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O que faz o preço da gasolina aumentar?

A gasolina é um dos itens essenciais na vida de boa parte dos brasileiros. E dificilmente o abastecimento conta com baixas nos valores, quem usa o carro para uso pessoal ou para fazer dele uma fonte de renda, vez ou outra se depara com o aumento no preço da gasolina. 

Feita a partir do petróleo e uma mistura de hidrocarbonetos, a gasolina tem seu preço elevado não por um único fator: há vários componentes internos e externos que influenciam no valor final.

Quem controla o preço da gasolina?

No Brasil, a instituição que determina o preço da gasolina é a Petrobras, mas ela não sentencia o valor sozinha. Mesmo tendo a maior parcela sobre a influência no preço — quase 40% — o restante é formado por outros componentes.

Prefira postos de gasolina com preços competitivos (Reprodução: Isaac Fontana/Shutterstock)

A divisão, então, se estabelece desta forma. A parcela da Petrobras soma 36%, enquanto que 21,9% são de impostos estaduais, 19% distribuição e revenda, 12,4% são de impostos federais e o custo do etanol anidro que é adicionado à gasolina 10%.

O que faz o preço da gasolina aumentar?

Existem ainda outros agentes externos e internos que influenciam o aumento no preço da gasolina pela estatal brasileira. Isto é, a variação não é interdependente, e está diretamente ligada a fatores econômicos globais. 

1 – Preço do petróleo no mercado internacional

Uma vez que a gasolina é derivada do petróleo, o seu valor também é determinado pelo preço do barril no mercado internacional.

Imagem destaca uma ‘bomba de vareta de sucção’, associada à extração do petróleo (Imagrm: Hamara/Shutterstock)

Sendo assim, quando há conflitos globais e/ou geopolíticos, ou mesmo aumento da demanda pelo produto, a tendência é que o barril fique mais caro e que isto se reflita no valor praticado pelos postos de combustíveis.

2 – Influência do dólar e taxa de câmbio

Como o petróleo brasileiro é precificado em dólar, qualquer aumento da moeda americana, e consequentemente a desvalorização do real, vai impactar e aumentar o valor da importação dos combustíveis. 

Isto acontece porque quando o dólar tem alguma elevação, automaticamente o custo do barril de petróleo aumenta para o consumidor brasileiro.

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3 – Impostos sobre combustíveis 

Como já citado anteriormente, os tributos estaduais e federais têm parcela significativa no preço da gasolina. O ICMS é definido pelos estados e varia de uma região para outra.

Notas de R$ 100 na mão de uma pessoa; abaixo, em uma mesa, notas de R$ 50
Dinheiro para impostos (Imagem: Alexandre Zorek/Shutterstock)

Na prática, ele é cobrado de forma indireta, ou seja, o seu valor é adicionado ao preço final do produto. Além dele, PIS e COFINS também impactam no valor do combustível. 

4 – Despesas com o refino 

As refinarias de petróleo têm papel fundamental na transformação da matéria bruta em seus derivados, como a gasolina.

Sendo assim, os custos internos e fatores sazonais implicados na produção impactam diretamente no preço praticado pelas refinarias, encarecendo o preço da gasolina. 

5 – Distribuição e logística: sistema rodoviário e ferroviário

Hoje, os combustíveis são transportados majoritariamente pelas rodovias, o que encarece a logística.

Sistema ferroviário (Imagem: Tomas Picka/Shutterstock)

Em contrapartida, o transporte ferroviário possui vários benefícios como o aumento na capacidade de transporte (cabe mais combustível em um vagão do que em um caminhão) e menor custo devido à superioridade operacional das ferrovias.

Em todo caso, a malha ferroviária representa apenas 15% da estrutura dos transportes no Brasil. Basta lembrar como o país sofreu com o abastecimento de diversos itens devido à paralisação dos caminhoneiros em 2022.

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O Brasil acaba de ganhar uma Alemanha em território

O tamanho dos países é definido a partir de acordos internacionais que levam em conta uma série de regras, visando diminuir a possibilidade de conflitos. Isso quer dizer que as áreas podem ser modificadas desde que isso seja aprovado. E é exatamente isso que acaba de acontecer com o Brasil. A Comissão de Limites da Plataforma Continental, da Organização das Nações Unidas (ONU), aprovou uma proposta que pedia pela ampliação da plataforma continental na costa do litoral norte.

Área é equivalente ao território da Alemanha

  • A plataforma continental é definida como a extensão submersa da massa terrestre do continente.
  • Em outras palavras, é a zona marítima que está dentro das fronteiras do país.
  • A mudança compreende áreas do Amapá ao Rio Grande do Norte e excede as 200 milhas náuticas (370 quilômetros) da Zona Econômica Exclusiva, faixa de mar sobre a qual o país já possui direitos reconhecidos internacionalmente.
  • A decisão reconhece o direito do Brasil de explorar a Margem Equatorial, em uma área de cerca de 360 mil km², equivalente ao território da Alemanha.
ONU aprovou pedido do Brasil (Imagem: ocphoto/Shutterstock)

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Recursos naturais presentes na área agora poderão ser explorados

Com a mudança, o Brasil poderá explorar recursos naturais do leito marinho e do subsolo na nova área. Em nota, a Marinha brasileira afirmou que “o reconhecimento representa uma importante conquista geopolítica e estratégica para o país”.

O governo brasileiro buscava, desde 2017, estender seu território além das 200 milhas náuticas definidas pelas autoridades internacionais. A proposta oficial foi apresentada no início deste ano, após sete anos de estudos.

Petrobras participou das discussões sobre o tema (Imagem: Donatas Dabravolskas/Shutterstock)

As discussões contaram com a participação da Petrobras, da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) e de outras instituições. Segundo a estatal brasileira, além de fortalecer a soberania do país, a decisão permite o acesso aos recursos ali presentes.

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