Silverado-2025-e1730745929780-1024x577

Por que os pneus de carro são pretos se a borracha é branca?

Se a indústria de pneus optasse por utilizar apenas a borracha natural, sem nenhum processo para aprimorar o material, provavelmente você veria carros, motos, caminhões e até mesmo aviões utilizando estes componentes na cor branca. Porém, para proporcionar alguns benefícios, os itens são submetidos a um procedimento que os faz ficar pretos. A seguir, veja tudo que sabemos sobre esse tema!

Por que os pneus de carro são pretos?

Para respondermos a essa pergunta, buscamos informações em uma grande fabricante de pneus reconhecida mundialmente, a Bridgestone. De acordo com a empresa, os pneus dos veículos nem sempre foram pretos. Isso porque, inicialmente, era utilizado o aditivo óxido de zinco, que tem a coloração branca pura, e proporciona maior resistência à borracha. 

Leia mais:

Porém, no século XX foi descoberto que o material negro de fumo, composto em sua maioria por carbono, aumentava significativamente a resistência dos pneus ao desgaste, tornando-os mais fortes contra abrasão e calor, além de adicionar resiliência e tenacidade a ele, características que aumentam a sua durabilidade. 

Pneus da nova Silverado, da Chevrolet, com setas no chão ilustrando direção caranguejo (Imagem: Divulgação/Chevrolet)

Vale destacar que o negro de fumo é fabricado por meio de uma combustão incompleta de derivados de petróleo pesados. Ao ser adicionado na borracha, ele deixa o item totalmente preto. O produto também pode ser utilizado em plásticos e tintas de impressão.

Na época, por conta da escassez do material, diversos fabricantes desenvolveram pneus com flancos brancos e banda de rodagem preta. Foi o caso dos primeiros Ford Model T. A mudança para pneus totalmente pretos só ocorreu no início dos anos 70.

Um dos primeiros modelos do carro Ford Model T
Um dos primeiros modelos do carro Ford Model T – Crédito editorial: Gaschwald / Shutterstock.com

Fabricação dos pneus dos carros

A fabricação dos pneus é muito complexa. De acordo com outra grande marca do mercado, a Michelin, o processo começa com mais de 200 matérias-primas. O primeiro passo é desenvolver materiais com propriedades químicas e mecânicas muito específicas, que proporcionem uma boa performance ao pneu.

No processo, primeiro há a etapa de pesquisa, na qual os especialistas estudam a utilização dos pneus e os hábitos de direção dos motoristas para, assim, conseguir desenvolver itens que supram as necessidades de todos. Em seguida, ocorre o desenvolvimento e a mistura dos materiais. São mais de 200 ingredientes que compõem um pneu.

Os ingredientes estão em cinco grupos: 

  • Borracha natural: principal componente das camadas de banda de rodagem;
  • Negro de carbono e sílica: para dar maior durabilidade ao pneu;
  • Borracha sintética:usada em parte da banda de rodagem dos pneus de carro;
  • Cabos de reforço metálicos e têxteis: usados para moldar os pneus e dar rigidez a eles;
  • Agentes químicos: utilizados para propriedades únicas como a aderência ultra-alta.

Após isso, vem a fase de design, que envolve simulações para testar e selecionar os melhores conceitos de pneus que devem ser feitos. Depois, há a fabricação e, por último, o controle de qualidade.

Há muitos tipos de pneu?

Sim, há vários tipos de pneus, cada um voltado para um determinado veículo ou atividade. Entre eles estão o on-road, também conhecido como convencional, próprio para o asfalto. Tem também o off-road para estradas de terra e lama. Outro tipo é o misto, ideal para estradas de terra e asfalto, tem também os pneus verdes, considerados ecológicos, os radiais com uma banda de rodagem de maior durabilidade e ótimos para altas velocidades e os de carga para caminhonetes, além de outros pneus de caminhões, tratores, aeronaves e outros veículos.

O post Por que os pneus de carro são pretos se a borracha é branca? apareceu primeiro em Olhar Digital.

Alinhamento-do-carro

10 hábitos que diminuem a vida útil dos pneus do seu carro

Os pneus de um carro exercem a função fundamental de serem os únicos pontos de contato entre o veículo e o solo, proporcionando estabilidade, poder de frenagem e desempenho ao automóvel. Dessa forma, ajudam no conforto dos ocupantes, segurança e podem até gerar economia de combustível

Com toda essa importância, é essencial que o motorista fique atento para não cometer erros que diminuam a vida útil dos pneus do seu carro. Quer saber alguns dos principais hábitos que podem prejudicar esses componentes? Continue a leitura!

10 hábitos que diminuem a vida útil dos pneus do seu carro

Os hábitos vão desde coisas que podem ser realizadas no dia a dia até ajustes que precisam ser feitos no veículo após eles rodarem uma determinada quilometragem. 

1 – Não alinhar o carro no período correto

Profissional realizando o alinhamento de um veículo – Imagem: Freepik

Especialistas recomendam que seja feito o alinhamento do carro a cada 10 mil km rodados. Por isso, fique atento ao quanto você já rodou com o carro. Também vale observar como o veículo está se comportando na pista, caso a direção esteja irregular, leve o automóvel a uma oficina de sua confiança para ver se ele está desalinhado. 

Leia mais:

Além de proporcionar uma boa dirigibilidade e controle do carro, o alinhamento ajuda a conservar os pneus. Se a roda do veículo estiver desalinhada, o pneu vai “esfregar” a banda no piso e gerar desgaste nas laterais do item, diminuindo a vida útil dele. 

2 – Não realizar o rodízio dos pneus

Profissional realizando o rodízio dos pneus
Profissional realizando o rodízio dos pneus – Imagem: Freepik

O rodízio dos pneus também é recomendado a cada 10 mil km rodados, mas muitas vezes essa manutenção é ignorada pelos motoristas. Porém, isso pode encurtar a vida útil destes componentes. 

O rodízio dos pneus nivela o desgaste desses itens, uma vez que o eixo motriz (local onde se instalam as rodas) precisa de um maior esforço em relação às rodas que estão livres. Se o carro tiver tração traseira, o correto é trocar a roda dianteira direita com a traseira esquerda, e dianteira esquerda com a traseira direita. 

Já se o carro tiver tração dianteira, a troca pode ser feita com os pneus do mesmo lado. Dessa forma, a banda de rodagem fica com um desgaste mais homogêneo e eleva a vida útil dos pneus. 

3 – Dirigir sempre em alta velocidade

Carro rápido; velocidade
Carro em alta velocidade – Imagem: Jag_cz / Shuttestock

Seja em curvas ou retas, conduzir o veículo sempre em alta velocidade gera um superaquecimento dos pneus, o que faz o desgaste ser acelerado e, consequentemente, diminui a durabilidade dos componentes. 

Além disso, quem dirige em alta velocidade muitas vezes pode precisar frear de forma brusca, desgastando a banda de rodagem dos pneus. 

4 – Levar mais peso do que pode dentro do carro

Foto traz um certo exagero, mas retrata um claro excesso de pessoas e, consequentemente, peso no veículo
Foto traz um certo exagero, mas retrata um claro excesso de pessoas e, consequentemente, peso no veículo – Crédito editorial: De Jongh Photography / Shutterstock.com

Um carro superlotado, seja de pessoas ou outras bagagens, pode prejudicar a estrutura dos pneus e reduzir a capacidade de frenagem do automóvel. Por isso, o ideal é sempre respeitar o limite de carga. 

5 – Calibragem inadequada dos pneus

pessoa calibrando o pneu de um carro
(Imagem: Freepik)

Motoristas que têm o hábito de não calibrar os pneus do carro ou fazer a calibragem de forma inadequada, sem seguir a pressão indicada no manual do veículo, podem estar contribuindo para prejudicar a distância de frenagem.

Além disso, aumentam o risco de possíveis explosões dos pneus. Vale destacar que a calibragem deve ser realizada a cada 15 dias ou semanalmente para quem usa o carro muitas vezes. 

6 – Não ter cuidado ao andar por ruas cheias de buracos

Carro passando cobre veículo
Carro passando cobre veículo – Imagem: Moomin201/Shutterstock

Quem anda muito rápido, passando sem o mínimo de cuidado por buracos em ruas mal conservadas, está colocando em risco o funcionamento das molas, calibragem dos pneus, suspensão e alinhamento do veículo, o que pode, consequentemente, afetar a vida útil dos pneus.

7 – Utilizar produtos abrasivos nos pneus

Pessoa passando pretinho no pneu
Pessoa passando pretinho no pneu – Imagem: Freepik

Sabe os famosos pretinhos que são muito utilizados em lava-rápidos? Então, dependendo da composição química do produto, é possível que ele afete a vida útil dos pneus. 

Uma das maiores fabricantes de pneus do mundo, a GoodYear, por exemplo, destaca que apenas o uso de água, sabão neutro e secagem completa são suficientes para deixar os pneus limpos.

8 – Raspar os pneus no meio-fio

Carro com o pneu encostando no meio-fio
Carro com o pneu encostando no meio-fio – Imagem: Tricky_Shark/Shutterstock

Este é um hábito que não acontece porque a pessoa quer, mas é importante ficar muito atento para evitá-lo, pois além de prejudicar a estética, danificando as rodas e calotas, ele contribui para o desgaste da borracha e gera bolhas. Dessa forma, pode ser necessário trocar logo o pneu afetado. 

Por isso, preste muita atenção na hora de estacionar. Outro ponto é que caso os pneus fiquem prensados na guia, a direção pode ser forçada, provocando o desalinhamento das rodas, gerando uma deformidade na lateral dos pneus e prejudicando as bandas de rodagem. 

9 – Subir ou descer desníveis

imagem mostra o movimento do pneu de um carro durante uma manobra de baliza
Carro fazendo baliza (Reprodução: Redyar Rzgar/Pexels)

Há quem tenha o hábito de subir ou descer desníveis com uma certa frequência. Muitas vezes, por exemplo, isso é feito para estacionar o carro em cima de uma calçada. Entretanto, saiba que isso é um hábito muito ruim, pois deforma a estrutura do pneu. 

10 – Deixar os pneus sem as tampinhas nas válvulas de segurança

Michelin está lançando pneus exclusivos para veículos elétricos... mas, por que?. Imagem: KULLAPONG PARCHERAT / Shutterstock.com
Pneu da Michelin – Imagem: KULLAPONG PARCHERAT / Shutterstock.com

Há quem não ligue para a tampinha na válvula de segurança (bico de encher o pneu). Porém, a falta dela pode fazer com que muita sujeira se acumule no interior do item e assim prejudicar o núcleo da válvula, fazendo os pneus perderem pressão. 

Além disso, se o carro ficar exposto muito tempo ao sol e os pneus não tiverem as tampinhas, pode ocorrer um ressecamento da válvula de segurança. Também é importante substituir as válvulas sempre que os pneus forem trocados.

Qual o tempo médio de duração de um pneu?

Em média, o pneu de um carro deve durar entre 40 e 60 mil km rodados. Porém, é essencial manter os cuidados adequados paro componente ter esse tempo de vida útil.

O post 10 hábitos que diminuem a vida útil dos pneus do seu carro apareceu primeiro em Olhar Digital.

Olhar-Digital-31-1024x576

5 sinais de que está na hora de trocar os pneus do seu carro

Os pneus são um dos itens mais importantes para a segurança do veículo, mas nem sempre os motoristas sabem identificar o momento certo para trocá-los. Rodar com pneus desgastados pode comprometer a aderência ao solo, aumentar o risco de acidentes e até mesmo causar problemas mecânicos no carro.

Mesmo que pareçam em bom estado à primeira vista, alguns sinais indicam que os pneus já não oferecem o mesmo desempenho e precisam ser substituídos. Então vamos entender melhor quando devemos trocar os pneus.

Quando você deve trocar os pneus?

A maioria dos pneus tem uma vida útil estimada, mas esse prazo pode variar de acordo com o tipo de uso, a qualidade do asfalto e a frequência de manutenção.

Além de prejudicar a segurança, pneus desgastados também afetam o consumo de combustível e o desempenho da suspensão, tornando a direção menos confortável e aumentando os custos de manutenção do veículo. Por isso, é fundamental ficar atento aos sinais que indicam a hora da troca.

Desgaste excessivo da banda de rodagem

A banda de rodagem é a parte do pneu que entra em contato com o solo. Com o tempo, o desgaste natural faz com que os sulcos fiquem mais rasos, reduzindo a capacidade de aderência e aumentando o risco de aquaplanagem em dias de chuva.

Para verificar se os pneus ainda estão dentro do limite seguro, basta observar os indicadores de desgaste (TWI), que são pequenas elevações entre os sulcos. Se a borracha estiver no mesmo nível desses marcadores, significa que a profundidade dos sulcos está abaixo do recomendado e o pneu deve ser substituído imediatamente.

Além do indicador de desgaste, outro método simples é usar uma moeda para medir a profundidade dos sulcos. Se a banda de rodagem estiver muito rasa, a troca é necessária.

Rachaduras e ressecamento

Se você vai pegar a estrada, seu carro tem que estar “bem calçado” (Imagem: Freepik)

Mesmo que um pneu não tenha atingido seu limite de quilometragem, ele pode se deteriorar com o tempo. O ressecamento da borracha causa rachaduras que comprometem a estrutura do pneu, podendo resultar em vazamentos de ar ou até em estouros inesperados.

Leia mais:

Esse problema é mais comum em carros que ficam parados por longos períodos ou em regiões com temperaturas elevadas. A exposição prolongada ao sol e às variações de temperatura acelera o processo de degradação do material.

Por isso, mesmo que os pneus pareçam novos, se estiverem muito tempo sem uso ou apresentarem rachaduras visíveis, é recomendável fazer a substituição antes que um problema mais grave aconteça.

Bolhas na lateral

As bolhas na lateral do pneu são um dos sinais mais perigosos de desgaste. Elas surgem quando há uma falha na estrutura interna do pneu, geralmente causada por impactos contra buracos ou meio-fio.

Quando a camada interna do pneu se rompe, o ar se acumula entre as camadas da borracha, formando uma bolha visível na lateral. Esse tipo de dano não pode ser reparado e representa um alto risco, pois um pneu com bolha pode estourar repentinamente, especialmente em altas velocidades.

Caso perceba qualquer deformação na lateral do pneu, a troca deve ser feita imediatamente para evitar acidentes.

Vibração excessiva ao dirigir

Pessoa dirigindo
Imagem Shutterstock

Se o volante vibra mais do que o normal, pode ser um sinal de que os pneus estão desgastados de forma irregular. Esse problema pode ocorrer devido a diversos fatores, como desalinhamento, problemas de balanceamento ou até deformações na estrutura do pneu.

Pneus desgastados de maneira desigual afetam a estabilidade do veículo e aumentam a dificuldade de frenagem. Além disso, o problema pode comprometer a suspensão e outros componentes do carro, elevando os custos de manutenção.

Se a vibração persistir mesmo após um balanceamento e alinhamento, é recomendável avaliar a necessidade de substituição dos pneus.

Dificuldade em manter a aderência

Se o carro demora mais para frear ou escorrega com facilidade em curvas, os pneus podem estar comprometidos. Isso acontece porque a borracha desgastada reduz a tração, principalmente em pistas molhadas.

Pneus com baixa aderência aumentam o risco de derrapagens e dificultam o controle do veículo em situações de emergência. Por isso, é importante prestar atenção no comportamento do carro, especialmente em dias chuvosos.

Se perceber que o veículo não responde tão bem aos comandos da direção ou que a frenagem demora mais do que o normal, pode ser o momento de trocar os pneus.

Com informações de TyreSafe.

O post 5 sinais de que está na hora de trocar os pneus do seu carro apareceu primeiro em Olhar Digital.