Gemini_Generated_Image_yppwn3yppwn3yppw-1024x752

Amazon Fire TV Stick ajuda a pirataria? Entenda

Um estudo da agência britânica Enders Analysis, divulgado na sexta-feira (30), aponta o Amazon Fire TV Stick como um dos principais facilitadores da pirataria digital, sendo responsável por prejuízos bilionários à indústria audiovisual.

Segundo o levantamento, o dispositivo da Amazon, originalmente concebido para streaming legal, pode ser facilmente modificado (jailbreak) para reproduzir conteúdo protegido por direitos autorais, funcionando, na prática, como uma TV Box pirata.

Aparelho funcionaria como verdadeira TV Box pirata (Imagem gerada por IA/Gabriel Sérvio/Olhar Digital)

O relatório, intitulado “Pirataria de vídeo: grandes empresas de tecnologia claramente não querem resolver o problema”, critica não apenas a Amazon, mas, também, Google, Microsoft e Meta por sua postura passiva diante do combate à pirataria.

A Enders Analysis denuncia que os sistemas de Digital Rights Management (DRM) de Google (Widevine) e Microsoft (PlayReady) estão obsoletos e comprometidos em vários níveis de segurança. A última grande atualização do PlayReady ocorreu em dezembro de 2022. Já o Facebook é citado por permitir anúncios que promovem transmissões ilegais em sua plataforma.

O estudo foca no mercado europeu, mas ressalta que a pirataria de conteúdo via streaming é um problema global, especialmente com a popularização de eventos ao vivo, como esportes.

Leia mais:

Detalhes da pesquisa que liga o Fire TV Stick à pirataria

  • Segundo a Sky Group, 59% dos consumidores de conteúdo pirata no Reino Unido em 2024 utilizaram um Fire TV Stick e o dispositivo seria responsável por cerca de metade da pirataria no país;
  • O diretor de operações da empresa, Nick Herm, afirmou, em fevereiro, que a Amazon não tem colaborado com a intensidade esperada;
  • Tom Burrows, chefe de direitos globais do DAZN, definiu, na mesma época, a situação como “quase uma crise para a indústria de direitos autorais do esporte”;
  • A pirataria também é impulsionada pela incerteza econômica e pelos altos custos de serviços de streaming. A BBC traz que, para assistir a todos os jogos da Premier League na temporada 2023/2024, por exemplo, torcedores britânicos precisaram desembolsar cerca de US$ 1.171 (R$ 6,64 mil, na conversão direta);
  • O aumento nos preços e a restrição de compartilhamento de contas também contribuem para esse cenário.

Apesar de a pirataria parecer alternativa mais acessível, o relatório alerta para os riscos: usuários podem ter seus dados pessoais expostos e dispositivos comprometidos com malwares.

Em resposta enviada ao ArsTechnica sobre o tema, a Amazon declarou que trabalha com parceiros do setor e autoridades para combater a pirataria.

A empresa informou estar implementando medidas, como a desativação do acesso remoto via Android Debug Bridge (ADB), reforço dos sistemas de DRM e emissão de alertas sobre riscos legais.

A longo prazo, a Amazon pretende substituir o sistema operacional Android do Fire TV Stick pelo Vega OS, baseado em Linux, que não permite a instalação de aplicativos piratas no formato APK.

Páginas de internet de Google, Meta, Amazon, Microsoft e Apple
Google, Meta e Microsoft também foram citadas pela pesquisa (Imagem: Tada Images/Shutterstock)

O que dizem as citadas

O Olhar Digital entrou em contato com Amazon, Google, Meta e Microsoft e aguarda retorno.

O post Amazon Fire TV Stick ajuda a pirataria? Entenda apareceu primeiro em Olhar Digital.

anatel-e1715949695214-1024x577

Blitz da Anatel mira eletrônicos piratas na Amazon, Shopee e Mercado Livre

A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) realiza uma operação nesta segunda-feira (26) nos depósitos do Mercado Livre, Amazon e Shopee em diversos estados brasileiros. O objetivo é apreender aparelhos eletrônicos piratas, como celulares, rádios e drones.

O balanço parcial das apreensões será divulgado pela Anatel às 15h (horário de Brasília) desta segunda. Confira abaixo todos os locais da operação.

Anatel em campanha contra dispositivos piratas

Desde o ano passado, a Anatel está monitorando anúncios de aparelhos eletrônicos piratas à venda no Brasil, como parte do Plano de Ação de Combate à Pirataria (PACP). A intenção é combater a venda de produtos que não foram homologados e, portanto, não estão de acordo com os padrões de qualidade do setor de telecomunicações brasileiro.

Mercado Livre, Shopee e Amazon são algumas das lojas de varejo online que já foram avisadas de produtos piratas em suas plataformas. Como essas empresas funcionam como marketplaces, vendedores individuais ou outras empresas podem anunciar e vender por lá. A Anatel pediu que os anúncios fossem removidos e os responsáveis, retirados das plataformas.

Agência já havia notificado as empresas, que mantiveram os anúncios (Imagem: Wirestock Creators/Shutterstock)

As vendas seguiram, o que motivou a operação desta segunda. Segundo o conselheiro da agência e líder das ações do PACP, Alexandre Freire, em nota à imprensa, apesar de todo o diálogo com as empresas, o momento atual requer “intensificar as ações da Anatel junto aos marketplaces”.

Ele destacou que, assim como qualquer outro setor do comércio, os marketplaces “não podem postergar a adoção de medidas efetivas para combater a comercialização de produtos de telecomunicações não homologados”, uma prática que afeta o consumidor final.

mercadorias apreendidas pela Anatel
Agência realiza operação contra pirataria desde o ano passado (Imagem: Anatel / Reprodução)

Operação aconteceu em seis estados

Veja a lista completa dos alvos da operação, segundo o g1:

  • São Paulo:
    • depósito da Amazon na cidade de São Paulo;
    • depósito do Mercado Livre em Cajamar;
  • Rio de Janeiro:
    • depósito da Shopee em São João de Meriti;
  • Minas Gerais:
    • depósito da Shopee em Betim;
    • depósito do Mercado Livre em Contagem;
  • Santa Catarina:
    • depósito do Mercado Livre em Governador Celso Ramos;
  • Goiás:
    • depósito da Shopee em Hidrolândia;
  • Bahia:
    • depósito do Mercado Livre em Lauro de Freitas.

O Olhar Digital atualizará a nota com o balanço das apreensões, quando divulgado.

Mercado Livre, Shopee e Amazon foram contatadas para posicionamentos. A nota será atualizada mediante resposta.

O post Blitz da Anatel mira eletrônicos piratas na Amazon, Shopee e Mercado Livre apareceu primeiro em Olhar Digital.

TV-Box-02-1024x576

Tem “gatonet” em casa? Descubra se você pode ser preso com nova regra

O governo federal, liderado pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowski, propôs um projeto de lei para combater o mercado ilegal de produtos roubados e serviços como o popular “gatonet”.

A iniciativa já foi encaminhada ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva e busca aumentar significativamente as punições para crimes de receptação. Novas tipificações penais também serão criadas para desarticular redes criminosas que lucram com a venda de celulares roubados, cabos de telecomunicações e serviços ilegais de TV por assinatura.

Nova regra contra “gatonet”: o que muda?

  • O projeto equipara a prática de vender ou distribuir sinal de TV por meio de “gatonet” ou aparelhos piratas à receptação qualificada, crime com punições mais severas.
  • Essa medida busca preencher uma lacuna na legislação atual, que não abrange especificamente o furto de sinal digital, dificultando o combate à pirataria.
  • O projeto visa aumentar em até 50% penas para receptação, crime que abrange a aquisição, transporte, venda ou uso de bens de origem ilícita.
  • A proposta eleva a pena mínima para receptação qualificada de celulares, cabos e outros eletrônicos de 3 para 4 anos de prisão, com a possibilidade de aumento para 4 anos e meio.
  • A pena máxima, por sua vez, pode saltar de 8 para 12 anos.
  • Outra inovação é a criação do crime de furto qualificado por encomenda, que visa punir os esquemas de receptação em larga escala, nos quais quadrilhas roubam bens sob demanda para fins comerciais.
  • A meta é atingir diretamente as organizações criminosas que alimentam o mercado ilegal de produtos roubados.
Vender ou distribuir sinal de TV ou aparelhos piratas será considerado receptação qualificada, segundo novo projeto de lei. (Imagem: AntonSAN/Shutterstock)

Vale mencionar que desde 2023, a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) tem intensificado o combate à pirataria, retirando mais de 1,6 milhão de equipamentos irregulares do mercado, avaliados em cerca de R$ 253 milhões. No entanto, o governo reconhece que é necessário um esforço conjunto para desarticular as redes criminosas que se beneficiam desse mercado ilegal.

O ministro Lewandowski destaca que crimes como a receptação de celulares e a pirataria digital têm um efeito sistêmico, prejudicando não apenas as vítimas diretas, mas também fortalecendo o poder financeiro e operacional das organizações criminosas. O projeto de lei, que agora está nas mãos do presidente Lula, representa um passo importante para combater esses crimes.

Leia mais:

Com a aprovação do projeto, o governo espera desarticular as redes criminosas que se beneficiam do mercado ilegal de produtos roubados e serviços piratas, reduzindo os índices de criminalidade e promovendo um ambiente mais seguro para a população.

O post Tem “gatonet” em casa? Descubra se você pode ser preso com nova regra apareceu primeiro em Olhar Digital.

Gemini_Generated_Image_qf1kdgqf1kdgqf1k-1024x752

Gatonet: Brasil concentra maior número de TV Boxes zumbis

Uma vasta rede com mais de 1 milhão de dispositivos comprometidos, denominada BadBox 2.0, foi desmantelada, revelando um cenário alarmante de cibercrimes em escala global.

No epicentro dessa operação revelada pela empresa de segurança Human Security, o Brasil se destaca com o maior número de aparelhos infectados — a maioria são TV Boxes piratas, popularmente conhecidas como “gatonet”.

Porta de entrada para cibercrimes

Essa rede de dispositivos comprometidos, que abrange mais de 200 países, não se limitava a fornecer acesso ilegal a conteúdo de entretenimento. Paralelamente, os aparelhos infectados eram explorados para atividades como: execução de cliques automáticos em anúncios, gerando receita para fraudadores, e a potencial invasão remota para a prática de crimes cibernéticos.

O Brasil concentra a maioria dos dispositivos infectados pela rede zumbi, com 37,62% do total (quase 400 mil aparelhos). Essa rede global também apresenta números significativos de infecções em outros países, sendo os Estados Unidos (18,21%), México (6,32%), Argentina (5,31%) e África do Sul (2,19%) os mais afetados após o Brasil.

A investigação revelou que, além das TV Boxes, outros dispositivos Android de baixo custo, como projetores e tablets, também integravam a botnet, uma rede de máquinas zumbis controlada por criminosos.

No Brasil, a prevalência de dispositivos Android de baixo custo, muitos deles com aplicativos de streaming ilegal pré-instalados, contribuiu para a disseminação da botnet. (Imagem gerada por IA/Gabriel Sérvio/Olhar Digital)

Esses aparelhos, frequentemente adquiridos por sua acessibilidade e funcionalidades de streaming ilegal, carregavam consigo um código malicioso que permitia a execução de diversas atividades ilícitas em segundo plano, sem o conhecimento dos usuários.

A situação se agrava com a prática do “serviço de proxy residencial”, onde criminosos assumem o controle remoto dos aparelhos e utilizam o endereço IP das vítimas para ações ilícitas, como a criação de contas falsas, ataques cibernéticos e distribuição de spam.

A Anatel, que identificou problemas semelhantes em TV Boxes piratas, reforça a gravidade da situação. A capacidade de controle remoto desses dispositivos e a coleta de informações pessoais dos usuários, incluindo dados financeiros e arquivos armazenados em outros dispositivos conectados à mesma rede, representam sérios riscos à segurança e privacidade dos consumidores.

Leia mais:

A descoberta da BadBox 2.0 serve como um alerta para os perigos da aquisição de dispositivos eletrônicos de fontes não confiáveis e para a importância de medidas de segurança cibernética robustas. A conscientização sobre os riscos envolvidos e a adoção de práticas seguras de uso da internet são essenciais para proteger os usuários de potenciais ameaças cibernéticas.

O post Gatonet: Brasil concentra maior número de TV Boxes zumbis apareceu primeiro em Olhar Digital.