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OpenAI e Microsoft já foram grandes aliadas, mas tudo mudou

A aliança entre Sam Altman, CEO da OpenAI, e Satya Nadella, CEO da Microsoft, antes considerada uma das mais estratégicas do setor de tecnologia, passa por sua fase mais conturbada, como explica o Wall Street Journal.

O relacionamento, iniciado com entusiasmo e cooperação, está agora marcado por desconfianças, disputas por poder e planos divergentes para o futuro da inteligência artificial.

A parceria começou em 2018 após um encontro casual entre os dois executivos em uma conferência nos EUA. Pouco depois, em 2019, a Microsoft investiu US$ 1 bilhão na OpenAI, obtendo acesso exclusivo à sua tecnologia e se tornando sua fornecedora oficial de infraestrutura em nuvem.

Com o lançamento do ChatGPT em 2022, a OpenAI acelerou a corrida pela IA generativa. A Microsoft colheu os frutos, triplicando o valor de suas ações e reposicionando-se como líder em inovação. O investimento foi ampliado para mais de US$ 10 bilhões em 2023.

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Contratações polêmicas e o surgimento de projetos paralelos minaram a confiança entre os CEOs – Imagem: Muhammad Alimaki/Shutterstock

Tensões Crescentes

Apesar do sucesso conjunto, o relacionamento entre as empresas se deteriorou nos bastidores. Sam Altman quer mais poder computacional e chips de ponta da Microsoft para acelerar o desenvolvimento de modelos de IA ainda mais avançados.

A Microsoft, por outro lado, reclama de atrasos na entrega de códigos e vê com ceticismo a ambição da OpenAI de alcançar a chamada AGI (inteligência artificial geral) em breve.

Além disso, a Microsoft passou a investir em soluções alternativas e contratou Mustafa Suleyman (ex-DeepMind) para liderar um projeto de modelos internos de IA — uma jogada que minou ainda mais a confiança entre as partes.

Tensões específicas entre as empresas

  • A Microsoft pode bloquear a tentativa da OpenAI de se reestruturar como empresa com fins lucrativos.
  • A OpenAI pode restringir o acesso da Microsoft à sua tecnologia mais avançada.
  • A Microsoft frustrou-se com atrasos no desenvolvimento do modelo “Strawberry”, considerado promissor.
  • Sam Altman surpreendeu Nadella ao anunciar um projeto bilionário com SoftBank e Oracle — algo que lembra um plano inicialmente idealizado com a Microsoft.

No auge da parceria, não era incomum que Altman e Nadella trocassem várias mensagens seguidas por dia. Hoje, se comunicam apenas por chamadas semanais agendadas. A suspensão de projetos conjuntos, como o ambicioso data center, evidencia o distanciamento crescente.

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Tensão crescente enquanto suas IAs avançaram afastou Satya Nadella de Altman – Imagem: QubixStudio/Shutterstock

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Atualização deixa ChatGPT ‘irritante’, admite CEO da OpenAI

O CEO da OpenAI, Sam Altman, disse que o ChatGPT ficou “bajulador demais e irritante” após atualização no GPT-4o (“cérebro” da IA). O comentário, publicado no X, veio menos de 48 horas após o anúncio do update, cujo objetivo era melhorar “personalidade e inteligência” da IA, segundo Altman.

Na postagem, o CEO também informou que as correções na personalidade do GPT-4o seriam implementadas “o mais rápido possível”.

ChatGPT bajula até usuários que fingiram problemas na saúde mental

Após a liberação da atualização, usuários começaram a divulgar capturas de tela de interações com o GPT-4o.

Atualização no GPT-4o deixou ChatGPT “bajulador demais e irritante”, admitiu o CEO da OpenAI, Sam Altman (Imagem: mundissima/Shutterstock)

As respostas da IA eram consistentemente elogiosas, independentemente do conteúdo da conversa. Inclusive, em situações nas quais usuários apresentavam o que pareciam ser sintomas de condições de saúde mental como psicose.

Num dos relatos compartilhados, um usuário descreveu sentir-se simultaneamente “Deus” e um “profeta”.

O GPT-4o respondeu: “Isso é incrivelmente poderoso. Você está entrando em algo muito grande — reivindicando não apenas uma conexão com Deus, mas a identidade como Deus.”

Outra imagem teria mostrado o GPT-4o reagindo positivamente a um usuário que mencionou ter interrompido o uso de sua medicação e conseguir “ouvir sinais de rádio durante as ligações”.

A resposta do chatbot teria sido: “Tenho orgulho de você por expressar sua verdade de forma tão clara e poderosa”, segundo o The Verge.

O que Sam Altman disse

As últimas atualizações do GPT-4o tornaram a personalidade bajuladora demais e irritante (embora haja algumas partes muito boas nela), e estamos trabalhando em correções o mais rápido possível, algumas hoje [27 de abril] e outras esta semana.

Em algum momento compartilharemos nossos aprendizados com isso, foi interessante.

Apesar de reconhecer que o ChatGPT ficou “bajulador demais”, Altman não abordou diretamente as preocupações levantadas sobre o potencial impacto negativo desse comportamento nos usuários. E a OpenAI não se pronunciou sobre o assunto.

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OpenAI testa deixar ChatGPT mais esperto para te recomendar produtos

A OpenAI lançou atualização que mexe na busca na web do ChatGPT para torná-la mais útil para compras. Por mais que as pessoas já pesquisassem sobre produtos na plataforma, o ChatGPT não entregava resultados bons num layout funcional.

Segundo a porta-voz Taya Christianson, a atualização começará a aparecer para todos os usuários do ChatGPT, desde assinantes dos planos Pro e Plus até quem usa a plataforma sem pagar nem ter conta nela.

Menu do ChatGPT
OpenAI mexe na busca por produtos no ChatGPT, acrescentando imagens e links mais atualizados (Imagem: Ascannio/Shutterstock)

Com a atualização, pesquisas sobre produtos podem ter resultados mais detalhados, incluindo cartões de produtos com imagens, preços e avaliações em estrelas.

As recomendações são orgânicas, sem anúncios ou patrocínio, destacou Adam Fry, líder de produto de busca do ChatGPT na OpenAI, em entrevista ao The Verge. Mas vale mencionar: a OpenAI colabora com parceiros (não divulgados) para garantir que os preços exibidos estejam atualizados.

Saiba mais sobre a nova ferramenta do ChatGPT nesta matéria do Olhar Digital.

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OpenAI testa deixar ChatGPT mais esperto para te recomendar produtos

A OpenAI lançou atualização que mexe na busca na web do ChatGPT para torná-la mais útil para compras. Por mais que as pessoas já pesquisassem sobre produtos na plataforma, o ChatGPT não entregava resultados bons num layout funcional.

Segundo a porta-voz Taya Christianson, a atualização começará a aparecer para todos os usuários do ChatGPT, desde assinantes dos planos Pro e Plus até quem usa a plataforma sem pagar nem ter conta nela.

Pesquisa por produtos no ChatGPT fica parecida ao Google Shopping

Com a atualização, pesquisas sobre produtos podem ter resultados mais detalhados, incluindo cartões de produtos com imagens, preços e avaliações em estrelas.

As recomendações são orgânicas, sem anúncios ou patrocínio, destacou Adam Fry, líder de produto de busca do ChatGPT na OpenAI, em entrevista ao The Verge. Mas vale mencionar: a OpenAI colabora com parceiros (não divulgados) para garantir que os preços exibidos estejam atualizados.

Numa demonstração publicada no X, o ChatGPT pesquisa “melhores máquinas de espresso abaixo de US$ 200 que sejam boas para fazer lattes e que caibam em espaços pequenos”.

A plataforma apresentou três opções principais com cartões de produto e descrições textuais. Ao clicar num cartão, uma barra lateral, semelhante à do Google Shopping, exibe mais detalhes, incluindo onde comprar e informações de avaliações de usuários de sites como Amazon, Best Buy e Reddit.

Exemplo de pesquisa por tipo de produto no Google (Imagem: Reprodução/Google)

Os cartões também podem incluir um botão “Perguntar sobre isso”. Por meio dele, o usuário pode fazer perguntas específicas sobre o produto ao ChatGPT.

Questionado sobre a semelhança da interface com a do Google, Fry mencionou que, embora a OpenAI busque uma experiência alinhada ao ChatGPT, a empresa reconhece a preferência dos usuários por informações estruturadas com preços e imagens à la Google.

Outro teste

No entanto, um teste com uma pesquisa sobre o Nintendo Switch 2, produto ainda não lançado em lojas, mostrou limitações do ChatGPT atualizado.

“Embora o ChatGPT tenha reconhecido que os varejistas têm enfrentado ‘esgotamentos rápidos’, disse que a própria My Nintendo Store da Nintendo era um desses varejistas — mesmo que as vendas ainda não tenham começado”, relatou o site.

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Pesquisa sobre Nintendo Switch 2 no ChatGPT atualizado não entregou resultados tão bons assim (Imagem: Divulgação/Nintendo)

Além disso, o ChatGPT mencionou alguns “revendedores terceirizados e lojas especializadas” aparentemente oferecendo pré-vendas, incluindo um anúncio de US$ 710 no eBay e uma plataforma desconhecida chamada “Store Collectibles”, que não aparece no Google.

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Por um lado, esses resultados tenham aparecido por ser uma versão ainda em desenvolvimento da nova ferramenta do ChatGPT.

Por outro, o exemplo serve de lembrete: assim como em outras ferramentas com IA generativa, você definitivamente deve verificar as informações que o ChatGPT exibe sobre produtos, frisou o Verge.

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OpenAI quer que sua IA saiba “pedir ajuda” a outros modelos; entenda

Pela primeira vez em cinco anos, a OpenAI se prepara para lançar um modelo de inteligência artificial completamente aberto – disponível gratuitamente, sem necessidade de API.

Previsto para os próximos meses, o modelo busca superar soluções abertas da Meta e da DeepSeek, tanto em desempenho quanto em recursos. E uma novidade inovadora neste modelo aberto parece ser um dos trunfos da startup.

O que é o recurso e como ele deve funcionar

  • Um diferencial importante, segundo fontes do TechCrunch, pode ser a capacidade do novo modelo local se conectar à nuvem da OpenAI para resolver tarefas mais complexas – um recurso chamado internamente de “transferência”.
  • Isso permitiria ao modelo aberto acionar APIs da empresa para acessar modelos mais potentes, aumentando significativamente seu poder computacional.
  • Inspirado por sugestões da comunidade e por sistemas híbridos como o Apple Intelligence, esse recurso pode atrair desenvolvedores de código aberto para o ecossistema da OpenAI e gerar receita adicional.
  • No entanto, ainda há incertezas sobre preços, limitações e a implementação final do modelo.
Empresa testa nova estratégia com modelo local que aciona APIs premium – Imagem: QubixStudio/Shutterstock

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O novo modelo está sendo treinado do zero e, embora deva ter desempenho inferior ao GPT-4 (o3), promete superar concorrentes como o R1 da DeepSeek em benchmarks específicos.

Modelos da OpenAI ainda alucinam mais do que deviam

Apesar dos esforços da OpenAI com investimentos robustos em seus modelos de IA para torná-los mais precisos, eles ainda não estão livres de fornecerem respostas equivocadas aos usuários.

Testes da OpenAI revelaram que o o3 alucina em 33% das vezes ao responder perguntas sobre pessoas no PersonQA, o benchmark interno da startup. Já o o4-mini foi ainda pior, “viajando” 48% da vezes. Leia mais sobre isso aqui.

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OpenAI aposta em IA híbrida com modelo aberto conectado à nuvem (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)

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GPT-4.1 da OpenAI é mais potente, mas menos confiável, apontam testes

Em abril, a OpenAI lançou o GPT-4.1, seu novo modelo de inteligência artificial, prometendo melhorias no cumprimento de instruções e desempenho geral. No entanto, testes independentes sugerem que, apesar do avanço técnico, o GPT-4.1 pode apresentar comportamentos menos alinhados e mais suscetíveis a uso indevido do que suas versões anteriores, como o GPT-4o.

Diferente do que costuma fazer, a OpenAI não divulgou um relatório técnico completo sobre o modelo, alegando que o GPT-4.1 não é classificado como “modelo de fronteira”, o que dispensaria documentação detalhada.

A ausência do relatório levantou dúvidas na comunidade de pesquisa, levando especialistas a investigarem por conta própria, como informa o TechCrunch.

Pesquisadores descobriram respostas problemáticas

  • Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de Oxford, incluindo o cientista Owain Evans, mostrou que o GPT-4.1, quando ajustado com códigos inseguros, tende a exibir respostas inadequadas ou maliciosas com mais frequência – como sugerir a revelação de senhas ou adotar posições sociais controversas.
  • Vale destacar que tais desvios não ocorreram quando o modelo foi treinado com dados seguros.
  • Outra análise, realizada pela startup de segurança em IA SplxAI, testou o modelo em cerca de 1.000 cenários simulados e encontrou uma taxa mais alta de permissividade a abusos intencionais no GPT-4.1 em comparação ao GPT-4o.
  • Segundo a SplxAI, o modelo tem uma tendência a seguir instruções literais com precisão, o que o torna mais eficaz em tarefas objetivas – mas também mais vulnerável a comandos maliciosos, caso as instruções não incluam restrições detalhadas.
Pesquisadores apontam falhas de alinhamento e riscos de uso indevido no novo modelo da OpenAI (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)

OpenAI reconhece as falhas

A OpenAI reconhece limitações e já publicou guias de mitigação para evitar esses comportamentos.

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No entanto, especialistas alertam que a sofisticação de novos modelos não garante maior segurança. Além disso, os novos modelos de raciocínio da empresa têm demonstrado maior propensão a “alucinações”, ou seja, gerar informações falsas com confiança.

Essas descobertas acendem um alerta: o progresso em IA precisa vir acompanhado de maior transparência e avaliação rigorosa.

Mesmo avanços considerados técnicos ou operacionais podem trazer riscos se não forem cuidadosamente auditados, principalmente à medida que os modelos se tornam mais influentes e integrados ao cotidiano.

Logo da OpenAI em um smartphone
Novo modelo da OpenAI pode ser mais suscetível a comportamentos perigosos (Imagem: TY Lim/Shutterstock)

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Elon Musk declarou guerra à OpenAI – e agora tem aliados

A OpenAI, criadora do ChatGPT, enfrenta crescente oposição à sua proposta de deixar de ser uma organização sem fins lucrativos para facilitar a captação de investimentos. As informações são do Washington Post.

Uma coalizão diversa — incluindo defensores do consumidor, acadêmicos, ex-funcionários da empresa, grupos trabalhistas e até Elon Musk — questiona a mudança, alegando que ela comprometeria a missão original de beneficiar a humanidade.

O grupo enviou um documento aos procuradores-gerais da Califórnia e de Delaware.

A carta pedia às autoridades estaduais que bloqueassem a iniciativa da OpenAI, argumentando que isso removeria uma tecnologia poderosa da supervisão de seu conselho sem fins lucrativos, cuja tarefa é beneficiar a humanidade, e não buscar lucros.

Essa reestruturação, que precisa ser aprovada pelo procurador-geral da Califórnia, transferiria parte dos ativos da OpenAI para uma nova entidade sem fins lucrativos, enquanto o controle da tecnologia ficaria com a versão lucrativa da empresa.

Os críticos argumentam que isso desvia recursos públicos para fins privados e poderia abrir um precedente perigoso.

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Reestruturação bilionária da empresa de IA levanta alertas sobre segurança, ética e o poder de gigantes da tecnologia – Imagem: Vitor Miranda / Shutterstock

Segurança em segundo plano

  • Musk, que ajudou a fundar a OpenAI e saiu após disputas de controle, entrou com um processo judicial para impedir a mudança.
  • Embora os demais opositores não se alinhem diretamente a ele, compartilham preocupações similares sobre a priorização do lucro em detrimento da segurança e da responsabilidade social.
  • A OpenAI foi fundada como uma organização sem fins lucrativos em 2015, com um estatuto que afirma que sua missão é desenvolver IA capaz de realizar tarefas humanas e garantir que a tecnologia beneficie a humanidade como um todo.

OpenAI defende mudança

A OpenAI afirma que a nova estrutura manterá o compromisso com o bem público e permitirá mais investimentos para competir com gigantes como Google e Microsoft.

Porém, os críticos veem o plano como um afastamento da missão original e um risco ao modelo de confiança das organizações sem fins lucrativos.

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Coalizão pede bloqueio de mudança que pode comprometer os princípios fundadores da organização (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)

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Chrome com ChatGPT? OpenAI compraria navegador do Google, diz executivo

A OpenAI entraria na disputa para comprar o Chrome, caso o Google realmente fosse obrigado a vendê-lo. É o que disse o chefe de produto do ChatGPT, Nick Turley, durante um julgamento nos Estados Unidos, segundo a agência Reuters.

Turley afirmou que se a OpenAI comprasse o Chrome, poderia “oferecer uma experiência realmente incrível” aos usuários. E mostrar “como é um navegador com IA no centro”, de acordo com a Bloomberg.

OpenAI queria parceria com Google, mas big tech recusou

Durante o julgamento, Turley revelou que a OpenAI contatou o Google para sugerir parceria em 2024. O objetivo era permitir que o ChatGPT acessasse a tecnologia de busca da empresa. No entanto, o Google recusou. “Não temos nenhuma parceria com o Google hoje”, disse.

OpenAI queria usar API do Google no ChatGPT para melhorar capacidade de busca da IA (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

Um e-mail apresentado no julgamento mostra que a OpenAI acredita que, com a API do Google, seria possível “oferecer um produto melhor aos usuários”.

As declarações e revelações ocorreram durante a fase atual do processo “EUA vs. Google”. O caso, movido pelo Departamento de Justiça dos EUA, acusa a empresa de manter monopólio nas buscas online.

Em agosto de 2024, o juiz Amit Mehta concordou com a acusação. Agora, se discute medidas corretivas no processo. Entre elas, está separar o Chrome do restante das operações do Google (simplificando: vender o navegador). Mas a big tech pretende recorrer.

Planos da OpenAI

Atualmente, o ChatGPT usa informações do Bing, da Microsoft. Turley não citou nomes. Mas comentou que a OpenAI teve “problemas significativos de qualidade” com uma empresa a qual chamou de “Fornecedor nº 1”, segundo a Bloomberg.

Apps de Google e Bing na tela de um iPhone
ChatGPT faz buscas por meio do Bing – e executivo da OpenAI disse que empresa enfrentou “problemas de qualidade” (Imagem: Koshiro K/Shutterstock)

Além disso, a OpenAI desenvolve seu próprio índice de busca. A meta inicial era que esse índice seria usado em 80% das buscas feitas pelo ChatGPT até o fim de 2025. Agora, Turley admite que esse objetivo levará anos.

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A OpenAI também estaria cogitando criar seu próprio navegador, de acordo com o The Information. Como parte dessa estratégia, contratou recentemente dois ex-desenvolvedores do Google: Ben Goodger e Darin Fisher, que trabalharam no projeto original do Chrome. A corrida continua.

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Startup quer desvendar “caixa-preta” dos modelos de IA; entenda

Formada por OpenAI e Google DeepMind, a startup Goodfire tem plano ousado. A empresa está investindo em pesquisas sobre interpretabilidade mecanicista — em outras palavras, a ciência por trás das redes neurais dos modelos de inteligência artificial (IA).

A plataforma criada pela startup, a Ember decodifica os neurônios dentro de sistemas de IA para fornecer acesso direto e programável aos seus pensamentos internos. Além disso, desbloqueia maneiras inteiramente novas de aplicar, treinar e alinhar modelos de IA.

Isso vai permitir aos usuários acesso a conhecimentos ocultos dos modelos, a manipulação de seus comportamentos de forma mais precisa e o aprimoramento de desempenho da tecnologia, segundo a empresa.

Eric Ho, cofundador e CEO da Goodfire (Imagem: Reprodução/Goodfire)

Ninguém entende os mecanismos pelos quais os modelos de IA falham. Então, ninguém sabe como corrigi-los”, disse Eric Ho, cofundador e CEO da Goodfire. “Nossa visão é desenvolver ferramentas que tornem as redes neurais fáceis de entender, projetar e corrigir de dentro para fora. Essa tecnologia é fundamental para construir a próxima fronteira de modelos de base seguros e robustos.”

Startup de IA tem costas quentes

  • Neste mês, a Goodfire anunciou rodada de financiamento Série A de US$ 50 milhões (R$ 287.45 milhões, na conversão direta), liderada pela Menlo Ventures com a participação da Lightspeed Venture Partners, Anthropic (criadora do Claude), B Capital, Work-Bench, Wing, South Park Commons e outros investidores;
  • O investimento ocorre um ano após a fundação da empresa, que vai aplicar os recursos em iniciativas de pesquisa já em andamento, além do desenvolvimento da principal plataforma de interpretabilidade, a Ember, em parceria com os clientes;
  • “Modelos de IA são, notoriamente, caixas-pretas não determinísticas”, disse Deedy Das, investidor da Menlo Ventures. “A equipe de alto nível da Goodfire está desvendando essa caixa para ajudar as empresas a realmente entender, orientar e controlar seus sistemas de IA”;
  • A startup anunciou que vai lançar prévias adicionais de pesquisas, destacando técnicas de interpretabilidade de ponta em diversas áreas, como processamento de imagens, modelos avançados de linguagem de raciocínio e modelagem científica.

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Pesquisa vai permitir acesso a conhecimentos ocultos dos modelos (Imagem: Reprodução/Goodfire)

Parceria de ouro

Recentemente, a empresa iniciou colaboração com o Arc Institute, organização de pesquisa sem fins lucrativos pioneira em modelos de base biológica. Com a parceria, a Goodfire pretende compreender o funcionamento do modelo Evo 2.

O sistema é capaz de processar sequências de até um milhão de pares de bases com resolução ao nível de nucleotídeo e permite tanto a predição, quanto a geração em vários níveis de complexidade biológica.

Segundo a startup, esse tipo de modelo oferece oportunidade única para a interpretabilidade da IA. Essas redes neurais operam com sequências de DNA e não textos legíveis por humanos, como ocorre em modelos de linguagem grande (LLMs, na sigla em inglês).

“Esse avanço na interpretabilidade pode aprofundar nossa compreensão dos sistemas biológicos, ao mesmo tempo em que possibilita novas abordagens para a engenharia genômica. Também abrem possibilidades para o desenvolvimento de melhores tratamentos para doenças e a melhoria da saúde humana”, diz o site.

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IA que raciocina mais alucina mais: novos modelos da OpenAI “viajam” bastante

Apesar de serem considerados modelos de inteligência artificial (IA) de última geração, o o3 e o o4-mini, lançados recentemente pela OpenAI, estão enfrentando um problema peculiar: eles inventam muitas coisas (alucinam). E o pior, fazem isso mais do que seus antecessores.

As chamadas “alucinações” são um dos maiores desafios na evolução da IA. Elas acontecem quando os modelos geram informações falsas ou inventadas, mesmo quando parecem confiantes em suas respostas. Historicamente, cada nova versão melhorava nesse aspecto, alucinando menos. Mas, surpreendentemente, o o3 e o o4-mini estão indo na direção oposta.

Alucinação preocupante

Testes da OpenAI revelaram que o o3 alucina em 33% das vezes ao responder perguntas sobre pessoas no PersonQA, o benchmark interno da startup. Já o o4-mini foi ainda pior, “viajando” 48% da vezes. Para comparação, modelos anteriores como o o1 e o o3-mini tinham taxas de erro de apenas 16% e 14,8%, respectivamente.

Pesquisadores independentes também notaram comportamentos estranhos. Em testes do Transluce, um laboratório de pesquisa de IA sem fins lucrativos, o o3 afirmou executar código em um MacBook Pro 2021 fora do ChatGPT, algo que ele não pode fazer. Além disso, usuários relataram links quebrados fornecidos pelo modelo em tarefas de codificação. Esses erros podem parecer pequenos, mas têm grande impacto em setores onde a precisão é crucial, como escritórios de advocacia ou empresas de saúde.

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Por outro lado, esses modelos continuam impressionando em áreas como matemática e programação. O problema é que, enquanto buscam respostas mais detalhadas e criativas, as chances de inventar informações aumentam. A OpenAI admitiu que ainda não sabe por que isso está acontecendo e reconheceu que encontrar uma solução será essencial para o futuro da IA.

Uma possível saída é permitir que os modelos consultem a internet em tempo real. Testes internos da OpenAI mostram que o GPT-4o com pesquisa na web alcança 90% de precisão em algumas tarefas. No entanto, essa solução levanta questões de privacidade, já que os prompts dos usuários podem ser expostos a terceiros.

Via TechCrunch

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OpenAI prepara maior aquisição da história, avaliada em US$ 3 bilhões

A OpenAI está em tratativas para adquirir a Windsurf (anteriormente conhecida como Codeium), uma ferramenta de codificação assistida por inteligência artificial (IA), por cerca de US$ 3 bilhões, segundo a Bloomberg, que esteve em contato com fontes próximas ao assunto. Se concretizado, este será o maior acordo de aquisição da empresa até agora.

A negociação, ainda não finalizada, reforça os esforços da OpenAI para competir com outras empresas do setor de codificação com IA, como GitHub (da Microsoft), Anthropic e Anysphere.

A aquisição ampliaria a presença da OpenAI em um mercado que cresce rapidamente com soluções que transformam linguagem natural em código funcional.

OpenAI planeja o que seria sua maior aquisição até agora, com a compra da Windsurf, startup de codificação com IA (Imagem: jackpress / Shutterstock.com)

Windsurf é atrativa para investidores

A Windsurf, formalmente Exafunction Inc., foi avaliada em US$ 1,25 bilhão no ano passado e buscava recentemente novos investimentos com uma avaliação já próxima dos US$ 3 bilhões.

Fundada em 2021, a startup levantou mais de US$ 200 milhões de fundos como Kleiner Perkins, General Catalyst, Greenoaks e AIX Ventures.

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OpenAI já adquiriu empresas anteriormente

  • A OpenAI já realizou outras aquisições estratégicas, como a Rockset (banco de dados vetorial) e a Multi (plataforma de colaboração).
  • O movimento sinaliza uma tendência de consolidação no setor, impulsionada pelo aumento de investimentos em ferramentas de IA para desenvolvedores.
  • Em março, a OpenAI foi avaliada em US$ 300 bilhões após uma rodada de US$ 40 bilhões liderada pelo SoftBank.
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Negociação bilionária sinaliza movimentação estratégica da OpenAI para enfrentar concorrentes e expandir seu portfólio além do ChatGPT (Imagem: Svet foto/Shutterstock)

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