Desequilíbrio energético da Terra cresce sem explicação e preocupa cientistas

Uma pesquisa liderada por Thorsten Mauritsen, professor do departamento de meteorologia da Universidade de Estocolmo, na Suécia, alerta que o desequilíbrio energético da Terra está aumentando mais rápido do que o previsto. 

Esse desequilíbrio ocorre quando a quantidade de energia solar que entra na Terra é maior do que a energia que sai. A consequência disso é o aquecimento do planeta, que pode se intensificar com o tempo. Segundo o estudo, publicado na revista científica AGU Advances, esse crescimento tem sido mais acelerado do que os modelos climáticos previam.

De acordo com os dados mais recentes, o planeta absorveu, em 2023, cerca de 1,8 watts por metro quadrado a mais do que emitiu. Esse número é o dobro do que os cientistas esperavam com base nas emissões de gases de efeito estufa. Mesmo após todas as análises, os pesquisadores ainda não sabem exatamente o motivo desse aumento tão rápido.

O desequilíbrio energético da Terra está crescendo devido às emissões de gases de efeito estufa, mas outros fatores também contam. Crédito: NASA / CERES

Desequilíbrio energético revela agravamento das mudanças climáticas

O desequilíbrio energético é um dos principais sinais de que as mudanças climáticas estão se intensificando. Isso acontece porque os gases poluentes, como o dióxido de carbono (CO₂), retêm o calor na atmosfera. Assim, menos energia escapa para o espaço e mais calor fica preso na Terra. Como resultado, as temperaturas sobem, as geleiras derretem e os oceanos esquentam.

Uma das formas mais precisas de medir esse desequilíbrio é usando satélites. Eles conseguem observar diretamente a quantidade de energia que entra e sai do planeta. Atualmente, a NASA tem quatro satélites que fazem esse trabalho por meio da missão CERES. Mas todos estão no fim de sua vida útil e devem ser substituídos apenas em 2027 por um novo satélite, chamado Libera.

O problema, segundo os cientistas, é que o Libera será um único satélite. Isso aumenta o risco de falhas e pode dificultar a continuidade das medições. Além disso, sem instrumentos que funcionem ao mesmo tempo para comparação, fica difícil verificar se os dados são confiáveis. A falta de sobreposição nas observações pode gerar lacunas importantes nos registros.

Se os satélites pararem de funcionar antes do lançamento do Libera, os pesquisadores correm o risco de perder dados essenciais. A segunda melhor opção para medir o desequilíbrio são os dados de temperatura dos oceanos. No entanto, eles demoram cerca de 10 anos para refletir o que está acontecendo com o clima, o que atrasa a resposta a possíveis crises.

“Esses satélites nos dão informações com uma década de antecedência”, explicou Thorsten Mauritsen ao site Live Science. “É por isso que é tão importante mantê-los funcionando. Sem eles, ficamos quase cegos em relação ao sistema climático.” Ele afirma que, embora os modelos climáticos sejam úteis, eles não conseguem explicar o crescimento acelerado do desequilíbrio nos últimos anos.

Inicialmente, os cientistas pensaram que o aumento poderia estar ligado a variações naturais, como o fenômeno El Niño, que altera padrões climáticos em todo o mundo. Mas, com o tempo, perceberam que a tendência persistia mesmo fora desses ciclos naturais. “Quando o aumento continuou, comecei a ficar realmente preocupado”, disse Mauritsen.

O desequilíbrio energético da Terra mais do que dobrou nas últimas duas décadas, alarmando os cientistas. Crédito: Figura de Mauritsen et al. (2025) em AGU Advances

Uma das hipóteses levantadas para esse crescimento inesperado é a diminuição da capacidade da Terra de refletir a luz do Sol. Superfícies como calotas polares e nuvens ajudam a enviar parte da energia solar de volta ao espaço. Mas, com o derretimento do gelo e a diminuição de certos tipos de poluição, que antes formavam aerossóis refletivos, a Terra pode estar absorvendo mais calor do que antes.

Mesmo assim, os cientistas admitem que ainda não sabem ao certo o que está por trás desse aumento. “Algo está faltando nos modelos, mas não sabemos o que é”, afirmou Mauritsen. Essa incerteza aumenta a urgência por mais estudos e melhores equipamentos de medição. Sem isso, fica difícil prever como o planeta vai reagir nos próximos anos.

Os satélites fornecem a imagem mais atualizada e de alta resolução do desequilíbrio energético da Terra. Crédito: NASA / CERES

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Cenário reflete pressão humana sobre a Terra

Outro ponto importante é que o desequilíbrio energético indica o quanto o ser humano já pressionou o clima da Terra. Também mostra o que será necessário fazer para reverter ou estabilizar esse processo. “Esperamos que as temperaturas parem de subir quando pararmos de queimar combustíveis fósseis”, disse Mauritsen. “Mas, se o desequilíbrio continuar alto, talvez isso não seja suficiente.”

Em 2024, as medições indicaram que o desequilíbrio energético voltou aos níveis previstos pelos modelos. Isso é um alívio temporário, mas não garante que a tendência se manterá. “Pode ser que continue assim nos próximos anos”, disse o pesquisador. “Mas, se voltar a subir bruscamente, não sabemos qual será o próximo passo.”

Além da missão Libera, cientistas da NASA chegaram a propor uma nova forma de medir o desequilíbrio com satélites esféricos. Esses equipamentos teriam sensores capazes de captar radiação de todos os lados e integrar essas informações para calcular a energia com mais precisão. No entanto, cortes no orçamento dificultaram o avanço desse projeto.

No artigo, Mauritsen e sua equipe alertam que, sem dados confiáveis, as decisões sobre o futuro do planeta podem ser tomadas no escuro. “Precisamos saber até onde empurramos o clima. Sem essas medições, estamos tentando pilotar o sistema climático com os olhos vendados.”

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Saiba como vai ficar o clima no mês de junho

Junho marca a chegada do inverno no Brasil, com quedas significativas de temperatura nas regiões do Centro-Sul do país. Em 2025, o solstício de inverno, que indica o início oficial da estação, acontece no dia 20, às 23h42 (pelo horário de Brasília). Nessa época, as noites ficam mais longas, e os dias, mais curtos, deixando o tempo mais frio.

A redução nas horas de luz do Sol é um dos motivos para as temperaturas mais baixas. Isso é mais notável no Sul, em parte do Sudeste e no Centro-Oeste. A menor exposição ao Sol faz com que o ar esfrie mais durante a noite, mantendo o frio por mais tempo.

De acordo com a plataforma de meteorologia Climatempo, a previsão para junho de 2025 é de mais dias frios no Centro-Sul do que em junho de 2024. As temperaturas devem ficar abaixo da média no Sul, em São Paulo e no Mato Grosso do Sul. As geadas – que são camadas de gelo que se formam sobre superfícies expostas – devem ocorrer com mais frequência.

Previsão para junho de 2025. Crédito: Climatempo

Dois episódios de frio intenso estão previstos. Um logo na primeira semana do mês e outro na última, quando massas de ar polar avançam sobre o Brasil, derrubando as temperaturas de forma mais acentuada.

Apesar do frio no Centro-Sul, a maior parte do país terá temperaturas acima da média. Regiões como o Norte, o interior do Nordeste e o Centro-Oeste devem ter tardes quentes e pouca nebulosidade, o que reforça o calor. O calor pode passar dos 30 °C em locais como o Distrito Federal, norte de Minas Gerais, sul do Piauí e oeste da Bahia.

Junho é um mês de pouca chuva

Junho também é um mês com pouca chuva em várias regiões. É o período seco tradicional no Sudeste, no Centro-Oeste, no interior do Nordeste e em estados como Tocantins e sul do Pará. As nuvens ficam mais escassas e o tempo mais seco.

No entanto, o leste do Nordeste continua em seu período chuvoso. A previsão é de que, entre o Rio Grande do Norte e o sul da Bahia, ocorram episódios de chuva forte, causados principalmente pela umidade vinda do oceano. As frentes frias também ajudam a intensificar essas chuvas.

Cidades como Natal, Aracaju e Salvador podem registrar dias de chuva intensa. Isso acontece por causa das chamadas “Ondas de Leste”, sistemas que vêm do oceano e trazem umidade para o litoral, gerando pancadas de chuva.

Em junho, há maior chance até mesmo de neve nas serras do Sul. Crédito: K.E.V – Shutterstock

No extremo norte do Brasil, a chuva começa a diminuir com a saída da Zona de Convergência Intertropical, uma faixa de nuvens e chuva comum nessa região. Mesmo assim, eventos isolados ainda podem acontecer no norte do Maranhão, Amapá, Roraima e parte do Amazonas.

No restante do Sudeste, Centro-Oeste e interior do Nordeste, o volume de chuva deve ficar dentro do padrão esperado para junho, o que significa pouca ou nenhuma precipitação. As frentes frias passam com frequência, mas nem sempre trazem chuva para o interior.

Algumas dessas frentes, chamadas continentais, conseguem avançar pelo interior do país e provocar chuva em estados como Mato Grosso, Goiás e até no sul do Amazonas. Mesmo assim, a maior parte delas causa chuva só nas áreas costeiras.

No Sul e em parte do Sudeste, algumas regiões devem ter chuva acima da média, como o sul e o leste de São Paulo, o leste do Paraná, o leste e sul de Santa Catarina e o centro-leste do Rio Grande do Sul. Já o sul do Rio Grande do Sul deve ter menos chuva que o normal.

No interior do país, especialmente no Centro-Oeste e Sudeste, é comum passar vários dias seguidos de junho sem uma gota de chuva. Quando chove, é em um ou dois dias, geralmente com a passagem de uma frente fria.

O ar seco vai predominar nesse período, fazendo com que os níveis de umidade do ar fiquem muito baixos, entre 20% e 30%, principalmente nas áreas mais afastadas do litoral. Esse ar seco pode causar desconfortos respiratórios e exige cuidados com a saúde.

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Frio é provocado por massas de ar polar

O frio típico de junho é causado pela chegada de massas de ar polar. Essas massas de ar frio são comuns no Sul, Sudeste e Centro-Oeste e podem derrubar as temperaturas rapidamente. Em alguns dias, os termômetros podem até marcar temperaturas negativas em partes do Sul.

Mais frequentes no Sul, as geadas também podem acontecer no Sudeste e em áreas de Mato Grosso do Sul. Em junho, há maior chance até mesmo de neve nas serras do Sul.

As geadas – camadas de gelo que se formam sobre superfícies expostas – devem ocorrer com mais frequência este mês no Sul, Sudeste e Centro-Oeste. Crédito: Yau Ming Low – Shutterstock

O nevoeiro também é comum nesta época, principalmente no Sul e Sudeste. Ele costuma aparecer nas manhãs frias e pode prejudicar a visibilidade nas estradas e nos aeroportos. É preciso atenção especial nesses horários.

Outro fenômeno de destaque em junho é a grande amplitude térmica. Isso quer dizer que a diferença entre a temperatura mínima e a máxima do dia pode ser muito alta. Em alguns lugares, os termômetros marcam 10 °C de manhã e passam dos 25 °C à tarde.

Esse contraste acontece porque as noites sem nuvens facilitam o resfriamento do ar, enquanto a presença do sol durante o dia aquece rapidamente. Mesmo sem ar polar, o frio da madrugada pode ser forte por causa desse processo de perda de calor durante a noite.

Em resumo, junho de 2025 será um mês típico de transição para o inverno, com frio mais intenso no Centro-Sul, calor no interior do país, pouca chuva na maioria das regiões e chuvas concentradas no litoral do Nordeste.

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Mundo caminha para novos recordes de temperatura até 2029

As temperaturas globais devem permanecer em níveis recordes ou próximos disso até 2029, segundo a nova atualização climática da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgada nesta quarta-feira (28).

O relatório, conforme revela o G1, aponta que há 80% de chance de pelo menos um dos próximos cinco anos superar 2024, tornando-se o ano mais quente já registrado.

Anos nunca foram tão quentes, e situação deve piorar

  • O alerta reforça que vivemos os dez anos mais quentes da história recente, sem sinais de alívio climático à vista.
  • Segundo a OMM, há 86% de probabilidade de a temperatura média global ultrapassar 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais (1850-1900) em pelo menos um ano até 2029.
  • Para o período completo de 2025 a 2029, essa chance é de 70%.
  • Esse limite de 1,5 °C é considerado o “ponto seguro” para evitar os efeitos mais severos das mudanças climáticas — como secas extremas, derretimento de geleiras e aumento do nível do mar.
Temperaturas globais devem seguir em alta, com efeitos extremos já visívei – Imagem: Bigc Studio/Shutterstock

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Previsões preocupantes

A previsão é de aquecimento mais intenso no Ártico, redução do gelo marinho e mudanças significativas nos padrões de chuva, como mais secas na Amazônia e mais chuvas no sul da Ásia.

Diante desse cenário, o Acordo de Paris ganha ainda mais relevância. Firmado em 2015, ele visa manter o aquecimento global abaixo de 2 °C e buscar limitar o aumento a 1,5 °C. A COP30, marcada para 2025 em Belém (PA), será crucial para revisar os compromissos nacionais e reforçar as metas climáticas.

Ilustração de planeta Terra esquentando por conta das mudanças climáticas
COP30 será decisiva para reforçar ações climáticas (Imagem: 418studio/Shutterstock)

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Prepare os casacos: frente fria chegará em todo o país a partir de hoje

Vai esfriar em muitas regiões do país! Dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) indicam a chegada de uma nova frente fria ao Rio Grande do Sul entre esta terça (27) e quarta-feira (28).

O encontro entre massas de ar quente e frio deve provocar condições de tempo severo, especialmente na Região Sul e em áreas do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

Segundo o Inmet, o sistema trará não apenas chuva, mas uma queda acentuada nas temperaturas.

Uma intensa massa de ar frio, impulsionada por um anticiclone que atua na retaguarda da frente fria, deve se deslocar para latitudes mais baixas, alcançando Rondônia, Acre e sul do Amazonas — configurando o episódio de friagem mais intenso de 2025 na Amazônia até agora.

Na quinta-feira (29), há possibilidade de neve pontual nas serras gaúcha e catarinense, caso se mantenham as condições de frio intenso com umidade. As mínimas devem ficar entre 3°C e 5°C em vários pontos do Sul, com risco de temperaturas negativas nas regiões de maior altitude.

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Sistema polar poderá provocar neve, geadas, friagem na Amazônia e ventos de até 100 km/h (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

O fenômeno pode ainda favorecer geada ampla no Sul e também em partes do sul de Mato Grosso do Sul.

A previsão do Climatempo aponta duas ondas de frio:

  • Primeira onda: avanço da frente fria entre hoje e amanhã com chuva no Sul e instabilidades em São Paulo e no Centro-Oeste;
  • Segunda onda: reforço do ar polar entre 31 de maio e 1º de junho, com potencial para recordes de frio no Sudeste, Centro-Oeste e parte do Norte.
  • As temperaturas poderão atingir -3°C a -5°C nas áreas mais altas do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina, com mínimas abaixo dos 5°C em centenas de municípios da Região Sul.

Ciclone extratropical e ventos intensos

A MetSul Meteorologia alerta para a possibilidade de formação de um ciclone extratropical na quinta-feira (29), sobre o Atlântico, ao largo da costa do Rio Grande do Sul.

O fenômeno pode gerar rajadas de vento de até 100 km/h, especialmente no Sul e Leste do estado, além de provocar ressaca no litoral do Sul e Sudeste. Especialistas ressaltam que ainda há incertezas quanto à intensidade e à posição exata do ciclone.

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Inmet e Climatempo alertam para queda brusca nas temperaturas (Imagem: Cris Faga/Shutterstock)

Sudeste e Centro-Oeste: tempo seco, mas com previsão de queda brusca nas temperaturas

Enquanto a frente fria ainda não chega, o ar seco predomina sobre grande parte do Sudeste, mantendo o sol e elevando as temperaturas durante o dia em São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.

No entanto, a expectativa é de queda acentuada nas mínimas a partir da quinta-feira (30), com possibilidade de temperaturas abaixo de 10°C em várias áreas.

No interior paulista e oeste mineiro, a umidade relativa do ar deve cair para níveis abaixo de 30%, cenário que se repete no Centro-Oeste, especialmente em Mato Grosso do Sul, leste de Mato Grosso, Goiás e Distrito Federal.

O bloqueio atmosférico que vinha impedindo o avanço de frentes frias sobre a região deve ser rompido com a chegada dessa massa polar.

Atenção para a chuva no Sul

Nesta terça-feira, segundo a Climatempo, a nova frente fria reforça as instabilidades sobre o Rio Grande do Sul, oeste de Santa Catarina e do Paraná. Atenção maior para a faixa oeste e a região da Campanha no Rio Grande do Sul, onde há risco de tempestades, com chuva volumosa, raios, ventos fortes e até queda de granizo.

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Microsoft lança IA que prevê clima com precisão e velocidade inéditas

A Microsoft apresentou, nesta semana, o Aurora, modelo de inteligência artificial (IA) capaz de prever, com alta precisão, eventos climáticos, como furacões, tufões, tempestades de areia e qualidade do ar.

Segundo a empresa explicou em seu blog, a tecnologia supera abordagens meteorológicas tradicionais tanto em velocidade quanto em exatidão.

Treinado com mais de um milhão de horas de dados — incluindo imagens de satélites, leituras de radares e previsões históricas — o Aurora pode ser refinado com novos dados para fornecer previsões detalhadas para eventos específicos. Um estudo sobre o modelo também foi publicado na revista Nature.

O modelo Aurora foi treinado com mais de 1 milhão de horas de dados – Imagem: Microsoft

Testes com a tecnologia foram bem sucedidos

  • Em testes, o Aurora antecipou, com quatro dias de antecedência, a chegada do tufão Doksuri às Filipinas e superou o desempenho do Centro Nacional de Furacões dos EUA na previsão de trajetórias de ciclones tropicais entre 2022 e 2023;
  • A IA também acertou a rota da tempestade de areia que atingiu o Iraque em 2022;
  • Apesar de exigir grande poder computacional para o treinamento, a Microsoft afirma que o Aurora é extremamente eficiente em operação, gerando previsões em segundos, enquanto sistemas tradicionais levam horas em supercomputadores.

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Modelo da Microsoft já está operando em aplicativo de tempo

A empresa já incorporou o modelo ao aplicativo MSN Weather, em versão adaptada que fornece previsões horárias, inclusive sobre cobertura de nuvens. O código e os pesos do modelo estão disponíveis publicamente para pesquisadores.

A Microsoft posiciona o Aurora como um avanço significativo para a ciência climática — e um reforço estratégico frente a concorrentes, como o Google DeepMind, que também desenvolve IAs meteorológicas, como o WeatherNext.

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Modelo da Microsoft prevê fenômenos atmosféricos com alta velocidade e precisão (Imagem: Faqih Al Kautsar/Shutterstock)

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Frente fria: cinco capitais podem registrar recorde de frio no fim de semana

O avanço de uma frente fria intensa pelo país deve mudar o cenário climático em diversas capitais brasileiras neste fim de semana. Além da previsão de chuvas volumosas, principalmente no Sudeste, o sistema deve provocar um declínio acentuado nas temperaturas em parte do Sul, Sudeste e Centro-Oeste.

Segundo a Climatempo, pelo menos cinco capitais poderão registrar as menores temperaturas do ano nos próximos dias. As previsões indicam mínima de 13 °C em Porto Alegre e 12 °C em Curitiba no sábado, enquanto Florianópolis deve chegar a 16 °C. Já no domingo, a capital paulista deve amanhecer com 15 °C, e Belo Horizonte, com 17 °C.

São Paulo deve acordar com frio neste domingo (6) (Imagem: Thiago Domingues Vieira / Shutterstock.com)

Queda de temperatura e alerta amarelo

  • O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) aponta que todos os estados da região Sul, além de São Paulo, Mato Grosso do Sul, sul de Minas Gerais e boa parte do Rio de Janeiro, devem enfrentar quedas entre 3 °C e 5 °C ao longo do fim de semana.
  • Em razão desse declínio, o Inmet emitiu um alerta meteorológico amarelo, indicando “perigo potencial” associado à queda das temperaturas.
  • De acordo com os meteorologistas, essa pode ser a frente fria mais intensa do outono, com potencial para ser também a mais forte do ano até o momento.
  • O sistema deve trazer temporais expressivos, especialmente em São Paulo e no Rio de Janeiro.

Chuvas acima da média e alerta vermelho

As projeções indicam que áreas entre o litoral norte paulista e o centro-sul fluminense podem acumular mais de 100 milímetros de chuva por dia nos próximos dias. No litoral de São Paulo, os volumes podem ultrapassar 200 milímetros entre quinta e domingo. A continuidade das precipitações em curto espaço de tempo é o que mais preocupa os especialistas.

No Rio de Janeiro, a Climatempo alerta para volumes excepcionais, com acumulados entre ontem e domingo que podem superar a média histórica de chuvas para todo o mês de abril. Em algumas localidades, o total pode chegar a 350 milímetros.

Diante dos riscos associados aos temporais, o Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu alertas para situações de risco em regiões de São Paulo e do Rio de Janeiro, incluindo a cidade de Petrópolis. Já o Inmet divulgou um aviso meteorológico vermelho, de “grande perigo”, para os altos acumulados previstos no centro-norte fluminense e no sul do Espírito Santo, pelo menos até o final deste sábado (5).

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Ventos fortes e risco de ressaca no litoral

A frente fria será seguida por uma área de alta pressão, que deve provocar ventos intensos com rajadas que podem chegar a 90 km/h entre Santa Catarina e o Rio de Janeiro.

A Marinha também emitiu alerta de ressaca para o litoral paulista e fluminense, com previsão de ondas de até 3 metros ao longo do fim de semana. A agitação marítima também pode atingir o litoral do Espírito Santo, elevando o risco em áreas costeiras.

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Litorais de Rio de Janeiro e São Paulo estão sob alerta de ressaca (Imagem: Bruno Martins Imagens / Shutterstock.com)

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