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Como os camaleões mudam de cor? Entenda a fisiologia desse animal

A capacidade de mudar de cor é uma habilidade incrível de alguns répteis, que vai muito além de algo “mágico”.

Trata-se de uma adaptação biológica que desempenha papéis importantes em suas vidas, como camuflagem, comunicação, regulação da temperatura corporal e até a expressão de emoções. Alguns animais bem famosos apresentam essa habilidade, como os camaleões.

Os camaleões possuem uma pele altamente sofisticada, com nanocristais que permitem uma ampla gama de cores e mudanças rápidas, já os lagartos dependem mais da redistribuição de pigmentos em células chamadas cromatóforos.

Essas diferenças revelam a complexidade e a versatilidade da evolução nos répteis, mostrando como cada espécie encontrou soluções únicas para sobreviver em seus habitats.

A ciência por trás da camuflagem

A mudança de cor em répteis, como nos camaleões, ocorre por três tipos principais de cromatóforos, cada um responsável por cores específicas.

Camaleão com pigmentos de cor vermelha (Imagem: iacomino FRiMAGES/Shutterstock)

São eles:

  1. Melanóforos: produzem cores escuras, como preto e marrom;
  2. Iridóforos: refletem a luz e criam cores brilhantes, como azul e metálico, por meio de estruturas conhecidas como cristais fotônicos;
  3. Xantóforos: conferem tons amarelos, laranjas e vermelhos.

Essas células trabalham em conjunto para criar diferentes cores. Por exemplo, a combinação do azul dos iridóforos com o amarelo dos xantóforos resulta na cor verde.

Cristais fotônicos dos camaleões

O artigo publicado em 2015 na Nature Communications (Photonic Crystals Cause Active Colour Change in Chameleons) mostrou que a mudança de cor nos camaleões vai além da simples presença de pigmentos.

Camaleão Namaqua no Deserto do Namibe
Camaleão Namaqua no Deserto do Namibe (Imagem: Chantelle Bosch/Shutterstock)

Ela envolve estruturas chamadas cristais fotônicos, compostos por nanocristais de guanina organizados em padrões geométricos. Esses cristais controlam a luz refletida pela pele, ajustando os comprimentos de onda que se tornam visíveis.

Os camaleões possuem duas camadas de iridóforos:

  • Camada Superior: com cristais fotônicos altamente organizados, que ajustam sua distância de forma ativa. Em estados relaxados, os cristais estão compactados, refletindo comprimentos de onda mais curtos, como o azul. Quando o animal está excitado, os cristais se afastam, refletindo comprimentos de onda mais longos, como o vermelho e o amarelo;
  • Camada Inferior: com cristais maiores e menos organizados, essa camada reflete luz infravermelha, ajudando a regular a temperatura corporal, especialmente em habitats quentes.

Esse mecanismo permite que os camaleões alterem sua aparência para camuflagem ou interação social de forma eficiente e rápida, utilizando tanto as cores estruturais quanto os pigmentos presentes nas camadas superiores da pele.

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Finalidades da mudança de cor

A capacidade de mudar de cor desempenha papéis fundamentais em diversas situações.

Camaleão em cima de uma mão humana
Camaleão em cima de uma mão humana (Reprodução: Ante Hamersmit/Unsplash)

Dentre as finalidades já observadas pelos estudiosos, podemos citar as seguintes:

  • Controle de Temperatura: por serem ectotérmicos, dependem do calor externo para manter as funções metabólicas. Pela manhã, quando estão frios, escurecem a pele para absorver mais calor do sol. Ao atingir a temperatura ideal, clareiam a pele para refletir a luz solar e evitar superaquecimento. Essa habilidade também reduz sua visibilidade para predadores durante os momentos de exposição ao sol;
  • Camuflagem e Proteção: muitos répteis mudam de cor para se misturar ao ambiente, como adotando tons marrons no chão ou verdes nas árvores;
  • Comunicação e Interação Social: a mudança de cor é frequentemente usada para comunicação entre indivíduos da mesma espécie, exibindo cores brilhantes para atrair parceiros ou intimidar rivais. Curiosamente, conseguem equilibrar essa exibição sem se tornarem vulneráveis a predadores. Mantêm tons discretos na parte dorsal, mais visível aos predadores, enquanto exibem cores vibrantes nas laterais ou áreas voltadas para outros indivíduos.
  • Expressão de Emoções: nos camaleões, a mudança de cor também reflete estados emocionais, como estresse ou excitação. Durante disputas, podem assumir cores vibrantes para intimidar adversários ou impressionar potenciais parceiros.

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Por que as lhamas cospem nas pessoas?

Lhamas são animais dóceis à primeira vista, mas podem reagir com atitudes inesperadas quando se sentem ameaçadas ou incomodadas. Uma das mais conhecidas é o famoso cuspe. Quem já visitou uma fazenda ou teve contato com esses camelídeos provavelmente ouviu o aviso: “cuidado para não tomar uma cuspida da lhama”.

Mas, afinal, por que elas fazem isso? A resposta tem muito mais a ver com comunicação e defesa do que com agressividade gratuita. Para entender esse comportamento curioso, é preciso conhecer um pouco mais sobre esses animais.

O que são as lhamas e por que elas cospem nas pessoas?

As lhamas são mamíferos da família dos camelídeos, grupo que inclui também as alpacas, vicunhas, guanacos e os camelos.

Imagem de uma lhama sorrindo (Crédito: CC0 Domínio Público/Px Here)

São originárias da América do Sul, especialmente das regiões andinas do Peru, Bolívia, Chile e Argentina. Foram domesticadas há mais de quatro mil anos por povos pré-colombianos, e até hoje são usadas como animais de carga, fonte de lã e até companhia em propriedades rurais.

Elas têm o corpo coberto por lã espessa, pesam entre 130 e 200 kg e podem medir até 1,80 m de altura. Possuem orelhas alongadas em formato de banana, são inteligentes, sociáveis e costumam viver em grupos. Sua alimentação é baseada em vegetação rasteira, como capim, folhas e feno.

Apesar do jeito calmo, quando se sentem ameaçadas, irritadas ou incomodadas, as lhamas usam o cuspe como forma de comunicação.

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Lhamas em grupo (Reprodução: @Chris23/Unsplash)

Cuspir é um comportamento comum entre camelídeos, usado para marcar território, estabelecer hierarquias e afastar ameaças. Na natureza, a cuspida costuma ser usada entre elas mesmas, principalmente em disputas por alimento ou posição no grupo. Mas se um humano estiver muito próximo ou invadir seu espaço, pode virar alvo.

O que torna esse comportamento tão desagradável é que a lhama não cospe apenas saliva. Quando o nível de irritação é alto, ela regurgita parte do conteúdo do estômago junto com o cuspe, o que resulta em uma substância de odor forte e aparência pastosa, com restos de vegetação parcialmente digerida.

Apesar de nojento, o conteúdo não é perigoso para a saúde humana e não costuma provocar infecções. No entanto, o incômodo é garantido — especialmente se o cuspe atingir o rosto ou os olhos.

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É importante destacar que a lhama não cospe à toa. Esse é um comportamento defensivo, e raramente é desencadeado sem motivo.

Muitas vezes, os humanos são alvos involuntários ao tentarem acariciar, alimentar ou se aproximar demais do animal sem que ele esteja confortável. Por isso, ao visitar locais onde há lhamas, o melhor é respeitar o espaço do bicho, observar seu comportamento e não forçar o contato.

Com informações de Muy Interesante.

Posso ter uma lhama de estimação?

Em alguns países, sim. No Brasil, é preciso autorização do IBAMA e infraestrutura adequada.

O que as lhamas comem?

Elas se alimentam principalmente de capim, folhas, feno e vegetação fibrosa.

Onde as lhamas vivem?

Vivem originalmente nos Andes, mas também são criadas em fazendas de clima ameno ao redor do mundo.

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Esses pequenos animais defendem os menores territórios do mundo

Na natureza, é natural que as mais diversas criaturas que defendam seus territórios, até mesmo aquelas que possuem um tamanho minúsculo e seu território seja apenas uma folha.

Quando a bióloga Jayne Yack (Universidade Carleton, Canadá) encontrou lagartas de bétula verrucosa recém-nascidas (Falcaria bilineata) em 2008, ela se perguntou se essas minúsculas criaturas poderiam ser algumas das mais jovens e pequenas animais territoriais do mundo.

Com apenas 1 a 2 milímetros de comprimento, as lagartas se isolam nas pontas das folhas de bétula e, ao se depararem com intrusos, emitem vibrações para defendê-las, raspando suas extremidades traseiras ao longo das folhas e batendo com o tórax.

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Lagartas adotam uma abordagem diplomática para proteger seus territórios – Imagem: Hendra Susanto0311/Shutterstock

Descobertas em estudo sobre as lagartas

  • Em um estudo publicado no Journal of Experimental Biology, Yack e sua equipe observaram o comportamento territorial das lagartas.
  • Ao transferir os filhotes recém-nascidos para folhas de bétula, descobriram que, em apenas um dia, quase 90% das lagartas se dirigiam até a ponta da folha, onde estabeleciam seu território.
  • Quando um intruso se aproximava, a lagarta residente reagia com vibrações, emitindo sons de raspagem e batendo com a cabeça e o tórax.
  • A pesquisa mostrou que, apesar da agressividade, as lagartas nunca brigavam fisicamente; os encontros eram resolvidos por sinais de alerta vibracionais.

“Os sons produzidos por essas lagartas não são audíveis para os humanos, então tivemos que usar equipamento especializado para captar as vibrações”, diz Yack.

A bióloga sugere ainda que a ponta da folha oferece uma nutrição superior e uma posição estratégica, tornando a defesa mais eficiente.

Com isso, as minúsculas lagartas de bétula verrucosa podem ser vistas como os menores “reis” de seus territórios nas pontas das folhas.

O território das lagartas é pequeno, mas elas ainda vão defendê-lo caso se sintam ameaçadas – Imagem: Salparadis/Shutterstock

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Como e por que zebras têm listras?

As zebras são animais fascinantes, conhecidos por sua pelagem característica formada por listras pretas e brancas. Mas você já se perguntou por que zebras têm listras? Essa peculiaridade sempre intrigou cientistas e estudiosos da natureza.

Ao longo dos anos, diversas teorias foram propostas para explicar essa característica única desses equinos africanos.

Uma das hipóteses mais aceitas sugere que as listras atuam como um mecanismo de defesa contra predadores, dificultando que leões e hienas foquem em um único indivíduo no meio do grupo.

Outra possibilidade é que as listras ajudam na termorregulação, permitindo que esses animais resistam melhor ao calor escaldante das savanas africanas. Além disso, há estudos que indicam que as listras podem confundir insetos, como moscas tsé-tsé, reduzindo a quantidade de picadas e infecções.

Mas será que as zebras conseguem se diferenciar entre si, apesar de suas listras serem tão semelhantes? A resposta surpreende: sim, elas se reconhecem! Para isso, utilizam o olfato, hormônios e sinais comportamentais. 

Como e por que zebras têm listras?

A ciência já descartou a ideia de que as listras servem apenas para camuflagem, pois zebras vivem em planícies abertas onde o preto e branco contrastam com o ambiente. No entanto, estudos revelaram que as listras têm múltiplas funções evolutivas que beneficiam esses animais em diferentes aspectos.

Zebra parada na savana, observando o ambiente (Foto: Gusjer/Flickr)

Uma das principais razões para a existência das listras é a chamada “hipótese da desorientação de predadores”. Quando um grupo de zebras corre junto, suas listras criam um efeito visual dinâmico, tornando difícil para predadores isolarem um único alvo. Isso reduz as chances de ataque bem-sucedido de leões e outros carnívoros.

Outro fator importante é a regulação térmica. As zebras vivem em regiões muito quentes, e estudos sugerem que suas listras ajudam a equilibrar a temperatura corporal. A teoria é que o preto absorve calor e o branco reflete, criando microcorrentes de ar que ajudam a resfriar o animal.

Além disso, uma das descobertas mais interessantes correlaciona as listras com insetos. Isso porque moscas hematófagas (que se alimentam de sangue), como as moscas tsé-tsé e as mutucas, têm mais dificuldade em pousar sobre pelagens listradas, pois seu sistema de visão não consegue processar corretamente os padrões das zebras. Isso reduz a incidência de doenças transmitidas por esses insetos.

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As zebras se reconhecem entre si?

Apesar de todas as zebras parecerem muito semelhantes aos olhos humanos, elas conseguem se diferenciar umas das outras. O segredo está em seu olfato e comportamento social. Cada zebra tem um padrão único de listras, assim como humanos têm impressões digitais distintas, o que facilita o reconhecimento entre indivíduos da mesma espécie.

Duas zebras no Serengeti
Duas zebras no Serengeti (Foto: D. Gordon E. Robertson)

Mas o fator mais determinante para o reconhecimento não está apenas na visão, e sim no olfato. Zebras utilizam feromônios e sinais químicos para identificar seus companheiros. Esses cheiros corporais permitem que uma mãe reconheça seu filhote e que membros do grupo saibam quem é quem, mesmo em meio a uma grande manada.

Além disso, o comportamento e os sons emitidos pelas zebras também são essenciais para a identificação. Elas possuem vocalizações e gestos específicos que ajudam na comunicação e diferenciação entre indivíduos.

Assim, mesmo com padrões de listras similares, cada zebra é única para as outras dentro do grupo. As listras das zebras não são apenas um detalhe estético, mas uma adaptação evolutiva extremamente útil.

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O que aconteceria com os humanos se toda a água doce da Terra estivesse poluída?

A água é uma das substâncias mais importantes do planeta, imprescindível para que a vida aconteça e sobreviva, principalmente para os humanos. Ela cobre mais de 70% da superfície da Terra, porém, apenas a pequena fração de 2,5% é de água doce e, em teoria, própria para consumo. Dessa quantidade, cerca de 1,8% está congelada nas calotas polares, restando algo em torno de 0,6% de água disponível para vivermos.

Com esses dados, fica evidente a necessidade de cuidado para preservar a água, uma vez que ela existe em pouca quantidade para tantas pessoas que existem no mundo. Porém, esse acaba sendo um paradigma, pois a atividade humana é a principal responsável pela poluição das poucas reservas do líquido que nos restam. Com isso, você já parou para pensar o que nos aconteceria se toda água doce do planeta estivesse poluída?

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Sem dúvidas, essa seria uma situação que complicaria a nossa vida como um todo. Confira abaixo na matéria o que teríamos que fazer para lidar com essa situação.

Apenas 0,6% da água do mundo está disponível para consumo. (Imagem: Freepik)

O que faríamos se toda a água do doce do planeta ficasse poluída?

Por pior que pareça essa situação, nem tudo estaria perdido: mesmo com as reservas de água doce comprometidas, a tecnologia atual não nos deixaria sem esse precioso líquido. Com a evolução considerável das técnicas para tratamento da substância, seria possível até mesmo a transformação de esgoto em água potável.

Entre essas tecnologias estão a ultra e a nanofiltração, além dos processos oxidativos avançados e outras técnicas que se baseiam em mecanismos físico-químicos e biológicos, que estão sendo desenvolvidas e permitem que diversos poluentes sejam removidos da água.

No entanto, mesmo que a tecnologia tenha avançado, ainda há alguns problemas que seriam encontrados em uma situação hipotética de poluição de toda a água. São elas:

  • Custo: o acesso à água potável ficaria consideravelmente mais caro caso esse processo fosse feito em larga escala. Isso poderia piorar mais ainda a situação das regiões onde o recurso já é mais escasso do que a média, além das pessoas que vivem em risco hídrico. Sendo assim, o recurso se tornaria proibitivo para muitas pessoas;
  • Falhas possíveis: com o abastecimento totalmente dependente do tratamento, qualquer pequena falha no sistema poderia comprometer de forma significante o acesso à água. Isso porque, quanto mais complexos os poluentes da água a ser tratada, mais barreiras são exigidas para garantir que ela tenha a qualidade esperada no final do tratamento.
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Alguns rios atingem um nível tão alto de poluição que os tornam “rios mortos”. (Imagem: Freepik)

O que é água poluída?

A poluição da água é um conceito que precisa ser analisado do ponto de vista do equilíbrio ecológico, e também do uso que os seres humanos fazem dela. Primeiro, a água não pode estar tão poluída de modo a impedir a sobrevivência dos organismos e gerar a perda de biodiversidade. Isso acontece com os rios Tietê e Pinheiros em São Paulo, por exemplo, onde o nível de poluição dos trechos que passam pela cidade os transformam em “rios mortos”.

Além disso, a água precisa juntar as condições ideais para ser usada pelos humanos sem que haja risco. Ainda que a água de um rio seja limpa, não significa que não ofereça problema ao ser consumida sem nenhum tipo de tratamento, por exemplo. Contudo, essa água ainda poderia servir para outros usos, como a irrigação de culturas agrícolas.

É importante deixar claro que mesmo as fontes de água que não apresentam poluição causada por seres humanos podem ter características diferentes dependendo de cada região, como o tipo de solo, o relevo e a vegetação. Sendo assim, a ideia de poluição depende de possíveis impactos que a água poluída pode causar para os ecossistemas, ou os prejuízos e limitações que ela pode impor para as atividades humanas.

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A água salgada dos oceanos seria mais uma opção em caso de comprometimento de toda a água doce do planeta. (Imagem: Freepik)

Água salgada como opção

A água salgada dos oceanos seria mais uma opção em caso de comprometimento de toda a água doce do planeta. Isso seria possível com um processo chamado de dessalinização que, basicamente, remove o sal da água e a torna própria para o consumo.

Entretanto, esse procedimento tem um custo muito elevado, o que causaria um problema sério de oferta que já foi citado acima. Além disso, geraria um alto gasto energético e produção considerável de resíduos. Então, em escala global, essa solução traria uma série de outros problemas juntamente com a solução da questão principal.

Preservação: o melhor caminho

Com as soluções apresentadas acima, sabemos que a humanidade dificilmente ficaria sem água. Contudo, o comprometimento completo das reservas de água potável causaria diversas consequências terríveis, como prejuízos aos seres humanos, perdas na biodiversidade e alterações consideráveis nos ecossistemas, por exemplo.

Por isso, é sempre importante reforçar que o tratamento de água precisa estar em última opção no caso de esgotamento de outras atitudes para preservar a qualidade adequada da substância. Para isso, entre as melhores práticas estão a preservação dos mananciais, através de:

  • Tratamento de esgoto;
  • Controle da expansão urbana e agrícola;
  • Reflorestamento de áreas degradadas.
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A melhor forma de evitar a necessidade de tratamento de água não potável é promovendo a preservação. (Imagem: Freepik)

Essas atividades evitariam que os poluentes chegassem até as águas, resolvendo boa parte do problema diretamente em sua origem.

O ciclo hidrológico também merece atenção, incluindo a evaporação da água, a formação das nuvens e a condensação da água, que causa as chuvas que alimentam os rios e demais corpos d’água. O ciclo é fechado e faz com que a quantidade de água se mantenha constante no planeta.

Contudo, ele é afetado diretamente pelas mudanças climáticas, que fazem aumentar a ocorrência de eventos extremos e geram desequilíbrio. Uma consequência disso são as regiões secas que ficam ainda mais secas. Com tudo isso, fica claro que garantir a boa qualidade da água é uma questão de sobrevivência para os seres que dela dependem.

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Exposição à natureza pode diminuir sensação de dor, diz estudo

Um estudo recente conduzido por uma equipe internacional de neurocientistas, liderada pela Universidade de Viena, mostrou que a exposição à natureza pode reduzir significativamente a dor física aguda.

O achado surpreendente foi que apenas assistir a vídeos da natureza foi suficiente para aliviar a dor nos participantes. O estudo foi publicado recentemente no renomado periódico Nature Communications.

Utilizando ressonância magnética funcional, os pesquisadores descobriram que, ao assistir a cenas naturais, a dor foi classificada como menos intensa e desagradável, acompanhada por uma redução na atividade cerebral associada ao processamento da dor.

Esse efeito sugere que terapias baseadas na natureza podem ser uma abordagem complementar promissora no controle da dor.

Estudo pode abrir caminho para criação de terapias baseadas na natureza que podem aliviar dores -Imagem: Dragana Gordic/Shutterstock

Detalhes do estudo

  • O estudo foi conduzido com participantes que experimentavam dor e os pesquisadores os expuseram a três tipos de vídeos: uma cena natural, uma cena interna e uma cena urbana.
  • Durante a exibição, os participantes classificaram a dor enquanto sua atividade cerebral era monitorada por ressonância magnética.
  • Os resultados foram claros: ao assistir à cena da natureza, os participantes relataram menor intensidade de dor e demonstraram uma diminuição na atividade cerebral em áreas responsáveis pelo processamento da dor.

Os pesquisadores explicaram que a exposição à natureza afetou o processamento sensorial da dor no cérebro, especialmente nos sinais iniciais que o cérebro recebe ao lidar com a dor.

Diferentemente dos placebos, que alteram a resposta emocional à dor, a natureza impactou diretamente a forma como o cérebro processa os sinais sensoriais brutos da dor.

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Pesquisa atual sugere que o cérebro reage menos à fonte física e à intensidade da dor quando exposto à natureza – Imagem Shutterstock/Foto VichZH

Segundo Max Steininger, líder do estudo, isso sugere que o efeito da natureza na dor é menos influenciado pelas expectativas dos participantes e mais pela modulação dos sinais físicos da dor.

O estudo oferece uma nova perspectiva sobre o uso da natureza como ferramenta terapêutica no alívio da dor.

A descoberta de que vídeos da natureza podem ter o mesmo efeito que a exposição direta ao ambiente natural abre novas possibilidades de tratamentos, especialmente em ambientes médicos e privados, utilizando tecnologias como vídeos ou realidade virtual.

Isso torna o alívio da dor mais acessível e prático para aqueles que não têm acesso fácil a espaços naturais ao ar livre.

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