O bairro de Greenpoint, no Brooklyn (EUA), é casa de um tipo de coworking nunca visto. Chamado de Chat Haus, o espaço, revelado em reportagem do Tech Crunch, é inteiramente feito de papelão.
O escritório “fake” tem de tudo: pessoas martelando em seus teclados de computador, outra pessoa atendendo um telefonema, outra parada perto do computador para tomar um gole de café.
Artista quis evitar abordagem negativa para conquistar públicos diversos (Imagem: Divulgação/Nim Ben-Reuven)
Há uma placa que oferece espaço para mesas por “apenas” US$ 1.999 (R$ 11303,54, na conversão direta)por mês e outra que rotula o local como “um espaço de coworking de luxo para chatbots“, situado entre uma escola primária e uma biblioteca pública da 121 Norman Avenue.
A cena é, na verdade, uma exposição de arte do artista Nim Ben-Reuven e reúne um punhado de robôs de papelão trabalhando em seus computadores por meio de movimentos controlados por pequenos motores.
IA domina tudo?
Ao Tech Crunch, o artista disse que criou a exposição para trazer humor ao fato de que o trabalho dele tem sido dominado por inteligência artificial (IA);
Ben-Reuven é especialista em design gráfico e videografia e conta que as empresas têm negado seus projetos como freelancer por priorizarem ferramentas de IA;
“Era como uma expressão de frustração em forma de humor, para que eu não ficasse tão ressentido com a indústria mudando tão rápido e tão debaixo do meu nariz, sem querer fazer parte dessa mudança”, disse ele ao site. “Então, pensei: vou revidar com algo bobo que me faça rir”;
A ideia de uma exposição humorada, evitando abordagens negativas, também busca atrair espectadores de todas as idades e com opiniões diversas sobre a IA, segundo ele. O “tom mais leve” aumenta a chance de transmitir a mensagem correta, na opinião do artista.
O Chat Haus ficará exposto temporariamente até que o prédio que o abriga passar por uma reforma. A expectativa é que o público possa visitar o “coworking” até meados de maio, quando será transferido para uma galeria maior, se possível — e com novos itens.
“Eu pensei que seria engraçado expressar essa ideia de um monte de robôs bebês, meio fofos e meio assustadores, digitando por causa dos nossos comandos do ChatGPT em algum depósito, trabalhando sem parar e consumindo tanta eletricidade quanto a Suíça usa em um ano”, disse Ben-Reuven.
Exposição faz reflexão sobre uso de IA no trabalho (Imagem: Divulgação/Nim Ben-Reuven)
A nova unidade do Starbucks localizada em Brownsville, Texas, EUA, é inédita: foi construída por uma impressora 3D da empresa alemã Peri 3D Construction. O prédio está em obras desde o final de 2024 e pode ser inaugurado este mês, segundo o portal de notícias local Brownsville Today.
O orçamento do projeto chegou a quase US$ 1,2 milhão, de acordo com o site New Atlas, mas não há informações sobre o custo real da construção. São 130 m² distribuídos em um espaço criado apenas para retirada e drive-thru, sem a possibilidade de consumo no local.
Sobre a obra
A máquina 3D foi instalada no local para seguir um projeto pré-fabricado. O equipamento usa uma mistura semelhante a cimento que vai construindo lentamente a estrutura básica do edifício em camadas, produzindo uma característica comum de obras do tipo na parede.
Após a conclusão do processo de impressão, os construtores foram encarregados de adicionar janelas, uma área de varanda e outros detalhes que tornaram a estrutura uma cafeteria funcional.
A impressora 3D COBOD BOD2 levanta um metro quadrado de parede de cavidade em apenas cinco minutos. Dependendo da configuração, pode ser configurada em apenas um ou dois dias. Uma vez calibrada, a impressora pode operar automaticamente durante todo o projeto.
Empresa construiu o maior edifício impresso em 3D da Europa
A Peri 3D Construction também é responsável pelo maior edifício impresso em 3D da Europa até então, construído em Heidelberg, na Alemanha. O edifício comercial, com 54 metros de comprimento, 11 metros de largura e 9 metros de altura, foi concluído em apenas 170 horas de impressão.
A fachada em formato de onda foi criada com design paramétrico e dá nome ao edifício, que é usado como um data center de TI: The Wavehouse. Como a sala de servidores não precisa de janelas, a fachada ondulada pode se estender por toda a área.
Starbucks ganha unidade construída por impressora 3D nos EUA. Imagem: Prefeitura de Brownsville
“As curvas e saliências delicadas foram criadas sem esforço pela impressora 3D. Com métodos de construção convencionais, essa arquitetura só seria viável com fôrmas especiais e caras”, diz a empresa.
O projeto ainda marcou o uso de um novo material de construção imprimível em 3D que tem uma pegada de carbono 55% menor em comparação com o cimento Portland puro e é 100% reciclável. A pintura interna em verde também foi realizada por um robô.
Em 1972, há 53 anos, a França decidiu criar um novo calendário. A invenção era, em alguns pontos, similar ao atual modelo gregoriano, mas com meses cujo número de dias não variasse tanto (veja fevereiro, por exemplo, que pode ter 28 ou – em anos bissextos – 29 dias, enquanto os demais meses chegam a 30 ou 31). O chamado calendário revolucionário francês, porém, não foi bem-recebido.
Entenda:
Em 1972, foi criado o calendário revolucionário francês;
A invenção francesa também tinha 12 meses – como o modelo gregoriano –, mas cada um deles era composto de 30 dias divididos em três “semanas”;
Além disso, cada mês foi nomeado com base em fenômenos ou condições naturais de cada época do ano (como geadas, chuvas e a colheita de uvas);
O calendário revolucionário foi implementado na França após a abolição da monarquia, mas foi substituído pelo gregoriano outra vez em 1806 sob as ordens de Napoleão;
Calendário francês tinha 12 meses com 30 dias cada. (Imagem: Philibert Louis Debucourt, Bibliothèque nationale de France/Wikimedia Commons)
Assim como o modelo cristão, o calendário francês tinha 12 meses. A diferença aqui é que cada um deles contava com 30 dias. Esses meses eram divididos em três “semanas” de 10 dias, chamados primidi, duodi, trididi, quartidi, quintidi, sextidi, septidi, octidi, nonidi e decadi. A soma, então, era de 360 dias, mas outros cinco ou seis (em anos bissextos) eram adicionados para completar o ano.
Calendário francês foi baseado em fenômenos naturais
Outra diferença entre o calendário francês e o gregoriano é que, ao contrário de deuses, os meses do modelo revolucionário foram nomeados com base em fenômenos naturais ou condições de cada época do ano:
Vendémiaire(referência à “vindima”, a colheita das uvas): 22 de setembro a 21 de outubro;
Brumaire(“neblina”): 22 de outubro a 20 de novembro;
Frimaire(“geada”): 21 de novembro a 20 de dezembro;
Nivôse(“neve”): 21 de dezembro a 19 de janeiro;
Pluviôse(“chuva”): 20 de janeiro a 18 de fevereiro;
Ventôse(“vento”): 19 de fevereiro a 20 de março;
Germinal(“germinação de sementes”): 21 de março a 19 de abril;
Floréal(“flores”): 20 de abril a 19 de maio;
Prairial(“prado”): 20 de maio a 18 de junho;
Messidor(“colheita”): 19 de junho a 18 de julho;
Thermidor(“calor”): 19 de julho a 17 de agosto;
Fructidor(“frutas”): 18 de agosto a 16 de setembro.
Meses do calendário francês foram baseados em fenômenos naturais, como a neve. (Imagem: image1004/Shutterstock)
Com a abolição da monarquia e a implementação da Convenção Nacional, o calendário revolucionário vinha para celebrar a Ciência acima da religião, abandonando as antigas tradições. Mas a mudança, como os franceses logo perceberiam, veio acompanhada de uma série de desafios.
Calendário da França foi abandonado por Napoleão
A parcela ainda religiosa da população relutava em aceitar o novo calendário, e, claro, era muito difícil manter relações – marcar compromissos, por exemplo – com países que seguiam o modelo gregoriano.
Com isso, o calendário francês foi, aos poucos, caindo em desuso, substituído oficialmente pelo gregoriano em 1º de janeiro de 1806 sob as ordens de Napoleão Bonaparte.
Em séries de investigação policial é muito comum ver os personagens buscando por resíduos de pólvora. Essa nova tecnologia facilitaria muito o trabalho deles, fazendo esses vestígios brilharem em verde-fluorescente.
É muito comum nesses seriados e filmes ver os profissionais forenses investigando cada centímetro das cenas de crime atrás de qualquer sinal de que uma arma foi disparada. Isso tudo sem contar no transporte dessas amostras e a análise em laboratório.
Esse processo todo demanda tempo, algo que é escasso para uma investigação de crime. Durante o período em que as provas estão sendo coletadas e analisadas, o criminoso pode muito bem fugir ou cometer outro delito. Por isso é essencial a agilidade nos processos forenses.
Como a tecnologia ajuda na investigação policial
Por esse motivo, o método desenvolvido por pesquisadores da Universidade de Amsterdã será um grande aliado dos investigadores. O produto desenvolvido consiste em um líquido baseado em álcool isopropílico que pode ser borrifado em superfícies da cena de crime, segundo informações do portal New Atlas.
Em qualquer disparo de arma de fogo há a presença de chumbo, que quando reage com o brometo de metilamônio, presente no líquido produzido pelos cientistas, gera uma substância reagente a luz ultravioleta. A perovskita, que quando colocada contra este tipo de luz, brilha em um verde-fluorescente intenso, fácil de ser identificado.
Cientistas criam tecnologia que faz a pólvora brilhar (Imagem: Universidade de Amsterdã/Reprodução)
Na prática, a tecnologia funciona da seguinte forma: após um disparo de arma de fogo, resíduos do tiro (conhecidos como GSR, sigla em inglês para “gunshot residue“) podem se depositar em superfícies próximas, como roupas ou objetos. Se essas superfícies forem pulverizadas com o líquido reagente, qualquer presença de chumbo será convertida em perovskita.
Nos testes realizados em estande de tiro, a tecnologia foi eficaz em detectar GSR em pedaços de tecido de algodão, posicionados a até 2 metros de distância do disparo. Os voluntários utilizaram duas pistolas de calibre 9 mm: uma Glock 19 Gen5 e uma Walther P99Q NL.
A fluorescência após a aplicação da luz UV indicava com precisão a presença de resíduos de chumbo, mostrando o potencial da técnica para investigações forenses rápidas e visuais.
A polícia de Amsterdã está testando uma tecnologia baseada no kit Lumetallix, usado para detectar chumbo em obras, agora adaptado para cenas de crime. O sistema identifica resíduos de tiro ao reagir com chumbo e formar perovskita, que brilha em verde sob luz UV, facilitando a detecção visual de GSR.
Os ambiciosos planos da Arábia Saudita em tornar o país um dos principais destinos turísticos do mundo continuam a todo vapor. Com dinheiro do petróleo, o governo atrai empresas privadas que fazem brotar cidades tecnológicas no meio do deserto, levantam arranha-céus suntuosos e plantam verdadeiras florestas onde antes havia apenas areia.
Um novo empreendimento promete tornar todo esse pacote ainda mais atraente.
E o nome dele não é nada modesto: “Jardim Eterno”, em alusão ao Éden, o Paraíso, segundo os religiosos.
O projeto leva a assinatura da famosa empresa britânica Foster + Partners, que trabalha em parceria com a gigante Red Sea Global. Eles pegaram a pequena ilha de Laheq, no oeste do país, e a redesenharam como uma espécie de resort de luxo.
Laheq faz parte de um arquipélago de 90 ilhas e tem uma área estimada de 400 hectares. Alguns hotéis já foram entregues. A previsão, porém, é que o projeto seja concluído apenas em 2028.
Como ficará a ilha
As imagens mostram uma infraestrutura absurda.
É possível ver casas e hotéis de luxo cercados por muitas árvores.
Será possível alugar todas essas casas de madeira luxuosas (por uma pequena fortuna, é claro…) – Imagem: Reprodução/Red Sea Global
Ao todo, serão dois resorts de luxo, um focado em bem-estar e o outro oferecendo um estilo de vida mais… baladeiro.
Haverá ainda um grande centro comercial, além de áreas de entretenimento, restaurantes, um campo de golfe e uma marina com 115 vagas.
Outra atração serão os esportes aquáticos, sobretudo o mergulho.
A biodiversidade marinha é bastante rica, com mais de 2 mil espécies de peixes, muitas delas exclusivas da região.
E tudo isso com uma paisagem paradisíaca, com praias de areia branca e mar azul.
E as águas são bastante tranquilas – as autoridades sauditas afirmam ter a quarta maior barreira de corais do mundo, o que garante aquele mar que parece uma piscina.
A construtora Red Sea Global promete, por fim, que tudo funcionará com 100% de energia renovável até 2030.
Também afirma que vai preservar grandes áreas naturais de manguezais, além de trabalhar pela regeneração do litoral.
Não precisa nem saber jogar golfe; basta gostar de belas paisagens – Imagem: Reprodução/Red Sea Global
Outros empreendimentos
Os projetos sauditas são impressionantes e o mais importante deles atende pelo nome de Neom. Será uma região completa, construída na fronteira do país com a Jordânia e o Egito. A capital dessa zona será a impressionante cidade The Line, uma metrópole futurista em linha reta – e que ganhou novos detalhes recentemente.
O país também prepara as obras do prédio mais alto do mundo, com o dobro do tamanho do Burj Khalifa.
O aranha-céu terá 2 quilômetros de altura e fará parte de um distrito comercial próximo ao aeroporto da capital Riad.
The Line será uma das cidades mais ricas, futuristas e luxuosas do mundo – Imagem: Divulgação/Neom
Você é daqueles que acha que os ovos de Páscoa estão cada vez menores? Saiba que uma festa em Santa Catarina pode mudar essa impressão. Um dos destaques da comemoração é o ovo de Páscoa gigante, que, este ano, promete ser o maior do mundo.
A Osterfest de Pomerode, no Vale do Itajaí (SC), acontece neste domingo de Páscoa (20) e celebra a data unindo as tradições alemãs da região.
Além do ovo gigante, a festa conta com a Osterbaum, uma árvore de Páscoa típica da cultura alemã, que, este ano, está decorada com mais de 100 mil cascas de ovos pintadas à mão.
Ovo de Páscoa decorado gigante da Osterfest 2025, em Pomerode, SC — Foto: Daniel Zimmermann/Divulgação
Maior ovo de Páscoa do mundo
Mas o grande destaque da comemoração é, sem dúvida, o ovo gigante. Segundo o g1, ele é tão grande que pode ser visto de longe. E, se tudo der certo, em 2025, poderá bater um novo recorde.
A festa já conquistou o título de maior ovo de Páscoa do mundo em 2023. Na época, o ovo media 16,72 metros de altura e 10,88 metros de diâmetro. Este ano, a organização não revelou as dimensões da estrutura, mas promete algo ainda maior.
O evento acontece das 10h às 20h (horário de Brasília) neste domingo de Páscoa, 20 de abril, no Centro Cultural de Pomerode (Rua Hermann Weege, Centro). Os ingressos custam R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia), e crianças até 3 anos não pagam.
Por que a data da Páscoa muda todo ano?
Já parou para pensar por que a Páscoa muda de data todo ano?Muita gente pode achar estranho, já que a comemoração cristã celebra a ressurreição de Cristo, que teria ocorrido nesse dia. Mas qual dia exatamente?
A Páscoa cristã está ligada à Páscoa judaica (Pessach), que é celebrada no dia 14 do mês de Nisan (calendário lunar hebraico), marcando o êxodo do Egito. No cristianismo, a Páscoa foi definida no Primeiro Concílio de Niceia (325 d.C.) como o primeiro domingo após a primeira Lua Cheia que ocorre após o equinócio de primavera no Hemisfério Norte (21 de março). Veja mais.
Depois da Grande Muralha, da Cidade Proibida, do Palácio de Potala e do Exército de Terracota, a Chinaestá prestes a inaugurar uma nova obra que pode se tornar um dos principais pontos turísticos do país.
A Ponte Huajiang fica na província de Guizhou, no sudoeste da China. A construção começou oficialmente em 18 de janeiro de 2022 e a previsão é de conclusão em 30 de junho de 2025, segundo informa a mídia estatal.
O governo chinês afirma que as obras já estão em mais de 95% e o tráfego de veículos será liberado logo no início do segundo semestre.
Sim, estamos falando de uma ponte, e você deve estar se perguntando aí do outro lado: mas como é possível colocar uma obra simples como essa ao lado de grandes maravilhas do mundo? A resposta é que essa não será uma ponte qualquer.
Parece desenho, mas não é: a ponte atravessa uma região montanhosa paradisíaca – Imagem: Reprodução/Xinhua
A ponte mais alta do mundo
Além da construção rápida, o projeto conta com várias outras marcas importantes.
A Ponte Huajiang terá impressionantes 625 metros de altura!
Isso equivale a quase o dobro do atual recordista, o Viaduto Millau, na França, que possui 330 metros.
Para você ter uma ideia, a estrutura será 200 metros mais alta do que a Torre Eiffel.
E a expectativa é que a obra se torne um importante ponto turístico, pois a ponte foi construída sobre o famoso Grand Canyon Huajiang.
Trata-se de uma das regiões montanhosas mais exuberantes do planeta — tanto que recebeu o apelido de “fenda terrestre”.
Os chineses já planejam a construção de toda uma estrutura turística ao redor.
Ela inclui um café a mais de 180 metros acima do deck da estrada, uma sala com piso de vidro e o salto de bungee jump mais alto do mundo, 610 metros acima do Rio Beipan.
A extensão da ponte também será de respeito: aproximadamente 2.890 metros — e ela vai permitir o tráfego nos dois sentidos.
Um último detalhe é que toda a obra foi feita em treliça de aço.
No total, essas treliças pesam cerca de 22 mil toneladas, o equivalente a três Torres Eiffel.
A ponte será 200 metros mais alta do que a Torre Eiffel, na França – Imagem: VladOrlov/iStock
Turismo sim, mas não só isso
O mais interessante é que os planos da China para a ponte nunca foram turísticos apenas. O turismo nesse caso, aliás, é acessório, uma espécie de extra.
O objetivo inicial do país foi o seguinte: melhorar a infraestrutura. Guizhou fica em uma área extremamente montanhosa, e acabou se tornando subdesenvolvida justamente por isso — pelo seu difícil acesso.
De acordo com o governo chinês, mais do que o recorde de altura, o aspecto mais importante é o impacto que a obra terá na vida dos moradores da região.
Segundo a mídia estatal, a Ponte Huajiang reduzirá o tempo de viagem de carros e caminhões sobre o Grand Canyon de duas horas para pouco mais de um minuto ou dois minutos! E tudo isso com uma vista belíssima.
A “fenda terrestre” é uma das paisagens montanhosas mais belas da China e do mundo – Imagem: Bill Wei/Shutterstock
Vale destacar que as imagens da obra são do site da Xinhua, a agência de notícias estatal oficial do governo da China. As informações são da BBC.
Um tribunal da China divulgou que está realizando um leilão de crocodilos. A quantidade total? Entre 200 e 500! Detalhe: estão todos vivos. Juntos, os animais pesam cerca de 100 toneladas.
No site do leilão, consta que o lance inicial é de quatro milhões de yuans (R$ 3,2 milhões, na conversão direta). Mas, qual o motivo do leilão de crocodilos?
China e o leilão de centenas de crocodilos
Os bichos eram de propriedade da Guangdong Hongyi Crocodile Industry Company;
A empresa foi fundada em 2005 pelo “deus dos crocodilos“, Mo Junrong;
De acordo com o South China Morning Post, Jurong entrou em falência (após ter capital registrado de mais de 50 milhões de yuans, ou R$ 40 milhões) e não pagou suas dívidas, fazendo com a Justiça o forçasse a liquidar suas propriedades;
A empresa criava os animais, conforme dados de patente do Massachusetts Institute of Technology (MIT). Mas não se sabe o que era feito, de fato, com eles;
Informações do The New York Post dão conta que esses animais têm muito valor no país asiático e são corriqueiramente utilizados na produção de mais de 100 itens, tais como maquiagem e vinhos.
São centenas deles! (Imagem: Reprodução/Taobao)
A Justiça chinesa já tentou leiloar os crocodilos duas vezes, em janeiro e fevereiro, mas o Morning Post conta que, ao invés de conseguir dar novo destino aos grandões, a Corte acabou causando estranheza e curiosidade.
Isso se deve ao fato de que é necessário que a pessoa (ou empresa) que arremate os animais vá buscá-los, pois a Corte não quer responsabilidades quanto ao transporte.
Nas duas tentativas anteriores, a Justiça chinesa pediu cinco milhões de yuans (R$ 4 milhões) como lance inicial. Para o novo leilão, resolveu dar um desconto.
O tribunal responsável pelo leilão é a Corte Popular Nanshan em Shenzhen (China) e o site no qual o processo está sendo realizado é o Taobao, portal de leilões judiciais da Alibaba.
Interessados podem dar lances pelos crocodilos até 9 de maio. Além do transporte, o vencedor terá que arcar com custos de captura, embarque e desembarque dos animais, bem como ter licença válida para criação artificial de vida selvagem aquática e local adequado para que os bichos possam viver.
Caso o comprador não possua todos os requisitos necessários, pagará multa de 300 mil yuans (R$ 240,3 mil). Para tanto, o ganhador do leilão precisará deixar um depósito caução na mesma quantia no fim do leilão.
Até o fechamento desta reportagem, não havia nenhum interessado nos animais.
Mas, atenção: para participar do leilão, é preciso seguir alguns pré-requisitos (Imagem: Reprodução/Taobao)
Um diamante azul será a atração principal do leilão Magnificent Jewels da casa de leilões Christie’s. O objeto foi apresentado oficialmente como um item para venda na semana passada e pode levantar uma quantia milionária.
O leilão está marcado para o dia 14 de maio e acontecerá em Genebra, na Suíça.
Conhecido como Golconda Blue, ele tem 23 quilates e apresenta um formato de pera, sendo considerado o “melhor diamante do mundo”.
Objeto tem extremo valor
Segundo o chefe internacional de joias da Christie’s, Rahul Kadakia, a joia “é o diamante azul mais famoso que está sendo colocado à venda pela primeira vez em mais de 100 anos”.
A expectativa é que o material seja vendido por um valor entre US$ 35 a US$ 50 milhões (entre R$ 204 e R$ 292 milhões).
A pedra, está montada em um anel contemporâneo do designer parisiense JAR, foi extraída em uma mina na Índia, há mais de 300 anos.
O Gem Institute of America classifica o Golconda como um “diamante azul vivo”, nome que dá aos “diamantes azuis mais escuros já criados na natureza”.
Leilão está marcado para o mês de maio (Imagem: ART STOCK CREATIVE/Shutterstock)
A importância do item também é histórica. Esta é uma peça rara da herança real da Índia e que pertenceu aos marajás de Indore e Baroda, príncipes indianos que viveram durante o Raj britânico, período de domínio da Coroa Britânica sobre o subcontinente indiano que durou de 1858 até 1947.
Diamante fez parte da realeza indiana (Imagem: em_concepts/Shutterstock)
Além disso, este objeto teria sido extraído diretamente das lendárias minas de Golconda. Essa região ganhou fama mundial por produzir os diamantes mais icônicos e valiosos do mundo. Agora, um exemplar irá a leilão pela primeira vez.
A ideia de que ter um ou mais amigos próximos pode influenciar seu bem-estar é bem plausível e aceita por cientistas. Porém, existe uma discussão de que se é possível que o ambiente social em que você está inserido possa também afetar seu “estado de espírito” e suas habilidades pessoais.
Um exemplo é a cultura do seu local de trabalho ou estudo, que pode influenciar na sua produtividade. Muitos pesquisadores defendem que isso é, de certa forma, óbvio. Porém, esse tema gera muitos debates na área das ciências biológicas.
A ideia central desse debate é a seleção multinível, um braço da teoria da seleção natural. A hipótese mais aceita sobre como a evolução funciona. Basicamente, os organismos com mais características que se adaptem ao ambiente tem mais chances de sobreviver e se reproduzir e, por consequência, gerar mais descendentes.
Seleção natural e Seleção Multinível
Segundo os pesquisadores Conner Philson e Daniel T. Blumstein, da Universidade da Califórnia, “a seleção natural age sobre as características de um organismo individual. Por exemplo, mamíferos com mais amigos geralmente vivem mais e têm mais descendentes. A característica sob seleção, nesse caso, é o número de conexões sociais”.
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O que isso quer dizer é que: ao mesmo tempo que essa teoria se aplica a indivíduos, ela também pode ser identificada em grupos. Ou seja, a seleção também acontece em traços de comportamento e relacionamento intra-específico.
De acordo com o artigo do The Conversation, um exemplo disso é que “viver em um grupo mais social e interconectado pode ser benéfico para os membros desse grupo, o que significa que as características do grupo estão sob seleção. Na natureza, isso implica que indivíduos em grupos bem conectados podem viver mais tempo”.
As habilidades de sobrevivência desses animais que estão inseridos em uma comunidade também são aprimoradas. Conforme informado por Philson e Blumstein “Grupos bem conectados podem ser melhores em encontrar recursos limitados ou detectar predadores. As características do grupo como um todo é que estão sob seleção nesse caso”.
Ainda segundo os pesquisadores “a seleção multinível pode até favorecer características que parecem contraditórias nos níveis individual e coletivo. Por exemplo, isso pode significar que a seleção favorece indivíduos mais reservados, ao mesmo tempo em que favorece grupos muito sociais — ou o contrário”.
Muito debate sobre essa hipótese já aconteceu
Essa hipótese gera discussões desde que Charles Darwin era vivo. Em 1871, quando o precursor da teoria da evolução publicou seu livro “A Descendência do Homem” os primeiros debates acerca do assunto começaram.
Crédito: CC0 Creative Commons
As únicas evidências que teoricamente comprovam a tese foram produzidas em laboratórios, nunca na natureza. Mesmo esse tipo de experimento sendo produtivo, uma conclusão ainda não foi definida e com isso o debate segue aceso há pelo menos 150 anos.
Nenhum trabalho de campo sobre o assunto foi publicado durante todo esse tempo, até agora.
De acordo com a pesquisa, “a estrutura dos grupos dos quais as marmotas fazem parte pode ser tão importante para a sobrevivência quanto — ou até mais do que — os relacionamentos amigáveis que elas mantêm individualmente com outras marmotas”.
Espionando as marmotas
Conseguir evidências o suficiente para confirmar a hipótese da seleção multinível leva um bom tempo por conta da quantidade imensa de dados requeridos. Cientistas de um laboratório no Colorado estavam estudando esses animais desde 1962 e armazenando suas informações.
Em 2003 eles resolveram prestar mais atenção nas interações sociais das marmotas. Então, todos os roedores aos arredores do Rocky Mountain Biological Laboratory foram marcados com identificadores e catalogados.
Grupo de marmotas identificados pela pesquisa (Imagem: D.T. Blumstein)
Uma equipe foi designada para investigar mais a fundo suas interações sociais. Ao longo dos mais de 20 anos de investigação foram observadas:
42.369 interações sociais afiliativas únicas, como: brincadeiras e cuidados mútuos;
1.294 indivíduos únicos;
180 grupos sociais distintos;
Tamanho dos grupos: variando de 2 a 35 marmotas;
Tempo de vida das marmotas (algumas viveram até 16 anos);
Número de filhotes que cada animal teve por ano
Utilizando esses dados, Conner e Daniel mapearam as redes de conexões das marmotas. “Nosso objetivo era identificar quantos relacionamentos sociais cada marmota tinha, quem estava conectado a quem e qual era a estrutura geral de cada grupo”, disseram os pesquisadores.
Conclusões e aplicações da pesquisa
Com os dados coletados e catalogados, eles chegaram a duas perguntas cruciais:
Como os relacionamentos sociais afetam a sobrevivência e a reprodução dos indivíduos — ou seja, quais características individuais estão sob seleção?
Como os grupos sociais afetam a sobrevivência e a reprodução dos indivíduos — em outras palavras, quais características do grupo estão sob seleção?
Relacionamentos sociais individuais, como brincar ou se limpar mutuamente, afetam diretamente quanto tempo as marmotas vivem e quantos filhotes elas têm. A característica individual sob seleção é o número de conexões sociais. Em alguns casos, indivíduos mais reservados foram favorecidos.
Grupos sociais mais conectados aumentam a chance de sobrevivência e reprodução dos membros, ajudando na busca por recursos e na detecção de predadores. A característica sob seleção nesse nível é a estrutura do grupo. O impacto do grupo pode ser igual ou até maior que o dos laços individuais.
Usando uma abordagem estatística chamada análise contextual, o estudo confirmou a existência de seleção multinível no comportamento social: tanto os laços sociais quanto os grupos influenciam a sobrevivência e a reprodução. A seleção multinível pode também ser relevante para humanos. A forma com que nos portamos como grupos é diretamente afetada por essa teoria.