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Visitantes do Parque Nacional Everglades se surpreenderam e gravaram a briga entre um crocodilo e um jacaré, no sul da Flórida. O conflito ocorreu perto do bicicletário do parque e durou alguns minutos, os animais trocaram mordidas e batidas de cabeça, mas nenhum saiu gravemente ferido.
Taylor Bonachea, que estava passando pelo local, foi o responsável pela gravação que se popularizou na internet. Para o site Storyful, ele explicou que o conflito aconteceu por um espaço sob o sol. “O jacaré entra na água e deixa o local derrotado, e o crocodilo ganha seu belo lugar ensolarado para aproveitar”, comenta o americano.
O sul da Flórida é o único local onde o crocodilo-americano (Crocodylus acutus) e o aligátor-americano (Alligator mississippiensis) aparecem juntos, de acordo com o Serviço Geológico dos EUA.
Com a briga, surge a questão: como diferenciar dois animais tão parecidos? As características físicas e comportamentos podem ajudar:
Os crocodilos têm um focinho mais pontudo, em formato de V, apresentam tons verdes, são brilhantes e preferem águas salgadas
Os jacarés têm focinho arredondado, são acinzentados, mais escuros e preferem a água doce
Os crocodilos são geralmente mais agressivos que os jacarés, como mostrado pelo vídeo. Nessa disputa, o jacaré, que normalmente é menor que seu adversário, parecia estar em desvantagem e acabou derrotado.
Uma arquiteta da Islândia propõe uma abordagem inédita para levantar casas de forma sustentável. Para Arnhildur Pálmadóttir, a lava vulcânica pode ter seu poder destrutivo transformado em um material de construção no futuro.
A especialista lançou um projeto de design hipotético para simular como seria a substituição de mineração ou geração de energia não renovável pela lava dos vulcões da Islândia. O trabalho “Lavaforming” é conduzido pelo escritório s.ap architects, localizado na capital Reykjavík.
A ilha nórdica marca o encontro das placas Eurasiana e Norte-Americana, tornando a região um centro de atividade vulcânica. É uma ameaça persistente, mas também uma oportunidade única de energia geotérmica, que responde por 66% das fontes do país, segundo o site IFL Science.
Obstáculo técnico seria a padronização das estruturas após o resfriamento da lava (Imagem: s.ap architects/Reprodução)
Pálmadóttir explica que a lava derretida poderia ser guiada para canais e então deixada para solidificar em rocha durável, criando fundações sólidas para edifícios, talvez até cidades inteiras.
“A arquitetura está em uma mudança de paradigma, e muitos dos nossos métodos atuais foram considerados obsoletos ou prejudiciais a longo prazo. Em nossa situação atual, precisamos ser ousados, pensar de novas maneiras, olhar para os desafios e encontrar os recursos certos”, disse a arquiteta ao site.
Um dos maiores obstáculos técnicos é o controle de resfriamento da lava, que tem temperaturas variando de 700 a 1.200 °C. O fluxo pode se solidificar em formas irregulares e imprevisíveis, dependendo da rapidez com que esfria, comprometendo a uniformidade necessária para a fundação de um edifício, por exemplo.
Fluxo da lava seria controlado para construir fundações de cidades (Imagem: s.ap architects/Reprodução)
A ideia será apresentada em uma exposição visual no pavilhão nacional da Islândia na 19ª edição da Bienal Internacional de Arquitetura de Veneza, que ocorrerá de 10 de maio a 23 de novembro.
“Em nossa história, situada em 2150, aproveitamos o fluxo de lava, assim como fizemos com a energia a vapor 200 anos antes na Islândia. Olhamos para a história em busca de eventos que influenciaram o desenvolvimento, mas o objetivo com nossa história é mostrar que a arquitetura pode ser a força que repensa e molda um novo futuro”, diz o site do projeto.
Engenheiros do Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT, na sigla em inglês) desenvolveram um método para cultivar tecido muscular artificial que se contrai e flexiona em múltiplas direções coordenadas — abrindo uma nova fase dos robôs “biohíbridos”.
No experimento, a estrutura artificial puxa tanto concêntrica quanto radialmente, muito parecido com a forma como a íris no olho humano age para dilatar e contrair a pupila, segundo um comunicado divulgado pela instituição.
Até então, os pesquisadores só conseguiam fabricar músculos artificiais que puxam em uma direção, limitando a amplitude de movimento de qualquer robô. Recentemente, uma mão biohíbrida foi construída com tecido muscular cultivado em laboratório por cientistas da Universidade de Tóquio da Universidade de Waseda, no Japão, como relatamos aqui.
Tecnologia foi baseada no formado da íris humana (Imagem: MIT/Reprodução)
Os pesquisadores criaram uma íris artificial a partir de um pequeno carimbo portátil que padronizou ranhuras microscópicas em 3D. Essa “estampagem” foi feita em um hidrogel macio para semear as ranhuras resultantes com células musculares reais.
As células cresceram ao longo dessas ranhuras dentro do hidrogel, formando fibras que foram estimuladas para se contrair em várias direções. O selo também pode ser usado para outros tipos de tecidos biológicos, como neurônios e células cardíacas.
“Queremos fazer tecidos que reproduzam a complexidade arquitetônica de tecidos reais”, diz Ritu Raman, a Professora de Desenvolvimento de Carreira Eugene Bell de Engenharia de Tecidos no Departamento de Engenharia Mecânica do MIT. “Para fazer isso, você realmente precisa desse tipo de precisão em sua fabricação.”
Pesquisadores desenvolveram uma nova abordagem de “estampagem” (Imagem: MIT/Reprodução)
O experimento abre caminho para diversas aplicações na vida real que ainda dependem de testes, como tecidos artificiais que possam restaurar a função de pessoas com lesão neuromuscular ou músculos artificiais para uso em robótica.
“Neste trabalho, queríamos mostrar que podemos usar essa abordagem de carimbo para fazer um ‘robô’ que pode fazer coisas que robôs anteriores movidos a músculos não conseguem fazer”, diz Raman. “Escolhemos trabalhar com células musculares esqueléticas. Mas não há nada que impeça você de fazer isso com qualquer outro tipo de célula.”
A empresa responsável pelas buscas do voo MH370 da Malaysia Airlines, desaparecido desde 2014, terá novas ferramentas à disposição em mais uma tentativa de localizar os destroços do avião.
O governo da Malásia fechou acordo com a Ocean Infinity neste mês, como relatado pelo Olhar Digital. O Boeing 777 transportava 227 passageiros e 12 tripulantes quando desapareceu na rota de Kuala Lumpur, capital malaia, para Pequim (China).
Na nova missão, a companhia de exploração do fundo do mar vai retornar ao sul do Oceano Índico, a 1,5 mil quilômetros a oeste de Perth (Austrália). A área de busca se aproxima do tamanho da área metropolitana de Sydney.
Destroços encontrados na costa da África foram atribuídos à aeronave (Imagem: Reprodução/Richard Godfrey)
O raio de buscas foi definido a partir de análises de dados meteorológicos e de satélite, além da localização de destroços atribuídos à aeronave que foram levados pela costa da África e ilhas no Oceano Índico.
A Ocean Infinity usará novo navio de apoio offshore de 78 metros, o Armada 7806, construído pela empresa norueguesa Vard, em 2023. A embarcação terá frota de veículos subaquáticos autônomos fabricados pela também norueguesa Kongsberg, como informado pelo professor de robótica marinha Stefan B. Williams em artigo no The Conversation.
Cada um desses veículos de 6,2 m de comprimento serão capazes de operar de forma independente em profundidades de até seis mil metros por até 100 horas por vez. Todos são equipados com tecnologia avançada de sonar, usados para detectar objetos no fundo do mar a partir de pulsos acústicos e que terão as seguintes funções:
Sonar de varredura lateral: capta imagens de alta resolução do fundo do mar enviando pulsos de som e detectando objetos que refletem os pulsos sonoros de volta;
Sonar de abertura sintética: técnica usada para tornar o scanner maior e mais potente, permitindo enxergar mais longe e produzir imagens mais detalhadas;
Sonar multifeixe: usado para mapear a topografia do fundo do mar emitindo múltiplos feixes de sonar em padrão.
A empresa tem histórico de buscas bem sucedidas, incluindo a retirada de um submarino desaparecido da Marinha Argentina a quase mil metros de profundidade no Oceano Atlântico em 2018.
Para a nova missão, que pode durar 18 meses, as condições climáticas deverão ser mais favoráveis entre janeiro e abril. A recompensa paga pelo governo será de US$ 70 milhões (R$ 401,77, na conversão direta) — para as famílias, poderá ser o momento tão aguardado de um desfecho da tragédia.
Imagem de sinais de radares coletados no dia do acidente (Imagem: Reprodução/Richard Godfrey)
O Prêmio Nobel é uma das maiores honrarias mundiais — e talvez o maior trunfo de uma universidade. Instituído em 1895, o título é concedido anualmente às realizações de destaque em seis categorias: Física, Química, Literatura, Paz, Medicina e Economia.
Um ranking acaba de ser divulgado com as universidades americanas que mais “produziram” ganhadores do Prêmio Nobel ao longo desses anos. O levantamento foi feito pelo site Best Master’s Programs, com base em conquistas de docentes e ex-alunos.
E aqui um detalhe curioso: 30% dos vencedores ligados a instituições americanas não nasceram nos Estados Unidos, o que reforça a tese de “migração de cérebros” para o país por causa de sua excelência acadêmica.
1. Universidade de Harvard: 161 vencedores
Uma das escolas mais prestigiadas do mundo, Harvard é conhecida como uma universidade de pesquisa, com nível de excelência acadêmica de destaque no campo de ciências. A maioria das conquistas partiu de pesquisas em Matemática e Química.
O primeiro prêmio veio com TW Richards, em 1914, que foi também o primeiro cientista americano laureado com um Nobel, na categoria Química, pelas determinações exatas de pesos atômicos de elementos químicos.
2. Universidade da Califórnia, Berkeley: 110 vencedores
Com ganhadores do prêmio Nobel em cinco categorias diferentes, a Berkeley é conhecida por ser uma das universidades mais avançadas na costa oeste dos EUA. Os maiores atrativos da escola são os programas de graduação acadêmica e o alto nível de diversidade.
O vencedor mais conhecido de todos os ganhadores na instituição é Linus Pauling, única pessoa a receber dois prêmios em categorias distintas sem dividi-los com outros cientistas. Ele foi laureado com o Nobel de Química em 1954, por diversos trabalhos na área, e o da Paz, em 1962, por campanhas contra testes nucleares.
3. Universidade de Chicago: 100 vencedores
Localizada no Centro-Oeste americano, a universidade é conhecida pelos altos padrões acadêmicos. A maioria dos ganhadores contribuiu com pesquisas nas áreas de Física, Química, Fisiologia ou Medicina e Economia, respectivamente.
A instituição também celebra dois ganhadores do Prêmio Nobel da Paz até o momento: Emily Greene Balch, por seu trabalho como líder central da Liga Internacional de Mulheres pela Paz e Liberdade, em 1946; e Barack Obama, ex-presidente dos EUA, em 2009, por “fortalecer organismos internacionais e promover o desarmamento nuclear”.
Campus do MIT em Cambridge, Massachusetts (Imagem: hapabapa/iStock)
4. Instituto de Tecnologia de Massachusetts: 97 vencedores
Também conhecido como MIT, é o instituto referência em tecnologia avançada. Os principais campos de pesquisa reconhecidos pelo Nobel são das áreas de Física, Química ou Economia. A escola tem um ganhador do Nobel da Paz: Kofi Annan, que criou o Fundo Global de Luta contra Aids, Tuberculose e Malária quando era secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU).
5. Universidade de Columbia: 96 vencedores
Física, Química e Economia são as categorias com o maior número de ganhadores do Prêmio Nobel em Columbia, com destaque também para Literatura.
Há seis ganhadores do Prêmio Nobel da Paz associados à universidade. Theodore Roosevelt foi o primeiro ganhador em 1906. Os vencedores seguintes foram Nicholas Butler (1931), Al Gore (2007), Barack Obama (2009), Liu Xiaobo (2010) e Leyman Gbowee (2011).
Além de manter programas educacionais com alta qualidade, Stanford também é reconhecida pelo ambiente geral de aprendizagem e pelos membros profissionais do corpo docente.
Física, Química, Economia e Fisiologia ou Medicina são as principais categorias, além de três vencedores que se enquadram na categoria de Literatura, incluindo o ex-aluno John Steinbeck. Suas principais obras são A Leste do Paraíso e As Vinhas da Ira.
7. Instituto de Tecnologia da Califórnia: 76 vencedores
O California Institute of Technology é considerado uma das escolas mais avançadas do mundo quando se trata de tecnologia e pesquisa científica de ponta. Embora a escola tenha 76 afiliados notáveis que ganharam um Prêmio Nobel, há mais seis que não se qualificam.
A maioria dos ganhadores do Prêmio Nobel se enquadra em uma das quatro categorias principais, incluindo Química, Física, Economia ou Fisiologia ou Medicina. Linus Pauling é o único afiliado/membro do corpo docente que ganhou o Prêmio Nobel da Paz.
8. Universidade de Princeton: 69 vencedores
Considerada uma das escolas de elite de todas as Ivy League, Princeton tem uma longa história quando se trata de pesquisa científica e excelência acadêmica.
Woodrow Wilson ganhou o Prêmio Nobel da Paz em 1919. Ele se formou em Princeton em 1879, foi um distinto membro do corpo docente e também serviu como Presidente Emérito. Wilson também foi o 28º Presidente dos Estados Unidos.
Blair Hall da Universidade de Princeton (Imagem: arlutz73/iStock)
9. Universidade de Yale: 65 vencedores
Yale é uma das universidades mais respeitadas do mundo e também faz parte das escolas da Ivy League, com muitos recursos que ajudam os alunos a entrar no mercado de trabalho.
Os ganhadores do Prêmio Nobel podem ser encontrados em todas as principais categorias, incluindo cinco afiliações no campo da Literatura. Há três ganhadores do Prêmio Nobel da Paz que são afiliados à escola. Eles incluem Philip Noel-Baker (1959), Elle Wiesel (1986) e Wangari Maathai (2004).
10. Universidade Cornell: 61 vencedores
Fundada em 1865, a Cornell se destaca pelas conquistas na área da Física, com destaque também para Química, Fisiologia ou Medicina e Economia.
A Literatura ostenta quatro ganhadores do Prêmio Nobel, um dos quais é a famosa escritora Pearl S. Buck, em 1938, autora de “A Boa Terra”, “The exile” e “Fighting angel”. A universidade também tem dois ganhadores do Prêmio Nobel da Paz. Eles são John R. Mott em 1946 e Norman Borlaug em 1970.
Um princípio de incêndio assustou passageiros e a tripulação de um voo da Hong Kong Airlines nesta quinta-feira (20). Um carregador portátil de celular (também conhecido como power bank) pegou fogo dentro da cabine da aeronave, um Airbus A320.
O avião decolou da cidade chinesa de Hangzhou com destino a Hong Kong, mas teve que alterar a rota devido ao incidente. A aeronave pousou no Aeroporto Internacional de Fuzhou Changle (China), onde os passageiros saíram por escadas de emergência. Ninguém ficou ferido.
Imagens que circulam pela internet mostram o momento em que as pessoas tentam conter as chamas, jogando água no compartimento de bagagens. É possível ver marcas de fuligem na cabine, mas, segundo a companhia, o avião não sofreu danos importantes.
Voo com destino a Hong Kong desviou de rota por causa do incidente (Imagem: Reprodução)
“O voo HX115 da Hong Kong Airlines, partindo de Hangzhou para Hong Kong hoje, desviou e pousou com segurança no Aeroporto Internacional de Fuzhou Changle devido a um incêndio no compartimento superior, que foi extinto com sucesso”, diz o comunicado.
Em janeiro, um avião da Air Busan pegou fogo no Aeroporto Internacional de Gimbae, na Coreia do Sul;
A principal suspeita é de que o incêndio também tenha sido causado por carregador portátil;
A aeronave estava prestes a decolar quando uma fumaça foi vista saindo de um dos compartimentos de bagagem na cabine principal;
Os 169 passageiros e sete tripulantes a bordo foram retirados em segurança antes de o fogo consumir o teto do Airbus A321;
Após o incidente, a Singapore Airlines, a Thai Airways e a AirAsia disseram que proibiriam o transporte de power banks em seus voos, segundo reportagem do jornal The Straits Times.
Teto de avião da Air Busan ficou destruído por incêndio causado por power bank (Imagem: Yonhap News Agency)
A engenharia de áudio ganhou mais uma inovação. Uma equipe de pesquisadores criou um mecanismo que permite ouvir um podcast ou uma música sem incomodar as pessoas ao redor, mesmo sem usar fones de ouvido.
O som foi “estreitado” de forma precisa, criando bolsões localizados de zonas sonoras, chamados enclaves audíveis. A pessoa ouve normalmente o som, mas não quem estiver por perto, mesmo em um espaço fechado.
“Usamos dois transdutores de ultrassom pareados com uma metassuperfície acústica, que emitem feixes autocurvantes que se cruzam em um certo ponto”, disse Yun Jing, professor de acústica na Penn State College of Engineering. “Isso cria uma barreira de privacidade entre as pessoas para uma audição privada.”
Lentes acústicas são posicionadas de maneira a criar ondas sonoras que se cruzam (Imagem: Penn State/Divulgação)
No atual estágio da pesquisa, é possível transferir remotamente o som a cerca de um metro de distância, com som a cerca de 60 decibéis, equivalente ao volume da fala. Os resultados foram publicados em um artigo na revista Proceedings of the National Academy of Sciences.
Os pesquisadores posicionaram metassuperfícies na frente de dois transdutores;
As metassuperfícies impressas em 3D são lentes acústicas que incorporam microestruturas em escala milimétrica ou submilimétrica que dobram a direção do som;
As ondas ultrassônicas viajam em duas frequências ligeiramente diferentes ao longo de uma trajetória em forma de crescente até se cruzarem;
Nenhum dos feixes é audível por si só — é a intersecção que cria uma interação não linear local, gerando som audível;
Os feixes podem contornar obstáculos, como cabeças humanas, para atingir um ponto de intersecção designado.
Jia-Xin “Jay” Zhong, à esquerda, pesquisador de pós-doutorado em acústica na Penn State, e Yun Jing, professor de acústica na Penn State (Imagem: Penn State/Divulgação)
“Nós essencialmente criamos um fone de ouvido virtual”, disse o primeiro autor Jia-Xin “Jay” Zhong. “Alguém dentro de um enclave audível pode ouvir algo que é destinado somente a ele — permitindo zonas sonoras e silenciosas.”
Pela primeira vez, o mundo pode ler um jornal produzido inteiramente por inteligência artificial. O experimento foi idealizado pelo Il Foglio, um diário liberal conservador italiano que pretende mostrar o impacto da tecnologia de IA no cotidiano.
“Será o primeiro jornal diário do mundo em bancas criado inteiramente usando inteligência artificial”, explicou o editor Claudio Cerasa. “Para tudo. Para a escrita, as manchetes, as citações, os resumos. E, às vezes, até mesmo para a ironia.”
Segundo ele, os jornalistas ficarão responsáveis apenas por fazer perguntas a um chatbot e revisar as respostas. A edição experimental de quatro páginas já está disponível para venda em bancas e também on-line.
Trump é assunto em reportagem de capa do primeiro jornal gerado por IA (Imagem: Reprodução)
“No final deste experimento, contaremos qual o impacto que a AI Sheet teve em nossos dias, em nossa forma de trabalhar. Contaremos quais perguntas fomos obrigados a nos fazer, não apenas de natureza jornalística, ao vermos dia após dia um jornal feito inteiramente com IA.”
A primeira página estampa um artigo que descreve o “paradoxo dos trumpistas italianos”, que protestam contra a “cultura do cancelamento”, mas “celebram quando seu ídolo nos EUA se comporta como o déspota de uma república das bananas”.
Imagem usada em reportam sobre relacionamentos também foi criada por IA (Imagem: Reprodução)
Há também uma coluna intitulada “Putin, as 10 traições”, que lista “20 anos de promessas quebradas, acordos rompidos e palavras traídas” do presidente russo, Vladimir Putin. E uma história de como “o uso de inteligência artificial no jornalismo cresceu exponencialmente, trazendo consigo inovação e debate”.
O jornal também publicou uma reportagem sobre como os “jovens europeus, especialmente a Geração Z, estão se afastando do amor romântico tradicional e preferindo relacionamentos vagos e situações indefinidas” — acompanhada de uma imagem de dois jovens adultos gerada também por IA.
O mecanismo de busca de IA Perplexity não parece se intimidar pelo Google. A plataforma acaba de estrear um novo anúncio que tem como alvo uma gafe cometida por um dos sistemas de inteligência artificial da gigante americana no ano passado.
No comercial, a estrela de Round 6, da Netflix, Lee Jung-jae aparece preso em uma sala e precisa responder a uma série de perguntas para escapar. Ele, então, usa o Perplexity para questionar: “Como faço para que o queijo grude em uma pizza?”.
Personagem se mostra decepcionado com resultados no “Poogle”, referência ao Google (Imagem: Perplexity/Reprodução)
Foi justamente a pergunta que evidenciou falhas nas “Visões Gerais de IA” no Google Search. Usuários encontraram uma resposta específica que dizia “Misture cerca de 1/8 de xícara de cola Elmer no molho” para fazer o queijo grudar na pizza.
O anúncio mostra Lee decepcionado com os resultados do “Poogle” (uma clara referência ao Google) antes de recorrer ao Perplexity. “Use mussarela fresca e com pouca umidade. Não use cola”, diz o assistente de IA.
Esse não foi o único caso em que o assunto “queijo” deu dor de cabeça para o Google. No início do ano, um dos anúncios do Gemini no Super Bowl sobre como pequenas empresas usam a IA da empresa mostrou que uma informação que foi apontada como “imprecisa”.
Um dos textos dizia que o Gouda é responsável por “50 a 60% do consumo mundial de queijo” — mas não é bem assim. “Embora o Gouda seja provavelmente a variedade única mais comum no comércio mundial, é quase certo que não é o mais amplamente consumido”, disse Andrew Novakovic, professor emérito de Economia Agrícola da EV Baker na Universidade Cornell, ao site The Verge.
Estrela de Round 6, da Netflix, Lee Jung-jae precisa responder perguntas para sair da sala em novo comercial (Imagem: Perplexity/Reprodução)
À época, o Google indicou à reportagem uma resposta do presidente de aplicativos do Google Cloud, Jerry Dischler, sobre o assunto. “Não é uma alucinação. O Gemini é baseado na Web — e os usuários sempre podem verificar os resultados e referências. Neste caso, vários sites na web incluem a estatística de 50-60%”, disse Dischler.
Apesar disso, a big tech silenciosamente apagou o trecho polêmico do vídeo postado no YouTube, de acordo com o site Ars. A nova versão do anúncio simplesmente mostra Gemini chamando o Gouda de “um dos queijos mais populares do mundo”, sem entrar em números específicos.
No deserto do Namibe, entre a Angola e a Namíbia, vive uma misteriosa “planta alienígena” cuja vida pode se estender por mais de um milênio. Na verdade, estimativas apontam que a idade máxima da chamada Welwitschia mirabilis pode chegar a até 3.000 anos – o que explica seu apelido de “fóssil vivo”. E ela realmente parece de outro planeta!
Entenda:
Uma “planta alienígena” do deserto do Namibe pode viver por mais de mil anos;
Chamada de Welwitschia mirabilis, a planta passou por um evento de duplicação genética há milhões de anos, adquirindo uma combinação de genes que a mantém protegida nas condições extremas do deserto;
Além de raízes, a planta ainda possui duas folhas extremamente longas que capturam umidade;
Ainda, capaz de capturar matéria orgânica carregada do vento no deserto, a impressionante planta alienígena evita que o solo se torne infértil.
‘Planta alienígena’ vive no deserto e pode chegar a mais de mil anos. (Imagem: Pavaphon Supanantananont/Shutterstock)
A W. mirabilis é, na verdade, o único gênero vivo da família Welwitschiaceae, e sua longevidade impressionante está relacionada a um evento de duplicação genética que aconteceu há 86 milhões de anos. De acordo com um estudo publicado na Nature Communications, uma combinação de genes ajudou a planta a se adaptar e se manter protegida nas condições extremamente secas e quentes do deserto.
Planta alienígena tem folhas que nunca param de crescer
Foram necessárias duas décadas de pesquisas para confirmar a hipótese, mas, em 2005, um estudo determinou que a W. mirabilis desenvolveu algo chamado de metabolismo ácido das crassuláceas (MAC). O processo permite que a planta absorva dióxido de carbono na forma de ácido málico durante a noite, e o transforme em glicose durante o dia, através da fotossíntese.
Comprimento das folhas de ‘planta alienígena’ impressiona. (Imagem: Boonthasak1995/Shutterstock)
Além de raízes longas para encontrar água no subsolo, a planta alienígena também pode contar com um impressionante e igualmente extenso par de folhas que servem como uma “armadilha” de água, capturando a umidade na neblina. Para se ter ideia, suas folhas nunca param de crescer, podendo alcançar mais de 10 metros de circunferência.
E como se tudo isso já não fosse impressionante o suficiente, a W. mirabilis ainda consegue evitar que o solo se torne infértil apesar das condições extremas, enriquecendo-o com a matéria orgânica carregada pelo vento no deserto.