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Naufrágio de mais de 100 anos atrapalha navegação em SC

navio Pallas naufragou há 131 anos, durante a Revolta Armada, um levante militar liderado por oficiais da Marinha, que ocorreu no Brasil entre 1893 e 1894. Coberto por lama e partido ao meio, a embarcação se encontra no fundo do rio que corta Itajaí e Navegantes, no Litoral Norte de Santa Catarina.

Apesar de representar a história brasileira, o navio se tornou um obstáculo para a passagem de embarcações maiores. Elas não conseguem acessar o canal do terceiro maior complexo portuário de contêineres do país.

Retirada do navio depende de autorização

  • Formado pelo Porto Público de Itajaí e outros sete terminais privados, o Complexo Portuário de Santa Catarina responde por 13,03% do mercado nacional.
  • Em 2024, ele movimentou 14,17 milhões de toneladas.
  • A ideia é impulsionar ainda mais estes resultados a partir de um novo pacote de investimentos no valor de R$ 689 milhões.
  • Isso garantiria que o complexo portuário receba navios de até 400 metros.
  • Mas, para isso, o Vapor Pallas precisaria ser retirado, o que deve acontecer até janeiro do ano que vem.
  • A embarcação é de propriedade da União e sua remoção depende da autorização do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
  • De acordo com o G1, o órgão federal confirmou que já houve o pedido para a operação e disse que aguarda agora a realização de uma Pesquisa de Salvamento Arqueológico para conceder a autorização.
Naufrágio de navio brasileiro dificulta operações em complexo portuário de SC (Imagem: Porto de Itajaí)

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A história do Pallas

Construído em 1891, o Pallas era um navio usado para carregar alimentos e passageiros entre Rio de Janeiro e Buenos Aires, na Argentina. De acordo com Jules Soto, fundador do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí (Univali), a embarcação era o que tinha de mais moderno na época.

Não se sabe exatamente como aconteceu o naufrágio. Acredita-se que o navio passava por Itajaí para abastecer, em 25 de outubro de 1893, e que o comandante da embarcação se recusou a cooperar com os militares da Marinha que tentavam derrubar Floriano Peixoto do poder.

Naufrágio do Pallas ainda é motivo de discussão (Imagem: Instituto Cultural Soto)

O motivo do naufrágio ainda é um tanto obscuro, se foi um acidente, mas acredita-se que o capitão jogou o barco na praia, já que na época ali não era rio. Tudo leva a crer que os revoltosos, quando pegaram esse navio, o comandante não querendo colaborar, jogou o navio na praia.

Jules Soto, fundador do Museu Oceanográfico da Universidade do Vale do Itajaí

Após o naufrágio, o navio foi afundando aos poucos e acabou sendo saqueado e perdendo objetos de valor, como metais. Foi apenas em 2017 que uma embarcação tocou no casco do Pallas. A partir daí, mergulhadores confirmaram que o Pallas estava divido ao meio e localizado em uma área de muita corrente, visibilidade quase nula e intenso tráfego de navios.

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titanic

Por que os restos mortais das vítimas do Titanic nunca foram encontrados?

Quando o Titanic naufragou em 1912, 2.200 pessoas estavam a bordo do navio. Destas, mais de 1.500 morreram na tragédia. Então como é possível que, ao longo de tantos anos de explorações, os restos mortais das vítimas nunca tenham sido encontrados em meio aos destroços? Há algumas explicações por trás disso…

Entenda:

  • Em 1912, o naufrágio do Titanic causou mais de 1.500 mortes – mas os restos mortais das vítimas nunca foram encontrados;
  • Uma das hipóteses por trás disso é a profundidade extrema em que o navio se encontra;
  • Como a água no fundo do oceano é subsaturada em carbonato de cálcio, os ossos das vítimas se dissolveram quando criaturas marinhas comeram a carne;
  • Outra explicação é que os coletes salva-vidas usados durante o naufrágio fez com que os corpos flutuasse após a morte, e tanto tempestades quanto correntes oceânicas os levaram para longe.
Proa do Titanic avistada em uma expedição de 2004. (Imagem: NOAA)

Os destroços do Titanic só foram encontrados em setembro de 1985, 73 anos depois do naufrágio. Desde então, o que sobrou do navio já foi explorado em inúmeras ocasiões – 33 delas só pelo diretor James Cameron, que visitou os destroços durante a produção do clássico Titanic, filme vencedor do Oscar.

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Vítimas do naufrágio podem ter sido dissolvidas

Em 2012, ao The New York Times, Cameron descreveu o que encontrou em suas visitas ao navio naufragado: “Não vi nenhum vestígio humano. Vimos roupas, pares de sapatos – o que sugere fortemente que houve um corpo ali em algum momento. Mas nunca vimos restos humanos”, contou o diretor na época.

Destroços do Titanic no fundo do mar
Restos mortais das vítimas do Titanic nunca foram encontrados. (Imagem: Nuno Vasco Rodrigues/Shutterstock)

Uma das razões por trás disso é a profundidade extrema em que os destroços do navio se encontram. “A água no fundo do mar está subsaturada em carbonato de cálcio, que é, em grande parte, a composição dos ossos. [O Titanic] está abaixo da profundidade de compensação de carbonato de cálcio, então, uma vez que as criaturas comem sua carne e expõem os ossos, eles se dissolvem”, explica Robert Ballard, que localizou o Titanic em 1985, à NPR.

Restos mortais das vítimas do Titanic podem ter flutuado para longe

Outra explicação se deve ao fato de que muitos passageiros usavam coletes salva-vidas no momento do naufrágio, de modo que seus corpos continuaram flutuando no oceano após a morte. Além de tempestades que podem ter levado os corpos para longe dos destroços, correntes oceânicas continuaram varrendo os restos mortais ao longo dos anos, aponta o IFLScience.

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Navios e aviões também pagam multas?

Qualquer motorista que se preze tem medo da infame multa. Às vezes, basta uma breve desatenção, uma seta que não foi ligada, uma parada além da faixa, um piscar de olhos a mais acima do limite de velocidade… E zás, lá está ela: a notificação oficial chegando pelo correio, com o valor da infração, os pontos na carteira e, claro, aquela dorzinha no bolso.

Quando pensamos nesse tipo de penalidade, geralmente a associamos ao trânsito terrestre: carros, motos e caminhões que desrespeitam regras de circulação e acabam penalizados. No entanto, o universo das infrações não se limita às ruas e estradas.

Navios e aviões também podem e são multados — com mais frequência até do que se imagina. Mas as circunstâncias e os critérios para essas penalidades são bem diferentes do que ocorre no asfalto.

Navios e aviões também são multados?

Em vez de uma lombada eletrônica ou radar fixo, o que está em jogo no céu e no mar envolve o cumprimento de normas internacionais, rotas seguras de navegação, controle ambiental e protocolos de segurança rigorosos.

Pessoa vendo as informações da multa que recebeu – Crédito editorial: igorykor / Shutterstock.com

No caso das embarcações, por exemplo, despejar resíduos indevidamente no oceano ou desrespeitar o limite de emissão de poluentes pode resultar em multas pesadas, aplicadas por órgãos reguladores ambientais.

Já para aviões, uma violação do espaço aéreo, atrasos injustificados ou falhas de manutenção detectadas em solo também podem gerar penalidades.

Cargueiro a vela busca diminuir emissão de carbono no transporte de cargas. (Imagem: GreenOak/Shutterstock)

No caso dos navios, as multas podem ser aplicadas por diversos motivos, como:

  • Descumprimento de normas ambientais: o despejo irregular de resíduos ou óleo no mar pode resultar em multas severas, já que isso causa danos ao ecossistema marinho;
  • Violação de rotas marítimas: existem corredores de navegação estabelecidos para garantir a segurança do tráfego marítimo. Desviar dessas rotas sem justificativa pode acarretar penalidades;
  • Falta de documentação ou irregularidades na embarcação: navios precisam estar devidamente registrados e em conformidade com as normas de segurança. Qualquer irregularidade pode gerar multas.

Já os aviões podem ser multados por infrações como:

  • Violação do espaço aéreo: aeronaves que entram em áreas restritas ou não seguem os planos de voo estabelecidos podem ser penalizadas;
  • Desrespeito a normas de segurança: isso inclui falhas na manutenção, excesso de carga ou descumprimento de procedimentos de segurança;
  • Infrações ambientais: assim como os navios, aviões também devem seguir normas ambientais, como a emissão controlada de poluentes.

Diferentemente do trânsito terrestre, onde as infrações são fiscalizadas por órgãos locais, as multas para navios e aviões são aplicadas por entidades nacionais e internacionais, como a Organização Marítima Internacional (IMO) e a Organização da Aviação Civil Internacional (OACI).

Quem paga as multas de navios e aviões?

A responsabilidade pelo pagamento das multas varia conforme a infração e a estrutura organizacional do transporte.

Avião na pista de lado
Incidente foi evitado por pouco (Imagem: Photofex-AT/iStock)

No caso de veículos terrestres, o motorista ou o proprietário do veículo geralmente é o responsável pela multa. Mas, no caso de navios e aviões, a situação é um pouco mais complexa.

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Para navios, as multas podem ser direcionadas a diferentes partes envolvidas:

  • Companhia proprietária do navio: em muitos casos, a empresa dona da embarcação é a responsável pelo pagamento das multas, especialmente quando se trata de infrações ambientais ou de segurança;
  • Capitão ou comandante: dependendo da gravidade da infração e das circunstâncias, o capitão pode ser responsabilizado diretamente, especialmente se houver negligência comprovada;
  • Tripulação: em algumas situações, membros específicos da tripulação podem ser multados individualmente, caso tenham cometido infrações diretamente relacionadas às suas funções.

No caso dos aviões, a lógica é semelhante:

  • Companhia aérea: a empresa que opera a aeronave geralmente é a responsável pelas multas, especialmente quando se trata de infrações relacionadas à segurança, manutenção ou regulamentação ambiental;
  • Piloto ou comandante: se a infração for diretamente atribuída ao piloto, como a violação de um espaço aéreo restrito, ele pode ser responsabilizado e multado individualmente;
  • Operadores de solo: em alguns casos, infrações relacionadas ao carregamento de bagagens, abastecimento ou manutenção podem resultar em multas para os operadores de solo ou empresas terceirizadas.

Assim, enquanto no trânsito terrestre as multas são mais diretamente ligadas ao condutor, no caso de navios e aviões, a responsabilidade pode ser compartilhada entre a empresa operadora, o comandante e até mesmo a tripulação.

Com informações de International Maritime Organization (IMO) e International Civil Aviation Organization (ICAO).

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Naufrágio “Viking” revela ser outra coisa e surpreende arqueólogos

Pesquisadores descobriram que um naufrágio de 500 anos na costa da Suécia, na verdade, não é um navio Viking como esperavam. De acordo com estudos recentes da estrutura, ele é o barco escandinavo mais antigo construído no estilo “caravela”, que é mais robusto e o permitia carregar canhões.

Desde 1800, cinco naufrágios foram encontrados em Landfjärden, ao sul de Estocolmo. A hipótese mais forte era de que eles foram da Era Viking, que durou de 793 a.C. até 1066 a.C., mas sua idade continuava incerta.

No entanto, arqueólogos marinhos do museu Vrak, especializado em navios afundados, constataram que quatro dos desastres datam dos séculos XVI e XVII. Além deles, acredita-se que um mais antigo foi construído por volta de 1460 a 1480.

A equipe nomeou esse último de “Vrak 5”. Seu aspecto mais significante é o modelo de construção: as tábuas no casco estavam niveladas com as tábuas vizinhas, de modo que toda a superfície do casco ficava relativamente lisa. Isso classifica o barco como exemplar do estilo “caravela”.

Ilustração de como teria sido o Vrak 5. (Imagem: Vrak Museum of Wrecks)

“É um navio grande, provavelmente com cerca de 35 metros de comprimento e 10 metros de largura”, disse Håkan Altrock, curador do museu e gerente de projeto.

Em contraste, os vikings construíam seus navios no estilo “clínquer”, parecido com uma canoa. O que os fazia mais leves e flexíveis.

No entanto, o uso do modelo caravela, que é original do Mediterrâneo, com seus primeiro exemplares datando do século VII a.C., surpreendeu os pesquisadores. Segundo Altrock, nesse momento o estilo clínquer estava se tornado obsoleto pela força do novo formato.

Navio foi digitalizado

Esses detalhes tornam Vrak 5 essencial para se entender a transição dos modelos de construção. Sendo esse um período importante na história marítima da Suécia, diz o gerente do projeto.

O grupo do museu fez um modelo digital do navio usando fotogrametria. Assim todos podem acessar os resultados online.

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Para o futuro, as pesquisas continuarão. “Planejamos solicitar financiamento externo para uma escavação”, ele disse. “Este navio representa um elo fascinante entre a construção naval medieval e moderna”, conclui Altrock.

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Tensão no Oriente Médio: porta-aviões dos EUA tem 5 mil tripulantes e até lojas

As tensões no Oriente Médio voltaram a crescer após um ataque realizado pelos Estados Unidos contra os Houthis, um grupo rebelde do Iêmen que é apoiado pelo Irã. No total, 53 pessoas morreram e 98 ficaram feridas.

O presidente Donald Trump ordenou o bombardeio para defender ativos de transporte marítimos norte-americanos e impedir ameaças terroristas. Nos últimos meses, os rebeldes têm realizado ataques contra navios comerciais que circulam pelo Mar Vermelho.

Entenda o que está acontecendo na região

  • As ações dos Houthis começaram no final de 2023.
  • O grupo alega que os ataques são uma forma de demonstrar apoio aos palestinos e repudiar as ações de Israel na guerra na Faixa de Gaza.
  • Em janeiro deste ano, eles interromperam as operações após um acordo de cessar-fogo na região.
  • No entanto, com as incertezas sobre os próximos passos do conflito, os rebeldes anunciaram que estavam planejando bombardear outros navios.
  • Essa declaração motivou a reação dos EUA.
Ação dos rebeldes tem ligação com os combates em Gaza (Imagem: Below the Sky/Shutterstock)

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Porta-aviões USS Harry S. Truman

Para atingir os rebeldes iemenitas, as forças dos EUA utilizaram o porta-aviões USS Harry S. Truman. Descrito como uma “cidade no mar”, ele tem capacidade para transportar 90 aeronaves e mais de 5 mil tripulantes, possuindo até lojas a bordo.

A embarcação foi lançada oficialmente em setembro de 1996 e é o nono porta-aviões produzido pelos Estados Unidos movido a energia nuclear. Ele também faz parte da Classe Nimitz, que foi inaugurada durante a Guerra Fria.

Porta-aviões pode transportar até 90 aeronaves simultaneamente (Imagem: Gail Heaton/Shutterstock)

O navio tem 333 metros de comprimento e pesa cerca de 100 mil toneladas. Ele pode atingir uma velocidade de até 56 km/h. Desde o início dos anos 2000, o USS Harry S. Truman é equipado com internet e recentemente passou a disponibilizar conexão wi-fi para os tripulantes.

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Navio da China pode desvendar segredos do manto da Terra

O primeiro navio de perfuração em alto mar já está em operação na China. Com 179,8 metros de comprimento e 32,8 metros de largura, o Meng Xiang alcança profundidade máxima de 11 quilômetros — abrindo caminho para desvendar segredos do manto do planeta Terra.

Historicamente, a exploração científica em alto-mar tem se limitado à crosta terrestre, que tem, em média, 15 quilômetros de espessura. Abaixo disso, há um universo a ser descoberto entre a camada que liga a superfície ao núcleo.

O maior navio de pesquisa científica do país asiático foi oficialmente comissionado na metrópole de Guangzhou, em novembro do ano passado. A embarcação tem autossuficiência de 120 dias e capacidade para acomodar 180 pessoas, com alcance de 15 mil milhas náuticas, segundo a agência de notícias Xinhua.

Navio recebeu o primeiro equipamento de elevação hidráulica do mundo (Imagem: Reprodução/Xinhua)

“As amostras de núcleo da terra profunda que ele recupera fornecerão aos cientistas globais evidências diretas para estudar as placas tectônicas, a evolução da crosta oceânica, os climas marinhos antigos e a evolução da vida”, disse Xu Zhenqiang, diretor do Guangzhou Marine Geological Survey sob o China Geological Survey. “Ele ajudará a humanidade a entender, proteger e utilizar melhor os oceanos.”

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Um navio grandioso da China

  • O Meng Xiang pode ser usado não apenas na perfuração em alto-mar, mas, também, na exploração de petróleo e gás, extração experimental e investigação de hidrato de gás natural;
  • Parte disso é possível graças à instalação do primeiro equipamento de elevação hidráulica do mundo, com capacidade de elevação de até 907 toneladas;
  • Além disso, a embarcação recebeu nove laboratórios avançados, cobrindo áreas como geologia, geoquímica, microbiologia, ciência oceânica e tecnologia de perfuração;
  • E a pesquisa marinha ganhou uma aliada: o primeiro sistema automatizado de armazenamento de amostras de núcleo embarcado do mundo.

De acordo com a reportagem, o navio passou por duas rodadas de testes no mar, com desempenho acima do esperado. Além disso, ele atende os padrões de segurança para supertufões e pode operar normalmente em condições de mar agitado.

Embarcação recebeu nove laboratórios avançados (Imagem: Reprodução/Xinhua)

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