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Boeing e NASA pausam desenvolvimento do avião experimental X-66

O ambicioso projeto da NASA em parceria com a Boeing para desenvolver um avião com asas ultrafinas e sustentação em treliça foi interrompido. O modelo experimental X-66, também conhecido como Transonic Truss-Braced Wing (TTBW), teve seu desenvolvimento suspenso, e os esforços agora serão direcionados exclusivamente a testes em solo.

Embora o anúncio oficial trate a decisão como uma “pausa”, a medida indica que o demonstrador físico da aeronave, baseado em um McDonnell Douglas MD-90 modificado, não será mais construído. A iniciativa tinha como objetivo estudar formas de atingir emissões líquidas zero na aviação, além de melhorar a eficiência e a velocidade em voos próximos à barreira do som.

O modelo em escala total do X-66, construído pela Boeing, passou por testes entre janeiro e março de 2025 na instalação 11-Foot Transonic Unitary Plan, no Centro de Pesquisa Ames da NASA, no Vale do Silício, Califórnia. (Imagem: NASA / Brandon Torres)

Tecnologia promissora, mas complexa

  • A proposta do X-66 era ousada: utilizar uma asa extremamente fina, reforçada por uma estrutura em treliça, para aumentar a eficiência aerodinâmica em velocidades transônicas — faixa entre Mach 0.8 e 1.2.
  • Essa zona crítica de velocidade é conhecida por gerar instabilidades no fluxo de ar sobre a fuselagem, o que pode comprometer o controle do avião.
  • Apesar dos desafios, empresas aéreas demonstraram interesse em dominar o voo transônico, já que ele pode reduzir o tempo de viagem e, consequentemente, aumentar a lucratividade.
  • A fuselagem do X-66 seria equipada com asas de 44,2 metros de envergadura, mais largas que as do 737 MAX, o maior avião de corredor único em operação, com 35,9 metros.

Redução de emissões e motores mais eficientes

O avião experimental também contaria com motores de nova geração UHBR (ultra-high bypass ratio), projetados para oferecer até 30% mais eficiência no consumo de combustível e menor emissão de poluentes. A autonomia estimada era de 5.556 km, tornando o X-66 competitivo para rotas de médio alcance.

No entanto, esses planos foram deixados de lado. A NASA e a Boeing optaram por priorizar métodos alternativos, como testes em túneis de vento, simulações de dinâmica dos fluidos e análises estruturais computacionais para continuar investigando o conceito da asa com treliça.

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Pressões orçamentárias e mudança de foco

As razões exatas para o cancelamento do avião não foram divulgadas, mas questões financeiras parecem ter pesado. A NASA já havia investido US$ 425 milhões no projeto, enquanto a Boeing, que enfrenta dificuldades financeiras, contribuiu com US$ 725 milhões. A fabricante pode estar reavaliando suas prioridades para focar em aeronaves comerciais mais rentáveis.

Logo da NASA
NASA já havia investido US$ 425 milhões (Imagem: SNEHIT PHOTO / Shutterstock.com)

Além disso, especula-se que a agência espacial norte-americana esteja readequando seus investimentos a projetos considerados mais alinhados com sua missão principal, diante de possíveis cortes no orçamento sob a atual administração dos EUA. Assim, o futuro do conceito TTBW pode depender de resultados mais sólidos nos testes em solo — e de um novo cenário político e econômico.

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“Eclipse” permite estudo detalhado da atmosfera de Urano pela NASA

No último dia 7, ao longo de cerca de uma hora, Urano bloqueou a luz de uma estrela distante (como a Lua faz com o Sol durante um eclipse), fornecendo uma oportunidade rara de pesquisa para os astrônomos. Cientistas da NASA aproveitaram a chamada “ocultação estelar” para analisar a atmosfera e os anéis do planeta. O evento foi visível apenas no oeste da América do Norte.

Em poucas palavras:

  • Recentemente, Urano ocultou a luz de uma estrela, e a NASA aproveitou para estudar sua atmosfera e seus anéis;
  • A análise da curva de luz permitiu medir temperaturas, identificar compostos químicos e comparar dados com os coletados há quase 30 anos;
  • Como Urano não tem superfície sólida, isso facilita a observação de fenômenos atmosféricos como ventos e formação de nuvens;
  • Urano estará envolvido em novas ocultações nos próximos anos, com destaque para o “eclipse” de uma estrela mais brilhante em 2031.

De acordo com um comunicado, esse tipo de ocultação é incomum para Urano. A última vez que uma estrela brilhante foi ocultada por ele foi em 1996. Por isso, a NASA se preparou com uma megaoperação. Uma equipe internacional de mais de 30 astrônomos, liderada pelo Centro de Pesquisa Langley, na Virgínia, usou 18 observatórios para acompanhar o fenômeno.

Representação artística mostrando uma estrela distante desaparecendo de vista ao ser eclipsada por Urano – um evento raro conhecido como ocultação estelar planetária. Créditos: NASA / Laboratório de Conceitos Avançados

“Foi a primeira vez que colaboramos em uma escala tão grande para uma ocultação”, explicou o cientista planetário William Saunders. Segundo ele, a participação de tantos telescópios permitiu obter dados mais detalhados sobre as várias camadas da atmosfera de Urano. A análise da curva de luz revelou informações inéditas.

Falta de superfície sólida facilita análise da atmosfera de Urano

Os cientistas conseguiram medir temperaturas e composições químicas na estratosfera do planeta, que é a camada intermediária de sua atmosfera. Além disso, compararam os dados atuais com os que foram obtidos em 1996. Essa comparação ajudou a identificar as mudanças ocorridas ao longo desses quase 30 anos.

Urano está a cerca de 3,2 bilhões de quilômetros da Terra e não tem uma superfície sólida como a dos planetas rochosos. Em vez disso, a superfície é formada por uma mistura espessa de água, amônia e metano congelados. O interior do planeta também é composto principalmente por esses materiais gelados.

Esta imagem capturada pelo instrumento NIRCam, do Telescópio Espacial James Webb, mostra a calota polar, algumas tempestades entre o azul, os muitos anéis e nove luas de Urano. Crédito: NASA, ESA, CSA, STSCI

A atmosfera de Urano é dominada por hidrogênio e hélio, gases leves que também compõem a maior parte do Sol. Isso torna o planeta um “gigante de gelo”, como Netuno, diferente dos “gigantes gasosos” Júpiter e Saturno. A estrutura sem superfície sólida facilita o estudo de fenômenos atmosféricos, como ventos, tempestades e formação de nuvens.

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Emma Dahl, pesquisadora do Instituto de Tecnologia da Califórnia (Caltech), destacou que planetas como Urano funcionam como laboratórios naturais. Como não têm solo para interferir, os estudos ficam mais precisos. “Sem uma superfície para complicar as simulações, conseguimos entender melhor como as atmosferas se comportam”.

A NASA informou que Urano ocultará várias estrelas menores nos próximos anos e que a próxima grande ocultação, envolvendo uma estrela ainda mais brilhante, está prevista para 2031. Cada um desses eventos é uma chance única de desvendar os mistérios desse planeta gelado e distante.

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“Superterra” é descoberta orbitando estrela parecida com o Sol

Astrônomos descobriram um exoplaneta três vezes maior do que a Terra orbitando uma estrela anã amarela, do mesmo tipo que o Sol. A equipe utilizou o telescópio espacial do Transiting Exoplanet Survey Satellite (TESS), da NASA, para encontrar TOI-3493 b, título dado ao novo planeta.

O satélite está coletando dados das cerca de 200 mil estrelas mais brilhantes próximas ao Sol para encontrar possíveis exoplanetas. Os cientistas descobriram o astro quando TESS detectou um sinal de luz diferente vindo da estrela TOI-3493, que logo confirmaram ser a evidência da presença de um exoplaneta.

A pesquisa revelou que TOI-3493 b é um astro planetário sub-Netuno, sendo três vezes maior do que a Terra, mas menor do que Netuno. Ele orbita sua estrela a cada 8 dias e sua massa é equivalente a cerca de 9 massas terrestres, o que faz dele um planeta robusto segundo os astrônomos.

A estrela hospedeira TOI-3493 esta a 315 anos-luz da Terra. Ela é parecida com o Sol, tem cerca de 1,23 vezes o raio solar e também está na classificação estelar tipo-G. Os pesquisadores estimaram sua idade em 7,4 bilhões de anos e um período de rotação de 34 dias, o que sugere que ela seja uma estrutura estelar inativa.

Comparação do tamanho da Terra com Netuno (Imagem: NASA)

Satélite da NASA busca mais exoplanetas

O TESS foi lançado em 2018 e já detectou mais de 7.500 possíveis exoplanetas, chamados de Objetos de Interesse do TESS (TOI). Cerca de 620 deles tiveram sua existência confirmada por astrônomos até o momento.

A missão principal do satélite terminou em 2020. Ele captou imagens de cerca de 75% do céu estrelado em uma pesquisa de dois anos. Agora, TESS está num projeto estendido, em busca de mais planetas, captando sinais de pequenas rochas até astros gigantes.

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“O TESS está produzindo uma torrente de observações de alta qualidade, fornecendo dados valiosos sobre uma ampla gama de tópicos científicos. Ao entrar em sua missão estendida, o TESS já é um sucesso estrondoso”, disse Patricia Boyd, cientista no Centro de Voos Espaciais Goddard da NASA.

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Imagem rara mostra rover da NASA andando em Marte

Explorando a superfície de Marte desde agosto de 2012, o rover Curiosity, da NASA, pode ter sido fotografado pela primeira vez por uma câmera no espaço enquanto andava. A imagem rara mostra o robô em deslocamento no solo marciano, algo que nunca havia sido registrado do alto até então.

De acordo com um comunicado da agência, a foto foi feita em 28 de fevereiro de 2025, no 4.466º dia marciano (também chamado de sol) da missão. Ela foi capturada pela câmera HiRISE, instalada no satélite Mars Reconnaissance Orbiter (MRO), que monitora Marte com imagens de altíssima resolução.

No registro, o Curiosity aparece como uma pequena mancha escura. Atrás dele, um longo rastro indica sua movimentação. Os trilhos se estendem por 320 metros e foram deixados durante uma série de 11 trajetos iniciados no começo de fevereiro.

O destino do rover é uma área de interesse científico, onde pesquisadores esperam encontrar formações rochosas em formato de caixas. Acredita-se que essas estruturas tenham se formado com a ação de água subterrânea há bilhões de anos.

O rover Curiosity aparece como uma mancha escura nesta visão de contraste aprimorado capturada pela câmera HiRISE do Mars Reconnaissance Orbiter, da NASA. Os rastros do rover podem permanecer na superfície marciana por meses antes de serem apagados pelo vento. Crédito: NASA / JPL-Caltech / Universidade do Arizona

Rover Curiosity trafega devagar por Marte

A movimentação do rover Curiosity é lenta – cerca de 0,16 km/h – e depende de vários fatores, como o tipo de solo, inclinações do terreno e a capacidade do software de navegação de interpretar obstáculos.

Engenheiros do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), da NASA, na Califórnia, são os responsáveis por planejar cada etapa da jornada. Eles trabalham lado a lado com cientistas para definir os melhores caminhos e os pontos mais promissores para análise.

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Doug Ellison, que lidera o planejamento diário do Curiosity, explicou que a imagem foi feita quase no momento exato em que o robô completava um deslocamento de cerca de 20 metros naquele dia. 

A câmera HiRISE costuma registrar imagens em preto e branco, com uma faixa central colorida. Desta vez, o Curiosity apareceu fora da faixa de cor e surgiu em tons de cinza.

O rover está subindo uma encosta íngreme. Se não houver imprevistos, ele deve chegar ao próximo ponto de estudo científico nas próximas semanas.

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Espécie milenar: NASA preserva caranguejo mais antigo que os dinossauros

Os caranguejos-ferradura (Limulus polyphemus) são verdadeiras relíquias vivas que testemunharam a evolução da Terra muito antes dos dinossauros surgirem.

Estas criaturas ancestrais, que sobrevivem praticamente inalteradas há 450 milhões de anos, encontraram um lar improvável no Centro Espacial Kennedy da NASA, na Flórida (EUA).

O complexo aeroespacial abriga não apenas o programa espacial estadunidense, mas, também, serve como refúgio para mais de 1,5 mil espécies de flora e fauna, tornando-se um dos pontos de maior biodiversidade nos Estados Unidos.

Bichos são milenares (Imagem: Reprodução/NASA)

Em celebração ao Dia da Terra, comemorado na terça-feira (22), a NASA destacou a importância ecológica destes antigos artrópodes.

“Os caranguejos-ferradura são espécies-chave nos ecossistemas costeiros e estuarinos ao redor do porto espacial”, explica James T. Brooks, especialista em proteção ambiental da NASA.

“Seus ovos são fonte vital de alimento para aves limícolas migratórias em ambientes costeiros e seus hábitos alimentares ajudam a moldar a composição de plantas e animais que habitam o fundo oceânico, rios e lagos.”

Brooks também ressalta que alterações nas populações destes caranguejos podem indicar problemas ecológicos mais amplos, como contaminação ambiental ou degradação de habitats.

Estes antigos artrópodes funcionam como bioindicadores essenciais, revelando a capacidade do ecossistema de manter diversas espécies dependentes, como aves migratórias, tartarugas marinhas, jacarés e outros animais selvagens. Sua presença e abundância oferecem panorama confiável sobre a saúde ambiental dessas áreas vitais.

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Monitoramento científico da NASA

O serviço de streaming gratuito NASA+ documenta o trabalho de biólogos que rastreiam estes animais nas praias da região.

Os cientistas contabilizam avistamentos e marcam os espécimes com dispositivos para estudar padrões migratórios e taxas de sobrevivência.

O monitoramento intensifica-se durante os períodos de reprodução na primavera e verão, quando os especialistas acompanham a desova, avaliam a saúde do habitat e analisam tendências populacionais. Estas informações são cruciais para determinar a saúde geral do ecossistema local.

Caranguejo na mão de um homem
Antigos artrópodes funcionam como bioindicadores essenciais (Imagem: NASA)

Veja mais no vídeo abaixo:

Contribuição para a medicina

  • Além de seu valor ecológico, os caranguejos-ferradura possuem importância significativa para a saúde humana;
  • Seu singular sangue azul, baseado em cobre, contém o Lisado de Amebócitos de Limulus, substância capaz de detectar contaminações bacterianas em equipamentos médicos, produtos farmacêuticos e vacinas;
  • Reconhecendo a relevância desta espécie ancestral, a NASA apoia projetos de restauração de habitat, incluindo a reconstrução de margens costeiras danificadas por eventos climáticos e a minimização do impacto humano em áreas de nidificação.

Conheça a espécie invasora que está dominando os oceanos

Espécie invasora é qualquer animal ou planta que esteja fora do seu habitat natural e que pode causar danos ao ecossistema local. Um dos casos recentes mais famosos aqui no Brasil é o do peixe-leão, uma pequena criatura natural dos oceanos Índico e Pacífico que chegou há alguns anos no Atlântico.

A lista de espécies invasoras no Brasil é extensa e inclui alguns animais que a maioria das pessoas acham que sempre foram nativos daqui. É o caso da tilápia. O peixe é originário do continente africano, mas já dominou vários rios de diferentes regiões do país.

Leia a reportagem completa aqui

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Pontinho verde no céu que encantou cientistas teve um destino trágico

O cometa Swan deixou observadores do céu fascinados desde sua descoberta, em março. Centenas de registros foram feitos no Centro de Planetas Menores da União Astronômica Internacional por observatórios de todo o mundo. Mas o encanto vai acabar em breve.

A previsão era de que o cometa atingisse o periélio, a menor distância do Sol, por volta de 1º de maio. Assim, poderia ser visto a olho nu da Terra. No entanto, observações recentes mostraram que o cometa pode não ter sobrevivido à sua recente viagem pelo Sol. Assim, estaria desaparecendo rapidamente.

Cometas, lembrando, são bolas de gás e poeira congelados com bilhões de anos. Vez ou outra, passam pela nossa vizinhança.

Veja esse vídeo do cometa SWAN visto de Rockwood, Texas, em 10 de abril de 2025 (chucksastrofotografia/Instagram).

Sobre a descoberta

O cometa foi identificado pelos astrônomos amadores Vladimir Bezugly, Michael Mattiazzo e Rob Matson enquanto examinavam dados de imagens publicamente disponíveis da câmera Solar Wind ANisotropies (SWAN) na espaçonave SOHO, segundo a Nasa, usada para estudar o Sol.

“A cena interplanetária foi capturada em céus claros, mas iluminados pela lua, de June Lake, Califórnia, EUA. Visto contra o fundo de estrelas em direção à constelação de Andrômeda, o cometa estava então a cerca de 10 minutos-luz do nosso planeta”.

Nela, é possível observar a cor esverdeada do cometa, uma característica comum de moléculas de carbono diatômico fluorescendo na luz solar, de acordo com a agência espacial. 

Período orbital do cometa é de 1,4 milhão de anos (Imagem: Qicheng Zhang)

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Por onde andas, Swan?

Especialistas acreditam que o cometa é relativamente pequeno e, por isso, apresenta uma tendência a “caminhar” para cima devido a variações aleatórias na sua liberação de gás. Isso cria uma assimetria que o faz girar e desintegrar aos poucos.

“Parece que não sobrou muita coisa, e parece ser apenas poeira nebulosa neste ponto que está gradualmente se tornando mais difusa e se espalhando”, disse o Dr. Qicheng Zhang, astrônomo de pós-doutorado no Observatório Lowell, no Arizona, ao canal Fox.

O período orbital do cometa é de 1,4 milhão de anos, segundo a reportagem, e o que restar dele ficará perdido em regiões distantes do Sistema Solar, para além da área onde se originou.

Esta pode ter sido a primeira vez que o objeto se aproximou do Sol, fazendo dele algo mais vulnerável à desintegração.

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Iraque: lago artificial chama atenção por suas cores; veja

O Lago Razazah não passa despercebido. Localizado a oeste da cidade de Karbala (Iraque), também é conhecido, em árabe, como Baḩr al-Milḩ (“Mar de Sal” em português) e se transformou em grande poça salgada e multicolorida após anos de seca.

O local é alimentado pelo transbordamento do Lago Habbaniyah, que fica logo após o canto superior esquerdo da imagem acima. Uma foto tirada por um astronauta da Estação Espacial Internacional (ISS, na sigla em inglês) em setembro de 2024 mostra seus tons em vermelho e verde

O curso d’água foi criado na década de 1970 por meio de canal para depressão natural. De lá para cá, foi se tornando cada vez mais salgado devido à dissolução de minerais em seu leito, segundo o LiveScience.

Foto tirada em 2022 do mesmo lago evidencia redução do nível da água (Imagem: Reprodução/NASA)

Cores do lago explicadas

  • A diferença na cor resulta das diversas comunidades de algas e depende da temperatura e da salinidade da água;
  • As áreas verdes contêm menores concentrações de sal do que as áreas vermelhas;
  • Nos períodos em que o lago não recebe transbordamento do Lago Habbaniyah, a maior parte do leito fica exposta;
  • Secas das últimas décadas reduziram o nível do lago para cerca de cinco a dez metros; antes disso, o lago tinha tom azul mais tradicional.

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Campos agrícolas “sinistros”

O lago Razazah é circundado por diversos campos de cultivo agrícola com formatos “sinistros”. Manchas escuras e circulares indicam o uso de sistemas de irrigação por pivô central, onde a água é distribuída seguindo a ordem de um ponteiro de relógio.

A água do vizinho Rio Eufrates, que deságua no Lago Habbaniyah, também era usada para irrigar os pastos. Isso teria contribuído para a redução significativa do tamanho do Razazah, segundo a reportagem.

Vista aérea do Rio Eufrates (Imagem: bodrumsurf/iStock)

No início, o lago abrigava centenas de peixes introduzidos manualmente, criando ecossistema ao longo da costa, com vegetação e pássaros. Mas a seca destruiu lentamente as zonas úmidas, de acordo com a BirdLife International. Uma vistoria de 2014 também constatou esgoto em canal de drenagem que alimenta o Razazah.

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Sonda da NASA encontra seu segundo asteroide — e ele é único

A sonda espacial Lucy, da NASA, captou imagens do asteroide Donaldjohanson, que se formou há cerca de 150 milhões de anos. Os registros foram feitos em 20 de abril, quando a sonda voava a 1,1 mil km do asteroide; a distância mais próxima entre os dois foi de 960 km.

A imagem mostra um formato único do objeto espacial: dois lóbulos, unidos por um cilindro mais fino, como uma barra com pesos muito grandes. A superfície é lisa, na cor cinza-claro, com crateras de bordas suaves.

Simulação da aproximação da sonda com o asteroide (Imagem: Divulgação/NASA)

NASA está aprendendo com Donaldjohanson

  • A sonda já havia observado variações de brilho do asteroide por um período de dez dias, dando pistas para os pesquisadores da NASA;
  • A equipe suspeitava se tratar de um binário de contato alongado, ou seja, um objeto formado pela colisão de dois corpos menores;
  • No entanto, os cientistas ficaram surpresos com o formato peculiar do pescoço estreito que conecta os dois lóbulos;
  • Além disso, o asteroide parece ser maior do que o estimado originalmente, com cerca de 8 km de comprimento e 3,5 km de largura em seu ponto mais largo. 

“O asteroide Donaldjohanson tem geologia extremamente complexa”, afirma Hal Levison, pesquisador principal de Lucy no Southwest Research Institute, em Boulder, Colorado (EUA). “À medida que estudamos as estruturas complexas em detalhes, elas revelarão informações importantes sobre os blocos de construção e os processos de colisão que formaram os planetas do nosso Sistema Solar.”

Ainda não foi possível visualizar o asteroide completo, pois o objeto espacial é maior do que o campo de visão do gerador de imagens da sonda. O restante dos dados será processado em até uma semana, segundo a NASA, dando dimensão mais próxima da realidade.

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Destino final da missão é o asteroide troiano de Júpiter, Eurybates (Imagem: NASA/Divulgação)

Missão da sonda Lucy

Esse foi o segundo asteroide observado pela sonda: o primeiro foi Dinkinesh, alvo escolhido como teste para a missão original de Lucy. Com o Donaldjohanson, a agência foi capaz de realizar “ensaio completo”, conduzindo observações densas para maximizar a coleta de dados.

“Estas primeiras imagens de Donaldjohanson demonstram, mais uma vez, a tremenda capacidade da sonda Lucy como motor de descoberta”, disse Tom Statler, cientista do programa da missão Lucy na sede da NASA, em Washington (EUA). “O potencial para abrir nova janela para a história do nosso Sistema Solar quando Lucy chegar aos asteroides troianos é imenso.”

A sonda Lucy passará a maior parte do restante de 2025 viajando pelo cinturão principal de asteroides. Ela encontrará o primeiro alvo principal da missão, o asteroide troiano de Júpiter, Eurybates, em agosto de 2027.

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Esta rocha única encontrada em Marte intriga a NASA

O rover Mars 2020 da NASA encontrou uma rocha que tem intrigado a agência espacial estadunidense. Chamado de “Skull Hill”, o objeto foi identificado em 11 de abril durante jornada pela parte inferior da “Witch Hazel Hill“, na borda da cratera Jezero, em Marte.

A imagem foi captada no local conhecido como “Porto Anson” e mostra grande rocha de cor distinta das demais, em tom mais escuro. A suspeita é que tenha se originado em outro lugar e transportada até o ponto atual em um movimento denominado “float” (flutuar, em português).

Rover Perseverance avistou uma textura curiosa em uma rocha também em Marte (Imagem: Divulgação/NASA)

De onde ela veio? A NASA já sabe?

  • Segundo a NASA, as cavidades em Skull Hill podem ter se formado pela erosão de clastos da rocha ou pela erosão do vento;
  • Outra hipótese é que se trata de uma rocha ígnea erodida de um afloramento próximo ou ejetada de uma cratera de impacto;
  • “Na Terra e em Marte, ferro e magnésio são alguns dos principais constituintes das rochas ígneas, que se formam a partir do resfriamento de magma ou lava. Essas rochas podem incluir minerais de cor escura, como olivina, piroxênio, anfibólio e biotita”, diz o artigo;
  • A equipe ainda está trabalhando para entender melhor de onde elas vieram e como chegaram ali. E isso vai incluir medições da composição química desses flutuadores de tons mais escuros vistos em Skull Hill.

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Descobertas similares

A cor escura de Skull Hill lembra os meteoritos encontrados na cratera Gale pelo rover Curiosity, em 2016. A NASA confirmou que se tratava de um objeto espacial de ferro-níquel caído do céu do Planeta Vermelho.

“Meteoritos de ferro-níquel são classe comum de rochas espaciais encontradas na Terra e exemplos anteriores já foram observados em Marte, mas este, chamado ‘Rocha Ovo’, é o primeiro em Marte examinado com um espectrômetro de disparo a laser”, informou a agência à época.

Mais recentemente, o rover Perseverance avistou uma textura curiosa em uma rocha também em Marte. A superfície parecia ser composta por centenas de esferas cinza-escuras, com milímetros de tamanho — que pode ser observada também em Skull Hill. Sua origem ainda está sendo estudada.

Cor escura de Skull Hill lembra os meteoritos encontrados na cratera Gale pelo rover Curiosity, em 2016 (Imagem: Divulgação/NASA)

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NASA confirma relato bíblico de evento durante a crucificação de Jesus

Religião e ciência podem andar juntas. E uma prova disso é a descoberta, a partir de modelos astronômicos da NASA, de que um eclipse lunar ocorreu na data de crucificação de Jesus, em Jerusalém, confirmando relatos existentes na Bíblia.

Segundo a agência espacial norte-americana, o fenômeno teria acontecido no dia 3 de abril de 33 d.C., uma sexta-feira. Naquela data, o satélite natural adquiriu uma coloração avermelhada, impressionando os povos antigos.

Eclipse lunar foi confirmado pela ciência

  • Os pesquisadores Colin J. Humphreys e W. Graeme Waddington, da Universidade de Oxford, foram os primeiros a levantar a hipótese que o relato bíblico tivesse amparo na realidade.
  • Eles apresentaram suas conclusões em um artigo publicado em 1985.
  • Depois, foi a vez da NASA avaliar esta possibilidade.
  • E os cientistas também confirmaram que o fenômeno descrito no livro sagrado dos cristãos, de fato, ocorreu.
  • A Lua teria surgido na fase minguante em Jerusalém com uma tonalidade vermelha, na parte da umbra (coberta pela sombra da Terra) e amarelo-alaranjada no restante.
Fenômeno foi descrito na Bíblia e confirmado pela ciência (Imagem: mag9/istockPhoto)

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Uso de textos bíblicos

A Bíblia cita, no evangelho canônico de Mateus, 27:45, que “do meio-dia às três da tarde, trevas cobriram toda a terra”. Além disso, o texto de Joel 2:28-31, no Velho Testamento, que teria sido escrito centenas de anos antes de Jesus, afirma que “o sol se converterá em trevas, e a lua em sangue, antes que venha o grande e terrível dia do Senhor”.

Outro documento utilizado pelos cientistas foi o Relatório de Pilatos a Tibério. Este é um texto que não é considerado oficialmente da Bíblia, mas que contém descrições da época. Nele, o governador da Judeia relatou que “na sua crucificação, o sol escureceu; as estrelas apareceram e em todo o mundo acenderam lâmpadas desde a sexta hora até a tarde; a lua parecia sangue”.

Imagem de Jesus Cristo crucificado numa igreja
Eclipse teria ocorrido no mesmo dia da crucificação de Jesus (Imagem: Pedro Spadoni/Olhar Digital)

Todos estes relatos batem exatamente com o que a ciência afirma ter acontecido naquela época. Além disso, os textos ajudaram a determinar a data da crucificação de Jesus a partir de informações como a de que Pôncio Pilatos era procurador da Judeia e que Jesus teria morrido horas antes do início do sabá judaico, ou seja, no final da tarde de uma sexta-feira. A conclusão é que tudo aconteceu no dia 3 de abril de 33 d.C.

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