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Mounjaro: conheça o medicamento aprovado pela Anvisa para perda de peso

Concorrente do Ozempic, o Mounjaro já está sendo vendido no Brasil desde maio deste ano. No entanto, o uso do medicamento só era permitido para o tratamento da diabete tipo 2, o que muda a partir de uma nova decisão.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou a liberação do uso do produto em tratamentos para a perda de peso. Além disso, divulgou uma série de recomendações de como usar o medicamento.

Anvisa liberou o uso do medicamento para tratamento contra a obesidade (Imagem: Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Medicamento apresenta um efeito maior no organismo

De acordo com a farmacêutica Eli Lilly, fabricante do Mounjaro, esta é a primeira medicação disponível e aprovada capaz de atuar nos receptores dos dois hormônios que agem no controle do apetite. Por isso, o seu efeito é maior.

Apesar de também ser vendida como uma caneta, há diferenças em relação ao famoso Ozempic. O concorrente têm como base a semaglutida, substância que age no receptor GLP-1 no intestino, promovendo a saciedade e controlando a glicemia.

Mão segurando uma caneta injetável Mounjaro
Enquanto os concorrentes usam como base a semaglutida, o Mounjaro utiliza a tirzepatida (Imagem: MKPhoto12/Shutterstock)

Já o Mounjaro utiliza a tirzepatida, substância que atua tanto no GLP-1 quanto no GIP, outro receptor intestinal. Essa combinação proporciona um efeito mais robusto no organismo, especialmente indicado para pacientes com obesidade diagnosticada.

A aprovação da Anvisa permite que o medicamento agora passe a ser indicado para o tratamento contra a obesidade. No entanto, esta recomendação só vale para casos em que a doença esteja relacionada a pelo menos uma comorbidade.

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Canetas e caixa de injeção semaglutida Ozempic. Ambas tem cor azul e logo com partes vermelha e azul.
Ozempic tem preços mais baixos que o Mounjaro (Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock)

Preço é maior do que o dos concorrentes

  • A aplicação do medicamento é injetável e semanal.
  • O remédio estará disponível nas dosagens 2,5 mg e 5 mg.
  • Na primeira versão, uma caixa com quatro canetas pode custar entre R$ 1.400 e R$ 1.900.
  • Já na dosagem maior, o custo varia de R$ 1.750 a R$ 2.400.

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TikTok bloqueia hashtag que promovia magreza extrema

O TikTok bloqueou a hashtag #skinnytok após críticas de que ela incentivava comportamentos prejudiciais à saúde ao glorificar a magreza extrema. As informações são da BBC.

A plataforma informou que a decisão foi tomada porque a hashtag estava associada a conteúdos nocivos relacionados à perda de peso. Agora, ao buscar por ela, os usuários são redirecionados para recursos de apoio à saúde mental.

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Plataforma barra buscas por #skinnytok e redireciona usuários a apoio psicológico (Imagem: phBodrova/Shutterstock)

Hashtag promovia hábitos perigosos

  • Os vídeos marcados com a hashtag exibiam dietas de baixíssima caloria e rotinas de exercícios, muitas vezes disfarçados como dicas de estilo de vida saudável.
  • Segundo a Aliança Nacional para Transtornos Alimentares, esses conteúdos, na verdade, reforçam padrões corporais prejudiciais e promovem transtornos alimentares.
  • Tom Quinn, da ONG britânica Beat, elogiou a medida, mas alertou que usuários podem contornar o bloqueio com variações da hashtag.
  • Ele ressaltou que ainda há muito a ser feito pelas redes para lidar com conteúdos disfarçados.
Predadores sexuais usam "treinamento" de anorexia para atrair adolescentes
Especialistas alertam para conteúdo nocivo disfarçado de “vida saudável” – Imagem: KatarzynaBialasiewicz/Pixabay

Tendência pode ser prejudicial para jovens

Na França, especialistas de saúde se mostraram especialmente preocupados com o impacto da tendência em jovens vulneráveis. “Os pacientes chegam totalmente doutrinados”, disse a nutricionista Carole Copti à AFP.

O ministro digital francês comemorou a decisão do TikTok como uma vitória da pressão política europeia.

A empresa afirmou revisar regularmente suas políticas de segurança e seguirá limitando conteúdos potencialmente nocivos, especialmente para usuários adolescentes. Em março, o TikTok já havia bloqueado filtros que distorciam a imagem corporal, como os que simulavam sobrepeso.

Página do TikTok em um smartphone
TikTok diz revisar regularmente suas políticas de segurança (Imagem: jackpress/Shutterstock)

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Conheça a dieta que pode trazer os mesmos resultados que o Ozempic

Muitas pessoas estão recorrendo aos remédios para conseguir a tão sonhada perda de peso. Entre os exemplos mais famosos está o Ozempic, da Novo Nordisk. Mas você sabia que é possível atingir os mesmos resultados sem precisar usar nenhum tipo de medicamento?

Certos nutrientes e estratégias dietéticas são capazes de imitar de forma natural os efeitos das semaglutidas. Mas apenas isso não basta. A hora do dia e a ordem em que os alimentos são ingeridos também influenciam nos resultados.

Aumento natural do hormônio GLP-1

Em artigo publicado no portal The Conversation, Mary J. Scourboutakos, professora da Universidade de Toronto, no Canadá, explica que é possível estimular naturalmente o aumento da produção do mesmo hormônio responsável pelos efeitos dos medicamentos semaglutidas, caso do Ozempic. Para isso, é preciso aumentar da ingestão de fibras e gorduras monoinsaturadas.

A fibra – predominantemente encontrada em feijões, vegetais, grãos integrais, nozes e sementes – é o nutriente mais notável que pode aumentar significativamente o GLP-1. Quando a fibra é fermentada pelos trilhões de bactérias que vivem em nossos intestinos, o subproduto resultante, chamado ácidos graxos de cadeia curta, estimula a produção de GLP-1. Isso pode explicar por que o consumo de fibras é um dos mais fortes preditores de perda de peso e demonstrou permitir a perda de peso mesmo na ausência de restrição calórica.

Mary J. Scourboutakos, professora da Universidade de Toronto

Medicamento aumenta os níveis de um hormônio chamado GLP-1, o que cria uma sensação de saciedade (Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock)

Alguns estudos ainda mostram que a ordem em que os alimentos são consumidos pode ajudar. Ingerir proteínas, como peixe ou carne, antes dos carboidratos, como o arroz, resulta em um nível mais alto de GLP-1 em comparação com a ingestão de carboidratos antes da proteína. Comer vegetais antes dos carboidratos tem um efeito semelhante.

A hora do dia também é importante. Uma refeição feita às 8h estimula uma liberação maior de GLP-1 em comparação com a mesma refeição às 17h. Além disso, evidências apontam que mastigar bem os alimentos é positivo.

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Dieta natural é capaz de atingir os mesmos resultados e promover o emagrecimento saudável (Imagem: VGstockstudio/Shutterstock)

Efeitos podem demorar mais para aparecer

  • Embora seja possível reproduzir os efeitos do Ozempic com a alimentação, a especialista observa que a quantidade de GLP-1 gerada nunca será a mesma.
  • Pacientes que adotam a dieta citada acima podem produzir até 59 picogramas por mililitro de soro sanguíneo.
  • Já os que fazem uso do medicamento atingem 65 nanogramas por mililitro.
  • Isso significa que os medicamentos aumentam o GLP-1 em mais de mil vezes.
  • Por outro lado, a forma natural reduz em 30% o risco de ataques cardíacos e melhor a saúde em geral com maior eficácia do que os remédios.

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Vem aí a próxima geração de remédios para perda de peso

A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a obesidade como uma epidemia global: um problema que atinge uma a cada 8 pessoas no mundo, segundo dados do ano passado. De acordo com a entidade, esse quadro é preocupante, pois afeta a saúde e a produtividade – e tem um custo econômico equivalente ao do tabagismo, por exemplo.

É compreensível, portanto, o fenômeno dos remédios “milagrosos” para perda de peso. As famosas canetas para emagrecer. Ozempic, Saxenda, Mounjaro, Wegovy, Zepbound… Você já deve ter se deparado com algum desses nomes nos últimos anos.

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São medicamentos agonistas do receptor GLP-1. Controlam a glicemia, promovem a perda de peso e melhoram as complicações do diabetes. Originalmente, aliás, essas substâncias serviam para tratar o diabetes. Hoje, no entanto, são usadas na maioria das vezes para fins estéticos.

Um dado interessante é que duas farmacêuticas lideram o mercado desses remédios: a dinamarquesa Novo Nordisk (responsável pelo Ozempic e pelo Wegovy) e a americana Eli Lilly (do ZepBound e Mounjaro).

Atualmente, a segunda possui o medicamento considerado mais eficaz. As duas, no entanto, disputam uma corrida bem parelha – e já preparam o lançamento da próxima geração de remédios para emagrecer.

A empresa dinamarquesa Novo Nordisk já prepara a nova geração de remédios para emagrecimento – Imagem: Kittyfly/Shutterstock

Mais e mais canetas

  • A Novo Nordisk anunciou nesta semana que buscará a aprovação regulatória do seu novo remédio, o CagriSema, junto ao FDA.
  • O Food and Drug Administration funciona como a Anvisa dos Estados Unidos.
  • A previsão é que essa autorização saia no primeiro trimestre de 2026.
  • O CagriSema combina a semaglutida, ingrediente principal do Ozempic, com um medicamento chamado cagrilintida.
  • E a promessa é de oferecer melhor controle glicêmico e maiores resultados de perda de peso.
  • Nos testes da Fase 2, os pacientes perderam cerca de 23% do peso corporal.
  • Já na Fase 3, esse percentual caiu para 16%, em média.
  • São números superiores aos do Ozempic e do Wegovy, mas muito similares ao do Mounjaro, da concorrente Eli Lilly.
  • Isso desanimou um pouco o mercado – e levou a uma queda das ações da empresa dinamarquesa.
  • A notícia, porém, não parece ter desanimado os executivos da Novo Nordisk.
  • As vendas continuam em alta e, aqui no Brasil pelo menos, o Ozempic é o mais famoso desses medicamentos.
Canetas e caixa de injeção semaglutida Ozempic. Ambas tem cor azul e logo com partes vermelha e azul.
O Ozempic lidera hoje esse mercado no Brasil, mas deve enfrentar forte concorrência do Mounjaro, que detém resultados melhores – Imagem: Marc Bruxelle/Shutterstock

O futuro do futuro

Em paralelo ao CagriSema, a Novo já prepara o próximo passo nesse mercado de remédios para perda de peso. A empresa acaba de garantir os direitos globais para desenvolver, fabricar e vender um candidato a medicamento da chinesa United Laboratories International.

A companhia fez um depósito inicial de US$ 200 milhões e pode pagar até US$ 1,8 bilhão a mais dependendo de metas alcançadas. A nova droga se chama UBT251 – e já passa por testes na própria China.

Diferentemente das atuais, ela tem como alvo um total de três hormônios. Hoje, os remédios trabalham com o GLP-1, que imita um hormônio intestinal que ajuda a controlar os níveis de açúcar no sangue e a retardar a digestão, fazendo com que as pessoas se sintam saciadas por mais tempo.

Ao lidar com 3 hormônios ao mesmo tempo, a ideia é que o efeito seja superior.

Pessoa medindo circunferência da barriga
Esses remédios são importantes aliados na luta contra a obesidade, mas têm um problema grave: são caríssimos – Imagem: Fuss Sergey/Shutterstock

Vale destacar que, no ano passado, a rival Eli Lilly também se uniu a uma empresa de biotecnologia com sede na China para desenvolver um novo medicamento para obesidade. Só que, além de ajudar os pacientes a perderem peso, esse novo remédio também preserva os músculos.

As informações são do New Atlas.

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