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Mounjaro e Ozempic podem causar queda de cabelo? Entenda

Ozempic e Mounjaro são medicamentos injetáveis que ganharam popularidade no decorrer dos últimos anos. Eles são geralmente indicados para o tratamento do diabetes tipo 2, ajudando a controlar os níveis de açúcar no sangue. Além disso, também têm sido utilizados, muitas vezes fora da indicação principal, para auxiliar na perda de peso em alguns pacientes.

Entretanto, assim como a maioria dos remédios, esses medicamentos podem causar efeitos colaterais. E embora a queda de cabelo não esteja entre os efeitos descritos oficialmente nas bulas de Ozempic ou Mounjaro, alguns pacientes observaram esse problema após perder peso rapidamente com o uso dessas medicações.

Mounjaro e Ozempic podem causar queda de cabelo? Entenda

O Ozempic, cujo princípio ativo é a semaglutida, é um remédio prescrito para o controle do diabetes tipo 2, sempre aliado a uma alimentação equilibrada e à prática de exercícios. Ele ajuda a manter a glicemia sob controle e pode reduzir riscos de complicações cardiovasculares, como infarto ou AVC.

Fora da indicação formal, também tem sido usado por pessoas com sobrepeso, já que o medicamento atua reduzindo o apetite, melhorando os níveis de açúcar no sangue e diminuindo a liberação de glicose pelo fígado.

Imagem: Marc Bruxelle / Shutterstock

Já o Mounjaro, que contém tirzepatida, tem um funcionamento parecido. Ele também é indicado para o tratamento do diabetes tipo 2 e vem sendo usado para emagrecimento. Seus efeitos incluem a redução da glicose no sangue, maior sensibilidade à insulina, desaceleração do processo digestivo e diminuição do apetite, o que contribui para a perda de peso.

Entre os efeitos adversos mais comuns, tanto de Mounjaro quanto de Ozempic, estão náuseas, dores abdominais e diarreia. Evidências diretas de que estes medicamentos causem queda de cabelo ainda não foram encontradas. Portanto, este efeito adverso não consta na bula, mas alguns usuários relataram esse sintoma. 

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Qual a relação de Monjaro e Ozempic com a queda de cabelo?

Especialistas acreditam que esse efeito pode estar relacionado a uma condição chamada eflúvio telógeno, que não é provocada diretamente pelo remédio, mas sim pelo estresse que o emagrecimento acelerado impõe ao corpo. Este fenômeno é comum após cirurgias bariátricas e outros procedimentos de emagrecimento rápido. 

Mulher segurando escova de cabelo com um tufo de fios
Queda de cabelo via Towfiqu barbhuiya/Pexels

A boa notícia é que esse tipo de queda de cabelo costuma ser temporário. Em geral, os fios se tornam mais ralos e caem com mais frequência ao pentear ou lavar, mas não provocam falhas aparentes ou queda em grandes quantidades. 

O eflúvio telógeno costuma aparecer entre dois e três meses depois de um evento que causa estresse ao organismo, como a perda de peso rápida e significativa. Porém, com a estabilização do peso corporal, a tendência é que o crescimento capilar se normalize e os cabelos voltem à densidade anterior ao início do tratamento.

Caso você esteja usando Ozempic ou Mounjaro e perceba queda de cabelo, é fundamental conversar com seu médico. Se for mesmo um caso de eflúvio telógeno, ele pode indicar suplementos com vitaminas, minerais, aminoácidos e outros nutrientes que favorecem a recuperação dos fios.

Contudo, também é possível que a perda de cabelo seja permanente, influenciada pela reação ao medicamento misturado com fatores como predisposição genética, idade e outras condições médicas. Por isso, o acompanhamento médico é sempre o caminho mais seguro.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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O Agro está produzindo mais. O mundo, comendo menos

Ozempic, Mounjaro e outros medicamentos que reduzem o apetite não só estão ficando mais comuns — estão virando mercado.

Enquanto a gente no Agro celebra recordes de produtividade e discute formas de alimentar 10 bilhões de pessoas até 2050, uma revolução silenciosa começa a mexer com as bases do consumo global.

Esses medicamentos, originalmente desenvolvidos para tratar diabetes tipo 2, estão sendo usados em larga escala para controle de peso. E seus efeitos já extrapolam o corpo humano — estão batendo direto no mercado de alimentos, bebidas e… até no combustível de avião.

Nos EUA, estima-se que esses medicamentos possam provocar uma redução de US$ 48 bilhões nos gastos com alimentos e bebidas nos próximos 10 anos. Empresas como PepsiCo e Mondelez já sentiram o baque na Bolsa.

E a Nestlé, atenta ao movimento, lançou uma linha de produtos pensada especificamente para quem usa esses remédios: pequenas porções, alto teor de proteína, baixa caloria. Produto novo para um consumidor novo.

Na aviação, o impacto também é real. Se os passageiros perderem em média 4,5 kg, a United Airlines economiza até US$ 80 milhões por ano em combustível. Isso porque menos peso significa menos gasto para voar. Parece detalhe, mas em um setor onde cada litro de querosene conta, é disrupção pura.

Ozempic e aviação: você já tinha pensado nessa relação? (Imagem: ShutterDesigner/Shutterstock)

E o que isso tem a ver com a gente, do Agro? Tudo.

A inovação que mais afeta o nosso setor… talvez nem venha dele.

Estamos tão imersos em fazer mais, em buscar eficiência dentro da fazenda, em otimizar ciclos, adubar com inteligência, irrigar por sensores — que esquecemos de olhar pro lado.

Leia mais:

Enquanto a gente tenta produzir mais comida, tem gente criando tecnologia para… comer menos.

Enquanto a gente investe em alimentar o mundo, a indústria farmacêutica está redesenhando o apetite global.

E sim, entendemos que existe um pano de fundo relacionado à saúde e tratamento da obesidade, por exemplo. Mas a análise aqui é outra. Estou falando de um efeito cascata – e não transmitindo um juízo de valor.

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Medicamentos como Ozempic podem mudar o mercado global de alimentos (Imagem: Mohammed_Al_Ali/Shutterstock)

Esse é o ponto cego da inovação.

Não foi a indústria alimentícia que reduziu o consumo.
Nem a aviação que cortou custos.
Foram medicamentos.
Desenvolvidos para um fim… e que acabaram virando pivô de transformação econômica.

E aí vem a provocação final:

Quantos “Ozempics” estão nascendo agora, em outros setores, prontos pra virar o seu mercado de cabeça pra baixo?

Quantas vezes a inovação que vai te impactar de verdade… nem sabe que você existe?

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Conheça a dieta que pode trazer os mesmos resultados que o Ozempic

Muitas pessoas estão recorrendo aos remédios para conseguir a tão sonhada perda de peso. Entre os exemplos mais famosos está o Ozempic, da Novo Nordisk. Mas você sabia que é possível atingir os mesmos resultados sem precisar usar nenhum tipo de medicamento?

Certos nutrientes e estratégias dietéticas são capazes de imitar de forma natural os efeitos das semaglutidas. Mas apenas isso não basta. A hora do dia e a ordem em que os alimentos são ingeridos também influenciam nos resultados.

Aumento natural do hormônio GLP-1

Em artigo publicado no portal The Conversation, Mary J. Scourboutakos, professora da Universidade de Toronto, no Canadá, explica que é possível estimular naturalmente o aumento da produção do mesmo hormônio responsável pelos efeitos dos medicamentos semaglutidas, caso do Ozempic. Para isso, é preciso aumentar da ingestão de fibras e gorduras monoinsaturadas.

A fibra – predominantemente encontrada em feijões, vegetais, grãos integrais, nozes e sementes – é o nutriente mais notável que pode aumentar significativamente o GLP-1. Quando a fibra é fermentada pelos trilhões de bactérias que vivem em nossos intestinos, o subproduto resultante, chamado ácidos graxos de cadeia curta, estimula a produção de GLP-1. Isso pode explicar por que o consumo de fibras é um dos mais fortes preditores de perda de peso e demonstrou permitir a perda de peso mesmo na ausência de restrição calórica.

Mary J. Scourboutakos, professora da Universidade de Toronto

Medicamento aumenta os níveis de um hormônio chamado GLP-1, o que cria uma sensação de saciedade (Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock)

Alguns estudos ainda mostram que a ordem em que os alimentos são consumidos pode ajudar. Ingerir proteínas, como peixe ou carne, antes dos carboidratos, como o arroz, resulta em um nível mais alto de GLP-1 em comparação com a ingestão de carboidratos antes da proteína. Comer vegetais antes dos carboidratos tem um efeito semelhante.

A hora do dia também é importante. Uma refeição feita às 8h estimula uma liberação maior de GLP-1 em comparação com a mesma refeição às 17h. Além disso, evidências apontam que mastigar bem os alimentos é positivo.

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Dieta natural é capaz de atingir os mesmos resultados e promover o emagrecimento saudável (Imagem: VGstockstudio/Shutterstock)

Efeitos podem demorar mais para aparecer

  • Embora seja possível reproduzir os efeitos do Ozempic com a alimentação, a especialista observa que a quantidade de GLP-1 gerada nunca será a mesma.
  • Pacientes que adotam a dieta citada acima podem produzir até 59 picogramas por mililitro de soro sanguíneo.
  • Já os que fazem uso do medicamento atingem 65 nanogramas por mililitro.
  • Isso significa que os medicamentos aumentam o GLP-1 em mais de mil vezes.
  • Por outro lado, a forma natural reduz em 30% o risco de ataques cardíacos e melhor a saúde em geral com maior eficácia do que os remédios.

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Ozempic ou Mounjaro: qual é o mais barato? Veja o preço de cada um

O medicamento Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, começará a ser vendido nas farmácias do Brasil na primeira quinzena de maio. Concorrente do Ozempic (semaglutida), a caneta foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 para tratamento de diabetes tipo 2.

Embora a aprovação atual seja específica para diabetes, o Mounjaro aguarda autorização da Anvisa para ser indicado formalmente em bula para o controle crônico de peso. Mas médicos já prescrevem o Mounjaro na modalidade off label (fora das indicações da bula) como tratamento para a perda de peso.

Por isso, vale a pergunta: entre Ozempic e Mounjaro, qual é o mais barato? Vamos à reposta.

Qual é o mais barato: Ozempic ou Mounjaro?

A resposta curta: a princípio, o Ozempic vai sair mais barato do que o Mounjaro nas farmácias brasileiras. Agora, vamos à resposta longa.

Efeito da tirzepatida – princípio do Mounjaro – no controle da glicemia é superior ao da semaglutida – princípio do Ozempic (Imagem: KK Stock/Shutterstock)

O Mounjaro é administrado numa injeção semanal, aplicada com uma caneta. É o mesmo procedimento do Ozempic. Inicialmente, o medicamento estará disponível nas dosagens de 2,5 mg e 5 mg.

Cada caixa vai ter quatro canetas – o suficiente para um mês de tratamento. Confira abaixo quanto vai custar cada dosagem:

  • Dosagem 2,5 mg:
    • Programa da fabricante (Lilly): R$ 1.406,75 (e-commerce) / R$ 1.506,76 (loja física);
    • Fora do programa: R$ 1.907,29;
  • Dosagem 5 mg:
    • Programa da fabricante (Lilly): R$ 1.759,64 (e-commerce) / R$ 1.859,65 (loja física);
    • Fora do programa: R$ 2.384,34.

Já sobre o Ozempic, o preço máximo das canetas fica entre um pouco mais de R$ 1 mil e R$ 1,3 mil na alíquota do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) de cada estado.

Mounjaro seria melhor do que Ozempic, segundo estudos

Estudos sugerem que o efeito da tirzepatida no controle da glicemia é superior ao da semaglutida. Este é o princípio ativo do Ozempic, medicamento disponível – e bem popular – no mercado nacional.

  • princípio ativo é a substância química principal presente num remédio. Ela é a responsável direta pelo efeito terapêutico – ou seja, por tratar, prevenir ou aliviar os sintomas de uma doença.
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O Mounjaro é administrado numa injeção semanal, aplicada com uma caneta (Imagem: Mohammed_Al_Ali/Shutterstock)

Apesar da indicação oficial restrita, médicos já prescrevem o Mounjaro na modalidade off label (fora das indicações da bula) como tratamento para a perda de peso.

Leia mais:

Pesquisas também investigam a eficácia da tirzepatida contra outras condições, como apneia do sono, esteatose hepática (gordura no fígado), doença renal crônica e insuficiência cardíaca.

Saiba mais nesta matéria do Olhar Digital.

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Ozempic e Mounjaro: quais as diferenças entre os remédios para emagrecer?

Em um momento em que o uso de “canetas emagrecedoras” está ganhando popularidade, é importante saber diferenciar os efeitos de cada marca, como o Ozempic, talvez a mais famosa atualmente, e o Mounjaro, que será comercializado no Brasil a partir do próximo mês.

Embora tenham propósitos semelhantes, esses remédios possuem composições e mecanismos de ação distintos, o que influencia diretamente em sua eficácia, tolerância e custo. Vamos entender as diferenças!

Princípios ativos e mecanismos de ação

A principal diferença entre os dois está no princípio ativo. O Ozempic contém semaglutida, um agonista do receptor GLP-1, que age promovendo sensação de saciedade e controle da glicemia.

Já o Mounjaro utiliza a tirzepatida, que combina ação nos receptores GLP-1 e GIP, oferecendo uma atuação dupla que potencializa os efeitos sobre o apetite, o metabolismo e os níveis de açúcar no sangue.

Segundo especialistas, essa dupla ação da tirzepatida pode tornar o Mounjaro mais eficaz tanto no controle do diabetes quanto na redução de peso.

“A combinação dos dois mecanismos favorece uma resposta mais robusta, especialmente em pacientes com obesidade ou que apresentam resistência ao tratamento com GLP-1 isolado”, explica a endocrinologista Lorena Lima Amato.

Efeitos colaterais e adaptação

Ambos os medicamentos podem causar efeitos adversos, especialmente no início do tratamento. Náuseas, dores de cabeça, fraqueza e desconfortos gastrointestinais são comuns, mas tendem a diminuir com o tempo.

Para reduzir os sintomas, recomenda-se evitar refeições gordurosas, manter boa hidratação e reduzir o consumo de cafeína e álcool.

O nutrólogo Arthur Rocha ressalta que a resposta do corpo pode variar: “A perda de peso geralmente desacelera com o tempo, à medida que a gordura corporal diminui, mas isso não significa que o remédio deixou de funcionar”.

Especialistas explicam como cada remédio age no corpo (Imagem: MKPhoto12/Shutterstock)

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Preço, acessibilidade e uso responsável

  • O Mounjaro costuma ter um custo mais elevado em relação ao Ozempic, o que pode ser um fator limitante para alguns pacientes.
  • Ainda assim, sua maior eficácia pode justificar o investimento em casos mais complexos.
  • A escolha do medicamento, no entanto, deve sempre considerar o quadro clínico individual e ser feita com acompanhamento médico.

Ambos os medicamentos são contraindicados para pessoas com histórico de câncer medular de tireoide, pancreatite aguda ou doenças hepáticas e renais graves. Gestantes e lactantes também não devem utilizá-los.

Mudança de hábitos: parte essencial do tratamento

Apesar dos resultados promissores, os especialistas enfatizam que nenhum medicamento substitui hábitos saudáveis.

Alimentação equilibrada, prática regular de exercícios físicos — especialmente musculação — e acompanhamento médico contínuo são fundamentais para a manutenção dos resultados.

“A mudança de comportamento é o que garante que os efeitos dos medicamentos sejam sustentáveis a longo prazo”, conclui Rocha.

Imagem mostra injeção de Ozempic, remédio aliado do controle da diabetes tipo 2.
Medicamentos para emagrecimento podem ajudar, mas não são substitutos para hábitos saudáveis (Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock)

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Mounjaro: concorrente do Ozempic chega às farmácias brasileiras em maio

O medicamento Mounjaro, cujo princípio ativo é a tirzepatida, começará a ser vendido nas farmácias do Brasil na primeira quinzena de maio. Concorrente do Ozempic (semaglutida), a caneta foi aprovada pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em 2023 para tratamento de diabetes tipo 2.

Embora a aprovação atual seja específica para diabetes, o Mounjaro aguarda autorização da Anvisa para ser indicado formalmente em bula para o controle crônico de peso.

Mounjaro seria melhor do que Ozempic, segundo estudos

Estudos sugerem que o efeito da tirzepatida no controle da glicemia é superior ao da semaglutida. Este é o princípio ativo do Ozempic, medicamento disponível – e bem popular – no mercado nacional.

  • princípio ativo é a substância química principal presente num remédio. Ela é a responsável direta pelo efeito terapêutico – ou seja, por tratar, prevenir ou aliviar os sintomas de uma doença.
Efeito da tirzepatida – princípio do Mounjaro – no controle da glicemia é superior ao da semaglutida – princípio do Ozempic (Imagem: KK Stock/Shutterstock)

Apesar da indicação oficial restrita, médicos já prescrevem o Mounjaro na modalidade off label (fora das indicações da bula) como tratamento para a perda de peso.

Pesquisas também investigam a eficácia da tirzepatida contra outras condições, como apneia do sono, esteatose hepática (gordura no fígado), doença renal crônica e insuficiência cardíaca.

Resultados em estudos

Pesquisas clínicas apontaram a eficácia da tirzepatida:

  • Estudo Surpass-2: Pacientes com diabetes tipo 2 que usaram tirzepatida perderam, em média, 12,4 kg – o dobro do observado com a semaglutida no mesmo estudo;
  • Estudos Surmount-3 e 4: Em voluntários com obesidade ou sobrepeso (sem diabetes tipo 2), a tirzepatida levou a uma redução de peso de 26% (cerca de 28 kg, em média) em comparação com placebo.

Esses resultados se aproximam, e em alguns casos superam, os obtidos com a cirurgia bariátrica.

Como a tirzepatida funciona

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A tirzepatida atua em dois hormônios importantes no controle do apetite e do açúcar no sangue (Imagem: SergeiShimanovich/Shutterstock)

A tirzepatida atua em dois hormônios importantes para o controle do apetite e do açúcar no sangue: o GIP (polipeptídeo insulinotrópico dependente de glicose) e o GLP-1 (peptídeo 1 semelhante ao glucagon).

  • Ação dupla: Esses hormônios, secretados pelo intestino após as refeições, agem em áreas do cérebro que regulam o apetite e melhoram a liberação de insulina;
  • Efeito combinado: A tirzepatida demonstrou diminuir a vontade de comer e modular como o corpo utiliza a gordura. A combinação da ação nos receptores GIP e GLP-1 parece potencializar os efeitos no controle da glicose e na redução de peso.

Aplicação, dosagem e preço

O Mounjaro é administrado numa injeção semanal, aplicada com uma caneta. É o mesmo procedimento do Ozempic. Inicialmente, o medicamento estará disponível nas dosagens de 2,5 mg e 5 mg.

Homem injetando Mounjaro por meio de caneta na perna
O Mounjaro é administrado numa injeção semanal, aplicada com uma caneta (Imagem: Mohammed_Al_Ali/Shutterstock)

Cada caixa vai ter quatro canetas – o suficiente para um mês de tratamento. Confira abaixo quanto vai custar cada dosagem, segundo o G1:

  • Dosagem 2,5 mg:
    • Programa da fabricante (Lilly): R$ 1.406,75 (e-commerce) / R$ 1.506,76 (loja física);
    • Fora do programa: R$ 1.907,29;
  • Dosagem 5 mg:
    • Programa da fabricante (Lilly): R$ 1.759,64 (e-commerce) / R$ 1.859,65 (loja física);
    • Fora do programa: R$ 2.384,34.

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Assim, a chegada do Mounjaro amplia as opções terapêuticas para pacientes com diabetes tipo 2. E representa uma alternativa promissora, embora ainda off label, para o manejo do peso.

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Pílula do exercício e Ozempic: quais são as diferenças?

A chamada “pílula do exercício” ganhou destaque nos últimos dias por prometer efeitos semelhantes aos da prática física sem que o paciente precise, de fato, se exercitar. Em paralelo, o Ozempic, medicamento originalmente desenvolvido para tratamento de diabetes tipo 2, segue popular entre quem busca alternativas para perda de peso.

Apesar de ambos os compostos atuarem no metabolismo corporal e serem associados ao emagrecimento, seus mecanismos de ação e finalidades clínicas são distintos. No entanto, a comparação entre eles pode gerar dúvidas.

Como funciona a pílula do exercício

A nova substância apelidada de “pílula do exercício” atua na queima de gordura e no aumento da resistência do corpo. O composto, identificado como SLU-PP-332, estimula uma proteína chamada ERR (estrogênio receptor relacionado), que desempenha papel importante na regulação da energia celular.

Segundo pesquisadores da Universidade de Washington, o medicamento foi testado em camundongos sedentários e mostrou efeitos semelhantes aos do exercício físico regular. Os animais apresentaram redução da gordura corporal, melhora na resistência muscular e aumento da queima de calorias, mesmo sem atividade física.

Ainda não aprovada para humanos, a pílula do exercício queima de gordura e no aumento da resistência do corpo (Imagem: Bowonpat Sakaew/Shutterstock)

“A chamada ‘pílula do exercício’, ainda em fase experimental, busca ativar vias metabólicas e celulares semelhantes às ativadas durante o exercício físico”, explica ao Olhar Digital o Dr. Marco Aurélio Neves, ortopedista e especialista em cirurgia do Quadril e Joelho do Instituto da Mobilidade – SP. “Ela tenta simular as adaptações musculares e metabólicas do exercício físico.”

Segundo ele, há uma semelhança conceitual com substâncias como o AICAR e o GW501516, que foram investigadas no passado para uso esportivo, mas não chegaram ao mercado por causa dos efeitos colaterais. “Alguns compostos naturais, como o BAIBA, também estão sendo estudados como miméticos naturais do exercício.”

O que é o Ozempic e como age no corpo

Já o Ozempic tem como princípio ativo a semaglutida, substância que imita o hormônio GLP-1, responsável por regular o apetite e os níveis de glicose no sangue. Com ação no cérebro, o medicamento promove maior saciedade, o que leva à redução da ingestão calórica.

“O Ozempic atua no sistema digestivo e no cérebro. Ele prolonga a saciedade, retarda o esvaziamento gástrico e regula os níveis de insulina e glicose, reduzindo o apetite e facilitando o emagrecimento, além de controlar o diabetes tipo 2”, explica o médico.

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O Ozempic foca na promoção da saciedade (Imagem: Marc Bruxelle / Shutterstock.com)

O remédio ganhou notoriedade também no controle de peso. Em estudo citado pelo G1, pacientes relataram perda significativa de peso com o uso do medicamento, embora também tenham sido observados efeitos colaterais como náusea e constipação.

Pílula do exercício e Ozempic seguem caminhos diferentes no organismo

Embora ambos estejam ligados à perda de peso, a forma como cada um age no corpo é bastante diferente. O Ozempic reduz o consumo calórico, enquanto a pílula do exercício tenta aumentar o gasto energético.

“Eles podem ter resultados parecidos, como a redução da gordura corporal, mas não atuam pelas mesmas vias”, diz o ortopedista. “O Ozempic ajuda a reduzir a ingestão calórica e melhora o controle glicêmico. Já a pílula atua promovendo mudanças celulares nos músculos, como se o corpo tivesse praticado atividade física, mesmo em repouso.”

Ainda segundo o especialista, o Ozempic não simula o exercício físico. “Ele pode ajudar indiretamente, porque a perda de peso reduz a sobrecarga nas articulações e facilita a retomada da atividade física — mas não promove adaptações fisiológicas como ganho de força ou benefícios neurológicos.”

Para quem cada um é indicado

As indicações também variam de acordo com o perfil do paciente. O Ozempic é aprovado para uso em pessoas com diabetes tipo 2, obesidade ou sobrepeso com outras comorbidades. Já a pílula do exercício, se chegar ao mercado, poderá ser usada em públicos com limitações físicas.

“Ela pode ser uma opção interessante para pacientes com mobilidade reduzida, como idosos frágeis, pacientes acamados ou com doenças neuromusculares — que não conseguem se beneficiar do exercício real”, diz Marco Aurélio. “São ferramentas diferentes, com indicações distintas.”

Pode haver uso combinado?

Com os dois medicamentos atuando em frentes distintas, uma combinação pode fazer sentido no futuro para casos específicos. A estratégia, no entanto, ainda precisaria passar por estudos clínicos rigorosos.

“É uma possibilidade, especialmente em casos complexos de obesidade com limitação funcional”, afirma o ortopedista. “A combinação poderia unir o controle do apetite e glicemia, promovido pelo Ozempic, com o estímulo ao gasto energético e à preservação da massa muscular proporcionado pela pílula do exercício.”

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Os medicamentos substituem o exercício físico?

Apesar das promessas, especialistas alertam para o risco de que os medicamentos sejam vistos como substitutos definitivos da prática física. A preocupação é que o público veja as soluções como atalhos para a saúde, sem considerar os múltiplos benefícios do movimento.

“Esse é o maior risco”, alerta o médico. “Existe uma tendência natural de buscar soluções rápidas — e tanto o Ozempic quanto a futura pílula do exercício podem ser vistos como atalhos para saúde e emagrecimento, quando na verdade são apenas ferramentas complementares.”

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Apesar de positivos para auxiliar no controle de peso e melhoria da qualidade de vida, nenhum medicamento substitui a atividade física (Imagem: peampath2812 / Shutterstock.com)

Para ele, nada substitui os benefícios amplos do movimento. “Fortalecimento muscular, proteção óssea, melhora da saúde mental, cognição, imunidade e conexão social: o exercício real continua sendo a forma mais segura, barata e eficaz de promover saúde e bem-estar.”

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Ozempic: como funciona o remédio à base de semaglutida, segundo especialista

É possível que você já tenha ouvido falar do medicamento chamado Ozempic, já que ele tem ocupado lugar na mídia e nas redes sociais, tendo sido envolvido em controvérsias.

No início de 2023, o apresentador do Oscar, Jimmy Kimmel, chegou a fazer piadas com seu uso na festa do cinema.

Na ocasião, ele disse: “Todo mundo parece ótimo. Quando olho ao redor desta sala, não consigo deixar de me perguntar: Ozempic é o produto certo para mim?”.

Apesar de ser usado na perda de peso, este medicamento é voltado para tratamento de pacientes com diabetes tipo 2. Ou seja, quando uma pessoa usa Ozempic para emagrecer, ela está fazendo um uso errado desse remédio.

Para entender melhor como Ozempic funciona, a forma de atuação, a indicação e os riscos, entrevistamos a especialista Dra. Priscila Cardoso. Confira a seguir!  

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Ozempic: como funciona

O principio ativo do Ozempic é a semaglutida que foi aprovada inicialmente para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2 na dose de até 1mg por semana.

Depois foram feitos mais estudos, agora em pacientes sem diabetes, e a semaglutida foi aprovada também para o tratamento de obesidade, na dose de até 2,4 mg por semana. Quando foi liberada para o tratamento de obesidade, recebeu um novo nome, o Wegovy, e uma nova bula. Ambos injetáveis, via subcutânea.

É preciso prescrição médica para se adquirir o medicamento (Freepik)

A explicação e as respostas foram dadas pela Dra. Priscila Cardoso, endocrinologista da clínica Synesis, localizada na zona oeste de São Paulo. ” O Ozempic e o Wegovy têm o mesmo principio ativo, a semaglutida, o que muda é a dose e a bula”, explica ela. 

A semaglutida, para tratamento de diabetes mellitus tipo 2, está disponível também na forma de comprimidos, para uso diário, via oral, com o nome comercial Rybelsus. 

Ozempic: para que serve?

A semaglutida é semelhante a um hormônio produzido no nosso trato gastrointestinal, chamado GLP-1, e atua nos receptores desse hormônio em vários órgãos do corpo humano, aumentando a sensibilidade à insulina.

No pâncreas, ela aumenta a produção e liberação de insulina em resposta à glicose e reduz a liberação de glucagon (hormônio que aumenta a glicose no sangue). No músculo, ela aumenta a entrada de glicose nas células; e no estômago, retarda o esvaziamento. Finalmente, no hipotálamo, tem um efeito importante de diminuição do apetite.

Assim, justamente por atuar em tantos pontos do metabolismo da glicose, a semaglutida apresenta um ótimo resultado no controle do diabetes mellitus tipo 2.

Dra. Priscila Cardoso é endocrinologista com registros profissionais CRM 144424 | RQE 60595 (Divulgação)

Ozempic é eficaz?

Ele é muito eficaz no tratamento de diabetes tipo 2, com uma redução média de hemoglobina glicada entre 1,5 e 2. Atualmente, é a medicação mais eficaz para o tratamento de diabetes mellitus tipo 2 disponível nas farmácias aqui no Brasil. Só perde para o Mounjaro (tirzepatida) que já foi aprovada pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), e chegará em junho de 2025 nas farmácias aqui no Brasil.

Ozempic é para emagrecer?

Não, o Ozempic não é voltado para o emagrecimento. Mas, ele pode provocar a perda de peso como um efeito secundário no tratamento para o diabetes mellitus tipo 2. Nos estudos com a dose de 1 mg por semana (para tratamento de diabetes) os pacientes perderam cerca de 5 a 7% do peso inicial.

No entanto, o Wegovy – também da Novo Nordisk – pode ser usado em pacientes com sobrepeso ou obesidade que tenham comorbidades associadas ao excesso de peso. Em estudos com foco na obesidade, a dose de 2,4 mg de semaglutida por semana provocou uma perda de peso em torno de 15 a 20%, sendo que cerca de um terço dos pacientes perdeu mais de 20% do peso inicial.

Há riscos no uso do Ozempic?

Os principais efeitos colaterais são náusea e vômito, também é comum dar constipação e refluxo gastroesofágico. Geralmente esses sintomas melhoram após algumas semanas. Há um aumento no risco de formação de cálculo biliar, associado a perda de peso rápida que pode ocorrer com o uso da medicação. 

Isoladamente, não causa hipoglicemia, mas se usado com outras medicações para diabetes, como insulina ou sulfonilureias pode ocorrer hipoglicemia.

Exercício físico é fundamental para boa saúde do corpo e da mente (Freepik)

Ozempic precisa de receita?

Inicialmente, o Ozempic era vendido com receita médica simples. Mas, a Anvisa determinou, no dia 16 de abril, que a retenção de receita médica será obrigatória para esse e outros medicamentos, como Wegovy, Saxenda e similares. Serão duas vias, como a de antibiótico, tendo validade de 90 dias após a emissão.

“É importante ressaltar que o acompanhamento médico é essencial para um bom resultado no tratamento, controle de efeitos colaterais, ajuste de dose, associação com outras medicações e na manutenção do peso perdido”, afirma a Dra. Priscila.

Todos perdem peso com o uso do Ozempic?

É preciso deixar claro que nem todos os pacientes que usaram Ozempic perderam peso. Tem uma pequena porcentagem de pacientes que não respondem à medicação. “Cerca de 15% dos pacientes não perderam nem 5% do peso inicial, mesmo no estudo com a dose de 2,4mg”, afirma a médica.

Todo remédio precisa sempre contar com o acompanhamento médico para que seu uso seja seguro e o paciente tenha benefícios. Tenha sempre responsabilidade com a sua saúde.

As informações presentes neste texto têm caráter informativo e não substituem a orientação de profissionais de saúde. Consulte um médico ou especialista para avaliar o seu caso.

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Ozempic, Wegovy e Mounjaro: quais as diferenças entre os remédios para emagrecer?

O uso de medicamentos como Ozempic, Wegovy e Mounjaro para perda de peso tem se tornado cada vez mais comum. Apesar de originalmente indicados para o tratamento do diabetes tipo 2 e da obesidade, esses remédios passaram a ganhar destaque pelo potencial de promover emagrecimento rápido e expressivo. A crescente popularidade, no entanto, levanta dúvidas sobre suas diferenças, efeitos colaterais e contraindicações.

Esses fármacos são aplicados por meio de injeções subcutâneas e atuam diretamente na regulação do apetite e da glicemia. A eficácia e o tipo de ação, porém, variam conforme o princípio ativo de cada um. Por isso, especialistas alertam que o uso deve ser sempre feito com acompanhamento médico.

Princípios ativos e eficácia no tratamento da obesidade

Tanto o Ozempic quanto o Wegovy têm como base a semaglutida, substância que age no receptor GLP-1 no intestino, promovendo a saciedade e controlando a glicemia. A diferença principal entre os dois está na dosagem: “O Wegovy permite doses mais altas, o que pode ampliar os efeitos no controle de peso”, explica o nutrólogo Arthur Rocha.

Já o Mounjaro utiliza a tirzepatida, que atua em dois receptores intestinais, GLP-1 e GIP. Essa combinação proporciona um efeito mais robusto, especialmente indicado para pacientes com obesidade diagnosticada ou diabetes tipo 2. “Ele tende a ser mais eficaz nesses casos, justamente por ter dupla ação no organismo”, afirma o médico.

Enquanto Ozempic e Wegovy tem como base a semaglutida, o Mounjaro utiliza a tirzepatida (Imagem: MKPhoto12 / Shutterstock.com)

A endocrinologista Lorena Lima Amato também aponta que o Mounjaro representa um avanço importante no tratamento: “A associação entre GLP-1 e GIP mostrou-se superior à semaglutida na perda de peso e controle glicêmico. Isso o torna uma opção promissora, principalmente quando o paciente apresenta resistência a outros tratamentos”, ressalta.

Efeitos colaterais e cuidados iniciais

Mesmo com os benefícios, os medicamentos podem causar efeitos adversos, especialmente nas primeiras semanas de uso. Náuseas, dores de cabeça, alterações intestinais e fraqueza são os mais relatados. Para aliviar os sintomas, Arthur Rocha recomenda evitar refeições pesadas e ricas em gordura, manter-se hidratado e reduzir o consumo de cafeína e álcool.

O especialista também esclarece que o organismo tende a responder de forma diferente ao longo do tempo: “A perda de peso desacelera com a redução da gordura corporal, mas isso não significa que o remédio deixou de funcionar”, diz. Ele alerta ainda para o risco de reganho de peso se não houver mudanças sustentáveis no estilo de vida.

Preço, contraindicações e uso consciente

O preço também é um fator relevante. “O Mounjaro tem custo mais elevado, o que pode dificultar o acesso. Começar com Ozempic ou Wegovy pode ser uma alternativa mais viável para quem busca controle do peso com menor impacto financeiro”, sugere Rocha.

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Ozempic e Wegovy têm preços mais baixos que o Mounjaro (Imagem: KK Stock / Shutterstock.com)

Quanto às contraindicações, o uso desses medicamentos não é recomendado para pessoas com histórico de câncer medular de tireoide, pancreatite aguda e doenças hepáticas ou renais graves, além de gestantes e lactantes. “A escolha do medicamento deve considerar características individuais e acompanhamento médico contínuo, já que os efeitos variam de pessoa para pessoa”, reforça a endocrinologista Lorena Amato.

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Importância da mudança de hábitos

Tanto Rocha quanto Amato são unânimes em afirmar que os remédios não substituem a adoção de hábitos saudáveis. “Eles reduzem o apetite, mas não eliminam calorias por conta própria. Alimentação equilibrada e prática regular de atividade física são indispensáveis para manter os resultados”, destaca Arthur Rocha.

A recomendação é que o paciente inclua musculação e exercícios físicos em sua rotina, principalmente para evitar a perda de massa muscular e manter o metabolismo ativo. “A mudança de comportamento é essencial para que os efeitos dos medicamentos sejam sustentáveis”, conclui o nutrólogo.

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Farmacêutica do Mounjaro aposta em “pílula do emagrecimento”

A Eli Lilly, farmacêutica responsável pelo Mounjaromedicamento concorrente do Ozempic que acaba de chegar ao Brasil —, anunciou resultados positivos de uma nova aposta: um comprimido oral em desenvolvimento para o tratamento do diabetes tipo 2 e para perda de peso. Esta “pílula do emagrecimento” chama atenção por ir na contramão dos populares medicamentos injetáveis, como Ozempic, Saxenda, Wegovy e o próprio Mounjaro.

O novo fármaco, chamado orforglipron, ainda está em fase de testes de segurança e eficácia, mas já demonstrou efeitos relevantes: perda média de 7 kg em 40 semanas e redução de 1,3% nos níveis de glicose no sangue entre pacientes com diabetes tipo 2. Apesar de não alcançar o mesmo desempenho de concorrentes injetáveis em controle glicêmico, o formato em comprimido é apontado como um diferencial estratégico.

Adesão dos pacientes favorece uso da pílula

  • Jeffrey Emmick, vice-presidente sênior da área de desenvolvimento da Lilly Cardiometabolic Health, explicou ao Wall Street Journal que os comprimidos são mais bem aceitos pelos pacientes do que as opções injetáveis.
  • Mesmo com uso diário, o formato oral tende a gerar maior adesão — um fator decisivo em tratamentos de longo prazo.
  • Além disso, muitos pacientes têm aversão a agulhas, o que pode limitar o alcance dos medicamentos injetáveis.
  • Outro ponto prático é a necessidade de refrigeração das canetas aplicadoras, o que dificulta o armazenamento e a distribuição em regiões com infraestrutura limitada.
  • O comprimido, por sua vez, poderia ampliar o acesso ao tratamento em países com menor capacidade logística.

Produção em larga escala favorece estratégia

A Eli Lilly também destaca que tem maior capacidade de produção de medicamentos orais baseados em pequenas moléculas. A escassez do Mounjaro nos primeiros meses após seu lançamento para diabetes evidenciou a limitação na fabricação em larga escala de tratamentos injetáveis.

Esse diferencial estrutural pode ser essencial para atender à crescente demanda global por medicamentos do tipo, especialmente diante da expansão do uso de análogos de GLP-1 para além do diabetes, alcançando também a área da obesidade e da prevenção cardiovascular.

Farmacêntica Eli Lilly tem maior capacidade de produção de medicamentos de via oral, o que pode favorecer o orforglipron (Imagem: JHVEPhoto / iStock)

Como funciona o orforglipron, a “pílula do emagrecimento” da Eli Lilly?

Assim como o Ozempic e o Wegovy, o orforglipron é um análogo de GLP-1 — um hormônio que regula o apetite, o metabolismo da glicose e o peso corporal. Inicialmente indicado para o tratamento do diabetes tipo 2, esse tipo de medicamento passou a ser adotado também para controle de peso em pessoas com obesidade, após estudos demonstrarem sua eficácia na redução significativa da massa corporal.

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Além da perda de peso, os análogos de GLP-1 têm sido associados a efeitos positivos adicionais, como a proteção cardiovascular e renal, o que aumenta ainda mais o interesse por soluções nesse grupo farmacológico.

Lançamento do Mounjaro no Brasil

Enquanto desenvolve o comprimido, a Eli Lilly também prepara a chegada do Mounjaro ao mercado brasileiro. O medicamento, que tem como princípio ativo a tirzepatida, deve estar disponível em junho. Sua ação se destaca por ativar dois hormônios simultaneamente, o que potencializa os efeitos em comparação com remédios como o Ozempic, que atuam sobre apenas um.

Mounjaro está prestes a chegar ao mercado brasileiro (Imagem: oleschwander / Shutterstock.com)

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