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Feriado do Dia do Trabalho deve ter ‘cara de outono’, mas há alerta de chuva

O feriado prolongado do Dia do Trabalho, entre 1º e 4 de maio, deve ter clima típico de outono em grande parte do Brasil. A previsão do tempo aponta para manhãs mais frias e tardes mais quentes, com temperaturas médias agradáveis e sem calor excessivo.

Uma intensa massa de ar polar, que chegou ao Brasil pela região Sul no início da semana, continua a influenciar o Centro-Sul do país. Isso explica as temperaturas mínimas mais baixas, especialmente durante as manhãs, nos estados dessa área.

Previsão do tempo: feriado prolongado deve ter clima típico de outono

De modo geral, as temperaturas no feriado devem variar, com mínimas próximas a 13°C e máximas que podem chegar a 30°C nas regiões tradicionalmente mais quentes.

Temperatura deve aumentar gradualmente em São Paulo ao longo do feriado (Imagem: Rovena Rosa/Agência Brasil)

Para São Paulo e Rio de Janeiro, por exemplo, a previsão do tempo indica ausência de grandes volumes de chuva e o predomínio de sol. Essa combinação deve levar a um aumento gradual da temperatura ao longo do feriado.

Já para as regiões Norte e Nordeste, a previsão é diferente. O Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemaden) emitiu um alerta devido ao volume de chuva esperado na Bahia e no Amazonas.

Mapa da Bahia com previsão de acumulado de chuva entre 29 de abril e 6 de maio
Acumulado de chuva previsto entre 29 de abril e 06 de maio na Bahia (Imagem: Climatempo)

O meteorologista César Soares, da Climatempo, destaca ao G1 que a chegada de uma frente fria à Bahia trará volumes de chuva significativos, com risco de enchentes e alagamentos.

“A frente fria que antes estava na região Sudeste avança pelo litoral sul, causando muita chuva para a região ao longo feriado”, disse o especialista. “Ela irá para Salvador e deve provocar muita chuva. São esperados volumes acumulados entre 250 mm a 350 mm ao longo dos quatro dias.”

Ainda de acordo com a Climatempo, a combinação da terceira frente fria abrangente de abril sobre o Nordeste com outros fatores atmosféricos típicos do outono resultará em acumulados de chuva “extremamente elevados” na Bahia entre os dias 1º e 6 de maio.

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Algo misterioso no Oceano Atlântico pode transformar o clima global

Cientistas têm investigado há décadas uma misteriosa mancha de água fria no Atlântico Norte. Localizada a sudeste da Groenlândia, essa área ficou mais fria entre 1901 e 2021 do que no final do século 19, enquanto o resto dos oceanos se aquecia com o aumento global das temperaturas.

A Circulação Meridional do Atlântico transporta água fria perto da Groenlândia (linha azul) para o sul ao longo do fundo do mar em direção à Antártida, enquanto as correntes mais próximas da superfície transportam água mais quente para o norte (Imagem: NASA / Estúdio de visualização científica do Goddard Space Flight Center)

O fenômeno, apelidado de “buraco de aquecimento”, intriga os pesquisadores. Algumas teorias sugerem que a água gelada do derretimento do Ártico pode ser a causa. Outras apontam para a poluição dos navios, que refletiria parte da luz solar de volta ao espaço.

No entanto, um número crescente de estudos aponta para um motivo ainda mais preocupante: o enfraquecimento das correntes marítimas do Atlântico. Se confirmado, esse processo poderia afetar o clima do planeta inteiro, e não apenas a região próxima à Groenlândia.

Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.

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Equinócio: Olhar Espacial aborda a importância desse evento astronômico ao longo da história

Em todos os anos, existem dois momentos em que o dia e a noite têm quase a mesma duração: um em março e outro em setembro. Esse fenômeno é chamado de equinócio, termo que vem das palavras latinas aequus (igual) e nox (noite). 

Durante os equinócios, a Terra fica alinhada de maneira que os hemisférios Norte e Sul recebem a mesma quantidade de luz solar, o que resulta em dias e noites praticamente iguais.

Movimentos de rotação e translação da Terra ocasionam os equinócios e solstícios. Crédito: Sakurra – Shutterstock

O primeiro equinócio do ano ocorre entre 20 e 21 de março, e o segundo, entre 21 e 23 de setembro. Em 2025, o equinócio de março aconteceu na quarta-feira (20), marcando o início da primavera no Hemisfério Norte e o começo do outono no Hemisfério Sul.

Stonehenge foi construído em alinhamento com o equinócio

Desde a Antiguidade, diversas culturas celebram os equinócios com festivais e rituais. Muitas civilizações antigas construíram estruturas monumentais para observar esses momentos e marcar a passagem do tempo, além de identificar os melhores períodos para plantar e colher. Um exemplo famoso é o Stonehenge, na Inglaterra, que foi projetado para alinhar-se com os equinócios.

Mas, como nossos ancestrais percebiam esses eventos? Como podiam construir monumentos tão precisos e quais os reais objetivos? Para conversar sobre essas questões, o Programa Olhar Espacial desta sexta-feira (21) recebe Caio Montenegro de Capua, especialista em culturas ancestrais. 

O especialista em culturas ancestrais Caio Montenegro de Capua é o convidado desta sexta-feira (21) do Programa Olhar Espacial. Crédito: Arquivo Pessoal

Caio é professor de artes ancestrais, educador museal e criador do CosMuseu (Museu de Cosmovisão Ancestral), em São José, Santa Catarina. Ele tem formação em Astrofísica pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) e em Arqueoastronomia pela Universidade de Milão, na Itália. Além disso, participou do programa de formação de professores da NASA e tem vasta experiência com povos indígenas, incluindo estudos e vivências com o povo Guarani e outros grupos em diversos países.

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Como assistir ao Programa Olhar Espacial

Apresentado por Marcelo Zurita, presidente da Associação Paraibana de Astronomia – APA; membro da SAB – Sociedade Astronômica Brasileira; diretor técnico da Rede Brasileira de Observação de Meteoros – BRAMON e coordenador nacional do Asteroid Day Brasil, o programa é transmitido ao vivo, todas às sextas-feiras, às 21h (horário de Brasília), pelos canais oficiais do veículo no YouTubeFacebookInstagramX (antigo Twitter)LinkedIn e TikTok.

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Equinócio: dia e noite têm a mesma duração nesta quinta-feira (20) – entenda

Existem duas ocasiões no ano em que o dia e a noite têm quase exatamente 12 horas de duração cada: uma em março e outra em setembro – ambas chamadas de equinócio. Devido à órbita irregular da Terra em torno do Sol, essas datas variam de um ano para outro, com a primeira ocorrendo entre 20 e 21 de março, e a segunda, entre 21 e 23 de setembro.

O equinócio de março marca o primeiro dia da primavera no Hemisfério Norte e o primeiro dia do outono no Hemisfério Sul, que, este ano, será na quinta-feira (20). De acordo com o site InTheSky.org, a palavra equinócio é derivada das palavras latinas aequus (igual) e nox (noite).

Movimentos de rotação e translação da Terra ocasionam os equinócios e solstícios. Crédito: Sakurra – Shutterstock

Os equinócios ocorrem porque o eixo de rotação da Terra é inclinado em um ângulo de 23,5° em relação ao plano de sua órbita em torno do Sol. A direção do eixo de rotação da Terra permanece fixa no espaço conforme ela transita ao redor do Sol, enquanto a linha de visão do planeta para o Sol se move através das constelações.

Como resultado, às vezes o polo norte do globo é inclinado em direção ao Sol (em junho), e às vezes é inclinado para a direção oposta (em dezembro) – os chamados solstícios. Isso dá origem às estações do ano do planeta.

Nos pontos intermediários entre os solstícios (março e setembro), o Sol encontra-se diretamente sobre o equador da Terra. Em março, o Sol está viajando para o norte através do equador, e em setembro, para o sul.

Dia e noite terão quase exatamente 12 horas cada um na quinta-feira (20), dia do equinócio. Crédito: Mike Pellinni – Shutterstock

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Por que as datas dos equinócios não são fixas

A Terra orbita o Sol uma vez a cada 365 dias, 5 horas e 48,77 minutos, e este é o período durante o qual o ciclo de solstícios e equinócios, e consequentemente o início das estações da Terra, repetem-se de um ano para o outro.

Em qualquer ano que não seja bissexto, os equinócios ocorrem cerca de 5 horas e 48 minutos mais tarde de um ano para o próximo. Desse modo, as estações do ano se arrastariam cada vez mais para frente, se não fosse por um dia adicional inserido em cada quatro anos – 29 de fevereiro – que “reinicia” o ciclo.

No equinócio de março, o Sol tem uma ascensão reta de quase exatamente zero. Isso ocorre porque o ponto zero da ascensão reta é definido pela posição do centro do Sol no momento do equinócio de setembro. Em março, ele se encontra quase exatamente na direção oposta a este ponto no céu.

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