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O contra-ataque russo com mais de 400 drones e 40 mísseis

A esperada e anunciada resposta da Rússia na guerra contra a Ucrânia aconteceu. O país lançou um ataque de grande escala com drones e mísseis contra a capital da Ucrânia e outras partes do país nesta sexta-feira (6).

Segundo as autoridades ucranianas, pelo menos três pessoas morreram e 49 ficaram feridas. Já o Ministério da Defesa russo disse que a ofensiva teve como alvo instalações militares e que foi uma resposta a “atos terroristas do regime de Kiev”.

Centenas de drones de ataque foram utilizados pelo exército russo durante a mais nova ofensiva contra os ucranianos (Imagem: Mike Mareen/Shutterstock)

Ofensiva aconteceu por terra, ar e mar

O governo da Rússia afirmou que suas forças armadas “lançaram durante a noite um ataque maciço com armas aéreas, marítimas e terrestres de longo alcance de alta precisão”. Mais de 400 drones e 40 mísseis foram utilizados na ação.

As autoridades dizem que os ataques ainda incluíram 38 mísseis de cruzeiro. O armamento foi alvo de uma operação da Ucrânia no último domingo, o que sugere que a ofensiva russa pode ser uma sinalização de força do Kremlin e uma mensagem aos aliados ucranianos.

Vladimir Putin com o punho erguido próximo ao queixo
Presidente da Rússia, Vladimir Putin, havia prometido responder a ataque ucraniano (Imagem: miss.cabul/Shutterstock)

Em Kiev, capital da Ucrânia, um prédio residencial foi atingido e o sistema de trens da cidade foi interrompido após bombardeios danificarem os trilhos do metrô. Dezenas de milhares de civis fugiram para abrigos subterrâneos.

O Ministério da Defesa russo ainda informou que defesas aéreas do país derrubaram 174 drones ucranianos nas últimas horas em partes da Rússia, além da Crimeia. Mísseis de cruzeiro antinavio Neptune também foram interceptados sobre o Mar Negro. As informações são da BBC.

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Últimos acontecimentos afastam ainda mais a possibilidade de um cessar-fogo na região (Imagem: Svet foto/Shutterstock)

Resposta russa a um dos maiores ataques já feitos pela Ucrânia

  • O ataque russo ocorreu após o presidente do país, Vladimir Putin, alertar o presidente dos EUA, Donald Trump, que responderia a uma ofensiva da Ucrânia contra bases aéreas da Rússia.
  • Na ocasião, drones ucranianos atacaram aeródromos em cinco regiões russas que se estendem por cinco fusos horários.
  • Várias aeronaves pegaram fogo na região de Murmansk, perto da fronteira com a Noruega.
  • O local abriga um dos principais aeródromos estratégicos da Rússia, hospedando aeronaves com capacidade nuclear.
  • A região de Irkutsk, no leste da Sibéria, também foi bombardeada, o que representa o primeiro ataque ao local desde o início da guerra, em fevereiro de 2022.
  • De acordo com as autoridades ucranianas, cerca de 30% dos bombardeiros estratégicos de longo alcance russos foram destruídos na operação.

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Coreia do Norte critica domo dos EUA e fala em guerra nuclear espacial

O Ministério das Relações Exteriores da Coreia do Norte classificou como “presunçoso e arrogante” o plano dos Estados Unidos de criar um escudo antimísseis futurista chamado Domo de Ouro.

Segundo a AFP, Pyongyang avalia que a medida pode “transformar o Espaço sideral em potencial campo de guerra nuclear” e acusa o governo Donald Trump de estar “obcecado” com a militarização do Espaço.

O projeto estadunidense teria capacidade de enfraquecer significativamente o arsenal nuclear da Coreia do Norte, na opinião do analista sênior do Instituto Coreano para a Unificação Nacional, Hong Min.

Domo de Ouro é inspirado em sistema de defesa de Israel (Imagem: Oren Ravid/Shutterstock)

“Se os EUA concluírem seu novo programa de defesa antimísseis, o Norte será forçado a desenvolver meios alternativos para contorná-lo ou neutralizá-lo”, afirmou à reportagem.

Relembre o plano do domo

  • O sistema de defesa é inspirado no “Domo de Ferro” operado em Israel e tem como objetivo combater ameaças aéreas de “próxima geração“, incluindo mísseis balísticos e de cruzeiro;
  • O custo é alto e pode impedir que o plano avance: por enquanto, um fundo de US$ 25 bilhões (cerca de R$ 141 bilhões) foi aprovado para a ideia desenvolvida pelo Pentágono, mas o governo estima que o valor final possa ser até 20 vezes maior;
  • A justificativa da Agência de Inteligência de Defesa para a construção do Domo de Ouro é a ameaça de mísseis elaborados pelos governos de China e Rússia, além de mísseis balísticos de longo alcance da Coreia do Norte e o projeto de míssil balístico intercontinental do Irã;
  • Esse tipo de sistema pode detectar e destruir mísseis antes do lançamento, interceptá-los no estágio inicial do voo, pará-los no meio do caminho no ar e detê-los nos minutos finais enquanto descem em direção a um alvo.

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Desafios internacionais

Nos últimos anos, o regime norte-coreano tem testado diferentes tipos de mísseis balísticos e de cruzeiro com o objetivo de atender uma lei, aprovada em 2022, que declara o país como potência nuclear.

Recentemente, Pyongyang disparou um míssil balístico de alcance intermediário com ogiva hipersônica que “será capaz de conter, de forma confiável, quaisquer rivais na região do Pacífico”, segundo o regime.

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Governo estadunidense aprovou fundo de R$ 141 bilhões para projeto liderado pelo Pentágono (Imagem: Chip Somodevilla/Shutterstock)

A China também já se posicionou de forma contrária ao plano do governo Trump. Pequim avalia que o Domo de Ouro tem “fortes implicações ofensivas”, reforçando a análise de especialistas de que o projeto pode enfrentar desafios técnicos e políticos.

“Os Estados Unidos, ao seguir uma política de ‘EUA em primeiro lugar’, estão obcecados em buscar segurança absoluta para si mesmos“, disse o Ministério das Relações Exteriores da China. “Isso viola o princípio de que a segurança de todos os países não deve ser comprometida e mina o equilíbrio e a estabilidade estratégicos globais.”

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Conheça os mísseis que a Ucrânia pode disparar contra a Rússia

MGM-140 ATACMS, Scap/Storm Shadow e Taurus KEPD 350. Esses são os nomes dos mísseis de longo alcance que a Ucrânia pode usar na guerra contra a Rússia. Dois já estão em terra ucranianas, enquanto um deve chegar em breve. Detalhe: um deles é supersônico.

O ATACMS veio dos Estados Unidos. Já o Storm Shadow foi enviado pela França e pelo Reino Unido. O Taurus, da Alemanha, ainda será enviado.

Por dentro dos mísseis que a Ucrânia pode usar contra a Rússia na guerra

Confira abaixo os destaques sobre os mísseis que a Ucrânia pode usar contra a Rússia (e qual deles é supersônico), segundo o G1:

Imagem: evan_huang/Shutterstock

MGM-140 ATACMS

  • Alcance: até 300 km;
  • Peso: até 1,6 mil kg;
  • Velocidade máxima: 3,7 mil km/h (supersônico).

Os Estados Unidos enviaram o ATACMS à Ucrânia em 2023. E a autorização para usá-lo contra a Rússia veio em 2024.

Scalp/Storm Shadow

  • Alcance: até 250 km;
  • Peso: cerca de 1,3 mil kg;
  • Velocidade máxima: 965 km/h.

França e Reino Unido enviaram o Storm Shadow à Ucrânia em 2023. E a autorização para usá-lo contra a Rússia veio em 2024.

Taurus KEPD 350

  • Alcance: até 500 km;
  • Peso: até 1,4 mil kg;
  • Velocidade máxima: 1.170 km/h.

A Alemanha não confirmou oficialmente qual modelo de míssel vai mandar para a Ucrânia. Mas a imprensa europeia afirma que deve ser do tipo Taurus KEPD 350.

Mudança de governo na Alemanha traz guinada para guerra entre Ucrânia e Rússia

Estados Unidos e Reino Unido autorizaram a Ucrânia a usar seus mísseis para ataques dentro da Rússia no final de 2024. No entanto, a a França havia fornecido mísseis para a Ucrânia apenas defender o próprio território.

Paisagem com mísseis apontados para o céu
Imagem: Hamara / Shutterstock

O que mudou: o chanceler alemão, Friedrich Merz, autorizou, na segunda-feira (26), a Ucrânia a usar mísseis fornecidos pela França e pela Alemanha em ataques no território russo.

“Isso significa que a Ucrânia agora pode se defender, por exemplo, atacando posições militares na Rússia (…) algo que não fazia há algum tempo, com algumas exceções”, disse o chanceler alemão, Friedrich Merz.

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A mudança de postura ocorre na esteira da transição de governo na Alemanha. Merz assumiu o cargo de chanceler – antes ocupado por Olaf Scholz – no começo de maio. Sob o comando do antecessor, o governo alemão negou pedidos da Ucrânia para receber mísseis Taurus.

Para a Rússia, a decisão do governo do novo chanceler foi “muito perigosa”, segundo a DW. Moscou sugeriu que o uso de armamento estrangeiro poderia comprometer as negociações por um eventual cessar-fogo. A ver.

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