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Nova cor criada por cientistas já tem tinta, diz artista

Você pode pensar que já viu todas as cores, mas cientistas acabaram de criar uma inédita. Pode parecer estranho, mas as variações de cores são quase infinitas, e a nova tonalidade, batizada de “olo”, foi apresentada esta semana. Agora, um artista alega ter criado uma tinta desse tom — mas será possível?

Primeiro, é preciso entender que, no experimento descrito na revista Science Advances, os pesquisadores afirmam ter desenvolvido uma técnica que permite enxergar uma cor nunca antes vista por humanos.

  • A técnica – chamada de Oz – consiste em disparar pulsos de laser nos olhos para estimular as células da retina;
  • O método supostamente ampliou os limites naturais de percepção e permitiu a visualização da nova cor – que ganhou o nome de olo;
  • Olo foi descrita como uma espécie de azul-esverdeado altamente saturado;
  • A experiência, porém, já está sendo contestada por especialistas.
Representação aproximada de olo, a nova cor vista pelos cientistas. (Imagem: James Fong et al./Science Advances)

Artista cria tinta da nova cor

Agora, o artista Stuart Semple criou sua própria versão da cor azul-esverdeada com base na pesquisa americana. Semple, que já havia produzido o que alega serem as tintas mais pretas e rosadas do mundo, sintetizou sua versão de uma maneira menos tecnológica.

Ele misturou pigmentos e adicionou agentes branqueadores ópticos fluorescentes, que absorvem luz ultravioleta e emitem luz azul visível, fazendo com que a tinta supostamente reproduza o efeito (ou pelo menos algo semelhante) criado em laboratório.

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“Sempre achei que a cor deveria estar disponível para todos”, disse Semple ao The Guardian“Lutei durante anos para liberar essas cores que são propriedade de corporações, que cientistas patentearam ou que foram licenciadas para uma única pessoa”, completou.

A cor original criada pelos cientistas se chama olo. Já a tinta do artista foi batizada de “yolo”.

Experiência de nova cor foi contestada

A experiência de olo vem sendo contestada por especialistas. John Barbur, da Universidade de Londres, disse ao The Guardian que a pesquisa tem “valor limitado”, e não há como olo ser uma nova cor.

“É um verde mais saturado que só pode ser produzido em um indivíduo com mecanismo cromático vermelho-verde normal quando a única informação vem dos cones M [fotorreceptores da retina que reagem a ondas de luz de comprimento médio]”.

Apesar disso, os criadores da técnica acreditam que Oz possa ser usada para apoiar estudos do daltonismo – e, talvez, até mesmo ajudar a tratar o distúrbio.

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Conheça a bateria “pasta de dente”, que pode assumir qualquer forma

Uma bateria que pode ser moldada como pasta de dente, adaptando-se a qualquer formato, foi criada por pesquisadores da Universidade de Linköping, na Suécia. Basicamente, como mostra o estudo publicado na revista Science, ela é macia e muito maleável – o que pode transformar o futuro da tecnologia.

Com estrutura fluida e moldável, a bateria pode ser usada em impressoras 3D para assumir qualquer forma desejada, como explicou o professor Aiman Rahmanudin, um dos líderes do estudo. Isso abre portas para um novo tipo de eletrônica completamente integrada aos dispositivos.

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Estima-se que mais de um trilhão de dispositivos estarão online nos próximos dez anos. Além dos celulares e computadores, teremos sensores médicos, implantes nervosos, roupas inteligentes e até robótica leve. E para todos esses gadgets funcionarem sem atrapalhar nossa vida cotidiana, precisamos de baterias que se adaptem – exatamente como essa nova criação.

Repare nas imagens em “M”, representando as diferentes topologias de fluidos sob diferentes deformações mecânicas. Da esquerda para a direita: 0% de deformação, 100% de deformação de tração, torcida. Barras de escala, 10 mm. | (Rahmanudin A. et al, 2025)

Uma bateria fluida e sustentável

A chave está na mudança dos eletrodos. Em vez de serem sólidos e rígidos, eles são fluidos, feitos a partir de plásticos condutores e lignina, um subproduto da produção de papel. Isso torna a bateria não apenas flexível, mas também sustentável, já que reaproveita materiais abundantes e baratos.

Ela pode ser esticada até dobrar de tamanho e ainda assim continuar funcionando perfeitamente. Além disso, suporta mais de 500 ciclos de recarga sem perder desempenho. Porém, a tensão atual da bateria é de apenas 0,9 volt. Então, os pesquisadores estão explorando novos compostos químicos, como zinco ou manganês, para melhorar sua eficiência.

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Você percebeu? Pesquisa no Google está mudando

Praticamente todo mundo já usou o Google. Você deve se lembrar que, até pouco tempo atrás, uma pesquisa simples resultava nos principais links aparecendo logo na primeira página. Isso está mudando, com o buscador passando a apostar nos resultados gerados pela inteligência artificial, através do Gemini.

Pode fazer o teste. Agora, ao realizar uma mesma pesquisa simples, o primeiro item da tela será um resultado gerado por IA.

Mas isso não é necessariamente ruim. Um novo levantamento da Adobe revelou que a pesquisa por IA está aumentando – e melhorando – o tráfego de sites varejistas, sendo um importante canal de acessos. Os consumidores também estão aproveitando o recurso, com resultados mais personalizados e sem anúncios para atrapalhar.

Agora, pesquisas do Google contam com resultado de IA logo no topo da página (Imagens: Nwz/Shutterstock)

Resultados de pesquisa gerados por IA são positivos para empresas e consumidores

O levantamento da Adobe analisou “mais de um trilhão de visitas a sites de varejo dos Estados Unidos” através de uma plataforma própria de análise. Além disso, entrevistou mais de 5 mil pessoas no país, para entender como elas usam IA.

Veja os resultados do relatório:

  • Os acessos através das referências de IA (quando a própria pesquisa de IA do Google apresenta o site de referência) aumentou em 1.300% durante as férias de 2024 em comparação com 2023. Só durante a Cyber Monday (em dezembro), o salto foi de 1.950%;
  • Os usuários que chegam a um site a partir da pesquisa de IA (seja do Google ou Bing) permanecem 8% mais tempo no site, navegam 12% mais em páginas diferentes e têm 23% menos probabilidade de clicar no link e fechar logo em seguida;
  • Já as entrevistas com consumidores revelaram que 39% das pessoas usa a pesquisa de IA para fazer compras online, 55% usa para fazer pesquisas gerais e 47% usa para encontrar recomendações de compra.

Como lembrou o The Verge, o aumento expressivo nos resultados da inteligência artificial tem a ver com a implementação recente, já que, no ano passado, as ferramentas ainda estavam em estágios iniciais. Já o aumento na retenção de usuários mostra que a IA está direcionando pessoas para páginas mais relevantes do que a antiga pesquisa tradicional do Google (aquela dos links na primeira tela).

Montagem mostrando cursor em cima de botão do Deep Research da OpenAI na caixa de mensagens do ChatGPT
Google não é o unico: OpenAI lançou um recurso de pesquisas dentro do ChatGPT (Imagem: Divulgação/OpenAI)

Qual o futuro da pesquisa no Google?

As ferramentas de pesquisa de IA não são exatamente novas, mas tiveram avanços recentes. No caso do Google, o recurso funciona através do Gemini, logo na primeira página do buscador, e teve que superar alguns erros bizarros antes de operar adequadamente. A expectativa é que isso se torne um mecanismo de pesquisa real daqui para frente.

O Google não é o único investindo nisso. A startup de IA Perplexity aposta em um chatbot focado em pesquisa, mas com publicidade. No entanto, os primeiros casos de uso apontaram erros e relatos de plágio, inclusive por parte de um editor da Forbes acusando a empresa de copiar reportagens. Na época, o CEO Araving Srinivas respondeu que o produto “será aprimorado” ao longo do tempo.

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A OpenAI é outra. A desenvolvedora lançou o Deep Research, capaz de realizar pesquisas aprofundadas. Para diminuir os relatos de erros, a empresa deixou claro se tratar de um protótipo e que os próprios donos de uma conteúdo poderiam controlar como eles eram apresentados nos resultados do ChatGPT.

Por ora, a OpenAI não conta com anúncios, mas esse já foi um assunto debatido. O CEO Sam Altman afirmou que a implementação de anúncios no ChatGPT seria um “último recurso”, para não atrapalhar a experiência dos usuários.

As empresas devem continuar investindo nas pesquisas. Mas e os consumidores? O levantamento da Adobe mostrou que eles também estão se beneficiando da IA, possivelmente com melhoras na busca do Google, com menos anúncios e spams, e mais sugestões mais personalizadas.

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