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Nem ChatGPT, nem Gemini: veja quem venceu um desafio de IAs

Para quem está habituado aos recursos dos vários chatbots que ganharam popularidade nos últimos anos, uma das funções que mais ajudam é certamente a de carregar e resumir documentos e textos, que podem ser arquivos simples e curtos ou um livro inteiro.

Contudo, ainda há quem tenha ceticismo quando a esta capacidade das IAs. Isto é, os chatbots entendem realmente o que estão lendo? O Washington Post resolveu testá-los para tirar a prova.

Em uma competição, os cinco mais populares chatbots do momento foram desafiados. ChatGPT, Claude, Copilot, Meta AI e Gemini leram quatro tipos de textos muito diferentes e, em seguida, testaram sua compreensão.

A leitura abrangeu artes liberais, incluindo um romance, pesquisa médica, acordos legais e discursos do presidente Donald Trump. Um painel de especialistas, contendo até mesmo os autores originais do livro e dos relatórios científicos, ficou encarregado de julgar as IAs.

Ao todo, foram feitas 115 perguntas sobre as leituras atribuídas aos cinco chatbots. Algumas das respostas da IA ​​foram surpreendentemente satisfatórias, mas outras continham desinformação.

Todos os bots, exceto um, inventaram — ou “alucinaram” — informações, um problema persistente da IA. A invenção de fatos era só uma parte do teste, já que as IAs também foram desafiadas a fornecer análises, como recomendar melhorias nos contratos e identificar problemas factuais nos discursos de Trump.

Chatbots alternaram entre análises precisas e respostas com alucinações – Imagem: Rokas Tenys/Shutterstock

Abaixo, o desempenho dos chatbots em cada tópico, seguido pelo campeão geral e pelas conclusões dos jurados.

Em literatura, nenhum convenceu

  • Literatura foi o tema em que as IAs tiveram a pior performance, e apenas o Claude acertou todos os fatos sobre o livro analisado, “A Amante do Chacal”, de Chris Bohjalian.
  • O Gemini, por exemplo, forneceu respostas muito curtas, e foi o que mais frequentemente cometeu o que Bohjalian chamou de leitura imprecisa, enganosa e desleixada.
  • O melhor resumo geral do livro, veio do ChatGPT, mas mesmo a IA da OpenAI deixou a desejar, já que, segundo Bohjalian, a análise discutiu só três dos cinco personagens principais, ignorando o importante papel dos dois personagens ex-escravizados.

Desempenho razoável ao analisar contratos jurídicos

No teste sobre questões de direito, Sterling Miller, advogado corporativo experiente, avaliou a compreensão dos chatbots sobre dois contratos jurídicos comuns.

Meta AI e o ChatGPT tentaram reduzir partes complexas dos contratos a resumos de uma linha, o que Miller considerou “inútil”.

As IAs também deixaram perceber nuances significativas nesses contratos. A Meta AI pulou várias seções completamente e não mencionou conteúdos cruciais. O ChatGPT esqueceu de mencionar uma cláusula fundamental em um contrato de empreiteiro.

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O Claude venceu no geral, oferecendo as respostas mais consistentes, e sendo o mais capacitado no desafio mais complexo, de sugerir alterações em um contrato de locação.

Miller aprovou a resposta do Claude que captou as nuances e expôs as coisas exatamente como ele faria. Ele reconheceu que foi a IA da Anthropic que chegou mais perto de substituir um advogado, mas ressaltou: nenhuma das ferramentas obteve nota 10 em todos os aspectos.

Bom desempenho em medicina

Todas as ferramentas de IA obtiveram melhor pontuação na análise de pesquisas científicas, o que pode ser explicado pelo acesso a vários artigos científicos que os chatbots possuem em seus dados de treinamento.

O pesquisador Eric Topol, jurado neste tema, atribuiu nota baixa ao Gemini, pelo resumo de um estudo sobre a doença de Parkinson. A resposta não apresentou alucinações, mas omitiu descrições importantes do estudo e por que ele era importante.

O Claude, contudo, recebeu a nota máxima e venceu nessa categoria. Topol atribuiu nota 10 ao resumo de seu artigo sobre covid longa.

Na política, resultados mistos

Cat Zakrzewski, repórter da Casa Branca do Washington Post, avaliou se a IA conseguiria decifrar discursos do presidente Donald Trump.

Enquanto o Copilot cometeu erros factuais ao responder questões, o Meta AI conseguiu analises mais precisas. Mas o melhor neste tema foi o ChatGPT, que foi capaz de citar corretamente até mesmo quais políticos democratas seriam contrários ao que Trump propôs nos discursos.

Zakrzewski ainda pontuou como a análise do ChatGPT “checa com precisão as falsas alegações de Trump de que ele venceu as eleições de 2020”.

Os robôs tiveram mais dificuldade em transmitir o tom de Trump. Por exemplo, o resumo do Copilot sobre um discurso não alucinou fatos, mas não capturava a natureza explosiva das falas do presidente americano. “Se você apenas ler este resumo, pode não acreditar que Trump fez este discurso”, diz Zakrzewski.

Logo do Claude
O Claude obteve a melhor pontuação final entre os competidores (Imagem: gguy/Shutterstock)

Quem venceu no geral?

Na pontuação geral, considerando todos os assuntos, o Claude foi eleito o melhor chatbot, além de ter sido a única IA que não alucinou em nenhum momento.

Em um sistema de pontuação que ia de 0 a 100, o Claude ficou com 69.9, um pouco acima do ChatGPT e seus 68.4. A distância foi considerável para o desempenho dos outros três chatbots: Gemini (49.7), Copilot (49.0) e Meta AI (45.0).

Em conclusão, nenhum dos robôs obteve pontuação geral superior a 70%, apesar de alguns resultados do Claude e do ChatGPT terem sido capazes de impressionar os jurados.

Além das alucinações, uma série de limitações ficaram evidentes nos testes. E a capacidade de uma ferramenta de IA em uma área não necessariamente se traduzia em outra. O ChatGPT, por exemplo, pode ter sido o melhor em política e literatura, mas ficou quase no último lugar em direito.

A inconsistência dessas IAs é motivo para usá-las com cautela, segundo os jurados. Os chatbots podem ajudar em determinadas situações, mas não substituem ajuda profissional de advogados e médicos, nem mesmo que você mesmo faça a leitura de um documento importante.

Projeção de um minirrobô na frente de um homem
Uso de chatbots pode ser útil, mas há assuntos em que se deve ter cautela com as respostas obtidas (Imagem: LookerStudio/Shutterstock)

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Meta AI atinge 1 bilhão de usuários ativos mensais, diz Zuckerberg

O assistente de inteligência artificial da Meta já soma 1 bilhão de usuários ativos mensais em toda a família de aplicativos da empresa, anunciou o CEO Mark Zuckerberg durante a assembleia anual de acionistas, na quarta-feira (27), segundo revela a CNBC.

Segundo Zuckerberg, o objetivo para 2025 é tornar o Meta AI a principal IA pessoal do mercado, com foco em personalização, interações por voz e entretenimento. O marco ocorre após o lançamento de um aplicativo independente da IA em abril.

Meta AI pode ter versão paga no futuro

  • Zuckerberg também afirmou que a Meta pretende expandir o uso da ferramenta antes de monetizá-la.
  • No futuro, a empresa poderá oferecer recomendações pagas ou planos por assinatura, semelhantes aos de rivais como o ChatGPT.
  • “Pode parecer estranho que um bilhão de usuários não seja suficiente, mas é onde estamos”, comentou o executivo.
Zuckerberg revela metas para tornar o assistente de IA da Meta o líder global do setor (Imagem: Sugengsan / Shutterstock.com)

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Propostas para melhorar as plataformas da Meta foram debatidas

Durante a reunião, os acionistas votaram em 14 propostas, incluindo temas como segurança infantil, emissões de carbono e política de moderação.

Uma proposta da JLens, ligada à Liga Antidifamação, pedia um relatório anual sobre conteúdo de ódio — incluindo antissemitismo — após mudanças recentes nas diretrizes da plataforma.

As propostas rejeitadas pelo conselho, como a que sugeria o fim da estrutura de ações com supervoto que garante a Zuckerberg controle majoritário, devem ser barradas. Já as apoiadas pela diretoria, como a eleição dos conselheiros e o plano de incentivo em ações, tendem a ser aprovadas.

O resultado final será divulgado em até quatro dias úteis.

Foto ilustrativa do Meta AI
IA da Meta será cada vez mais integrada à vida digital dos usuários (Reprodução: Poetra.RH/Shutterstock)

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Você prefere IA ou privacidade? WhatsApp quer encontrar um equilíbrio entre os dois

Se você é uma pessoa preocupada com a privacidade das suas mensagens, o WhatsApp conta com criptografia de ponta a ponta nas comunicações, permitindo que apenas as duas partes de um chat (ou mais, se for uma conversa em grupo) tenham acesso àquilo que foi enviado.

No entanto, a Meta AI, inteligência artificial integrada ao aplicativo, não funciona assim: ao conversar diretamente com a assistente ou acioná-la em um chat com terceiros, a empresa tem acesso às mensagens. Isso não é algo único da Meta. A IA simplesmente funciona dessa forma, porque precisa consultar grandes conjuntos de dados e o histórico da conversa para fornecer respostas condizentes.

Ou seja, o WhatsApp oferece privacidade aos usuários… menos se você usar a inteligência artificial. A Meta quer mudar isso. O plano é um novo recurso chamado “Processamento Privado”, uma espécie de sistema alternativo que permite usar a IA sem que as informações da conversa sejam acessadas pela empresa.

Meta AI permite que a empresa tenha acesso às mensagens de uma conversa no WhatsApp (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

WhatsApp quer equilibrar inteligência artificial e privacidade

Como explicamos, a Meta não tem acesso a mensagens ‘comuns’ no WhatsApp (por causa da criptografia), mas pode acessar os chats que usam o Meta AI. Isso cria uma preocupação de segurança para alguns usuários, já que ou você mantém sua privacidade ou usa inteligência artificial.

A big tech já tem alguns alternativas para driblar isso. Por exemplo, um recurso chamado “Privacidade Avançada da Conversa”, que impede que usuários acionem o Meta AI dentro de um chat. Essa opção deve ser acionada manualmente. O Olhar Digital deu detalhes da ferramenta e ensinou como usá-la aqui.

O próximo passo para isso é o “Processamento Privado”, uma plataforma dedicada ao processamento de dados para tarefas relacionadas à IA, mas sem permitir que a Meta acesse as informações. Seria uma estrutura alternativa às inteligências artificiais atuais, uma espécie de meio termo entre privacidade e a tecnologia.

Segundo o site Wired, para chegar nisso, a empresa aposta em um hardware especial que isola dados sensíveis em um “Ambiente de Execução Confiável”, uma área restrita e bloqueada dentro do processador. Além disso, o sistema é construído para reter os dados processados pelo menos tempo possível e enviar alertas caso alguma adulteração seja detectada.

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Seria o equilíbrio entre privacidade e tecnologia? (Imagem: Ink Drop/Shutterstock)

Em que pé está esse sistema?

  • O WhatsApp já estaria solicitando componentes de sistemas de terceiros para viabilizar essa alternativa de privacidade;
  • A Meta pretende incluir a iniciativa no programa de recompensas da empresa para incentivar a comunidade de desenvolvedores a enviar feedbacks, como possíveis vulnerabilidades ou falhas;
  • A big tech também afirma que, no futuro, quer tornar essa tecnologia de código aberto, facilitando que outros desenvolvedores possam replicá-la;
  • Por ora, o Processamento Privado foi pensado especificamente para o WhatsApp, não sendo compatível nem com outros produtos da Meta.
Meta já lançou recurso para restringir uso de IA em algumas conversas (Imagem: Sugengsan / Shutterstock.com)

Especialistas temem pela privacidade no WhatsApp

A proposta parece boa, certo? Especialistas discordam.

De acordo com o Wired, a avaliação inicial dos pesquisadores sobre esse sistema foram positivas, mas eles temem que possam prejudicar o WhatsApp como um todo. Isso porque, de acordo com Chris Rohlf, diretor de engenharia de segurança da Meta, o aplicativo de mensagens é bastante analisado por outros pesquisadores, o que torna seu sistema de segurança bem compreendido.

Leia mais:

Outro ponto seria a própria experiência do usuário, algo que a big tech ainda terá que estudar.

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Meta lança aplicativo de IA parecido com o ChatGPT – mas com uma vantagem

O Meta AI já está disponível nas redes sociais da Meta, como WhatsApp, Instagram, Facebook e Messenger. A big tech resolveu ir além e anunciou nesta terça-feira (29) um aplicativo de inteligência artificial independente parecido com o ChatGPT.

O lançamento acirra ainda mais a competição no setor de IA, principalmente com o ChatGPT, que também funciona em um app próprio. No entanto, a grande vantagem da Meta é que a empresa já tem acesso aos seus dados (por causa das redes sociais), o que ajuda a personalizar a tecnologia a seu gosto.

Aplicativo de inteligência artificial da Meta (Imagem: Meta/Divulgação)

Meta lança aplicativo de IA independente

Atualmente, a inteligência artificial pode ser acessada nas plataformas da Meta. Por exemplo, é possível conversar com a IA em um chat no WhatsApp. Ou ‘convocá-la’ em uma conversa no Instagram. Com a novidade, a tecnologia também vai funcionar em um aplicativo separado.

A vantagem em relação ao ChatGPT e outros assistentes de IA é que a Meta já tem acesso aos dados dos usuários, através de informações compartilhadas nas outras redes sociais (como o Facebook e o próprio Instagram). Segundo a empresa, o resultado é que a ferramenta pode “[se basear] em informações que você já escolheu compartilhar nos produtos Meta”, como o tipo de conteúdo que você gosta e informações sobre seu perfil.

A opção de respostas personalizadas estará disponível apenas nos Estados Unidos e no Canadá.

Você também pode ‘ensinar’ a inteligência artificial. Por exemplo, se você mencionar que é intolerante à lactose, a ferramenta vai se lembrar disso na próxima vez que sugerir um restaurante ou te passar uma receita. Ou se você mencionar o nome de seus filhos, ele lembrará na próxima vez que o assunto vir à tona.

Vale lembrar que a Meta usa seus dados durante as conversas com o chatbot (então fique atento com o que você compartilha).

App terá um feed de Discover (Imagem: Meta/Divulgação)

Meta vai tornar experiência de IA colaborativa

Outro diferencial do aplicativo de IA da Meta é um feed Discover, parecido com o Instagram:

  • Nele, usuários poderão compartilhar com amigos como estão usando a inteligência artificial;
  • A Meta deu um exemplo de uma usuária pedindo que a IA a descreva em três emojis. Depois, a resposta é compartilhada nessa espécie de feed;
  • Esse compartilhamento só acontece se o usuário desejar.

O objetivo do ‘feed’ é amplificar tendências de IA generativa. Um exemplo claro disso foi a trend do Studio Ghibli que popularizou o gerador de imagens 4o Image Gen da OpenAI. Ao que tudo indica, a Meta está me busca de um sucesso semelhante.

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Chatbots da Meta expõem menores a conteúdo impróprio, diz jornal

A Meta, empresa controladora do Facebook, Instagram e WhatsApp, está apostando pesado nos companheiros digitais movidos por inteligência artificial. Esses bots são projetados para interagir de forma natural com os usuários, em conversas de texto, voz e até com envio de selfies. No entanto, a estratégia acelerada de popularização dessas ferramentas acendeu um alerta interno: alguns bots têm se envolvido em interações sexuais explícitas até mesmo com usuários menores de idade.

Uma investigação do jornal americano The Wall Street Journal revelou que funcionários da própria Meta expressaram preocupações sobre a falta de proteção para adolescentes. Além disso, testes realizados com centenas de conversas mostraram que tanto o Meta AI oficial quanto bots criados por usuários podiam iniciar e até intensificar diálogos de conteúdo sexual, mesmo quando o interlocutor se identificava como um jovem de 13 ou 14 anos.

Meta AI estaria possibilitando conversas impróprias com menores de idade, segundo testes do Wall Street Journal (Reprodução: Poetra.RH/Shutterstock)

Companheiros digitais com voz de celebridades

  • Para tornar os bots ainda mais atraentes, a Meta fechou contratos milionários com celebridades como Kristen Bell, Judi Dench e John Cena, licenciando suas vozes para uso nos chatbots.
  • A empresa garantiu aos artistas que suas vozes seriam protegidas contra usos inadequados.
  • No entanto, os testes do jornal mostraram que até mesmo esses bots, com vozes de famosos, participaram de conversas sexualizadas.
  • Em uma interação alarmante, o bot com a voz de John Cena chegou a encenar um cenário gráfico envolvendo uma suposta menina de 14 anos.
  • Em outro caso, um bot descreveu uma situação em que seria preso por estupro de vulnerável.
  • As respostas revelaram que os próprios bots tinham “consciência” de que seus atos seriam ilegais e moralmente condenáveis.

Pressão por bots mais “interessantes”

De acordo com fontes internas do WSJ, a decisão de permitir “interpretações românticas” nos chatbots partiu diretamente de Mark Zuckerberg. Após a Meta ser criticada por apresentar bots “tediosos” em comparação aos de concorrentes, houve um afrouxamento nas restrições. Isso abriu brechas para que os bots engajassem em encenação sexual, inclusive simulando personagens adolescentes.

Embora a Meta afirme que os testes foram “manipulativos” e não representam o uso comum, a empresa admitiu que fez ajustes após os resultados: agora, contas registradas como de menores não podem acessar funções de encenação sexual com o Meta AI, e houve restrições ao uso de vozes licenciadas em conversas explícitas.

Celular com logomarca da Meta na tela na frente de monitor com foto de Mark Zuckerberg com cara franzida
Afrouxamento de restrições dos chatbots da Meta teria partido do próprio Mark Zuckerberg (Imagem: Muhammad Alimaki / Shutterstock.com)

Problemas continuam em bots criados por usuários

Apesar das mudanças, a plataforma ainda permite que adultos interajam com bots que se descrevem como adolescentes. A investigação encontrou diversos companheiros digitais como “Submissive Schoolgirl” e “Hottie Boy”, que direcionam as conversas para o sexting e relações impróprias. Em alguns casos, os bots começaram diálogos discretos, mas rapidamente migraram para fantasias românticas e sexuais.

Esses comportamentos preocupam especialistas, que alertam sobre os riscos emocionais de relações parassociais intensas, especialmente para mentes jovens em desenvolvimento. Estudos indicam que o vínculo emocional excessivo com personagens digitais pode gerar impactos psicológicos duradouros.

Leia mais:

Meta prioriza popularidade à segurança?

Mesmo diante dos alertas, a Meta continua apostando na expansão dos companheiros digitais como parte central do futuro das redes sociais. A empresa vê na personalização baseada em dados de comportamento uma vantagem competitiva para tornar esses bots verdadeiros “amigos digitais”.

Internamente, no entanto, surgem questionamentos: seria necessário “dar um passo atrás” e repensar o uso de bots para menores. Mas, segundo especialistas, pausar para avaliar riscos não é algo que grandes empresas costumam fazer — especialmente quando há bilhões em jogo.

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Meta: agora, dá para ver tradução em tempo real nos óculos Ray-Ban

A Meta anunciou novos recursos para a sua linha de óculos inteligentes Ray-Ban. Entre eles, estão a tradução em tempo real, envio de mensagens e chamadas pelo Instagram e conversas com a inteligência artificial (IA) da empresa, a Meta AI.

Até então, o software de tradução estava disponível em países selecionados, mas, agora, está sendo implementado amplamente em todos os mercados onde o produto já é vendido. Não há necessidade de Wi-Fi ou conexão de rede se o usuário tiver baixado o pacote de idiomas com antecedência.

Não há necessidade de Wi-Fi ou conexão de rede para traduções (Imagem: Divulgação/Meta)

“Seja viajando para um novo país e precisando pedir informações sobre como chegar à estação de trem ou passando um tempo de qualidade com um membro da família e precisa quebrar a barreira do idioma, você pode manter conversas fluidas em inglês, francês, italiano e espanhol”, diz o comunicado.

O usuário ouvirá o que a pessoa disser no seu idioma preferido por meio dos óculos em tempo real e poderá ver uma transcrição traduzida da conversa em seu celular. Para começar, basta dizer: “Ei, Meta, iniciar a tradução ao vivo.”

Leia mais:

Meta prepara mais: mensagens, música e IA

Em breve, a Meta vai liberar o envio de mensagens, fotos, chamadas de áudio e vídeo do Instagram nos óculos. Além disso, será possível fazer chamadas e enviar mensagens pelo WhatsApp e Messenger, além de aplicativos nativos do iPhone ou Android.

A empresa ainda vai expandir o acesso a aplicativos de música, incluindo Spotify, Amazon Music, Apple Music e Shazam. Até então, o recurso acionado pela IA estava disponível apenas nos EUA e Canadá.

“Isso inclui a capacidade de pedir ao Meta AI informações sobre a música que você está ouvindo. Ouviu um verso ou riff cativante e quer saber mais? Basta dizer ‘Ei, Meta, qual é o nome desta música?’ ou ‘Ei, Meta, quando este álbum foi lançado?’”, explica a nota.

Usuários dos EUA e Canadá também poderão conversar com o assistente inteligente de forma mais natural. Será possível fazer perguntas sobre ingredientes para substituir em uma receita, por exemplo, ou pedir indicação de um vinho para harmonizar com o jantar.

Disponível no Reino Unido desde o início do mês, a Meta AI será ampliada para todos os países com suporte na União Europeia (UE) a partir da próxima semana. A linha também chegará a México, Índia e Emirados Árabes em breve, mas a data não foi informada.

Novas cores

Os adeptos do óculos inteligente terão novas opções de combinações de cores de lentes para o estilo de armação Ray-Ban Meta Skyler. O cliente pode escolher entre cinza giz brilhante com lentes Transitions safira, ou o preto brilhante com lentes transparentes ou verdes.

Empresa ainda vai expandir o acesso a aplicativos de música, incluindo o Spotify (Imagem: Divulgação/Meta)

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Como criar sua própria inteligência artificial com Meta AI Studio

Lançada no Brasil recentemente, a Meta AI Studio permite ao usuário criar chatbots de inteligência artificial (IA) gratuitamente. A ferramenta pode ser utilizada tanto no Instagram quanto no Facebook Messenger. Além disso, se você preferir, é possível usar o site do AI Studio (desktop).

Com a nova funcionalidade, os usuários conseguem gerar IAs, realizar simulações de conversa com gente famosa e muito mais. A seguir, saiba mais sobre a nova ferramenta da Meta e como utilizá-la. 

Quais tipos de IAs é possível criar com o Meta AI Studio?

O Meta AI Studio permite que o usuário crie IAs personalizadas para conversas, dicas de viagem, dicas de culinária e muito mais. A princípio, a interação acontece apenas por texto. 

Vale destacar que, na criação da inteligência artificial, o usuário pode habilitar a função para que a ferramenta também gere imagens e tenha habilidades de pesquisa.

Como criar uma IA pelo Meta AI Studio?

A ferramenta pode ser acessada por meio dos directs das redes sociais. Para mostrar a você como criar uma IA pela Meta AI Studio, vamos fazer o tutorial por meio do Instagram. Veja o passo a passo abaixo.

  1. Acesse a tela de mensagens e toque no ícone com um lápis no canto superior direito

  2. Vá em “Bate-Papo com IA” e aperte em “Continuar”

    Segundo passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

  3. Acesse “Criar” e toque em “Começar”

    Terceiro passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

  4. Entre em “IA personalizada”, descreva a IA que deseja criar e toque em “Avançar”

    Quarto passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

  5. Insira uma foto, o nome, slogan para a IA e depois, caso queira, ajuste a visibilidade

    O sistema geralmente sugere algumas opções, mas você pode alterá-las. Também é possível definir se o chatbot será público, privado ou somente para os seus melhores amigos. 
    Quinto passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

  6. Acesse as “Configurações avançadas”, configure sua IA e toque em concluir

    Nas configurações avançadas, você consegue colocar uma mensagem de boas-vindas, inserir sugestões de comandos para as pessoas iniciarem a interação, colocar instruções específicas em relação a como a IA deve responder os usuários e dar exemplos de diálogos. Além disso, é nesta etapa que você define se a ferramenta também gerará imagens dinâmicas e pesquisará informações recentes. 
    Quinto passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

  7. Por último, aperte em “Conversar com IA”

    Sétimo passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio

Leia mais:

Como acessar IAs criadas por outras pessoas pelo Meta AI Studio?

Para ver as IAs criadas por outras pessoas, basta você seguir os dois primeiros passos do tutorial anterior. Veja abaixo!

  1. Acesse a aba de mensagens e toque no ícone de escrever 
    Primeiro passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio
  2. Selecione “Bate-papos com IA” e toque em “Continuar”
    Segundo passo para criar uma IA pelo Meta AI Studio
  3. Pronto, os perfis que aparecem são as IAs que já foram criadas por terceiros. Basta selecionar a que deseja e iniciar a interação.
    IAs criadas no Meta AI Studio

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Meta relança chatbot de IA na Europa, mas com limitações

A Meta está relançando seu chatbot de IA na Europa, quase um ano após pausar o lançamento na região. A partir desta semana, a Meta AI estará disponível em 41 países europeus e 21 territórios, nos aplicativos WhatsApp, Facebook, Instagram e Messenger.

Contudo, inicialmente, o serviço será limitado a interações baseadas apenas em texto.

A Meta lançou a IA nos Estados Unidos em 2023, mas o lançamento na Europa foi adiado devido a preocupações do órgão de proteção de dados da Irlanda sobre o treinamento do modelo com conteúdo de usuários do Facebook e Instagram.

Além disso, o lançamento do modelo multimodal Llama AI foi suspenso por questões regulatórias.

Leia mais:

Chatbot da Meta encontrou obstáculos para ser lançado na Europa (Imagem: El editorial/Shutterstock)

Como será o Meta AI em território europeu

  • Na Europa, a Meta AI funcionará como um chatbot, ajudando usuários a debater ideias, planejar viagens ou responder a perguntas com base em informações da web.
  • Também será possível exibir certos tipos de conteúdo no feed do Instagram, mas funções como gerar ou editar imagens estarão fora do alcance.
  • O modelo não é treinado com dados de usuários da União Europeia.

A Meta afirma que esse lançamento é resultado de um ano de diálogos com reguladores europeus. A empresa ainda planeja expandir suas funcionalidades na Europa para alcançar a paridade com os EUA, garantindo que os usuários europeus tenham acesso às inovações de IA da Meta.

“Continuaremos a trabalhar em colaboração com os reguladores para que as pessoas na Europa tenham acesso e sejam devidamente atendidas pelas inovações de IA da Meta que já estão disponíveis para o resto do mundo”, disse a porta-voz da Meta, Ellie Heatrick, ao The Verge.

Logo do Meta AI em um smartphone, que repousa ao lado de um notebook
Meta AI chega na Europa para interações apenas em texto, inicialmente (Imagem: Photo For Everything/Shutterstock)

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