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Microplásticos podem ameaçar as plantas

Os microplásticos já foram identificados em praticamente todos os órgãos humanos, podendo gerar graves problemas de saúde. Estes pequenos materiais de menos de cinco milímetros também se espalham pela natureza, em rios, oceanos e até no solo.

Isso quer dizer que eles também causam prejuízos nos animais. De acordo com um novo estudo, a concentração destas substâncias dentro de abelhas ameaça as populações deste inseto, além de poder interromper o processo de polinização das plantas.

Impactos das substâncias na população de abelhas

Durante o experimento, os pesquisadores identificaram que o acúmulo de microplásticos reduziu a taxa de sobrevivência das abelhas. Isso porque estes materiais causam danos estruturais às paredes intestinais dos insetos, elevando os níveis de estresse oxidativo.

Além disso, as substâncias alteraram as comunidades microbianas intestinais, com a diminuição de Lactobacillus e o aumento da Bartonella. Isso pode interromper as vias metabólicas, o que inviabiliza a vida destes insetos.

Abelhas são fundamentais para o processo de polinização (Imagem: slowmotiongli/Shutterstock)

Os cientistas ainda destacam que a descoberta sugere impactos para a polinização das plantas. As abelhas desempenham um papel fundamental neste processo, contribuindo para a reprodução e o desenvolvimento de muitas espécies vegetais. 

Elas coletam pólen das flores para alimentar suas larvas e, ao voarem de flor em flor, transportam o pólen para outras flores, facilitando a fecundação e a produção de frutos e sementes. As conclusões foram descritas em estudo publicado na revista Environmental Toxicology and Pharmacology.

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Presença de microplásticos na natureza é preocupante (Imagem: Deemerwha studio/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sanguecérebrocoração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

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Poluição de microplásticos pode ser pior do que imaginávamos

Um novo estudo do Centro de Biodiversidade Naturalis, na Holanda, sugere que a extensão da contaminação de microplásticos em ecossistemas de água doce é maior do que os cientistas imaginavam.

Os pesquisadores examinaram larvas de tricópteros, pequenos insetos que constroem invólucros protetores ao redor de si mesmos usando material vegetal, areia e pequenas pedras em seu ambiente.

Coletados nas décadas de 1970 e 1980, os invólucros são provenientes de riachos límpidos considerados intocados na época. Mas a pesquisa identificou partículas de plástico nas estruturas, indicando a contaminação já em 1971.

“A inclusão de plástico no invólucro de uma tricóptera significa que o plástico está entrando na cadeia alimentar”, disse o principal autor do estudo, Auke-Florian Hiemstra, ao site Live Science. “Se os tricópteros são afetados por microplásticos há mais de meio século, isso significa que o ecossistema em geral também é afetado.”

Os pesquisadores utilizaram a técnica de análise de raios X por dispersão de energia para revelar elementos químicos e aditivos comumente associados a plásticos dentro dos tricópteros.

Pesquisadores descobriram que esta carcaça de tricóptero de 1971 contém microplástico (Imagem: Auke-Florian Hiemstra/Reprodução)

A falta da dimensão real do problema

Hiemstra alerta que o impacto dos microplásticos nos sistemas de água doce são objeto de apenas 4% dos estudos atuais sobre microplásticos. Isso dificulta a visualização do real panorama do problema, segundo ele.

Apesar de a presença de microplásticos na década de 2000 ser bem documentada, a cronologia histórica da poluição ainda é vaga. A falta de dados históricos compromete uma avaliação sobre o impacto nos ecossistemas e nas populações humanas.

Microplásticos são pequenos fragmentos de polímeros sintéticos que podem levar de centenas a milhares de anos para se degradar. Eles são definidos como tendo entre 1 micrômetro e 5 milímetros de comprimento.

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Questão de saúde pública

O efeito dos microplásticos no corpo humano ainda são objeto de estudo, assim como produtos químicos presentes nos plásticos, incluindo ftalatos e substâncias perfluoroalquílicas e polifluoroalquílicas (PFAS).

Um close-up de uma carcaça de tricóptero de 1986 (Imagem: Auke-Florian Hiemstra/Reprodução)

Pesquisas iniciais relacionaram a exposição ao plástico ao risco de diversas condições de saúde, incluindo doenças cardíacas, doenças pulmonares, câncer e doença de Alzheimer. Apesar disso, a associação exata ainda é incerta, segundo a reportagem.

“Com o aumento das taxas de câncer entre os jovens e a crescente exposição [a microplásticos] desde a infância, os potenciais riscos à saúde a longo prazo — especialmente para aqueles expostos no útero — continuam sendo uma grande preocupação”, disse Bernardo Lemos, professor de farmacologia e toxicologia na Universidade do Arizona.

“Nossa compreensão dos potenciais danos da exposição a microplásticos é muito preliminar neste estágio”, afirmou. “Será interessante documentar como a abundância e a qualidade dos microplásticos mudam ao longo das décadas.”

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O que é microplástico?

Quando pensamos em poluição, geralmente imaginamos grandes objetos descartados incorretamente na natureza, como garrafas plásticas, embalagens ou sacolas.

No entanto, existe uma forma de poluição plástica que nem sempre conseguimos enxergar, mas que está presente em praticamente todos os ambientes do planeta, inclusive nos alimentos que ingerimos.

São os chamados microplásticos: pequenos fragmentos de plástico com menos de cinco milímetros de diâmetro, tão minúsculos que muitas vezes só são visíveis com o uso de microscópios.

Os microplásticos e suas divisões

Os microplásticos podem ser divididos em duas categorias principais. A primeira inclui aqueles fabricados já em formato reduzido, que são amplamente utilizados em produtos do nosso dia a dia, como cosméticos, produtos de higiene pessoal, esfoliantes, tintas e tecidos sintéticos.

Exemplos de microplásticos (Imagem: SIVStockStudio/Shutterstock)

A segunda categoria abrange aqueles que surgem a partir da decomposição gradual de objetos maiores, resultado da ação do sol, do vento e das ondas, que quebram o plástico em pedaços cada vez menores.

Essas partículas se tornaram uma preocupação ambiental devido à sua grande capacidade de persistir no ambiente.

Diferentemente dos materiais orgânicas, que podem ser decompostos em períodos relativamente curtos, os plásticos são extremamente resistentes e levam centenas de anos para se degradar completamente. Enquanto isso não acontece, eles permanecem nos oceanos, rios, solos e até no ar que respiramos.

Consequências da ingestão dos microplásticos

A presença generalizada dos microplásticos tem consequências negativas não só para a fauna e a flora, mas também para os seres humanos.

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Microplásticos foram encontradas em todas as localidades analisadas (Imagem: Uladzimir Zuyeu/iStock)

Muitos animais, especialmente aqueles que vivem nos oceanos, confundem essas pequenas partículas com alimento.

Ao ingerirem microplásticos, acabam obstruindo o trato digestivo, prejudicando a absorção de nutrientes e até mesmo causando a morte. Além disso, essas partículas podem acumular substâncias químicas tóxicas, como pesticidas e metais pesados, potencializando ainda mais o risco para os organismos que as consomem.

No caso dos humanos, a ingestão de microplásticos ocorre de forma indireta, mas frequente. Estudos já identificaram a presença dessas partículas em alimentos como peixes, frutos do mar, sal e até mesmo em água potável, tanto engarrafada quanto da torneira.

O efeito dessas partículas sobre a saúde humana ainda não está completamente esclarecido, mas há preocupações legítimas quanto à possibilidade de os microplásticos provocarem inflamações, perturbações hormonais e até mesmo facilitarem a absorção de compostos tóxicos pelos órgãos do corpo humano.

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Além dos impactos diretos na saúde, a presença dos microplásticos prejudica gravemente os ecossistemas marinhos e terrestres, podendo levar ao desequilíbrio das cadeias alimentares e à redução da biodiversidade.

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Macaco-prego com filhote nas costas em galho de árvore na floresta tropical da Costa Rica. Imagem: Steve Bruckmann / Shutterstock

Espécies essenciais para o equilíbrio ecológico acabam sofrendo, com reflexos negativos na produtividade e sustentabilidade desses ambientes.

Como reduzir os microplásticos

A redução dos microplásticos é possível por meio de mudanças nos hábitos de consumo, especialmente evitando produtos descartáveis, optando por produtos biodegradáveis e participando ativamente de iniciativas de reciclagem e descarte adequado do lixo.

Diversas pesquisas também vêm buscando soluções para remover essas partículas do meio ambiente, através de filtros, barreiras e novas tecnologias. Porém, a verdadeira solução passa por conscientização global e por políticas ambientais mais eficazes, que limitem o uso excessivo de plástico em escala mundial.

Com informações de NOAA.

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Há algo (quase) invisível que pode piorar a aparência humana

Para mostrar os possíveis efeitos da exposição a microplásticos, a empresa britânica de reciclagem Business Waste encomendou uma simulação por inteligência artificial (IA). A proposta foi visualizar o impacto dos microplásticos na pele de um homem e uma mulher jovens e saudáveis, em três níveis diferentes de exposição – baixo, médio e alto.

Cada vez mais estudos revelam que os microplásticos – presentes em alimentos, roupas e até no ar – podem se acumular no organismo humano. E esses fragmentos minúsculos são capazes de desregular hormônios, ressecar a pele, causar inflamações e até alterar o peso corporal.

De pele seca a inflamações graves: os possíveis efeitos da exposição a microplásticos

No primeiro nível, chamado de “baixo“, os modelos estariam em contato com microplásticos por meio de alimentos, bebidas e do ambiente comum. A IA mostrou sinais como pele seca, vermelhidão e irritação, indicando desequilíbrio hormonal.

(Imagem: Business Waste)
Ilustração feita por inteligência artificial mostrando possíveis efeitos de exposição baixa a microplásticos no rosto de um homem
(Imagem: Business Waste)

Com exposição média, os efeitos se intensificam. Os indivíduos consumiriam mais alimentos processados embalados em plástico e frutos do mar contaminados. Também usariam roupas de tecidos sintéticos, como náilon e poliéster. A pele dos modelos aparece com sinais de oleosidade excessiva e envelhecimento precoce.

Ilustração feita por inteligência artificial mostrando possíveis efeitos de exposição média a microplásticos no rosto de uma mulher
(Imagem: Business Waste)
Ilustração feita por inteligência artificial mostrando possíveis efeitos de exposição média a microplásticos no rosto de um homem
(Imagem: Business Waste)

No nível alto, a simulação representa pessoas que trabalham em ambientes com alto contato com plásticos, como fábricas e centrais de reciclagem.

As imagens indicam inflamações graves na pele, descoloração, caroços e lesões que não cicatrizam. Os lábios e dedos podem adquirir tom azulado.

Também aparecem queda de cabelo, mudanças de peso e alterações hormonais, como ciclos menstruais irregulares.

Ilustração feita por inteligência artificial mostrando possíveis efeitos de exposição alta a microplásticos no rosto de uma mulher
(Imagem: Business Waste)
Ilustração feita por inteligência artificial mostrando possíveis efeitos de exposição alta a microplásticos no rosto de um homem
(Imagem: Business Waste)

“É evidente que há muitos sinais preocupantes de como essa poluição pode nos afetar”, disse Mark Hall, especialista em resíduos plásticos da empresa responsável pelo relatório, em comunicado.

As imagens que geramos são baseadas em descobertas desses estudos e mostram resultados alarmantes, mas esperamos que façam as pessoas prestar atenção ao problema maior.

Mark Hall, especialista em resíduos plásticos

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O que fazer, então?

Entre as recomendações da equipe estão:

  • Evitar plásticos descartáveis;
  • Filtrar a água;
  • Dar preferência a tecidos naturais (algodão, por exemplo);
  • Consumir menos frutos do mar;
  • Trocar utensílios plásticos por madeira, vidro ou outros materiais seguros.

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Perigo invisível invade rios da Europa

Níveis “alarmantes” de microplástico foram encontrados em grandes rios da Europa, de acordo com cientistas em 14 estudos publicados simultaneamente nesta segunda-feira (07), segundo informações da AFP.

A poluição por microplásticos foi detectada em todos os rios europeus estudados, com uma média de três partículas por metro cúbico de água, segundo um dos estudos, liderado pelo cientista francês Jean-François Ghiglione.

A pesquisa envolveu nove grandes rios, como o Tâmisa e o Tibre, e revelou uma poluição alarmante, embora em níveis inferiores aos dos rios mais poluídos do mundo, como o Yangtze e o Ganges.

No entanto, os estudos destacam que, em rios como o Ródano, o fluxo rápido resulta em até 3.000 partículas por segundo.

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Nove grandes rios europeus foram estudados, levando a revelação preocupante sobre poluição de microplásticos (Imagem: Sansoen Saengsakaorat/Shutterstock)

Partículas invisíveis se espalham

  • Uma descoberta surpreendente foi que a massa de microplásticos invisíveis, que não podem ser vistas a olho nu, é mais significativa que a de partículas visíveis.
  • Esses microplásticos, menores que um grão de arroz, incluem fibras sintéticas de roupas, resíduos de pneus e pellets plásticos industriais, conhecidos como “lágrimas de sereia”.
  • Esses grânulos plásticos podem ser encontrados também nas praias após incidentes marítimos.

Além disso, os pesquisadores identificaram uma bactéria patogênica associada a um microplástico no rio Loire.

Os estudos, que contaram com a colaboração de 40 cientistas de 19 laboratórios, sugere que a poluição plástica nos rios é difundida e originada de diversas fontes, incluindo a produção industrial de plástico.

Os cientistas alertam para a necessidade urgente de reduzir a produção de plástico primário para combater essa poluição crescente.

Poluição de microplásticos em rios da Europa motivou um alerta dos cientistas para a região – Imagem: Deemerwha studio/Shutterstock

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Startup quer remover o microplástico que está dentro de você

Os microplásticos já foram encontrados em praticamente todos os lugares do planeta. E não é diferente dentro do nosso corpo. Estes pequenos materiais foram detectados em quase todos os órgãos humanos, acendendo um sinal de alerta.

Para tentar reverter este acúmulo de plástico, que pode ser bastante prejudicial para o nosso organismo, uma startup quer remover estas substâncias do sangue.

Trata-se da Clarify Clinics, uma clínica sediada em Londres, no Reino Unido.

Startup promete limpar o sangue dos pacientes

Durante o processo, amostras de sangue do paciente são colhidas e levadas para uma máquina que separa o plasma das células sanguíneas. Esse plasma é, então, filtrado através de uma coluna que supostamente retém microplásticos e outros produtos químicos indesejáveis.

“Limpeza” acontece a partir de amostras de sangue colhidas (Imagem: angellodeco/Shutterstock)

Ao final, ele é misturado de volta com as células sanguíneas e bombeado de volta para o paciente. Ao todo, o trabalho dura até duas horas, tempo suficiente para processar de 50 a 80% do volume do plasma sanguíneo.

A startup garante que o procedimento é seguro e que não causa dor ou outros efeitos adversos. Os tratamentos oferecidos custam a partir de US$ 12.500 (cerca de R$ 70 mil). As informações são do portal WIRED.

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Amostra de microplásticos na água, armazenados em um pequeno vidro
Presença de microplásticos nas nossas vidas é preocupante (Imagem: MargJohnsonVA/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sanguecérebrocoração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

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Cientistas criam plástico que se dissolve na água e não gera microplásticos

A poluição causada pelos plásticos tem gerado um grave problema ambiental. Mas uma alternativa acaba de ser desenvolvida por pesquisadores japoneses do RIKEN. Eles criaram um produto que se dissolve rapidamente na água.

Além disso, este novo composto não deixa rastros de microplásticos. Ao invés disso, ele se decompõe em nitrogênio e fósforo, que são nutrientes úteis para plantas e micróbios, tornando o produto benéfico para o meio ambiente.

Material é resistente e pode ser usado de diversas formas

Depois de examinar uma variedade de moléculas, os pesquisadores identificaram uma combinação específica de hexametafosfato de sódio, que é um aditivo alimentar comum, e monômeros à base de íons guanidínio, que são usados em fertilizantes. Ao serem misturados em água, eles formam um material viscoso que pode formar plásticos.

Uma reação entre os dois ingredientes cria “pontes de sal” entre as moléculas que tornam o material forte e flexível, como o plástico convencional. No entanto, quando eles são embebidos em água salgada, os eletrólitos desbloqueiam essas ligações e o material se dissolve.

Representação artística do novo plástico biodegradável (Imagem: divulgação/RIKEN)

Na prática, a equipe descobriu que o material era tão forte quanto o plástico normal durante o uso e não era inflamável, incolor e transparente. Imerso na água, porém, o plástico se dissolveu completamente em cerca de oito horas e meia.

Dessa forma, a criação de uma simples fissura na superfície é suficiente para deixar a água entrar, permitindo que todo o material se dissolva. As descobertas foram descritas em estudo publicado na revista Science.

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Amostra de microplásticos na água, armazenados em um pequeno vidro
Presença de microplásticos nas nossas vidas é preocupante (Imagem: MargJohnsonVA/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sanguecérebrocoração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

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“Microlimpadores” inovadores podem capturar microplásticos na água

Pesquisadores da Universidade Estadual da Carolina do Norte desenvolveram “microlimpadores”, dispositivos experimentais projetados para capturar microplásticos nas águas, em vez de apenas filtrá-los passivamente.

Um artigo sobre a pesquisa foi publicado recentemente no jornal Advanced Functional Materials.

Microplásticos, fragmentos de plástico menores que 5 milímetros, são encontrados em corpos d’água ao redor do mundo e vêm de diversas fontes, como resíduos plásticos, roupas sintéticas e pneus de carros.

Embora ainda não se saiba totalmente o impacto da ingestão dessas partículas na saúde humana, elas frequentemente atraem bactérias nocivas, e definitivamente não deveríamos comer ou beber esses micróbios ao ingerir os microplásticos.

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Este diagrama mostra como os microlimpadores usam colóides dendríticos macios para coletar partículas microplásticas submersas e, em seguida, trazê-las para a superfície – Imagem: Orlin Velev/Universidade Estadual da Carolina do Norte

Como são os microlimpadores

  • Os microlimpadores, compostos por pellets feitos de quitosana (biopolímero derivado de resíduos de mariscos), são projetados para capturar microplásticos à medida que se movem pela água.
  • Cada pellet contém eugenol, um óleo vegetal que reduz a tensão superficial e permite que ele se mova enquanto captura as partículas plásticas.
  • Além disso, os pellets contêm magnésio e são revestidos com gelatina solúvel em água.
  • Quando a gelatina se dissolve, o magnésio reage com a água, criando bolhas que fazem o pellet subir à superfície, carregando os microplásticos com ele.

Os testes de laboratório demonstraram que os pellets podem ficar submersos por até 30 minutos antes de subirem à superfície, formando uma espuma que pode ser facilmente retirada e descartada. A quitosana usada nos microlimpadores pode ser recuperada e reutilizada para produzir novos pellets.

Cada partícula coloidal dendrítica macia que agarra microplásticos ostenta uma rede de braços pegajosos – Imagem: Haeleen Hong/Universidade Estadual da Carolina do Norte

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Mascar chiclete pode trazer um ‘problema invisível’

Um novo estudo aponta um efeito prejudicial causado por um comportamento bastante comum: mascar chiclete. Segundo os pesquisadores, a goma de mascar libera centenas de microplásticos diretamente nas nossas bocas.

O trabalho foi apresentado em uma reunião da Sociedade Americana de Química e revisado por outros especialistas, mas ainda não foi publicado. Apesar da conclusão, os cientistas não sabem ao certo que tipos de efeito isso pode ter na saúde humana.

As pequenas partículas foram identificadas em todos os produtos analisados

Durante a pesquisa, cinco marcas de goma de mascar sintética e outras cinco naturais, que usam polímeros à base de plantas, como a seiva das árvores, foram testadas. A equipe identificou a presença das pequenas partículas de plástico em todas elas.

As pequenas partículas de plástico também estão presentes nos chicletes (Imagem: Deemerwha studio/Shutterstock)

De acordo com o estudo, quase todos os microplásticos são liberados nos primeiros oito minutos de mastigação. Um grama de chiclete liberou, em média 100 microplásticos, mas alguns produtos podem liberar mais de 600.

Isso significa que pessoas que mascam cerca de 180 chicletes por ano podem ingerir cerca de 30 mil microplásticos. O número é considerado alto, mas é menor do que o consumo de um litro de água em uma garrafa plástica, por exemplo: em média, 240 mil microplásticos. As informações são da AFP.

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Amostra de microplásticos na água, armazenados em um pequeno vidro
Presença de microplásticos nas nossas vidas é preocupante (Imagem: MargJohnsonVA/Shutterstock)

Riscos dos microplásticos

  • Os microplásticos são pequenas partículas sólidas de materiais baseados em polímero com menos de cinco milímetros de diâmetro.
  • Além de levar milhares, ou até milhões de anos para se decompor, elas estão espalhadas por todo o planeta, inclusive na própria água potável.
  • Essas substâncias podem ser divididas em duas categorias: primárias e secundárias.
  • Os primários são projetados para uso comercial: são produtos como cosméticos, microfibras de tecidos e redes de pesca.
  • Já os secundários resultam da quebra de itens plásticos maiores, como canudos e garrafas de água.
  • Este tipo de material já foi detectado em diversos órgãos humanos, sendo encontrados no sanguecérebrocoração, pulmões, fezes e até mesmo em placentas.
  • Embora os impactos à saúde humana ainda não sejam totalmente conhecidos, experimentos indicam que as substâncias podem ser consideradas um fator ambiental para a progressão de doenças, como o Parkinson.
  • Recentemente, estudos sugeriram que a exposição aos microplástiscos pode, inclusive, afetar a produção de espermatozoides nos testículos, contribuindo para o declínio da fertilidade.

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Microplásticos contaminam áreas marinhas protegidas no Brasil

Nem mesmo áreas marinhas protegidas (AMPs) — áreas com diversas restrições para atividade humana — estão livres da contaminação por microplásticos no Brasil. É o que mostra um estudo feito por cientistas brasileiros e australianos e publicado na revista Environmental Research.

Pela classificação internacional, microplásticos podem ter até cinco milímetros de diâmetro, fabricados para uso industrial ou cosmético. As partículas também podem resultar da fragmentação de plásticos maiores, contaminando o oceano a partir da decomposição do lixo marinho, por exemplo.

Na nova pesquisa, a equipe usou ostras, mariscos e mexilhões para apurar o nível da contaminação em dez AMPs: Parque Nacional de Jericoacoara, Atol das Rocas, Fernando de Noronha, Rio dos Frades, Abrolhos, Tamoios, Alcatrazes, Guaraqueçaba, Carijós e Arvoredo.

Arquipélago de Alcatrazes, no litoral de São Paulo, concentra a maior taxa de contaminação (Imagem: MatheusHonorato/iStock)

Os moluscos bivalves são considerados “sentinelas do mar”, já que se alimentam filtrando a água-marinha. Os alimentos ali presentes são retidos pelas brânquias, tipo de peneira que pode ser analisada posteriormente para indicar possíveis contaminantes.

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Descobertas da pesquisa sobre microplásticos em AMPs brasileiras

  • Microplásticos foram encontrados em todas as localidades analisadas, com concentração média de 0,42 ± 0,34 partícula por grama de tecido úmido;
  • O Refúgio de Vida Silvestre do Arquipélago de Alcatrazes, no litoral de São Paulo, concentra a maior taxa de contaminação entre as áreas estudadas;
  • A Reserva Biológica do Atol das Rocas, no Rio Grande do Norte, apresentou o menor volume dessas partículas;
  • Os principais microplásticos encontrados foram polímeros alquídicos, utilizados em tintas e vernizes; celulose; polietileno tereftalato (PET); e politetrafluoretileno (PTFE ou teflon), usado em revestimentos antiaderentes e industriais;
  • A pesquisa conseguiu identificar 59,4% deles, mas os 40,6% não puderam ser descritos.
Atol das Rocas possui o menor volume de microplásticos entre AMPs (Imagem: ICMBio)

“O dado positivo é que a contaminação em todas essas áreas está abaixo da média internacional para áreas marinhas protegidas. E muito abaixo da média brasileira para áreas não protegidas. Locais muito contaminados, como Santos e algumas praias do Rio de Janeiro, chegam a apresentar contaminações de 50 a 60 vezes maior”, disse Ítalo Braga, professor do Instituto do Mar da Universidade Federal de São Paulo (IMar-Unifesp), à Agência Fapesp.

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