GLM Digital: Seu portal para um universo de descobertas online. Navegue por uma seleção cuidadosamente curada de produtos que inspiram e facilitam o seu dia a dia. Mais que uma loja, somos um ponto de encontro digital onde qualidade, variedade e uma experiência de compra intuitiva se unem para transformar seus desejos em realidade, com a conveniência que só o online pode oferecer.
Desde a década de 1950, oficiais militares espalharam informações falsas e materiais adulterados sobre OVNIs para desviar a atenção de programas confidenciais, como o desenvolvimento de aeronaves furtivas em locais como a Área 51.
A reportagem destaca a presença de um coronel da Força Aérea que visitou um bar próximo à área. No local, ele entregou fotos aos proprietários, alegando que eram de OVNIs encontrados pelas autoridades.
O que poderia ser apenas um caso isolado era, na verdade, parte de uma missão: as fotos haviam sido adulteradas, e o coronel estava lá justamente para disseminar desinformação e ocultar projetos militares americanos.
Crédito: Departamento de Defesa dos EUA
Investigação sobre OVNIs
Desde o incidente de Roswell, em 1947, o governo americano negou e ocultou informações sobre fenômenos aéreos estranhos, o que levou ao surgimento de teorias da conspiração e especulações sobre vida extraterrestre.
Durante a Guerra Fria, o Pentágono e as agências de inteligência deliberadamente espalharam desinformação para proteger tecnologias sensíveis. Projetos como o avião-espião U-2 e o caça stealth F-117 muitas vezes foram confundidos com OVNIs, mas o governo preferiu manter o sigilo em vez de oferecer explicações claras. Segundo a reportagem, essa falta de transparência alimentou narrativas de acobertamento e alienígenas, mesmo quando havia explicações mundanas para os fenômenos observados.
Muitos avistamentos, na realidade, eram projetos militares secretos, como aeronaves experimentais e tecnologias de espionagem, mas o sigilo em torno desses programas fez com que o público interpretasse mal esses eventos.
As explicações vão além de equipamentos secretos. O escritório de Resolução de Anomalias em Todos os Domínios (AARO), liderado pelo cientista Sean Kirkpatrick, ainda concluiu que, muitos avistamentos de OVNIs têm explicações comuns, como aves, drones ou reflexos de satélites.
UFO/Computer Earth/Shutterstock
Segundo o WSJ, o relatório final divulgado no ano passado omitiu descobertas significativas para evitar constrangimentos e proteger programas classificados. Deixou de fora, por exemplo, o fato de o governo dos EUA ter criado boa parte das teorias. Espera-se que um segundo relatório forneça mais esclarecimentos.
A verdade está lá fora? Quem sabe. A boa notícia: pilhas de documentos sobre avistamentos de OVNIs no Brasil estão catalogadas no site do Arquivo Nacional. Lá, você encontra 893 registros, desde 1952 até 2023, listados por ordem de aparição.
No entanto, o Arquivo Nacional frisa: “OVNIs não significam necessariamente a existência de discos voadores ou extraterrestres“. Você vai entender tudo isso melhor ao longo desta matéria. Vamos lá.
Site do Arquivo Nacional tem fotos, desenhos, reportagens sobre avistamentos de OVNIs no Brasil
Cada caso catalogado no site do Arquivo Nacional traz documentos. Entre eles, você pode encontrar fotos (amadoras ou profissionais), desenhos, áudios e reportagens de jornais e revistas.
FAB recebeu 30 relatos de pilotos sobre avistamentos de OVNIs no Brasil em 2023 (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)
Em agosto de 2024, o Arquivo Nacional revelou mais relatos de pilotos sobre avistamentos de OVNIs no país. Alguns descreveram OVNIs a grandes velocidades, como um “dez vezes mais rápido que um avião comercial”.
Os relatos foram feitos aos Centros Integrados de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (Cindactas), órgão vinculado à Força Aérea Brasileira (FAB). Em 2023, o órgão recebeu 30 relatos relacionados a OVNIs, a maioria ocorrido na região Sul – principalmente em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
No geral, os pilotos descreveram características e comportamentos misteriosos que fogem das regras da aviação. Confira abaixo alguns exemplos:
Piloto de uma aeronave diz ter visto, por volta das 3h, uma luz vermelha e verde em formato circular do tamanho de uma “uma bola pequena a grande (variando)”. O OVNI voava “dez vezes mais rápido que um avião comercial”, segundo ele;
Piloto comunicou ter visto um OVNI parado, por volta das 21h30, quando se aproximava do aeroporto de Porto Alegre (RS). O objeto, cuja cor variava entre branco e laranja, também parecia aumentar e diminuir de tamanho;
Piloto relatou que viu de cinco a seis OVNIs cujos tamanhos se aproximavam a faróis de aeródromos ao se aproximar do mesmo aeroporto. Ele relatou que a aeronave que pilotava estava a cerca de 38 mil pés de altitude (quase 12 km) e que os OVNIs voavam “um palmo e meio acima” a “três ou quatro vezes a velocidade do som”;
Piloto relatou que, por volta das 2h, quando sobrevoava a cidade de Ilha Comprida (SP), viu de quatro a cinco OVNIs “muito rápidos” (“No mínimo 8 mach [oito vezes a velocidade do som]”) com luzes brancas intermitentes. Os OVNIs voavam em círculos, segundo ele.
Cada caso de avistamento de OVNI catalogado no site do Arquivo Nacional traz documentos (Imagem: Pedro Spadoni via ChatGPT/Olhar Digital)
Você consegue acessar os relatos de 2023 – e de outros anos, voltando até 1952 – no site do Arquivo Nacional (vá em Favoritos > Objetos Voadores Não Identificados). Você vai precisar fazer login para acessar esta parte do site.
Também dá para enviar informações para cadastro de avistamentos de OVNIs no Brasil. Você pode enviar informações e documentos para o e-mail supra_normalizaçã[email protected] ou para a sede do Arquivo Nacional. Ela fica na Praça da República, nº173, no Rio de Janeiro (RJ). O CEP é: 20211-350.
OVNIs não são ETs nem discos voadores (necessariamente)
É bom frisar que OVNI – sigla para Objeto Voador não Identificado – não é sinônimo de extraterrestre nem de disco voador.
“Esta denominação serve para designar qualquer objeto voador que não teve sua origem identificada de maneira imediata”, explica o Arquivo Nacional. Isso também vale para avistamentos que observadores e autoridades não conseguem explicar.
OVNI só é sinônimo de um termo: UFO, sigla para “Unidentified Flying Object” (Imagem: Raggedstone/Shutterstock)
Os avistamentos podem variar desde luzes misteriosas no céu até formas incomuns de aeronaves que desafiam a compreensão convencional, como exemplificado pelos relatos divulgados pelo Arquivo Nacional no final de 2023.
[OVNIs] podem ser satélites, drones, balões, fenômenos naturais, entre outros.
Arquivo Nacional
OVNI é a versão em português de UFO, sigla para “Unidentified Flying Object”. Ambos são utilizados para descrever o mesmo fenômeno intrigante. Fenômeno para o qual a resposta pode estar lá fora.
Um novo documentário, intitulado “A Era da Divulgação”, estreou mundialmente no SXSW 2025 (conjunto de festivais de cinema, mídia interativa, música e tecnologia) com mensagem explosiva: alienígenas existem e o governo dos Estados Unidos tem mantido essa informação oculta do público por mais de 80 anos.
Segundo o diretor Dan Farah, as revelações apresentadas na obra se apoiam nos depoimentos de 34 altos funcionários de setores governamentais, militares e de inteligência, todos com suposto conhecimento direto sobre Fenômenos Aéreos Não Identificados – os chamados UAPs (na sigla em inglês), termo utilizado de forma mais oficial em substituição a Objeto Voador Não Identificado (UFOs, na sigla em inglês, ou OVNIs).
Revelações e acusações
Segundo informações do The Washington Post, no documentário, os entrevistados afirmam que o governo estadunidense não apenas esconde evidências de encontros com naves alienígenas, mas, também, mantém programa ultra-secreto de engenharia reversa da tecnologia recuperada de supostos acidentes de OVNIs;
Essa iniciativa, segundo alguns depoentes, transformou-se em corrida armamentista nos moldes da Guerra Fria, com Rússia e China figurando como os principais concorrentes, colocando em risco a segurança nacional e, potencialmente, a própria existência da humanidade;
Entre os depoentes, destaca-se Luis “Lue” Elizondo, ex-funcionário do Departamento de Defesa e integrante do extinto Programa de Identificação de Ameaças Aeroespaciais Avançadas (AATIP, na sigla em inglês);
Elizondo, que também já depôs perante o Congresso, defende que revelar esses segredos é um dever para com o povo estadunidense, já que as informações poderiam mudar, radicalmente, o rumo da espécie humana;
Ele alega que existe um “Programa Legado”, contendo 80 anos de dados classificados sobre OVNIs, mantidos a sete chaves por burocratas que sequer permitiram que os próprios presidentes tivessem acesso irrestrito a tais informações.
No ano passado, Elizondo também apareceu nos holofotes ao lançar o livro “Imminent” (“Iminente”, em tradução literal), no qual diz que “a campanha de encobrimento e desinformação foi tão bem-sucedida que a maioria dos cientistas nem sabe que os OVNIs são reais”, além de que quatro “corpos não humanos falecidos” foram recuperados do clássico caso de Roswell, em 1947.
Ele também afirma que “China e Rússia não têm o mesmo estigma e podem empregar seus cientistas para trabalhar neste tópico para eles”.
Imagem do vídeo infravermelho “Gimbal”, de 2015, divulgado ao público em 2017 e confirmado como autêntico em 2020 pelo Departamento de Defesa; pilotos de caça navais podiam ser ouvidos expressando espanto pelo objeto, supostamente de alienígenas, estar girando contra ventos fortes e dizendo que viram “uma frota deles” (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A)
Contexto político e as preocupações com a segurança relacionada aos alienígenas e sua suposta tecnologia
A discussão sobre a desclassificação de dados relacionados a OVNIs tem ganhado caráter bipartidário. Políticos, como o senador Harry M. Reid, um dos principais defensores da divulgação dessas informações até seu falecimento, e figuras, como o secretário de Estado Marco Rubio, a senadora Kirsten Gillibrand e o senador Mike Rounds, aparecem no documentário alertando para a necessidade de investigar a fundo esses fenômenos.
Rubio, por exemplo, destacou: “Já tivemos várias ocorrências de objetos operando no espaço aéreo sobre instalações nucleares restritas e não sabemos de quem são. Essa situação, por si só, exige investigação e atenção.”
Jay Stratton, ex-diretor da força-tarefa do Pentágono para UAPs, compara a importância desse conhecimento à era do Projeto Manhattan (programa de pesquisa e desenvolvimento que criou as primeiras bombas atômicas da história), sugerindo que o país que desvendar essa tecnologia terá vantagem estratégica por décadas.
Ele alerta que, se adversários, como China, Rússia, ou, até mesmo, países com os quais se mantém relações ambíguas tiverem acesso a essas tecnologias, os Estados Unidos poderão ficar em desvantagem crítica.
Testemunhos e evidências relatadas
Ao longo do filme, vários militares relatam ter testemunhado veículos voadores que desafiam as leis da física. Entre os relatos, há descrições de objetos em forma de cubo negro com esferas transparentes e de uma nave oblonga, apelidada de “Tic Tac”, que teria sido vista por pilotos navais na costa da Califórnia (EUA), movendo-se a velocidades que ultrapassam, em muito, os limites da tecnologia convencional.
O comandante David Fravor, conhecido por sua participação na investigação do “Tic Tac”, expressa sua preocupação com o fato de que os Estados Unidos ainda não dominaram a engenharia reversa desses dispositivos, o que pode significar uma vantagem para potenciais adversários.
Além disso, o ex-oceanógrafo da Marinha, Tim Gallaudet, ressalta que OVNIs também têm sido avistados sobre os oceanos – ambientes onde 80% das profundezas ainda permanecem inexploradas. Gallaudet defende maior cooperação entre Administração Oceânica e Atmosférica Nacional (NOAA, na sigla em inglês), NASA e Departamento de Defesa dos EUA para intensificar a exploração desses territórios inóspitos.
Debate e desafios para a divulgação dos alienígenas
Embora “A Era da Divulgação” tenha sido elogiado por buscar abordagem séria e fundamentada, críticos apontam que o documentário confere ar de legitimidade a teorias que, até o momento, não possuem comprovação científica robusta.
Daniel Fienberg, do The Hollywood Reporter, questionou a ausência de especialistas que possam refutar ou confirmar os depoimentos, ressaltando que “nada está provado e, por isso, nada pode ser efetivamente refutado”.
Segundo Farah, sua intenção era, justamente, transmitir credibilidade e evitar o sensacionalismo. No entanto, a obra também expõe o receio de que políticos e oficiais de inteligência tenham se recusado a se manifestar publicamente por medo de retaliações – ou, até mesmo, por preocupações com suas próprias vidas – caso tais informações venham a ser divulgadas.
Várias testemunhas acusam EUA de guardar 80 anos de dados comprobatórios de que os alienígenas são reais (Imagem: PeopleImages.com – Yuri A/Shutterstock)
Energia limpa e implicações futuras
Outro ponto levantado pelos especialistas no filme é o potencial revolucionário da tecnologia de propulsão sem combustão observada nos UAPs.
Alguns pesquisadores sugerem que essa tecnologia poderia representar o maior avanço em energia limpa desde a energia nuclear, oferecendo alternativa sustentável aos combustíveis fósseis.
O deputado Tim Burchett, por exemplo, defende que toda a informação já deveria estar disponível ao público, criticando o governo por continuar a investir recursos na pesquisa de fenômenos que, segundo ele, já foram comprovados.
Brett Feddersen, ex-diretor de segurança de aviação no Conselho de Segurança Nacional, defende a criação de programa oficial para que pilotos militares e comerciais possam relatar avistamentos de maneira sistemática, contribuindo para a eliminação do estigma associado ao tema e para a segurança aérea.
“A Era da Divulgação” propõe uma reflexão profunda: se a existência de vida extraterrestre já é uma realidade oculta, por que manter esse conhecimento em segredo?
O documentário levanta questões sobre a segurança nacional e o futuro da tecnologia, enquanto evidencia a urgência de investigação mais transparente sobre os fenômenos aéreos não identificados.
Mesmo que muitas das alegações ainda permaneçam sem comprovação definitiva, a obra, ao lado de outras, como o livro “Imminent”, estimula o debate sobre um dos maiores mistérios de nosso tempo (e, até mesmo, de eras passadas) e ressalta a importância de romper o silêncio em torno de informações que, segundo os entrevistados, podem mudar o rumo da história humana.
A seguir, assista ao trailer oficial de “A Era da Divulgação”: