iStock-1409761476-1024x576

Adaptação climática é urgente e lucrativa, revela estudo

Diante do agravamento de desastres como enchentes e incêndios, um novo estudo do World Resources Institute (WRI) revela que o financiamento para adaptação climática não é apenas urgente, mas também altamente vantajoso.

Segundo o levantamento, projetos de adaptação oferecem retornos em três frentes: evitam perdas causadas por desastres, geram ganhos econômicos – como criação de empregos e aumento da produtividade – e promovem benefícios sociais e ambientais, como melhoria da saúde pública e da biodiversidade.

Agravamento de desastres torna urgente a necessidade de financiarmos uma adaptação climática (Imagem: remotevfx / iStock)

Leia mais:

Pontos principais do estudo

  • O estudo destaca que mais da metade dos benefícios ocorrem mesmo sem eventos climáticos extremos, reforçando que a resiliência gera valor contínuo.
  • Infraestruturas adaptadas e soluções baseadas na natureza, como proteção de zonas úmidas, trazem retornos diversos ao longo do tempo.
  • Além disso, quase metade dos investimentos analisados também contribuem para a redução de emissões de carbono, unindo adaptação e mitigação climática.
  • O WRI recomenda que governos integrem a adaptação às estratégias de desenvolvimento e adotem métodos padronizados para mensurar seus impactos.
CO2 green
Investimentos contribuem para redução das emissões de carbono e outras pautas sustentáveis (Imagem: Fahroni/Shutterstock)

Mudança necessária

Para os especialistas, como Carter Brandon, do WRI, a adaptação não deve ser vista apenas como medida emergencial, mas como um caminho consistente para o crescimento sustentável.

A pesquisa reforça o apelo por ações concretas e estruturadas rumo à COP30, marcada para 2025 em Belém, que poderá se tornar um marco global na integração da resiliência às políticas públicas.

COP30 poderá ser marco para que ações concretas sejam tomadas – Imagem: Poetra.RH/Shutterstock

O post Adaptação climática é urgente e lucrativa, revela estudo apareceu primeiro em Olhar Digital.

Aquecimento-global-1-1024x716

Mundo caminha para novos recordes de temperatura até 2029

As temperaturas globais devem permanecer em níveis recordes ou próximos disso até 2029, segundo a nova atualização climática da Organização Meteorológica Mundial (OMM), divulgada nesta quarta-feira (28).

O relatório, conforme revela o G1, aponta que há 80% de chance de pelo menos um dos próximos cinco anos superar 2024, tornando-se o ano mais quente já registrado.

Anos nunca foram tão quentes, e situação deve piorar

  • O alerta reforça que vivemos os dez anos mais quentes da história recente, sem sinais de alívio climático à vista.
  • Segundo a OMM, há 86% de probabilidade de a temperatura média global ultrapassar 1,5 °C em relação aos níveis pré-industriais (1850-1900) em pelo menos um ano até 2029.
  • Para o período completo de 2025 a 2029, essa chance é de 70%.
  • Esse limite de 1,5 °C é considerado o “ponto seguro” para evitar os efeitos mais severos das mudanças climáticas — como secas extremas, derretimento de geleiras e aumento do nível do mar.
Temperaturas globais devem seguir em alta, com efeitos extremos já visívei – Imagem: Bigc Studio/Shutterstock

Leia mais:

Previsões preocupantes

A previsão é de aquecimento mais intenso no Ártico, redução do gelo marinho e mudanças significativas nos padrões de chuva, como mais secas na Amazônia e mais chuvas no sul da Ásia.

Diante desse cenário, o Acordo de Paris ganha ainda mais relevância. Firmado em 2015, ele visa manter o aquecimento global abaixo de 2 °C e buscar limitar o aumento a 1,5 °C. A COP30, marcada para 2025 em Belém (PA), será crucial para revisar os compromissos nacionais e reforçar as metas climáticas.

Ilustração de planeta Terra esquentando por conta das mudanças climáticas
COP30 será decisiva para reforçar ações climáticas (Imagem: 418studio/Shutterstock)

O post Mundo caminha para novos recordes de temperatura até 2029 apareceu primeiro em Olhar Digital.

canguru-gigante

Canguru gigante pré-histórico foi extinto por ser ‘caseiro’ demais; entenda

Com tamanhos impressionantes e peso de até 170kg, não é à toa que os animais do gênero Protemnodon também sejam chamados de cangurus gigantes.

Eles viveram por volta de 5 milhões a 40 mil anos atrás no continente australiano, e poderiam muito bem se espalhar por amplos territórios com facilidade. Em vez disso, esses cangurus pré-históricos preferiam “relaxar” no conforto de casa – e isso cobraria um preço alto no futuro.

Entenda:

  • Os cangurus gigantes do gênero Protemnodon viveram há cerca de 5 milhões a 40 mil anos no continente australiano;
  • Apesar do tamanho impressionante, esses animais se limitavam a territórios pequenos;
  • O gênero conseguiu se manter estável por milhares de anos, mas, após uma mudança climática, algumas espécies não conseguiram se adaptar, e os cangurus gigantes caminharam pouco a pouco para a extinção.
Canguru gigante viveu no continente australiano. (Imagem: Nobu Tamura/Wikimedia Commons)

Por conta de seu tamanho, era de se esperar que os cangurus Protemnodon fossem bastante expansivos. Entretanto, como apontam os autores de um estudo publicado na Plos One, esses animais eram bem “caseiros” e se restringiam a territórios surpreendentemente pequenos – comportamento que acabou colaborando para a extinção do gênero.

Leia mais:

Grandes cangurus, pequenos territórios

Como explica Chris Laurikainen Gaete, coautor do estudo, ao The Guardian, a distribuição geográfica dos mamíferos herbívoros modernos – como cangurus – costuma ser proporcional aos seus tamanhos. Ou seja, quanto maior a espécie, mais amplo é o território que ela ocupa.

E foi por isso que a equipe ficou tão surpresa ao descobrir, através da análise de fósseis de dentes, que os cangurus gigantes não seguiam essa regra. Na verdade, o gênero pré-histórico viveu e morreu perto das mesmas cavernas em Queensland, onde os restos mortais foram encontrados.

Fóssil de canguru gigante. (Imagem: Paleocolour/Wikimedia Commons)

Estilo de vida tranquilo contribuiu para a extinção do canguru gigante

Cercados por uma floresta tropical abundante, a comunidade de cangurus gigantes conseguiu permanecer estável naquele território limitado por centenas de milhares de anos, alimentando-se da vegetação e protegendo-se de predadores na segurança das cavernas.

Mas, por volta de 280 mil anos atrás, a floresta foi perturbada por uma mudança climática e pela aridez crescente, e a escolha do território limitado impactou diretamente na capacidade de adaptação de algumas espécies dos cangurus Protemnodon – contribuindo, assim, para a extinção do gênero.

O post Canguru gigante pré-histórico foi extinto por ser ‘caseiro’ demais; entenda apareceu primeiro em Olhar Digital.