestrutura de IA continua concentrado em poucas economias, com apenas 100 empresas dominando a pesquisa e desenvolvimento global.
  • “Os países devem agir agora”, disse a agência, insistindo que “ao investir em infraestrutura digital, construir capacidades e fortalecer a governança da IA”, eles poderiam “aproveitar o potencial da IA ​​para o desenvolvimento sustentável”.

A UNCTAD enfatizou a importância de investir em capacitação, requalificação e governança da IA, para que a tecnologia crie novas indústrias e oportunidades de emprego e não apenas substitua funções.

A agência também alertou que as nações em desenvolvimento precisam ser incluídas nas discussões globais sobre a regulamentação e governança da IA, para garantir que ela beneficie o progresso global e não apenas interesses limitados.

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Agência da ONU alega que a IA não deve ser vista como uma substituta de empregos e funções, mas sim um novo meio de criar oportunidades de trabalho (Imagem: metamorworks/Shutterstock)

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IAs estão trabalhando como coach – entenda como funciona e os riscos

A inteligência artificial está mudando o mercado de trabalho. Além de ser capaz de realizar atividades até então desempenhadas pelos humanos, a tecnologia também está sendo utilizada como um coach profissional.

Sistemas como Aimy, da CoachHub, Nadia, da Valence, e Cai, da Ezra, usam a IA para oferecer uma versão mais acessível de um serviço antes reservado a executivos seniores. Eles são capazes de fornecer diversos conselhos profissionais.

Modelos são treinados de forma diferenciada

  • Os coaches virtuais baseados em IA podem fornecer conselhos sobre negociações salariais, sugerir como hábitos individuais afetam o trabalho ou simular conversas desafiadoras.
  • Eles ainda podem auxiliar coaches humanos na elaboração de resumos de sessões, na conexão entre clientes e mentores ou na cobrança do cumprimento de metas.
  • Diferentemente de modelos como o ChatGPT, os coachbots especializados são treinados em políticas específicas das empresas, metodologias testadas para desafios no ambiente de trabalho e informações sobre a experiência do usuário armazenadas nos sistemas corporativos.
  • Uma das principais vantagens destas ferramentas é que elas estão disponíveis 24 horas por dia.
  • As informações são do Financial Times.
IA já está sendo amplamente utilizada no mercado de trabalho (Imagem: Anggalih Prasetya/Shutterstock)

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Limitações do coach de IA

Apesar das possibilidades criadas, o uso da inteligência artificial para a função tem gerado discussões sobre questões éticas. Além disso, alguns profissionais do setor questionam o próprio propósito da utilização da tecnologia.

Para Tatiana Bachkirova, professora de psicologia do coaching na Universidade Oxford Brookes, a novidade representa apenas uma “degradação” da prática. Ela descreve as versões mais baratas como “um substituto” que não atende às necessidades daqueles em cargos mais altos.

Mulher estressada decepcionada e robô de IA sentado na mesa do escritório e trabalhando
Tecnologia pode, inclusive, representar um risco para os coachs humanos (Imagem: Stock-Asso/Shutterstock)

Até mesmo os defensores mais entusiastas admitem que os coachbots não podem substituir o desenvolvimento de alto nível para executivos seniores. Um coach virtual pode dividir um objetivo em etapas alcançáveis, mas não ajudará um profissional a superar uma crise existencial na carreira, por exemplo.

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