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Galáxias anãs desafiam cientistas – entenda como

Todas as sextas-feiras, ao vivo, a partir das 21h (pelo horário de Brasília), vai ao ar o Programa Olhar Espacial, no canal do Olhar Digital no YouTube. O episódio da última sexta-feira (25) (que você confere aqui) teve a presença do doutor em astronomia pela USP, Guilherme Limberg, que participa do grupo internacional DELVE, responsável por descobrir a galáxia anã Aquarius III, que orbita a Via láctea.

Durante o programa, Limberg contou para Marcelo Zurita porque escolheu a astronomia e qual foi sua trajetória na área. Também explicou o que são as galáxias anãs e desmistificou o método utilizado por pesquisadores para encontrar esses objetos espaciais no céu noturno. 

Limberg está fazendo pós-doutorado em Chicago. (Imagem: Olhar Digital)

Quem é Guilherme Limberg?

O amor do pesquisador Guilherme Limberg pela astronomia começou aos 14 anos, quando um amigo o perguntou o que ele faria na faculdade. Limberg respondeu que sua vontade mesmo era fazer astrofísica, mas como era uma profissão mal-remunerada, ele decidiu fazer engenharia.

O interesse pelo cosmos e seus mistérios vinha do programa “O Universo”. Ele gostava dos assuntos, mas nunca teve a prática de olhar para o céu. O cientista disse que a parte mais técnica da astronomia é o que o chamava a atenção.

Em 2015, ele entrou na Universidade de São Paulo (USP) para cursar engenharia química. Porém, conta que após fazer um curso de férias no Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG), entendeu que a profissão de astrônomo era possível.

Ele fez o vestibular novamente e entrou no curso de Astronomia no IAG USP, onde se formou bacharel. Em 2020, ingressou no doutorado pela mesma instituição, tendo como objeto de pesquisa as galáxias anãs. “Praticamente todos os departamentos importantes de astronomia do planeta já tiverem alguém do IAG”, disse o pesquisador.

Atualmente, Limberg está no pós-doutorado na Universidade de Chicago, nos Estados Unidos. Ele participa do projeto DELVE Survey, uma colaboração internacional de astrônomos que utiliza dados da Dark Energy Camera – a principal câmera do Telescópio Victor M. Blanco – para fazer a imagem de uma grande área do céu noturno e estudar os objetos espaciais captados. 

Fachada do IAG USP
Fachada do IAG USP, onde Limberg se formou e fez o doutorado. (Imagem:Marcos Santos / USP imagens)

As intrigantes galáxias anãs

As galáxias anãs são estruturas galácticas pequenas e frias. Elas contêm alguns milhares de estrelas, “da ordem de 2 mil a 5 mil no máximo”, segundo explicou Limberg. Em comparação, a Via Láctea comporta 100 bilhões de estrelas e a Grande Nuvem de Magalhães, entre 10 e 30 bilhões de corpos estelares.

O processo de fabricação de estrelas também é pouco expressivo ou inexistente, sendo compostas majoritariamente por objetos estelares antigos. Segundo Limberg, isso se deve à dois fenômenos:

  • Quando uma supernova acontece em uma galáxia anã, a força da explosão arrasta o gás cósmico para fora da galáxia, o que encerra sua produção de estrelas.
  • Um bilhão de anos após o Big Bang, o universo passou por um período chamado de Era da Reionização, quando esquentou. Para a formação de estrelas, os gases dispersos no espaço têm que estar frios. Mas, como foram aquecidos, a geração estelar cessou e as mais afetadas foram as galáxias anãs.

A idade dessas estrelas também transparece em sua pequena massa. As supermassivas morrem muito rápido porque consomem rapidamente seu combustível. Porém, as menos massivas vivem por mais tempo, pois gastam menos para se manterem estáveis, conforme explicou o astrônomo. 

Porém, a baixa atividade também diminui a fabricação de elementos químicos mais complexos – como os metais – em seu núcleo estelar. Por isso, elas são conhecidas também como estrelas de baixa metalicidade.

Galáxias anãs desafiam cientistas

Limberg explicou que as encontrar é um desafio, principalmente por serem pouco expressivas num universo cheio de objetos emitindo fortes sinais. “Hoje em dia a gente só conhece cerca de 50 galáxias anãs”, comentou o astrônomo.

O entrave para o pesquisador está na falta de um modelo do cosmos mais refinado. “A gente não tem um modelo físico com o qual estejamos confortáveis para prever a população de galáxias que deveriam existir”, explicou o cientista.

Junto a dificuldade teórica, há também a barreira computacional. Atualmente, não há um computador potente o suficiente para simular a população completa de galáxias anãs. Por isso, Limberg resume que as duas principais missões hoje em sua área de pesquisa são: contar a quantidade de galáxias anãs e saber como elas se formam.

Cientistas buscam o X no mapa das estrelas

A equipe de Limberg utiliza informações coletadas pelo Telescópio Víctor M. Blanco, no Chile, para estudar as galáxias anãs. O instrumento compila as observações que já fez em bancos de dados acessíveis. É a partir dessas fotografias, que o trabalho do astrônomo começa.

“São imagens um pouquinho diferente das que você tira com o celular porque são fotos com filtros específicos. Você coloca filtros especais para observar em cores específicas que são do seu interesse”, disse Limberg.

Os pesquisadores não conseguem distinguir as galáxias anãs do restante de estrelas dispersas pelo céu noturno a olho nu. Para encontrá-las, eles tratam os dados coletados pelo telescópio e constroem um gráfico sobre a fotografia em estudo. 

Gráfico de onde está uma galáxia anã no céu noturno
A linha preta (figura da direita) é gerada por um modelo teórico de “população estelar” Após se aproximar de uma parte desta linha e gerar uma nova figura (a da esquerda), os cientistas conseguem constatar a presença de uma galáxia. (Imagem: W. Cerny et al)

Nesse processo, eles eliminam as galáxias de fundo e ficam só com as estrelas mais próximas. Começam assim a filtrar o que podem ser galáxias no grupo local, a vizinhança da Via Láctea. 

Ao observar a imagem após o tratamento, eles traçam linhas nos possíveis locais. Se as estrelas nesses espaços estiverem aglomeradas e espacialmente coesas, muito provavelmente são uma galáxia.

Vera Rubin é o futuro

O Telescópio Vera C. Rubin está previsto para entrar em operação no final deste ano. Durante o programa, Zurita e Limberg comentaram sobre o novo instrumento e quais serão seus impactos na astronomia, principalmente no estudo de galáxias anãs.

“Esse telescópio vai revolucionar completamente essa área de pesquisa. Ele deve encontrar dezenas de galáxias anãs, podendo duplicar, ou até mais, o número das galáxias desse tipo que a gente conhece”, comentou o pesquisador.

O Verá Rubin terá a melhor câmera digital já construída na história da humanidade e poderá fazer mapas precisos do céu noturno. Limberg vê nele um potencial para superar o projeto que participa atualmente, podendo fazer em um ano de observações o que o DELVE fez desde seu início.

Observatório Vera C. Rubin, no Chile, que tem câmera LSST, a maior câmera digital do mundo, instalada
Observatório Vera C. Rubin, no Chile, que agora tem maior câmera digital do mundo instalada (Imagem: RubinObs/NOIRLab/SLAC/NSF/DOE/AURA/H. Stockebrand)

Com as novas ferramentas, Zurita acredita ser um bom momento para os novos astrônomos.“Para quem está entrando nessa área, tem boas perspectivas para um futuro não muito distante”, disse o apresentador.

Limberg também incentiva a busca pela carreira científica, principalmente na astronomia. “Você não precisa ter 500 anos de experiência para fazer uma contribuição importante para a ciência. Alunos de doutorado e de graduação fazem descobertas importantes. Temos que incentivar isso”, concluiu o astrônomo.

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Olhar Espacial recebe brasileiro que ajudou a descobrir nova galáxia satélite da Via Láctea

Uma galáxia minúscula e ultrafria foi detectada orbitando a Via Láctea pelo DELVE Survey, uma colaboração internacional para observar o Universo

Batizada de Aquarius III, essa nova vizinha cósmica pode conter apenas algumas centenas ou milhares de estrelas – um número modesto se comparado às grandes galáxias. A nossa Via Láctea, por exemplo, tem de 100 bilhões a 400 bilhões de estrelas, e a Grande Nuvem de Magalhães, algo entre 10 bilhões e 30 bilhões.

A pesquisa foi conduzida em duas etapas. Primeiro, os cientistas usaram imagens públicas capturadas pelo Telescópio Victor M. Blanco, no Chile. Graças ao longo tempo de exposição das fotos, o equipamento registrou áreas com alta densidade de luz, indicando aglomerados de estrelas que poderiam ser galáxias candidatas. Na segunda fase, técnicas de espectroscopia confirmaram que Aquarius III é, de fato, uma galáxia satélite ultrafria com baixa metalicidade, ou seja, poucos elementos químicos além de hidrogênio e hélio – características típicas de objetos antigos no Universo.

Essa descoberta, conforme noticiado pelo Olhar Digital, contou com a participação do astrônomo brasileiro Guilherme Limberg, graduado e doutorado pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP), que atualmente é pesquisador de pós-doutorado no Instituto de Cosmologia Física da Universidade de Chicago, nos EUA.

O astrônomo Guilherme Limberg é o convidado desta sexta-feira (25) do Programa Olhar Espacial. Crédito: Arquivo Pessoal

Limberg é o convidado do Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (25), para contar tudo sobre essa fascinante descoberta. 

Leia mais:

Como assistir ao Programa Olhar Espacial

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramX (antigo Twitter)LinkedIn e TikTok.

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Enxame de estrelas e Nebulosa da Águia nas imagens astronômicas da semana

Toda semana, no Programa Olhar Espacial, exibimos duas imagens astronômicas que se destacaram na semana que passou. E na última semana, apresentamos mais duas imagens publicadas no site APOD Brasil. Confiram:

Enxame de Estrelas

[ Créditos: Carlos César ]

A primeira imagem retrata o belíssimo Ômega Centauri ou NGC 5139, um dos maiores e mais massivos aglomerados globulares da Via Láctea.  Localizado a cerca de 16 mil anos-luz de distância na direção da Constelação do Centauro, este aglomerado contém milhões de estrelas densamente agrupadas.  A imagem mostra um brilhante núcleo central rodeado por enxame de estrelas que se estende por aproximadamente de 170 anos-luz, criando um cenário deslumbrante. A massa e as características incomuns de Ômega Centauri sugerem que ele pode ter uma origem diferente da maioria dos outros aglomerados globulares, possivelmente sendo o remanescente do núcleo de uma antiga galáxia anã canibalizada pela Via Láctea.

Original em: https://www.apodbrazil.com/gallery/298 

Nebulosa da Águia

[ Créditos: Fernando Magalhães ]

Já a segunda imagem é um fantástico registro da Nebulosa da Águia, também chamada de Messier 16, uma região de formação estelar ativa a 7 mil anos-luz de distância, na Constelação da Serpente.  A imagem captura a beleza da nebulosa, com suas nuvens de gás e poeira iluminadas pela luz das estrelas recém-formadas.  É famosa pela icônica estrutura conhecida como “Os Pilares da Criação”, registrada pelo Telescópio Espacial Hubble.  Os Pilares são colunas densas de gás e poeira que estão sendo esculpidas pela radiação e ventos estelares, e onde uma grande quantidade de novas estrelas são gestadas em seu interior.

Original em: https://www.apodbrazil.com/gallery/294 

APOD Brasil

As escolhas das Imagens Astronômicas desta Semana foram feitas a partir do site APOD Brasil (https://www.apodbrazil.com/), um portal mantido por astrônomos e entusiastas da fotografia, dedicado à divulgação das belezas do Cosmos. O APOD Brasil tem o  objetivo de publicar uma fotografia astronômica a cada dia, divulgando o trabalho de brasileiros, e de outras nacionalidades, empenhados em revelar as maravilhas do nosso Universo. Os interessados em contribuir com o portal APOD Brasil, e também com as Imagens Astronômicas da Semana do Olhar Espacial, podem fazer isso através do formulário disponibilizado no site: https://www.apodbrazil.com/form 

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O que preciso saber antes de comprar um telescópio?

Todas as sextas-feiras, ao vivo, a partir das 21h (pelo horário de Brasília), vai ao ar o Programa Olhar Espacial, no canal do Olhar Digital no YouTube. O episódio da última sexta-feira (11) (que você confere aqui) tratou sobre a história dos telescópios, como eles são produzidos e qual os detalhes que os amantes da astronomia têm que ficar de olho na hora de escolher o melhor instrumento de observação.

A última edição do programa contou com a presença do produtor de telescópios Sandro Coletti. Em entrevista ao apresentador Marcelo Zurita, o artesão contou como essas ferramentas astronômicas surgiram e qual a importância de Galileu e Newton em sua evolução. Além disso, explicou como é sua oficina de produção e quais detalhes fazem um bom telescópio.

“Há mais de quatro séculos, a invenção do telescópio revolucionou a nossa visão do universo, abrindo uma janela para o cosmos e revelando os seus segredos mais profundos”, comentou Zurita.

Marcelo Zurita e Sandro Coletti no Olhar Espacial. (Imagem: Olhar Digital)

Telescópios: um acidente revolucionou a ciência

A origem dos telescópios foi acidental, segundo explicou Coletti. No começo do século XVII, o ótico holandês Hans Lippershey observava seu filho brincando com algumas peças de vidro. De repente, o garoto alinhou uma lente de distância focal comprida com outra mais curta, que colocou perto do olho. Assim, ele percebeu que poderia ampliar objetos distantes.

Logo, Lippershey começou a produzir e vender um objeto que juntava as duas lentes. Inicialmente, os compradores o usavam para observações terrestres, colaborando para o avistamento de pedaços de terra em meio ao oceano, durante as navegações.

Tudo mudou quando o astrônomo Galileu Galilei soube dessa nova invenção. O cientista logo fez questão de criar sua própria versão, o “galileoscópio”, e mirou o instrumento para o céu noturno. Suas descobertas foram tão grandes que houve conflito entre os novos conhecimentos e os pensadores da época, levando Galilei a se retratar.

Pintura em que Galileu Galilei mostra seu telescópio para figuras do clero
Galileu sofreu resistência às suas ideias. (Imagem: Henry-Julien Detouche)

Mesmo com tamanho progresso, o astrônomo ainda usava uma lente de baixa qualidade. Segundo Coletti, o pouco refinamento da produção limitava a observação espacial a objetos muito brilhantes, fazendo com que alguns astros fossem difíceis de se estudar.

Anos depois, o matemático Johannes Kepler trouxe modificações para a ferramenta. Ele trocou a lente ocular de Galilei por uma biconvexa convergente, o que aumentou o campo de observação, mas deixou a imagem de ponta cabeça.

“Os instrumentos melhoraram de forma muito lenta nessas primeiras décadas do telescópio como instrumento cientifico”, comentou Coletti.

Foi no século XVIII que pesquisadores começaram a testar novas combinações de lentes. Porém, uma falha atrapalhava suas observações: a aberração cromática. Ela acontece quando a luz atravessa a lente de vidro e as ondas se dispersam de tal forma que as bordas da imagem ficam com uma “sombra” colorida, geralmente vermelha e roxa.

Newton mudou tudo

O físico Isaac Newton trocou as lentes por espelhos em seus testes, o que abriu um novo caminho para a construção de telescópios. Essa alteração resolveu a aberração cromática porque a luz não atravessa o espelho e assim não se decompõe.

Ele conseguiu chegar em imagens nítidas principalmente por poder calcular a medida das peças e ser especialista em óptica. O aprimoramento foi tão grande que reflete na técnica de produção de telescópios até hoje.

“Não consigo conceber uma solução mais extraordinária que o telescópio de Newton”, constatou o entrevistado.

Um telescópio de madeira com uma esfera em baixo. Uma réplica do projeto original de Newton
Réplica em madeira do Telescópio de Newton. (Imagem: Andrew Dunn / Wikimedia Commons)

Leia Mais:

Como reconhecer um telescópio de qualidade?

Coletti comenta que, para além das lentes, a parte mecânica é fundamental.”95% de um telescópio é mecânico”, disse ele.

Em sua oficina, a maioria das ferramentas é voltada para o desenvolvimento de uma boa estrutura de metal para o instrumento. “Não basta ter apenas um espelho de qualidade, você tem que ter uma mecânica muito forte, estável e precisa”, explicou o produtor.

O entrevistado e Zurita observaram algumas falhas que telescópios à venda têm apresentado. Segundo eles, é importante ficar atento ao espelho secundário, que é plano e reflete a imagem do espelho curvado maior, que fica voltado para o céu.

Coletti mostrou alguns testes que fez com uma luz monocromática sobre os espelhos. Assim, ele conseguiu demonstrar as falhas da peça com uma técnica inventada por Newton. “Deve ser a segunda pior superfície óptica de ser feita. Plano não tem tolerância, ou ele é plano, ou não é”, disse o produtor.

Outro problema dos telescópios de produção industrial é a falta de estabilidade. Segundo Coletti, não é normal o instrumento tremer muito, o que prejudica a observação e pode acabar afastando as pessoas da prática.

Vale a pena fazer telescópios?

Coletti comentou que fica horas se dedicando a produção de peças e agora está produzindo um focalizador novo. Para a comunidade de produtores e interessados, ele posta vídeos ensinando a resolver problemas recorrentes na fabricação e dá dicas.

“Você aprende tanta coisa fabricando telescópios: mecânica, óptica, materiais… Tudo é muito legal”, disse o entrevistado.

Sandro Coletti divulga seu trabalho pelo Instagram: @sandrocoletti. Por lá também é possível entrar em contato com o produtor e adquirir seus telescópios.

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Descubra a arte de construir telescópios no Olhar Espacial

Desde a invenção do telescópio, há mais de quatro séculos, a humanidade tem se maravilhado com as descobertas e as imagens deslumbrantes do Universo reveladas por essas “janelas para o cosmos”. 

Mas como esses instrumentos ópticos tão poderosos são construídos? Quais são os segredos por trás da sua fabricação e como eles evoluíram ao longo da história para nos proporcionar uma visão cada vez mais nítida e profunda do espaço?

No Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (11), vamos mergulhar na arte da construção de telescópios e explorar os desafios e as inovações que impulsionaram o desenvolvimento desses instrumentos fascinantes. 

Também vamos conhecer o processo de fabricação de um dos telescópios mais recomendados do Brasil e que vem auxiliando astrônomos amadores de todo o país a dar seus primeiros passos na astronomia.  

Para nos guiar nessa jornada pelo mundo dos telescópios, o Olhar Espacial recebe Sandro Coletti, um apaixonado construtor desse tipo de equipamento com quase 40 anos de experiência na área. 

O Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (11) recebe Sandro Coletti, construtor de telescópios. Crédito: Arquivo Pessoal

Desde muito jovem, ele se dedicou ao estudo das ciências, óptica e telescópios, desenvolvendo uma profunda compreensão e amor por esses instrumentos que permitem a exploração do cosmos.

Como fundador de uma empresa especializada na construção de telescópios para astrônomos amadores, Coletti tem como principal objetivo garantir que iniciantes tenham acesso ao melhor equipamento para começar sua jornada na astronomia. Seu compromisso com a qualidade e a acessibilidade reflete sua paixão em compartilhar o Universo com outros entusiastas.

Além de sua carreira na construção de telescópios, ele também é um filatelista dedicado, orquidófilo entusiasmado e amante de minerais e fósseis. Também é marceneiro amador, utilizando suas habilidades manuais para criar peças rústicas únicas que refletem seu amor pela natureza e pela ciência.

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Como assistir ao Programa Olhar Espacial

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Saiba tudo sobre buracos negros supermassivos no Programa Olhar Espacial

No coração da maioria das galáxias, incluindo a nossa Via Láctea, residem monstros cósmicos com milhões ou até bilhões de vezes a massa do Sol: os buracos negros supermassivos. 

Esses objetos fascinantes, com uma força gravitacional tão intensa que nem a luz consegue escapar, exercem uma influência profunda na evolução das galáxias que os hospedam.

Mas, como esses titãs se formam e crescem? Como interagem com o gás, as estrelas e a poeira ao seu redor? E qual o seu papel na formação e na evolução das estruturas galácticas que observamos no Universo?

Buracos negros supermassivos habitam o centro da maioria das galáxias. Crédito:
Tranding art – Shutterstock

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No Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (4), vamos mergulhar no universo extremo dos buracos negros supermassivos e explorar os segredos desses objetos enigmáticos. Vamos descobrir como a ciência tem desvendado a natureza e a influência dos buracos negros supermassivos nas galáxias, desde os jatos de matéria e energia que eles emitem até os processos de acreção que alimentam seu crescimento descomunal.

E esta edição conta com duas convidadas muito especiais. A renomada astrofísica Thaisa Storchi Bergmann, professora do Departamento de Astronomia do Instituto de Física da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), é Pesquisadora 1A do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), membro da Academia Brasileira de Ciências desde 2009 e presidente da Comissão X1 da União Astronômica Internacional. 

Ela também presta assessoria científica ao Laboratório Nacional de Astrofísica e agências internacionais e brasileiras de fomento à pesquisa científica, bem como a diversas publicações científicas internacionais na área de astrofísica. Tem sido membro de comitês de alocação de tempo em telescópios ópticos como os do Observatório Gemini, Observatório Europeu do SUL (ESO), Space Telescope Science Institute (STScI) e Atacama Large Millimeter Array (ALMA).

As convidadas desta noite são a astrofísica Thaisa Storchi Bergmann e a estudante Sara Gabriele. Créditos: Arquivo Pessoal

O programa também recebe a jovem astrônoma amadora Sara Gabriele, que, com apenas 14 anos, é cientista cidadã da Colaboração Internacional de Pesquisa Astronômica (IASC), da NASA e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI). Ela é membro dos clubes de astronomia InSpace Group e Nicolinha Kids.

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Planeta Vermelho e encontro celestial nas Imagens Astronômicas da Semana

Toda semana, no Programa Olhar Espacial, exibimos duas imagens astronômicas que se destacaram na semana que passou. E na última semana, apresentamos duas belas imagens do planeta vermelho e do desfile planetário do início do ano. Confira:

Planeta Vermelho em Oposição

[ Créditos: Victor Tellez Garza ]

A primeira imagem é uma foto magnífica de Marte tirada três semanas após sua última oposição ocorrida no dia 16 de janeiro. Durante a oposição, os planetas em órbitas externas à da Terra, ficam mais próximos do nosso planeta, o que nos permite visualizá-los melhor e durante quase toda a noite. A imagem mostra o planeta como um disco avermelhado, com algumas feições da superfície destacadas. As manchas escuras indicam dunas que se deslocam com as tempestades de areia. Do lado esquerdo, vê-se a calota de gelo que encobre o pólo norte marciano. A oposição de Marte ocorre a cada 26 meses terrestres e, além de facilitar sua observação, é o melhor momento para enviarmos as missões espaciais para o Planeta Vermelho.

Original em: https://www.apodbrazil.com/gallery/287 

Encontro Celestial

[ Créditos: B.Haeussler / ESO ]

A segunda imagem é um impressionante registro do desfile planetário feito no início de fevereiro a partir do Observatório de Paranal, no Chile. A imagem é uma panorâmica de 360 graus do céu noturno, mostrando a Via Láctea arqueada acima da paisagem desértica do observatório. Além da Lua, vários planetas do Sistema Solar são visíveis e claramente identificados na imagem: Saturno, Vênus, Netuno, Urano, Júpiter e Marte, todos alinhados em uma linha relativamente reta. Do lado esquerdo, o cometa C/2024 G3 (ATLAS) também é visto com sua cauda brilhante embelezando o horizonte oeste. A imagem é um registro único e belíssimo de um raro encontro celestial.

Original em: https://cdn.eso.org/images/screen/potw2510a.jpg 

Sem anotações: https://cdn.eso.org/images/screen/potw2510b.jpg

APOD Brasil

As escolhas das Imagens Astronômicas desta Semana foram feitas a partir do site APOD Brasil (https://www.apodbrazil.com/), um portal mantido por astrônomos e entusiastas da fotografia, dedicado à divulgação das belezas do Cosmos. O APOD Brasil tem o  objetivo de publicar uma fotografia astronômica a cada dia, divulgando o trabalho de brasileiros, e de outras nacionalidades, empenhados em revelar as maravilhas do nosso Universo. Os interessados em contribuir com o portal APOD Brasil, e também com as Imagens Astronômicas da Semana do Olhar Espacial, podem fazer isso através do formulário disponibilizado no site: https://www.apodbrazil.com/form 

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Universo em Crise? Olhar Espacial discute a “revolução cosmológica” do James Webb

O Universo está se expandindo aceleradamente, e a explicação mais aceita para esse fenômeno misterioso é a energia escura, uma força repulsiva que compõe cerca de 70% do cosmos. Mas o que é, de fato, a energia escura? E qual é exatamente o seu papel na evolução do Universo?

Ainda não temos respostas precisas para essas perguntas, mas observações recentes do Telescópio Espacial James Webb (JWST), da NASA, têm levantado dúvidas em questões que acreditávamos estar resolvidas. Suas imagens sem precedentes vêm desafiando o nosso modelo cosmológico padrão, o ΛCDM, que inclui a energia escura como uma constante cosmológica. Galáxias massivas e complexas foram encontradas em épocas muito antigas do Universo, o que contraria as previsões do modelo atual e levanta questionamentos sobre a nossa compreensão da formação e evolução das galáxias e a própria natureza da energia escura.

O Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (28) vai mergulhar nos mistérios da energia escura e explorar as teorias alternativas que buscam explicar as observações intrigantes do James Webb. Será que precisamos rever o nosso modelo cosmológico? Existem outras explicações para a expansão acelerada do Universo? E como essas novas teorias podem impactar a nossa compreensão do passado e do futuro do cosmos?

Roberto ‘Pena’ Spinelli é o convidado desta sexta-feira (28) do Programa Olhar Espacial. Crédito: Reprodução/Redes Sociais

O convidado desta noite é Roberto ‘Pena’ Spinelli, físico graduado pela Universidade de São Paulo (USP), com especialidade em Machine Learning pela Universidade de Stanford, nos EUA, pesquisador na área de Inteligência Artificial e colunista do Olhar Digital News.

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Eta Carinae e pôr do Sol lunar nas Imagens Astronômicas da Semana

Toda semana, no Programa Olhar Espacial, exibimos duas imagens astronômicas que se destacaram na semana que passou. E na última semana, apresentamos duas imagens fantásticas de uma bela nebulosa e de um pôr do Sol inédito. Confiram:

Nebulosa de Eta Carinae

[ Créditos: Fernando Magalhães ]

A primeira imagem mostra um fantástico registro da Nebulosa de Eta Carinae, também chamada de NGC 3372. Trata-se de uma região de formação estelar localizada a cerca de 7.500 anos-luz de distância na direção da Constelação de Carina. É uma das nebulosas mais brilhantes e massivas da Via Láctea, que abriga Eta Carinae, um sistema estelar duplo, mais de 5 milhões de vezes mais luminoso que o Sol e extremamente instável, que já passou por eventos eruptivos gigantescos no passado.  A nebulosa é composta por nuvens de gás e poeira iluminadas pela intensa radiação estelar, criando um cenário visualmente deslumbrante e que revelam a energia e a complexidade dos processos que ocorrem naquele canto da galáxia.

Original em: https://www.apodbrazil.com/gallery/271 

Pôr do Sol Lunar

[ Créditos: Firefly Aerospace ]

Já a segunda imagem, enviada pela sonda Blue Ghost da Firefly Aerospace, retrata um pôr do sol visto da superfície da Lua.  A imagem mostra a linha do horizonte lunar, com o Sol aparentemente se pondo ao centro. Acima do Sol e ligeiramente à direita, percebe-se o brilho de Vênus e, um pouco mais acima e bem mais brilhante, está a Terra, destacando a perspectiva única e a magnitude do evento cósmico observado a partir da Lua. Além de uma visão inédita, este registro também é importante para a ciência. Os cientistas estão analisando essas imagens para determinar se o brilho visto no horizonte pode ser atribuído ao espalhamento frontal da luz solar nas partículas de poeira em suspensão próximo à superfície da Lua. 

Original em: https://x.com/Firefly_Space/status/1902073355290771708/photo/4 

APOD Brasil

As escolhas das Imagens Astronômicas desta Semana foram feitas a partir do site APOD Brasil (https://www.apodbrazil.com/), um portal mantido por astrônomos e entusiastas da fotografia, dedicado à divulgação das belezas do Cosmos. O APOD Brasil tem o objetivo de publicar uma fotografia astronômica a cada dia, divulgando o trabalho de brasileiros, e de outras nacionalidades, empenhados em revelar as maravilhas do nosso Universo. Os interessados em contribuir com o portal APOD Brasil, e também com as Imagens Astronômicas da Semana do Olhar Espacial, podem fazer isso através do formulário disponibilizado no site: https://www.apodbrazil.com/form 

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Equinócio: Olhar Espacial aborda a importância desse evento astronômico ao longo da história

Em todos os anos, existem dois momentos em que o dia e a noite têm quase a mesma duração: um em março e outro em setembro. Esse fenômeno é chamado de equinócio, termo que vem das palavras latinas aequus (igual) e nox (noite). 

Durante os equinócios, a Terra fica alinhada de maneira que os hemisférios Norte e Sul recebem a mesma quantidade de luz solar, o que resulta em dias e noites praticamente iguais.

Movimentos de rotação e translação da Terra ocasionam os equinócios e solstícios. Crédito: Sakurra – Shutterstock

O primeiro equinócio do ano ocorre entre 20 e 21 de março, e o segundo, entre 21 e 23 de setembro. Em 2025, o equinócio de março aconteceu na quarta-feira (20), marcando o início da primavera no Hemisfério Norte e o começo do outono no Hemisfério Sul.

Stonehenge foi construído em alinhamento com o equinócio

Desde a Antiguidade, diversas culturas celebram os equinócios com festivais e rituais. Muitas civilizações antigas construíram estruturas monumentais para observar esses momentos e marcar a passagem do tempo, além de identificar os melhores períodos para plantar e colher. Um exemplo famoso é o Stonehenge, na Inglaterra, que foi projetado para alinhar-se com os equinócios.

Mas, como nossos ancestrais percebiam esses eventos? Como podiam construir monumentos tão precisos e quais os reais objetivos? Para conversar sobre essas questões, o Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (21) recebe Caio Montenegro de Capua, especialista em culturas ancestrais. 

O especialista em culturas ancestrais Caio Montenegro de Capua é o convidado desta sexta-feira (21) do Programa Olhar Espacial. Crédito: Arquivo Pessoal

Caio é professor de artes ancestrais, educador museal e criador do CosMuseu (Museu de Cosmovisão Ancestral), em São José, Santa Catarina. Ele tem formação em Astrofísica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e em Arqueoastronomia pela Universidade de Milão, na Itália. Além disso, participou do programa de formação de professores da NASA e tem vasta experiência com povos indígenas, incluindo estudos e vivências com o povo Guarani e outros grupos em diversos países.

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Como assistir ao Programa Olhar Espacial

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramX (antigo Twitter)LinkedIn e TikTok.

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